segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Após 33 dias de internação, adolescente viciado em crack ganha 20 quilos

Jovem fugiu de casa e estava morando há cinco meses dentro de um Fusca


A reportagem da TV Record Brasília mostrou há um mês e três dias a história de um adolescente de 15 anos viciado em crack que fugiu de casa e foi morar dentro de um Fusca velho em Ceilândia (DF). Após 33 dias de internação em uma clínica especializada, o jovem conseguiu ganhar 20 quilos.
A mãe do menor, a auxiliar de serviços gerais Jacira Botelho, ficou cinco meses sem encontrar o filho e pediu ajuda. O jovem passava os dias nas ruas da cidade, dormia e comia dentro do veículo, onde consumia a droga diversas vezes e passava noites sem dormir. 
Depois de contar a história e se solidarizar com a situação, o apresentador do Balanço Geral DF, Henrique Chaves, conseguiu ajuda e levou o jovem para a clínica. Ele foi visto pela última vez com as mãos sujas, machucadas, magro, desorientado, totalmente consumido pelo crack. 
Jacira viu o filho pela última vez há exatos 34 dias, desde quando ele foi levado para o tratamento. Emocionada, a auxiliar de serviços gerais não conseguiu esconder a felicidade.
— Estou feliz, muito feliz. Hoje choro, mas é um choro de alegria, de felicidade, de esperança. Quero ver meu filho bem.
Rafaela Mansur, funcionária da clínica, relatou que desde quando o jovem começou o tratamento mudou a cabeça, ganhou corpo e está totalmente concentrado na terapia.
Durante o reencontro, a mãe quase não reconhece o filho. 
— Ele estava magro, todo sujo, machucado, horrível, mas sempre tive fé em Deus que esse momento iria chegar. 
O jovem também não esconde a garra e determinação em querer mudar a própria história, mudar de vida e traçar um destino diferente do que viveu até então.
— Estou feliz, graças a Deus. Estou mais gordinho, ganhei 20 quilos. Estou usando tênis, roupas novas. Queria agradecer a clínica que me acolhe muito bem aqui, todos os dias. Tomo banho várias vezes ao dia, uso a piscina. Gosto de tudo aqui, principalmente do restaurante.
Durante a entrevista, o adolescente disse que teve sorte e que Deus olhou por ele, porque sabia que poderia estar morto se não tivesse recebido ajuda.  
— Vou ficar um bom tempo aqui, o tempo que for necessário. Aqui é diferente dos outros lugares onde fui internado. A equipe é bem preparada, tem atividades, interação, a gente conversa e mantém contato com a família.   
Rafaela Mansur está satisfeita com o empenho do rapaz e acredita que ele tem um futuro brilhante pela frente.  
— Ele é o xodó da clínica e já é exemplo para os outros pacientes.  
Agora, o rapaz aproveita o tempo livre para praticar esportes e fazer planos para o futuro. Ele disse que quando sair da clínica vai investir na ginástica olímpica, carreira que sempre sonhou seguir.  
Ele também fez uma promessa para a família e para ele mesmo: "drogas nunca mais!"

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