Câmara de Várzea Grande consegue em poucas horas o que a de Cuiabá falhou dois meses: afastar o presidente
O ambiente hostil nas Câmaras de Cuiabá e Várzea Grande, com sucessivas crises, possui pelo menos três componentes em comum: a falta de dinheiro por causa do aumento de vereadores, a pouca habilidade dos presidentes no trato com os colegas e o pouco caso dos dois prefeitos para o que acontece no Poder Legislativo.
E a origem da luta pelo afastamento dos presidentes das Câmaras de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima (PSD), e de Várzea Grande, vereador Doutor Waldir Bento da Costa (PMDB) é a mesma: os próprios colegas de plenário. Provavelmente por isso, embora tenha nomes de palácios, as duas tenham recebido da imprensa o apelido de Casas dos Horrores.
A crise nas duas câmaras é por falta de dinheiro. A legislação determinou o aumento de 19 para 25 vereadores em Cuiabá, e de 13 para 21, em Várzea Grande. Houve aumento de salários, da verba de gabinete e da verba indenizatória, mas o orçamento permaneceu o mesmo.
João Emanuel “escapou” de perda do cargo e até mesmo de mandato após intensa batalha judicial e articulação interna, com interferência direta do seu sogro, deputado estadual José Riva (PSD), presidente afastado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A bancada de sustentação ao prefeito Mauro Mendes (PSB) passou semana irredutível, no desejo de afastá-lo do cargo.
Já Waldir Bento foi literalmente ‘despejado’ do seu gabinete. Horas depois de aprovar o afastamento em plenário, o primeiro vice-presidente do Poder Legislativo, vereador Leonardo Mayer (PROS), tomou posse como presidente em exercício da Câmara e, nesta sexta-feira (25/10), mandou trocar o miolo das chaves e tomou posse do espaço físico.
Embora seja do PMDB, mesmo partido do prefeito Walace Guimarães, que também é médico, não existe qualquer sinalização do Palácio Júlio Domingos Fiote de Campos que possa contribuir na defesa de Bento da Costa. “É questão ‘interna corporis’ do Poder Legislativo e o prefeito não tem condições de interferir nisso”, pontua ele.
Bento da Costa teve agravada a sua situação pelo pouco caso com que tratava alguns colegas. Dos 21, apenas 13 têm gabinetes. Os outros nove despacham nos corredores ou em gabinetes emprestados. Em 10 meses, Doutor Waldir tratou o caso humilhante de os colegas trabalharem e atenderem eleitores, nos corredores, como absolutamente normal. E, alguns casos, até fazia piada.

Com 14 dos 21 vereadores enfurecidos, Câmara de Várzea Grande levou menos de 24 horas para afastar o presidente, Doutor Waldir Bento da Costa
E a origem da luta pelo afastamento dos presidentes das Câmaras de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima (PSD), e de Várzea Grande, vereador Doutor Waldir Bento da Costa (PMDB) é a mesma: os próprios colegas de plenário. Provavelmente por isso, embora tenha nomes de palácios, as duas tenham recebido da imprensa o apelido de Casas dos Horrores.
A crise nas duas câmaras é por falta de dinheiro. A legislação determinou o aumento de 19 para 25 vereadores em Cuiabá, e de 13 para 21, em Várzea Grande. Houve aumento de salários, da verba de gabinete e da verba indenizatória, mas o orçamento permaneceu o mesmo.
João Emanuel “escapou” de perda do cargo e até mesmo de mandato após intensa batalha judicial e articulação interna, com interferência direta do seu sogro, deputado estadual José Riva (PSD), presidente afastado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A bancada de sustentação ao prefeito Mauro Mendes (PSB) passou semana irredutível, no desejo de afastá-lo do cargo.
Já Waldir Bento foi literalmente ‘despejado’ do seu gabinete. Horas depois de aprovar o afastamento em plenário, o primeiro vice-presidente do Poder Legislativo, vereador Leonardo Mayer (PROS), tomou posse como presidente em exercício da Câmara e, nesta sexta-feira (25/10), mandou trocar o miolo das chaves e tomou posse do espaço físico.
Embora seja do PMDB, mesmo partido do prefeito Walace Guimarães, que também é médico, não existe qualquer sinalização do Palácio Júlio Domingos Fiote de Campos que possa contribuir na defesa de Bento da Costa. “É questão ‘interna corporis’ do Poder Legislativo e o prefeito não tem condições de interferir nisso”, pontua ele.
Bento da Costa teve agravada a sua situação pelo pouco caso com que tratava alguns colegas. Dos 21, apenas 13 têm gabinetes. Os outros nove despacham nos corredores ou em gabinetes emprestados. Em 10 meses, Doutor Waldir tratou o caso humilhante de os colegas trabalharem e atenderem eleitores, nos corredores, como absolutamente normal. E, alguns casos, até fazia piada.
Com 14 dos 21 vereadores enfurecidos, Câmara de Várzea Grande levou menos de 24 horas para afastar o presidente, Doutor Waldir Bento da Costa
Waldir Bento registrou Boletim de Ocorrências na Delegacia de Polícia Civil de Várzea Grande sobre um suposto arrombamento ao gabinete que ocupava na Câmara Municipal, onde alega que não conseguiu abrir as portas do gabinete, com suas chaves, nem com as chaves da assessoria do Poder Legislativo.
Uma equipe de peritos acompanhou o vereador até a sede da Câmara para averiguar o fato e constatou que não houve arrombamento e, sim, troca de fechadura na sala da Presidência. O requerimento assinado por14 parlamentares avaliza o início dos trabalhos de uma Comissão Processante, que investiga a contratação irregular de 20 servidores e pode até resultar na cassação do mandato de Waldir.
Leonardo Mayer nega que há pré-disposição em cassar o atual presidente e assegura que cumprirá a determinação do Ministério Público e irá exonerar os 20 servidores contratados de maneira ilegal. “Cumprirei com o que o Ministério Público recomendou e exonerarei todos os servidores da Casa que foram contratados de forma irregular”, garante o presidente em exercício.
Uma equipe de peritos acompanhou o vereador até a sede da Câmara para averiguar o fato e constatou que não houve arrombamento e, sim, troca de fechadura na sala da Presidência. O requerimento assinado por14 parlamentares avaliza o início dos trabalhos de uma Comissão Processante, que investiga a contratação irregular de 20 servidores e pode até resultar na cassação do mandato de Waldir.
Leonardo Mayer nega que há pré-disposição em cassar o atual presidente e assegura que cumprirá a determinação do Ministério Público e irá exonerar os 20 servidores contratados de maneira ilegal. “Cumprirei com o que o Ministério Público recomendou e exonerarei todos os servidores da Casa que foram contratados de forma irregular”, garante o presidente em exercício.
FONTE: OLHAR DIREITO
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