segunda-feira, 4 de novembro de 2013

EXTERIOR

Julgamento de Mursi é adiado para janeiro

Destituído do cargo, ex-presidente responde por "incitação a assassinatos"
Marcado para hoje, o julgamento do presidente destituído do Egito Mohamed Mursi foi adiado para 8 de janeiro. Em sua primeira aparição pública desde que foi destituído pelo exército, em 3 de julho, o primeiro presidente egípcio eleito democraticamente declarou: "Sou o doutor Mohamed Mursi, o presidente da República. Este tribunal é ilegal".
 
Hoje, haveria a primeira audiência do julgamento, no qual Mursi responde por "incitação ao assassinato" de sete manifestantes diante do palácio presidencial, no dia 5 de dezembro de 2012. O ex-presidente foi destituído do poder há quatro meses pelo Exército há quatro meses.
 
A audiência atrasou porque Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, não se apresentou com a roupa branca, exigida para os detentos. O juiz optou por aguardar pela troca de roupa para iniciar o processo, segundo a mesma fonte. Não há registros da imagem de Mursi porque o juiz proibiu o uso de câmeras, gravadores e telefones dentro do tribunal.
 
Mursi, que ficou apenas um ano no poder, foi mantido em detenção pelo Exército em um local secreto desde sua destituição. Nos dias anteriores a sua queda, milhões de egípcios saíram às ruas para pedir sua renúncia. O movimento o acusava de ter centralizado o poder em benefício da Irmandade Muçulmana.
 
Vários partidários de Mursi, que sofrem com a implacável repressão das autoridades que assumiram o poder em 3 de julho após o golpe do Exército, convocaram uma mobilização.
 
O novo governo reprimiu de forma violenta os manifestantes pró-Mursi desde 14 de agosto, quando policiais e soldados mataram centenas de partidários ao dispersar um protesto no Cairo. Desde então, mais de mil manifestantes morreram e mais de 2 mil membros da Irmandade Muçulmana foram detidos, incluindo seus principais líderes.


Fonte: Globo
 

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