Em greve, funcionários da CEB têm apoio de deputados distritais
Parlamentares vão pedir intervenção do governador Agnelo Queiroz
Um grupo de funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) se reuniu na manhã desta terça-feira (5) com deputados distritais na CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal), para tratar de reivindicações da categoria.
Em greve desde a manhã desta segunda-feira (4), os trabalhadores pediram apoio dos deputados na negociação com a diretoria da empresa e saíram com o compromisso de que a questão será levada diretamente ao governador Agnelo Queiroz.
O deputado Rôney Nemer (PMDB) disse que o assunto será tratado com prioridade.
— Como o governador viaja hoje, se não puder nos receber na hora do almoço, trataremos disso amanhã com Filippelli.
O presidente da Casa, Wasny de Roure (PT), também defende a ação trabalhista e disse que, neste caso, a ação do governador será um diferencial para solução do problema.
— A recuperação da CEB não pode ser às custas do trabalhador. O governador às vezes tem que ‘puxar a orelha' dos diretores da empresa.
Atualmente, um técnico operacional da CEB ganha R$ 1.404,36 – valor abaixo do piso da Eletrobrás (R$ 2.300,00).
— É um salário extremamente baixo para uma cidade cara como Brasília.
O STIU-DF (Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal) reivindica um salário de R$ 2.900,00, que é a média das remunerações do GDF.
Lúcio Dourado, representante do STIU-DF, explicou que, além do reajuste salarial, a categoria luta pela implementação do benefício de risco de vida, pela isonomia entre funcionários novos e antigos, bem como pela incorporação de garantias conquistas em convenções anteriores.
O distrital Rôney Nemer reafirmou o apoio aos trabalhadores e lembrou que os trabalhadores devem ser valorizados.
— A valorização do trabalhador é investimento e, não, gasto, já que o servidor trabalha melhor.
A opinião foi compartilhada, também, pelo deputado Cristiano Araújo (PTB), que acompanhou parte do encontro.
Os deputados concordaram, ainda, que a greve é um instrumento legítimo e defenderam ser preciso iniciar a negociação o quanto antes, já que a paralização afeta toda a sociedade.
Confusão
Na manhã desta terça-feira (5) houve tumulto em frente à sede da companhia. Gerentes e pessoas que ocupam cargos de confiança e/ou prestam serviços diretamente para a presidência da CEB foram impedidos pelos grevistas de entrar no prédio.
FONTE: R7 DF
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