Durante operação, polícia apreende R$ 50 mil na casa de administrador
Segundo investigações, Taguatinga e Águas Claras cobravam propina de empresários
O administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira, é acusado de cobrar propina para liberação de alvarás na cidadeDivulgação
O administrador de Taguatinga, Carlos Alberto Jales, não foi encontrado pela polícia e é considerado foragidoDivulgação
A Polícia Civil apreendeu na manhã desta quinta-feira (8) pelo menos R$ 50 mil reais na casa do administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira. Ele foi preso por ter suposto envolvimento em um esquema de cobrança de propina para liberação de alvarás de construção civil a empreendimentos na cidade. Embora a polícia não saiba a origem da quantia, o dinheiro foi levado pelos policiais para investigação.
O administrador de Taguatinga, Carlos Alberto Lajes, também é acusado pela polícia da mesma prática criminosa. Como não foi encontrado pela polícia, Jales é considerado foragido e pode ter a prisão temporária revertida em prisão preventiva se não se apresentar por livre e espontânea vontade.
De acordo com o diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Luiz Xavier, as investigações começaram em 2011 e, inicialmente, apontavam para servidores de baixo escalão. No entanto, a Operação Hamurabi apontou os administradores como supostos líderes do esquema ilegal.
— O que a gente pode dizer é que a investigação da polícia caminhava no sentido de que alguns servidores de escalão mais baixo fosse os responsáveis pelas irregularidades. Mas o que a gente percebeu nos últimos meses, é que na verdade, ainda que alguns servidores de escalão mais baixo tenha sido implicado na concessão irregular de licenças, os administrados estavam implicados, provavelmente, desde há muito tempo. A gente vai esclarecer isso.
Xavier esclareceu ainda que os administradores podem ser indiciados por falsidade ideológica, corrupção passiva e outros crimes contra a administração pública.
— Esta investigação que já é bastante demorada, aponta que os dois administradores, que tiveram a prisão decretada, auferiram vantagem indevida pela expedição de documentos autorizadores de empreendimentos sem obediência aos requisitos legais.
Segundo as investigações, pelo menos dez empresários pagaram propina para obter alvarás de construção civil de grandes empreendimentos. Todos eles foram intimados a depor e prestar esclarecimentos. Inclusive o ex-governador Paulo Octávio, suspeito de pagar para liberação da construção do Shopping JK, na Avenida Hélio Prates.
A polícia identificou pelo menos cinco alvarás que foram liberados sem qualquer verificação de documentação exigida, como laudo de impacto de trânsito e ambiental. Inicialmente, 12 pessoas foram intimadas entre servidores públicos e empresários.
Por meio de nota, o governo do Distrito Federal informou que decidiu exonerar imediatamente o administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira e o administrador de Taguatinga, Carlos Alberto Jales.
FONTE: R7 DF
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