sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Contas públicas têm maior rombo para setembro em 11 anos


Em meio à desaceleração do crescimento econômico e ao aumento das desonerações tributárias, o governo perdeu o controle dos gastos e chegou a setembro com o maior rombo nas contas públicas para meses de setembro desde 2002, quando se inicia a série do Banco Central (BC).
Segundo o órgão, as despesas da União, Estados, municípios e estatais ficaram em R$ 9,048 bilhões acima das receitas em setembro.
O BC credita o desempenho ruim de setembro aos maiores gastos da Previdência, principalmente ao pagamento do 13º salário de aposentados e pensionistas. Só a Previdência somou déficit de R$ 11,763 bilhões, o dobro de agosto.
O governo conta com receitas extras - R$ 15 bilhões do campo do pré-sal de Libra e outros R$ 12 bilhões com recuperação de dívidas para cumprir a meta de superávit primário no ano, que é o saldo das contas públicas excluindo os juros da dívida. Para chegar à meta será necessária economia de cerca de R$ 65 bilhões no último trimestre.
Juros, inflação e dólar
Para especialistas, será difícil cumprir a meta. Superávites maiores abrem espaço para o BC reduzir ou elevar menos os juros.
O não cumprimento da meta significa maior pressão sobre inflação, já que os gastos pesam mais.
O dólar também pode subir, pois agências de risco costumam castigar governos que não cumprem seus objetivos fiscais.
FONTE: O DESTAK

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