sexta-feira, 22 de novembro de 2013

MONTEZEMOLO DÁ NOTA OITO AO DESEMPENHO DE ALONSO NA TEMPORADA

Apesar dos desentendimentos ao longo do ano, asturiano continua prestigiado pelo alto clero da Ferrari: “Ele é um piloto fantástico”


Montezemolo e Alonso no GP da Itália de 2010: relação já foi melhor (Foto: Antonio Calanni/AP)

A relação entre o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, e seu principal piloto Fernando Alonso não é mais a mesma do início da década. No GP da Hungria, em julho, o espanhol criticou duramente o desenvolvimento da F138, modelo utilizado por Maranello em 2013, e as queixas não foram bem recebidas pelo cartola. Apesar disso, Montezemolo aprovou o desempenho do bicampeão na temporada.
“Uma boa nota 8”, disse o italiano à emissora americana CNN, quando questionado qual nota ele daria para a atuação do bicampeão. “Eu acho que ele é um piloto muito, muito bom. Vi pilotos como Niki Lauda, Alain Prost e Michael Schumacher, mas Alonso é realmente fantástico nas corridas. Ele também tem sido muito bom para entender o momento de pressionar o ritmo do carro e acalmar para economizar o desgaste de pneus”, acrescentou.
À exceção de Sebastian Vettel, gerenciar a degradação dos arcos de borracha tem sido a principal dificuldade dos pilotos em 2013. No caso de Alonso, o espanhol não foi ajudado por uma série de incidentes que levaram a Pirelli a substituir os pneus da temporada pela especificação de 2012. Montezemolo, entretanto, se recusa a atribuir o fracasso da equipe de Maranello em 2013 à má adaptação da F138 aos novos arcos.
“Não gosto de usar a palavra ‘desculpa’ e prefiro me concentrar no sucesso do time nas primeiras provas do campeonato”, disse o chefão da Scuderia. “Na primeira metade do ano, vencemos dois GPs, então a Ferrari foi bem mais competitiva. É um fato: quando os pneus mudaram, pagamos um grande preço. E eu não gosto desta fórmula em que um piloto precisa ter cuidado para não destruir os pneus.”
No ano que vem, a F1 terá uma série de mudanças no regulamento técnico. A principal delas será a troca dos motores V8 aspirados por unidades V6 turbo de 1,6 litros com sistemas de recuperação energética. Crente que a tradicional experiência da Ferrari em desenho de propulsores vai ajudar o time a ressurgir no ano que vem, Montezemolo se diz otimista com o próximo campeonato.
“Estou feliz pela mudança de regulamento, porque não gosto de fórmulas em que a aerodinâmica significa 90% do desempenho”, disse o presidente. “Não estamos criando aviões ou satélites, e sim carros. Motor, câmbio, suspensão: eles são cruciais, especialmente para nós, porque, como já dissemos, nossa experiência na F1 significa transferir tecnologia para os nossos carros”, concluiu.

FONTE: UOL ESPORTES 

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