quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Diretor do DFTrans nega irregularidades na autarquia

Ele foi chamado pela CLDF para explicar denúncias de fraude e perseguição de funcionários


Campanella negou acusações na CLDFSilvio Abdon/CLDF
O diretor-geral do DFTrans, autarquia responsável pelo transporte público do Distrito Federal, Marco Antônio Campanella, esclareceu denúncias e rebateu críticas à gestão do órgão e do sistema de ônibus coletivo urbano nesta quinta-feira (31), na CLDF (Câmara Legislativa do DF).  
Campanella compareceu à CFGTC (Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle) da Casa para prestar informações sobre representação contra sua atuação à frente da autarquia, protocolada na comissão pela Assefit  (Associação de Auditores Fiscais de Transporte do DF). A reunião contou com a presença de técnicos do Tribunal de Contas do DF e de servidores da autarquia.  
Presidente do colegiado, o deputado Joe Valle (PDT) explicou que a convocação do diretor-geral faz parte das atribuições da CFGTC.   
— Nós somos responsáveis pelas funções de controle externo exercidas por esta Casa e, por isso, temos de acompanhar a execução do plano de governo. A nossa missão não é perseguir ninguém, mas fiscalizar.
Campanella, entre os diversos assuntos tratados, negou a utilização do DFTrans como "cabide de emprego", para beneficiar pessoas filiadas a seu partido, o PPL, e negou a informação de que estaria agindo para que empresas concessionárias do serviço de transporte coletivo urbano fornecessem passagens aéreas para militantes do partido comparecerem a reuniões em outros estados.  
Após explicar as mudanças em implementação no setor pelo governo Agnelo, como o passe livre estudantil integral; o novo sistema de bilhetagem; a intervenção no Grupo Amaral, acusado de má prestação de serviços; e a revisão do cadastro de gratuidades relativas a pessoas com deficiências – que determinou o bloqueio de 27 mil cartões –, Campanella respondeu as questões da relatora na comissão, deputada Eliana Pedrosa (PPS).  
Munida de relatórios do Tribunal de Contas do DF que apontam irregularidades na gestão do DFTrans e de decisões de aplicar multas, a serem pagas pelo responsável, Eliana cobrou respostas a pedidos de informação feitos pela comissão à autarquia e ainda não atendidos, além de senhas para os integrantes da CFGTC poderem acompanhar a contabilidade do órgão. Ele afirmou que as senhas teriam sido enviadas à CLDF no mês passado.  
O diretor afirmou, ainda, que os cartões de passe livre utilizados indevidamente estão sendo bloqueados, os veículos não autorizados estão sendo retirados de circulação e os recursos destinados a cobrir as despesas dos percursos irregulares estão sendo "glosados" (não têm sido pagos). A deputada Eliana Pedrosa solicitou cópia dos documentos que comprovam essas informações, e o diretor se comprometeu a enviá-los à Câmara Legislativa até esta sexta-feira (1º).
FONTE: R7 DF

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