quinta-feira, 26 de setembro de 2013


Relação com EUA é estratégica, mas Brasil não negocia sua soberania, diz Dilma


Dilma Rousseff participou do seminário “Oportunidades em Infraestrutura no Brasil” em Nova York.

A presidente brasileira Dilma Rousseff disse nessa quarta-feira, 25 de setembro, em Nova York, que a relação do Brasil com os Estados Unidos é estratégica, mas que Brasília não negocia sua soberania. A declaração reforçou as duras críticas feitas a Washington na véspera pela chefe de Estado, durante seu discurso na abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

Pouco antes de ser ouvida por executivos norte-americanos, canadenses e europeus no seminário empresarial “Oportunidades em Infraestrutura no Brasil”, a presidente Dilma Rousseff respondeu às perguntas dos jornalistas sobre seu discurso da véspera, no qual criticou duramente a escândalo de espionagem protagonizado pelos Estados Unidos. Durante a entrevista coletiva, a líder explicou que a relação de Washington com Brasília é “estratégica” e “ultrapassa” o mal-estar provocado pelas ações da agência de segurança norte-americana. “É possível elevar esse patamar e acredito que essa é a vontade do presidente Barack Obama, mas as condições têm que ser construídas”, completou Dilma.
Ainda sobre o caso de espionagem, a presidente brasileira insistiu na responsabilidade das autoridades norte-americanas. “Nada do que foi dito era do desconhecimento das autoridades americanas”, disse ela. “Nenhum governo pode transigir nem com os direitos civis e a privacidade da população, nem tampouco pode negociar sua soberania”, enfatizou a chefe de Estado.
Dilma também explicou que não espera uma interferência direta das Nações Unidas na questão do acesso aos dados na rede mundial de computadores. “Nós não estamos pedindo que a ONU controle a internet e nós não concordamos com esse tipo de controle. Nós queremos que a ONU preserve a segurança e não deixe que a nova guerra se dê dentro do mundo cibernético”, concluiu a presidente.

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