Guerra civil na Síria arrasta potências externas para conflito
A guerra civil na Síria cada vez mais depressa arrasta potências de fora do país para o conflito militar interno.
Rússia e Síria têm um contrato assinado há três anos para entrega de avançados mísseis antiaéreos, o sistema S-300, que tem alcance de 200 quilômetros. O vice-ministro das Relações Exteriores confirmou que vai cumprir o acordo, e disse que Moscou quer impedir uma intervenção externa no conflito.
O envio dos mísseis não vai acontecer antes da conferência de paz acertada por Washington e Moscou, que deverá ser em junho, mas muitos analistas não acreditam na possibilidade de um acordo com o presidente Bashar Al-Assad.
Na guerra de palavras entre os russos e o governo sírio de um lado, e americanos, europeus e os rebeldes do outro, uma decisão importante veio da União Europeia, que suspendeu o embargo ao fornecimento de armas aos rebeldes.
Também não é para já, vale apenas a partir de agosto. Ficou claro que nada de concreto acontecerá antes da conferência de paz, mas foi um recado dos europeus para Moscou e Damasco. A Europa não permitirá que os rebeldes sejam derrotados militarmente.
Nesta terça-feira (28), na Síria, o comandante da oposição disse que, se não receber logo mísseis antiaéreos do Ocidente, é quase certo que perderá o controle sobre a cidade estratégica de Qusayr, na fronteira entre Líbano e Síria.
Com a entrada do grupo xiita libanês Hezbollah na guerra civil da Síria, a maré virou contra os rebeldes. Milhares de combatentes do Hezbollah foram enviados para lutar ao lado do exército sírio. Enquanto os diplomatas travam uma guerra de declarações, no campo de batalha, o conflito parece estar entrando em uma fase ainda mais perigosa.
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