segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Nobel de Química 2012 vai para estudos sobre receptores de célula

Pesquisas de Robert Lefkowitz e Brian Kobilka foram fundamentais para o desenvolvimento de melhores medicamentos


EFE
Robert Lefkowitz, da Universidade de Duke, foi um dos vencedores do Nobel de Química 2012

O prêmio Nobel de Química 2012 foi para os americanos Robert Lefkowitz, da Universidade de Duke (EUA), e para Brian Kobilka, da Universidade de Stanford (EUA), que mapearam uma importante família de receptores que permitem que as células do corpo percebam e respondam a sinais externos. Os estudos dos dois pesquisadores tiveram como aplicação o desenvolvimento de medicamentos melhores, com menos efeitos colaterais.
Descobrir melhores formas de alcançar os receptores é uma área de extrema importância para as indústrias farmacêutica e de biotecnologia. Atualmente mais da metade dos medicamentos, como antiarrítmicos, antihistamínico e remédios psiquiátricos, agem nestes receptores.             


Os trabalhos de Lefkowitz e Kobilka mostraram exatamente como funcionam estes receptores - conhecidos como receptor acoplado à proteína G - e como as células do corpo respondem a estímulos, como por exemplo uma injeção de adrenalina, por exemplo.

           
“Estou muito animado. Eu estava dormindo quando o telefone tocou, mas eu não atendi. Preciso compartilhar com vocês que uso tampões de ouvido. Minha esposa me deu uma cotovelada e eu peguei o telefone. Foi uma surpresa”, disse Lefkowitz, em entrevista coletiva, por telefone, minutos após o anúncio do prêmio.

EFE
Trabalho de Brian Kobilka (foto) e Robert Lefkowitz ajudaram a desenvolver medicamentos melhores

Sven Lidin, professor de química inorgânica na Universidade Lund e presidente do comitê, disse em entrevista coletiva que a descoberta foi fundamental no desenvolvimento de pesquisas médicas."Saber o que eles (os receptores) parecem e como eles funcionam vai nos fornecer as ferramentas para fazer remédios com menos efeitos colaterais", afirmou.
Semana de prêmios Serge Haroche e David Wineland venceram ontem (10) o Nobel de Física 2012 pelos métodos por medir e manipular partículas quânticas individuais. Os estudos dos dois pesquisadores possibilitam a construção de relógios extremamente precisos e marcam o primeiro passo para computadores muito mais rápidos
Na segunda-feira (8) O Nobel de Medicina 2012 foi para o britânico John B. Gurdon, de 79 anos, e o japonês Shinya Yamanaka, de 50 anos, pela descoberta de que células adultas podem ser reprogramadas e se tornarem pluripotentes.
Amanhã (11), será anunciado o prêmio de Literatura e na Sexta-feira (12), o da Paz. O prêmio de economia, que não estava entre os prêmios originais, mas foi criado pelo banco central sueco em 1968, será anunciado em 15 de outubro.
           
Em consequência da crise econômica, a Fundação Nobel reduziu o valor do prêmio a oito milhões de coroas suecas (1,2 milhão de dólares, cerca de 2,4 milhões de reais) por prêmio, contra 10 milhões de coroas concedidos desde 2001.
Veja a lista dos últimos premiados pelo Nobel de Física:
- 2012: Robert Lefkowitz (Estados Unidos) e Brian Kobilka (Estados Unidos)
- 2011: Saul Perlmutter e Adam Riess (Estados Unidos) e Brian Schmidt (Austrália/Estados Unidos)
- 2010: Andre Geim (Países-Baixos), Konstantin Novoselov (Rússia/Grã-Bretanha)
- 2009: Charles Kao (Estados Unidos/Grã-Bretanha), Willard Boyle (Estados Unidos/Canadá), George Smith (Estados Unidos)
- 2008: Yoichiro Nambu (Estados Unidos), Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa (Japão)
- 2007: Albert Fert (França) e Peter Grünberg (Alemanha)
- 2006: John C. Mather (Estados Unidos) e George F. Smoot (Estados Unidos)
- 2005: Roy J. Glauber (Estados Unidos), John L. Hall (Estados Unidos) e Theodor W. Hänsch (Alemanha)
- 2004: David J. Gross, H. David Politzer e Frank Wilczek (Estados Unidos)
- 2003: Alexei A. Abrikosov (Rússia/Estados Unidos), Vitaly Ginzburg (Rússia) e Antony J. Leggett (Grã-Bretanha/Estados Unidos)
- 2002: Raymond Davis Jr (Estados Unidos), Masatoshi Koshiba (Japão), e Riccardo Giacconi (Estados Unidos)

(Com informações das agências de notícias)

Fonte: iG

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