Gerentes da CEB são impedidos pelos grevistas de entrar na empresa
Servidores que ocupam cargo de confiança também não conseguiram trabalhar nesta terça
Gerentes e pessoas que ocupam cargos de confiança e/ou prestam serviços diretamente para a presidência da CEB (Companhia Energética de Brasília) foram impedidos de entrar na sede da companhia, no Sia (Setor de Indústrias e Abastecimento), na manhã desta terça-feira (5) pelos trabalhadores que estão em greve.
Houve tumulto nas primeiras horas do dia e cerca de 100 pessoas se envolveram na confusão. Um pequeno grupo de funcionários que não aderiu ao movimento foi impedido de trabalhar e a PMDF (Polícia Militar do DF) precisou ser acionada para controlar a situação.
O STIU-DF (Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal) explicou que essa movimentação aconteceu porque gerentes e pessoas que ocupam altos cargos confiança tentaram entrar na empresa, mas apenas servidores que estão com os nomes em uma lista organizada pela direção do sindicato têm autorização para cumprir o expediente, em observância à obrigação legal de manter 30% do efetivo na ativa em situações de paralisação.
A greve começou na manhã desta segunda-feira (4) e ganhou força após negativa de negociação por parte dos patrões no início do dia. Para forçar a direção da autarquia, alguns funcionários estão acampados na porta da empresa e garantem que enquanto as reclamações não forem atendidas os serviços na capital federal não serão normalizados.
Entre as principais reivindicações da categoriaestão o ganho real acima da inflação, reajuste do piso salarial e implementação do benefício de risco de vida.
O sindicato esclareceu que os trabalhadores da CEB não recebem Data-Base desde outubro e a direção da autarquia se recusa a negociar. Com isso, o sindicato avaliou que a única proposta feita pela empresa até então, de renovar acordo coletivo firmado em 2012, é inconcebível e que a falta de valorização dos funcionários não contribui para que o setor elétrico em Brasília melhore.
Para o STIU-DF, os patrões querem manter o acordo coletivo vigente sem nenhum tipo de avanço econômico ou social e ainda estudam retirar direitos históricos conquistados pelos trabalhadores no CEBPREV, uma espécie de fundo de previdência social da categoria.
Em 2012, os trabalhadores ganharam reposição salarial de apenas 1% e, por conta disso, garantiram que desta vez não aceitarão propostas sem ganho real.
Serviços prejudicados
Serviços de manutenção e reparos podem ficar prejudicados e apenas os trabalhos burocráticos, como solicitação de conta de luz ou corte de serviço, estão sendo realizados normalmente nos postos de atendimento espalhados por todo o Distrito Federal.
A CEB informou que todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis estão sendo tomadas para garantir o livre acesso dos funcionários que queiram trabalhar. A direção da empresa disse ainda que negocia neste momento com os grevistas a entrada dos gerentes e de outras pessoas que exercem funções fundamentais no ambiente de trabalho.
No entanto, a companhia confirmou que até o momento não houve avanço nem contato com a categoria para negociar as pautas de reivindicações.
FONTE: R7 DF
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