O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, conversa com apoiadores para celebrar as eleições parlamentares em Caracas, Venezuela Foto: Federico Parra/AFP
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, dominado por funcionários leais ao ditador Nicolás Maduro, declarou na noite de domingo que o partido chavista havia obtido uma “vitória esmagadora” nas eleições regionais e legislativas.
Nenhum monitor de votação independente estava presente, e os críticos chamaram a eleição de uma farsa projetada para carimbar um governo aprovado por Maduro.
Os resultados, anunciados na televisão estatal e apresentados sem evidências, tiraram da oposição alguns dos últimos cargos que ela ocupava, incluindo o cargo de governador de Zulia, o Estado mais populoso do país e o centro de sua riqueza petrolífera.
Apesar das ruas e locais de votação quase vazios, o conselho eleitoral afirmou que o comparecimento foi superior a 40%. O CNE não publicou os resultados on-line, como havia feito nas eleições anteriores a 2024.
No pleito deste domingo, foram escolhidos deputados estaduais; 285 deputados federais; e todos os 24 governadores da Venezuela - incluindo, pela primeira vez, o de Essequibo, a região da Guiana que Caracas alega ser seu território.
A temperatura mínima registrada na manhã desta terça-feira (13/5) foi de 15º C, agravada pelos ventos gelados
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Os brasilienses viram a terça-feira (13/5) amanhecer com temperatura baixa, alta concentração de nuvens e massa de ar fria. O termômetro marcando 15º C no início do dia fez com que as blusas de frio e gorros virassem peça essencial no vestuário ao saírem de casa. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a sensação térmica mínima foi de 11,5 º C.
Essa situação climática já era esperada pelo Inmet, que prevê maio com temperaturas amenas nas primeiras horas do dia, elevação progressiva ao longo do período da tarde. Segundo o órgão, a tendência para esta semana é de baixa umidade relativa do ar e sem previsão de chuvas com as temperaturas entre 14ºC e 27ºC.
O mês de maio é marcado pelo início do período de seca em Brasília, mas o céu com número elevado de nuvens chamou a atenção. O meteorologista Olivio Bahia explicou que apesar do frio sentido pelos moradores da capital, não há frente fria vinda do Sudeste, apenas um frio causado pelas baixas temperaturas da madrugada e ampliado pelos ventos gelados que diminuem a sensação térmica.
De acordo com o especialista, a sensação térmica varia de pessoa para pessoa e é uma medida indireta calculada estimada influenciada por vários fatores.
“O vento gelado faz com que a sensação térmica diminua a temperatura real e a percepção pode depender de fatores biológicos e até roupas utilizadas, por exemplo, uma pessoa com blazer sentirá menos frio”.
Para Olivio, a explicação para a nebulosidade vista principalmente na região central da capital é de que “as nuvens baixas se formam próximas ao solo e dependendo do local pode ter neblina ou nevoeiro em função das temperaturas mais baixas”.
As temperaturas dificilmente ultrapassarão os 30ºC no período de secas e na parte da noite o clima deve ter uma queda de temperatura gradativa. “Deve ser tomado cuidado durante o dia ingerindo bastante água e usando protetor solar e usar blusa de meia estação para evitarem resfriados”, alerta Olivio.
Há uma pequena chance de precipitação durante esse período e mesmo que aconteça, podem haver apenas chuvas passageiras que não serão suficientes para encher reservatórios e solos. A época de seca fará com que a paisagem de Brasília mude, com o desaparecimento do verde da natureza e a chegada do cinza. Além dos cuidados pessoais necessários, é necessário estar atento para possíveis incêndios florestais, que são bem comuns neste período do ano.
Na manhã de terça-feira (13/05), a imagem da região da Cracolândia esvaziada chamou a atenção. O cenário era atípico na rua dos Protestantes, na Santa Ifigênia — ponto que concentrava centenas de usuários.
O esvaziamento da região no centro de São Paulo foi comemorado por autoridades como sinal de avanço nas ações integradas de segurança pública e assistência social.
O vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo (PL), fez uma série de publicações no Instagram parabenizando a atuação de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e demais forças de segurança na Cracolândia pela diminuição do "fluxo" de usuários de drogas.
Nas publicações, o vice-prefeito afirma que "a imprensa está inconformada porque não há dependentes químicos" e que "estamos vencendo essa guerra".
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também comemorou as imagens nas redes sociais.
"Quem já viu esse ponto da Rua dos Protestantes antes se impressiona com essa imagem de hoje", afirmou.
"Prendemos as principais lideranças do tráfico de drogas no centro de São Paulo. Desmascaramos pensões e hotéis que serviam de pontos de distribuição de entorpecentes e para lavagem de dinheiro do PCC, que explorava o vício de dependentes químicos. A droga parou de chegar, fazendo com que o centro de São Paulo deixasse de ser um ponto interessante para a criminalidade."
Porque a CRACOLÂNDIA está VAZIA? Orlando Morando EXPLICA Já oprefeito Ricardo Nunes (MDB)se mostrou surpreso com as imagens. Quando questionado pela TV Globo sobre o "sumiço" do fluxo, ele disse que "ainda está tentando entender o episódio" e que não dá para dizer que o problema da Cracolândia está resolvido. "Surpreendeu a prefeitura. Mas, obviamente, a gente já vinha reduzindo gradativamente. Todos os dias vinha reduzindo a quantidade de pessoas lá. As pessoas indo para tratamento, voltando para os seus Estados, as pessoas aceitando a internação", diz o prefeito, que também mencionou como possíveis a demolição de imóveis na favela do Moinho. 'Lógica da pancada' Movimentos que acompanham a situação da região há anos, como o Craco Resiste, contestam a narrativa oficial. O atual "fluxo" ficava em uma área entre as ruas dos Protestantes e dos Gusmões, cercadas por um muro de cerca de 40 metros de extensão, construído pela prefeitura em janeiro deste ano. Na época, a Defensoria Pública afirmou que o local era um "curral humano". "Essa história de 'sumiço' é uma grande mentira. O que desapareceu aqui foram os direitos", afirma Marcel Segalla, integrante da Craco Resiste, que respondeu à BBC News Brasil enquanto estava no local. Segundo ele, usuários continuam dispersos na região central. "As pessoas estão sendo espancadas e empurradas como animais, de um lado para o outro. Estamos localizando essas pessoas — elas estão nas esquinas, nas calçadas, ainda no território, mas agora apanhando da PM, da GCM e da polícia civil. É muita viatura, muito dinheiro público gasto nesse aparato absurdo de repressão", diz. "É uma repetição do que vimos em 2012. A lógica da pancada, que impede as pessoas de dormir, de permanecer, de circular livremente. Isso é violação do direito de ir e vir", afirma. A crítica remete a uma operação deflagrada em janeiro de 2012, que ficou conhecida como "Operação Dor e Sofrimento" e também dispersou usuários à força na gestão de Gilberto Kassab. "Estamos andando pelas ruas e ouvindo muitos relatos de abusos — agressões com cassetetes no rosto, especialmente pela GCM, que parecem ter recebido orientação para isso. Também chegaram denúncias de internações forçadas, com pessoas sendo colocadas à força em vans e levadas para os Caps AD, sem qualquer consentimento", afirma Segalla.
O governo de Javier Milei publicou nesta quarta-feira, 14, um decreto endurecendo as regras migratórias, o que pode afetar os milhares de brasileiros que vivem atualmente na Argentina
Entre as medidas, que já haviam sido prometidas em dezembro do ano passado, estão a cobrança pelos serviços de saúde a estrangeiros, permissão para que universidades cobrem mensalidades de não-argentinos, regras mais rígidas de entrada e expulsões mais rápidas.
O anúncio foi feito inicialmente pelo porta-voz da presidência, Manuel Adorni, em sua tradicional coletiva de imprensa e posteriormente publicada no perfil oficial da presidência nas redes sociais.
O presidente da Argentina, Javier Milei, durante conferência conservadora em fevereiro Foto: Jose Luis Magana/AP
O cumprimento agora da promessa já antiga, em especial pela forma que foi, gerou questionamentos na imprensa argentina se Adorni estaria utilizando a medida eleitoralmente, já que ele concorre como candidato às eleições Legislativas de Buenos Aires neste domingo, 18.
Entre as medidas anunciadas estão:
Pessoas condenadas por crimes terão a entrada barrada na Argentina;
Quem for pego cruzando ilegalmente a fronteira será imediatamente expulso;
Quem mentir em suas informações durante a admissão será expulso;
Qualquer estrangeiro condenado por qualquer crime será deportado;
Os prazos de recurso de deportação serão encurtados;
Imigrantes irregulares e residentes temporários e transitórios terão que pagar por serviços de saúde;
Quem entra na Argentina deve apresentar seguro médico;
As universidades poderão cobrar por serviços educacionais, se assim desejarem;
Os requisitos para obtenção de residência permanente e cidadania serão mais rigorosos, e só serão concedidos àqueles que residirem continuamente na Argentina por dois anos sem sair do território nacional;
Aqueles que permanecerem ilegalmente não poderão obter cidadania.
Para justificar o decreto, Adorni argumentou que 1,7 milhão de imigrantes entraram irregularmente no país nos últimos 20 anos, o “equivalente à população de La Matanza (cidade da Grande Buenos Aires) ou da província de Tucumán”, disse.
“Quero refletir sobre o espírito da lei. Em seu auge, muitos de nossos avós e bisavós chegaram de barco para consolidar o futuro de nossa nação. Graças às mudanças do Presidente, a Argentina voltará a ser a terra prometida. Como fizemos em nossos primórdios, queremos acolher aqueles que vêm para construir um país livre e próspero”, continuou, antes de ecoar o slogan de Donald Trump, um aliado de Milei: “É hora de honrar a história e tornar a Argentina grande novamente”.
Atualmente, mais de 90 mil brasileiros vivem na Argentina, segundo o Ministério de Relações Exteriores. Muitos vão ao país para estudar medicina em suas universidades públicas, a mais notória é a Universidade de Buenos Aires (UBA).
O número de brasileiros estudando em universidades argentinas gira em torno de 21 mil, sendo 13,9 mil nas universidades públicas, segundo dados do governo argentino de 2022, os últimos disponíveis.
Milei já havia dito que estrangeiros representam um “fardo” ao sistema público de ensino do país. O número total de pessoas de outras nacionalidades na educação superior, no entanto, representa apenas 4,1% do total de alunos da graduação e 9,9% da pós-graduação, calculou o site argentino de checagem Chequeado.
Nas universidades de medicina, porém, a proporção é maior. A UBA, uma das mais prestigiosas do mundo, segundo rankings universitários internacionais, tem mais de 20% de estrangeiros em seus cursos de medicina, sendo grande parte deles brasileiros. Outras nacionalidades que buscam a educação superior argentina são Peru, Bolívia, Paraguai, Chile, Colômbia e Uruguai.
A cobrança pelos serviços públicos de saúde também afetará os brasileiros, bem como a exigência de um seguro de saúde para turistas que visitem o país.
Artista performa em frente a policiais que protegem o Congresso argentino durante um protesto contra Milei em 7 de maio Foto: Luis Robayo/AFP
“Esta medida visa garantir a sustentabilidade do sistema de saúde pública, para que ele deixe de ser um centro de lucro financiado pelos nossos cidadãos”, justificou Adorni. Segundo ele, em 2024, “o atendimento médico a estrangeiros em hospitais nacionais custaria aproximadamente 114 bilhões de pesos”.
Diferentemente de suas tradicionais coletivas de imprensa semanais, Adorni não permitiu que os jornalistas fizessem perguntas desta vez, segundo observou os jornais argentinos. Além disso, esta foi a terceira coletiva de imprensa seguida do porta-voz, o que levantou questionamentos de um possível uso do espaço como palanque.
Adorni é um dos candidatos a legislador pela cidade de Buenos Aires que passará por eleições neste domingo. Além dele concorrem o ex-candidato a presidente nas primárias Horacio Rodríguez Larreta, o ex-aliado de Milei Ramiro Marra e outros. O porta-voz é o candidato do A Liberdade Avança, partido de Milei.
Além de eleições legislativas locais, a Argentina passa em outubro por eleições de meio de mandato, em que se renovarão parte das bancadas do Congresso e do Senado. O pleito será um teste de fogo para Milei, que até o momento vem colhendo bons frutos de popularidade após suas medidas de ajuste econômico que fizeram a inflação recuar. Nesse sentido, as eleições locais portenhas podem servir de termômetro do cenário nacional.
A 8ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal confirmou a sentença que negou o pedido de uma mulher para que o ex-companheiro excluísse todas as fotos dela de suas redes sociais depois do término do relacionamento.
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TJ-DF negou pedido para ex remover fotos de antigo relacionamento nas redes sociais
O colegiado entendeu que as imagens, publicadas durante o período de convivência, não configuram ofensa à honra ou à imagem da autora e estão protegidas pelo direito à liberdade de expressão.
A autora ajuizou ação para exigir a remoção completa de suas fotos dos perfis do réu no Instagram e no Facebook, com a alegação de que a permanência das imagens causava-lhe desconforto emocional e comprometia sua privacidade. E afirmou ainda que sofreu problemas de saúde mental em razão da situação.
Além disso, solicitou a devolução de valor emprestado durante o relacionamento. O réu não apresentou defesa e foi declarado revel.
A decisão de primeira instância determinou a restituição do dinheiro e a retirada da foto principal do perfil do réu, que exibia o casal junto, por transmitir a ideia equivocada de continuidade da relação. Entretanto, negou a exclusão das demais imagens.
Ao julgar o recurso, o TJ-DF destacou que as fotos contestadas são registros históricos, feitos durante a época em que o casal estava junto e não apresentam conteúdo ofensivo ou vexatório.
O relator ressaltou que “as poucas fotos da autora existentes no perfil do réu são da época do relacionamento entre as partes e não foram publicadas após o término da relação entre eles, sendo mero registro contemporâneo ao convívio dos litigantes”.
Ele acrescentou ainda que as imagens estavam em perfis de acesso restrito, disponíveis apenas a seguidores aprovados no Instagram ou localizados em uma aba secundária no Facebook. Diante disso, o colegiado manteve a sentença que determinou a devolução do valor emprestado e a exclusão apenas da foto principal do perfil e negou o pedido de exclusão das demais imagens. A decisão foi unânime.
Com informações da assessoria de imprensa do TJ-DF.
Interação com republicano é uma reviravolta impressionante para al-Sharaa, que liderou um braço da al-Qaeda e chegou a ficar detido em uma prisão americana no Iraque, antes de romper laços com o grupo
O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman (dir.) observa o presidente dos EUA, Donald Trump (centro), cumprimentar o presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, em Riad. 14/05/2025 - (Saudi Royal Palace/Bandar Al-Jadoud/AFP)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrou nesta quarta-feira, 14, com o presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, durante sua viagem à Arábia Saudita. A reunião ocorreu depois do republicano anunciar, na noite anterior, a suspensão de todas as sanções americanas contra a nação árabe. O chefe da Casa Branca e al-Sharaa se encontraram antes de uma conferência do Conselho de Cooperação do Golfo, parte da visita de quatro dias de Trump ao Oriente Médio, onde corteja a Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes para fazerem investimentos nos Estados Unidos.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, elogiou Trump por suspender as sanções à Síria, uma medida que chamou de “corajosa”. Em uma publicação no X, antigo Twitter, ela escreveu que o líder americano disse a al-Sharaa que “ele tem uma tremenda oportunidade de fazer algo histórico em seu país”, além de ter encorajado seu governo a assinar os Acordos de Abraão – uma iniciativa que Trump começou em seu primeiro mandato para que as nações do Oriente Médio normalizem as relações com Israel – e “ordenar a todos os terroristas estrangeiros que deixem a Síria”. Sharaa, por sua vez, afirmou aos líderes que espera que seu país possa servir como um elo comercial crucial entre o leste e o oeste, segundo Leavitt. O encontro foi o ápice de meses de diplomacia por parte dos sírios, bem como de seus aliados turcos e sauditas, que acreditavam que um encontro pessoal com Trump seria fundamental para encerrar o isolamento internacional da Síria após anos de ditadura de Bashar al-Assad. Seu governo foi derrubado por grupos rebeldes, liderados por al-Sharaa, em dezembro.
O grupo islamista palestino Hamas anunciou, neste domingo (11), após discussões com representantes dos Estados Unidos sobre uma trégua em Gaza, que vai libertar o refém americano-israelense Edan Alexander, em cativeiro desde o ataque de 7 de outubro de 2023.
"O soldado israelense Edan Alexander, com dupla cidadania americana, será libertado como parte dos esforços para um cessar-fogo, a abertura de pontos de travessia e a entrada de ajuda e [serviços] de resgate ao nosso povo" na Faixa de Gaza, informou, em um comunicado, o Hamas, que governa o devastado território palestinobição
O anúncio do grupo islamista ocorre antes da visita ao Oriente Médio do presidente americano, Donald Trump, que visitará a Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos de 13 a 16 de maio. O magnata republicano agradeceu neste domingo em sua rede Truth Social àqueles que tornaram possível essa "notícia monumental" e qualificou a libertação como "gesto de boa fé".