Sobreviventes do terremoto no Paquistão ainda esperam por ajuda
Milhares de sobreviventes do devastador terremoto de terça-feira que deixou 350 mortos na distante região paquistanesa do Baluquistão continuavam esperando por socorro nesta quinta-feira, dois dias depois da catástrofe.
Vários povoados, com suas casas precárias, ficaram totamente arrasados pelo terremoto. Milhares de sobreviventes passaram novamente a noite ao relento e continuavam esperando ajuda de emergência.
"Não recebemos do governo nenhuma ajuda, nem comida, nem remédios", queixou-se Abdul Latif, de 25 anos, que participou em uma manifestação com outras 200 pessoas diante da sede do chefe de distrito de Awaran.
O terremoto de magnitude 7,7 atingiu o distrito de Awaran, no Baluquistão, fronteira com o Irã, a província mais pobre do país e cenário de atentados cometidos por grupos islamitas, assim como de uma guerra travada entre a rebelião separatistas e as forças governamentais.
Nesta quinta-feira, vários foguetes foram disparados contra o helicóptero do chefe dos serviços de emergência paquistaneses, que sobrevoava as regiões atingidas pelo terremoto.
O exército paquistanês foi mobilizado para socorrer os sobreviventes dos seis distritos — Awaran, Kech, Gwadar, Panjgur, Chaghi e Khuzdar — mais afetados e com uma população de mais de 300.000 pessoas.
As autoridades paquistanesas decretaram estado de emergência em parte do Baluquistão.
O exército paquistanês já enviou 100 médicos, mobilizou 1.000 soldados na região e montou um hospital de campanha em Tarteej, uma das localidades mais afetadas.
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