A maior floresta tropical esconde nos pormenores sua beleza superlativa

Um barco repleto de mordomias conduz o viajante ao longo do Rio Amazonas, no Peru. E apresenta os mais bem guardados tesouros da floresta: a natureza em seu estado primitivo e sua gente simples e hospitaleira. De tamanho similar ao da Bélgica, a Reserva Nacional Pacaya Samiria tem catalogadas 527 espécies de aves, 269 de peixes, 102 de mamíferos, 69 de répteis e 58 de anfíbios, além de 1.025 variedades vegetais.

A melhor - e mais luxuosa - forma de conhecer a região é a bordo do Aria (aquaexpeditions.com), uma versão luxuosa de um barco de expedição em rio. Tem 16 suítes, oito em cada deck, e abriga um total de 36 passageiros e 24 tripulantes. Na proa, Hidro e espreguiçadeiras ficam à disposição. Tem restaurante, bar, sala de leitura e lojinha. O preço médio, por pessoa, é de US$ 1 mil por noite, com pensão completa.

As cabines têm janelas panorâmicas e estão equipadas com ar-condicionado, sala de estar com sofá e poltrona, armário e cofre. Têm console para iPod/MP3. As duas camas gêmeas viram uma king size. No banheiro, ducha com pressão garante um banho de primeira.

Embora a embarcação seja realmente pura mordomia flutuante, é a natureza que chama atenção dos viajantes. A aurora desponta no horizonte como um incêndio. A metamorfose da noite em dia é uma das experiências mais intensas que se pode viver na maior floresta tropical do mundo.

Ao chegar na mata, preste atenção aos detalhes, porque as belezas da floresta estão mesmo no microcosmo - no diminutivo. Na foto, uma maria-fedida com um curioso desenho sugando um cogumelo

A temperatura média anual na região é de 22ºC a 32ºC. Na cheia (dezembro a maio), a navegação é mais fácil, mas o roteiro opera o ano todo. Na imagem, vitórias-régias encontradas no fim da trilha de Yucuruchi.

A vacina contra febre amarela é obrigatória para visitar a região, e deve ser aplicada ao menos dez dias antes da viagem. A dica fica por conta do repelente e das roupas de coloração verde e ocre, que não destoam da selva e ajudam a minimizar o ataque de mosquitos. Na foto, uma libélula.

Nas trilhas, o viajante deve levar mochila de ataque, toalhinhas de rosto e cantil. O conselho é usar camisas de manga longa e calças com bolsos laterais, assim como chapéu. Na foto, a carnívora formiga-correição, conhecida por promover 'arrastões'.