Instrutor afirma que há precariedade na formação de motociclistasSegundo ele, não é possível ensinar nem o básico para os candidatos. O problema se agrava com a falta de campanhas educativas, embora haja dinheiro para isso
Candidato a uma habilitação faz zigue-zague entre os cones colocados no circuito de treinamento: alunos nem sequer passam a segunda marcha
A conversa com o instrutor de autoescola, no circuito de treinamento de motos, revela a precariedade na formação dos motociclistas.
— O que vocês ensinam aqui para os candidatos a uma habilitação?, pergunto.
— Aqui? Nada!, responde o instrutor, com a condição de ter o nome preservado.
— Como assim, nada?, insisto.
— Nada. O circuito tem 500 metros e sentido único. Portanto, não ensinamos a dar seta porque isso seria errado. Eles não viram para a direita ou para a esquerda. Também não ensinamos a mudar a marcha porque não há espaço para isso. O aluno engata a primeira, faz o zigue-zague nos cones, a parada obrigatória, passa por aquela pequena caixa de brita e por aquela rampa (que é muito semelhante à faixa de pedestre elevada) e pronto. Não temos o que fazer.
— Os candidatos aprovados saem daqui prontos para enfrentar o trânsito?
— Não, não saem.
É assim que os usuários de moto do Distrito Federal são capacitados pelos centros de formação de condutores e recebem, do Estado, a autorização para conduzir um veículo de duas rodas que, por suas características, é mais arriscado para o usuário do que os demais. Entre 2002 e outubro deste ano — pouco mais de uma década — , mil pessoas por mês, em média, receberam a CNH na categoria A. Vão para as ruas dividir o espaço urbano e o caos no trânsito com outros condutores e com os pedestres.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
A conversa com o instrutor de autoescola, no circuito de treinamento de motos, revela a precariedade na formação dos motociclistas.
— O que vocês ensinam aqui para os candidatos a uma habilitação?, pergunto.
— Aqui? Nada!, responde o instrutor, com a condição de ter o nome preservado.
— Como assim, nada?, insisto.
— Nada. O circuito tem 500 metros e sentido único. Portanto, não ensinamos a dar seta porque isso seria errado. Eles não viram para a direita ou para a esquerda. Também não ensinamos a mudar a marcha porque não há espaço para isso. O aluno engata a primeira, faz o zigue-zague nos cones, a parada obrigatória, passa por aquela pequena caixa de brita e por aquela rampa (que é muito semelhante à faixa de pedestre elevada) e pronto. Não temos o que fazer.
— Os candidatos aprovados saem daqui prontos para enfrentar o trânsito?
— Não, não saem.
É assim que os usuários de moto do Distrito Federal são capacitados pelos centros de formação de condutores e recebem, do Estado, a autorização para conduzir um veículo de duas rodas que, por suas características, é mais arriscado para o usuário do que os demais. Entre 2002 e outubro deste ano — pouco mais de uma década — , mil pessoas por mês, em média, receberam a CNH na categoria A. Vão para as ruas dividir o espaço urbano e o caos no trânsito com outros condutores e com os pedestres.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
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