sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Angolano, no ES, sonha em ser juiz e reconstruir terra natal após Enem

Abel Cavalo teve que aprender história do Brasil em pouco tempo.
Ele se preparou para a prova em um pré-vestibular social.


Abel mora em Vitória e faz teologia. (Foto: João Carlos Fraga/ Rede Gazeta)
Abel mora em Vitória e faz teologia.
(Foto: João Carlos Fraga/ Rede Gazeta)



O sonho do imigrante Abel Cavalo, de 25 anos, é se formar em direito, tornar-se juiz no Brasil e adquirir conhecimento para ajudar a reconstruir Angola - país onde ele nasceu e que foi arrasado pela guerra civil. Atualmente noEspírito Santo, o jovem vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste final de semana.
Ao lado de amigos angolanos, ele teve que aprender a história e a geografia brasileiras em poucos meses. O grupo vindo da África se preparou em um pré-vestibular social.
Abel veio morar no Espírito Santo para fazer teologia em uma faculdade que tem convênio com a igreja evangélica da qual ele faz parte, em Angola. O jovem mora, desde janeiro deste ano, em uma república no bairro Jardim Camburi, em Vitória. Mas após estudar na faculdade, ele planeja retornar para seu país.
Abel (de cinza) ao lado de amigo angolano. (Foto: João Carlos Fraga/ Rede Gazeta)Abel (de cinza) ao lado de amigo angolano.
(Foto: João Carlos Fraga/ Rede Gazeta)
Segundo Abel, o formato do ensino médio brasileiro é diferente do padrão angolano. No país africano, o ensino é técnico, focado em uma determinada área e essa deve ser a principal dificuldade dele durante as provas de ciências humanas e da natureza. “Em Angola, as universidades só têm provas de admissão de conhecimento específico e, geralmente, você continua na área que estudou no técnico”, comentou.
Ainda criança, Abel perdeu o avô na guerra e decidiu dedicar a vida a lutar pelos direitos dos mais necessitados. O Enem tem tirado o sono do rapaz, que, a cada aula do curso preparatório, brinca que tem a impressão de saber menos. “É muita coisa para estudar. Às vezes, fico até três horas acordado por causa desse clima da prova”, contou.
Abel (de cinza) ao lado dos amigos angolanos. (Foto: João Carlos Fraga/ Rede Gazeta)Abel (de cinza) ao lado dos amigos angolanos. (Foto: João Carlos Fraga/ Rede Gazeta)FONTE: G1 DF

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