terça-feira, 12 de novembro de 2013

Motorista de ônibus que capotou deve se apresentar à polícia hojeMotorista com a Carteira Nacional de Habilitação vencida, embriagado, com dívidas no Detran e veículo sem documentos são algumas das ilegalidades que contribuíram para o desastre com 60 jovens no último sábado, perto de Luziânia


Problemas como identificação de transporte escolar irregular, superlotação e falta de uso do cinto de segurança são fatores que podem ter levado à tragédia na excursão de Brasília : 34 feridos e dois mortos ( Ana Rayssa/CB/D.A Press 
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Problemas como identificação de transporte escolar irregular, superlotação e falta de uso do cinto de segurança são fatores que podem ter levado à tragédia na excursão de Brasília : 34 feridos e dois mortos

O motorista que levava cerca de 60 jovens a uma festa rave em Luziânia estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida desde 16 de junho. Além disso, o ônibus conduzido por Eli Rodrigues Pereira, 31 anos, não tinha autorização para circular com a caracterização de transporte escolar. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) confirmou, ainda, que o veículo não era cadastrado para viagens interestaduais. Proprietário do carro, Eli também está na lista de inadimplentes do Departamento de Trânsito (Detran) no Distrito Federal. Desde 2010, ele acumula uma dívida de R$ 2.652 por não pagar IPVA, o licenciamento e o seguro obrigatório (veja quadro).

Na noite do último sábado, o ônibus dirigido por ele capotou, por volta das 21h, na Rodovia Lucena Roriz, área rural do município goiano distante 66km de Brasília. Gleycianne Chaves Martins e Letícia Augier de Figueiredo, 16 e 21 anos, respectivamente, morreram. Trinta e quatro pessoas ficaram feridas. Um adolescente de 16 anos teve o antebraço direito amputado. Gleycianne foi sepultada ontem à tarde, no Cemitério de Taguatinga. O enterro de Letícia está marcado para às 16h30, no Campo da Esperança.

Como toda a documentação estava irregular, o nome do condutor ainda era dúvida até a noite de domingo. No entanto, ontem, a advogada de Eli, Gilda Alves Vaz, conversou com o Correio e confirmou a identidade. O homem deve se apresentar à Polícia Civil goiana hoje. Conhecido pelos jovens que contrataram a excursão como Elias, ele terá de explicar — além das ilegalidades formais — uma série de acusações feitas contra ele por testemunhas.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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