sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Torcida do Chelsea desdenha do Palmeiras e do Mundial

 ESPORTES

Alguns torcedores afirmaram que acreditam que a competição "é desperdício de tempo"

Torcedores do Chelsea apoiam o time no Mundial de Clubes

Torcedores do Chelsea apoiam o time no Mundial de Clubes

Foto: Matthew Childs / Reuters

O Mundial de Clubes no formato atual da Fifa é um título inédito para Palmeiras e Chelsea. Porém, uma eventual conquista será comemorada bem diferente entre as duas torcidas. Enquanto o torcedor palmeirense sonha com o troféu para acabar com a gozação dos rivais, o fã do Chelsea preferia que sua equipe nem tivesse viajado para Abu Dhabi. "O melhor futebol está na Europa. Os maiores clubes estão na Europa, então por que jogar, sabe? É no meio da temporada, temos a Champions League e ainda estamos vivo em todas as competições. E agora temos que viajar para o outro lado do mundo para disputar dois jogos. Para quê? Só por que ganhamos a Champions League? Acho que é um desperdício de tempo", afirmou um torcedor do Chelsea em entrevista ao site de apostas Betway. "Nós normalmente jogamos contra um time sul-americano e isso não parece ter nenhum significado", completo outro.

Os torcedores do Chelsea deixaram claro que não acompanham o Palmeiras ou qualquer outro clube do futebol brasileiro. Em 2012, eles perderam a decisão do Mundial para o Corinthians. Liga dos Campeões, Campeonato Inglês, Copa da Inglaterra e até a inexpressiva Copa da Liga Inglesa está a frente do Mundial para os fãs do clube londrino. A falta de interesse dos europeus pelo Mundial não é uma novidade. Porém, isso constrata com a superioridade deles na competição. A última vitória de um time sul-americano na competição foi justamente em 2012 com o Corinthians contra o Chelsea. Chelsea e Palmeiras se enfrentam na final do Mundial de Clubes neste sábado, 12. A partida acontece no estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dhabi, às 13h30. Você pode acompanhar a decisão pelo tempo real do Terra. 


Fonte: Redação Terra

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Auxílio Brasil bate novo recorde de contemplados e chega a 18,05 milhões de famílias em fevereiro

 AUXÍLIO BRASIL

Investimento do Governo Federal no programa de transferência de renda ultrapassa R$ 7,3 bilhões neste mês. Foram incluídas 556 mil pessoas na folha de pagamento

Auxílio Brasil bate novo recorde de contemplados e chega a 18,05 milhões de famílias em fevereiro

Com as inclusões, o benefício bate novo recorde de contemplados em um mês, passando de 17,5 milhões para 18,05 milhões de famílias. - Foto: Min. Cidadania

OGoverno Federal inicia o pagamento do Auxílio Brasil de fevereiro nesta segunda-feira (14/02) para quem tem Número de Identificação Social (NIS) final 1. Neste mês, 556,54 mil novas famílias ingressam na folha de pagamento. Mais uma vez, todas as pessoas elegíveis foram selecionadas, mantendo a fila do programa zerada. Com as inclusões, o benefício bate novo recorde de contemplados em um mês, passando de 17,5 milhões para 18,05 milhões de famílias. O investimento total supera os R$ 7,3 bilhões.

“A cada mês, o Governo Federal reforça o compromisso com as pessoas mais vulneráveis do país, mostrando a preocupação em garantir a dignidade e promover a cidadania de todos. Mais uma vez, a gestão do Presidente Jair Bolsonaro alcança uma marca inédita, com o recorde que ultrapassa os 18 milhões de beneficiados”, destacou o ministro da Cidadania, João Roma.

Os pagamentos seguem o calendário habitual do programa, de acordo com o Número de Identificação Social (NIS). As transferências vão de 14 a 25 de fevereiro, sempre nos dias úteis.


Para serem habilitadas no programa, as famílias devem atender aos critérios de elegibilidade, ter os dados atualizados no Cadastro Único nos últimos 24 meses e não podem ter informações divergentes entre as declaradas no cadastro e as de outras bases do Governo Federal.

A seleção é feita de forma automática, considerando a estimativa de pobreza, a quantidade de famílias atendidas em cada município e o limite orçamentário anual do Auxílio Brasil, por meio do Sistema de Benefícios ao Cidadão (Sibec). Ao entrar no programa, as famílias recebem, pelos Correios, no endereço informado durante o cadastramento, duas cartas encaminhadas pela Caixa: a primeira com orientações gerais sobre o Auxílio Brasil e a segunda com o cartão para movimentação bancária do benefício.

O cartão é gerado automaticamente para todas as famílias que ingressam no Auxílio Brasil, em nome do responsável familiar. Com o cartão, a pessoa pode fazer saques parciais ou no valor integral do benefício. Além disso, pelo aplicativo Caixa Tem, o beneficiário pode pagar contas, realizar transferências e consultar extratos, entre outros serviços.

Incentivo à emancipação

Pelas regras do Auxílio Brasil, as famílias que tiverem aumento da renda mensal acima do valor estipulado para o perfil do programa, de R$ 210 por pessoa, e que apresentem em sua composição crianças, jovens de até 21 anos ou gestantes, e este aumento não ultrapassar o valor de R$ 525 por pessoa, poderão permanecer no programa por até 24 meses, sem que o benefício seja cancelado em razão desse aumento.

O objetivo é dar aos beneficiários a segurança de que eles terão o acompanhamento e a proteção de renda do Governo Federal durante o processo de construção da sua autonomia financeira.

“O programa é libertador. Se o beneficiário consegue um emprego com carteira assinada, ele não perde o programa social. Ganha o salário, mais um estímulo para superar a condição de pobreza. Nesse ano que a gente comemora 200 anos da Independência, é a certeza de poder marchar de cabeça erguida”, explicou o ministro João Roma.

Em caso de perda de renda após deixar o programa, a família pode solicitar novamente para ser atendida pelo Auxílio Brasil junto à gestão municipal. Com isso, caso atenda aos requisitos estabelecidos para o recebimento dos benefícios, a família terá prioridade na concessão do benefício.

A permanência no Auxílio Brasil depende, entre outras questões, do cumprimento de algumas condições que têm o objetivo de estimular as famílias a exercerem o direito de acesso às políticas públicas de assistência social, educação e saúde. Entre os critérios estão a frequência escolar mensal mínima de 60%, para crianças de quatro e cinco anos de idade, e de 75%, para as de seis a 21 anos, a observância do calendário nacional de vacinação instituído pelo Ministério da Saúde, o acompanhamento nutricional de crianças com até sete anos incompletos e o acompanhamento do pré-natal para as gestantes.

Notificações e serviço

As famílias incluídas na folha de pagamento do Auxílio Brasil em fevereiro já começaram a receber as notificações, mas a mensagem informa um valor parcial, pois a folha ainda está em processamento. Os valores totais, incluindo o Benefício Extraordinário, que elevou o valor mínimo do Auxílio Brasil para R$ 400 até dezembro de 2022, só estarão integralmente disponíveis nos canais de consulta a partir da próxima segunda-feira (14/02).

Há três canais de atendimento. O número 121, do Ministério da Cidadania, reúne informações e é a central para denúncias. O número 111 é o canal de Atendimento ao Cidadão da CAIXA e congrega informações sobre o cartão e o saque do benefício. Também é possível acompanhar as principais informações sobre o benefício pelo aplicativo Auxílio Brasil.

Com informações do Ministério da Cidadania

Governo Federal regulamenta regras para a renegociação de dívidas do Fies

 FIES

Medida Provisória prevê descontos que podem chegar a 92%. Renegociação começa em 7 de março


Governo Federal regulamenta regras para a renegociação de dívidas do Fies

O início das negociações para quitação das dívidas está previsto para o dia 7 de março deste ano - Foto: João Bittar/MEC

OGoverno Federal regulamenta, nesta quinta-feira (10/02), a Medida Provisória (MP) nº 1.090, que estabelece as regras para a renegociação de débitos dos contratos do Financiamento Estudantil (Fies), firmados até 2017. O objetivo da medida é reduzir a inadimplência da carteira de crédito e garantir a sustentabilidade do fundo. O início das negociações para quitação das dívidas está previsto para o dia 7 de março deste ano.

Atualmente, dos 2,6 milhões de contratos ativos, formalizados até 2017, mais de 2 milhões estão na fase de quitação, com um saldo devedor de R$ 87,2 bilhões. Desses, mais de um milhão de estudantes estão inadimplentes, ou seja, com mais de 90 dias de atraso no pagamento. Isso representa uma taxa 51,7% de inadimplência e soma R$ 9 bilhões em prestações não pagas.

Para os estudantes que possuem dívidas com 90 a 360 dias de atraso, a medida prevê desconto de 12% no saldo devedor, isenção de juros e multas e parcelamento em até 150 vezes.

Para inadimplência de mais de 360 dias, a MP prevê desconto de 86,5% no saldo devedor. Caso o estudante seja inscrito no CadÚnico ou beneficiário do Auxílio Emergencial, o desconto será de 92%. Além disso, o saldo dessa dívida poderá ser parcelado em até dez vezes.

O Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, agentes financeiros do Fies, disponibilizarão, por diversos meios, a renegociação das dívidas. Para ter o nome retirado dos cadastros restritivos de crédito, os beneficiários deverão pagar o valor da entrada no ato da renegociação, correspondente à primeira parcela. O valor mínimo da prestação é R$ 200. A operação poderá ser realizada integralmente nos canais de atendimento disponibilizados pelos agentes financeiros.

Renegociação na Caixa

A partir de 7 de março, cerca de 800 mil estudantes, cuja dívida média é de R$ 35 mil, poderão realizar a renegociação de seus contratos de forma 100% digital.

O interessado já pode consultar o site sifesweb.caixa.gov.br para verificar se pode ou não pedir a renegociação de acordo com as regras estabelecidas.

Depois da abertura do período de adesões, em 7 de março, e após confirmar seu enquadramento nas regras e simular a renegociação, os interessados gerarão o boleto para pagamento da primeira parcela ou, caso optem pela quitação de uma só vez, da parcela única.

Para mais informações, os estudantes poderão acessar o endereço www.caixa.gov.br/fies ou ligar no 0800 726 0101.

Renegociação no Banco do Brasil

No Banco do Brasil, mais de 500 mil estudantes poderão renegociar parcelas do FIES em atraso, de forma digital, no aplicativo do banco.

Para aderir à renegociação pelo canal mobile, basta acessar a opção Soluções de Dívidas e clicar em Renegociação Fies. Por meio da solução, o estudante poderá verificar se faz parte do público-alvo, as opções disponíveis para liquidação ou parcelamento da dívida, os descontos concedidos, assim como os valores da entrada e demais parcelas.

Além do mobile, a contratação também poderá ser realizada em qualquer agência do BB, com as mesmas condições.

Os clientes podem obter mais informações pelo App BB, portal www.bb.com.br, WhatsApp (61-4004-0001) e Central de Atendimento BB (0800-729-0001).

Com informações do Ministério da Educação

Fiocruz diz que Covid mantém UTIs em alerta crítico no DF e em oito Estados

PANDEMIA

ARTE REPRODUÇÃO


Nove unidades da federação estão na zona de alerta crítico para a ocupação de leitos de UTI Covid-19, com taxas iguais ou superiores a 80%. Outros onze Estados estão na zona de alerta intermediário – entre eles está São Paulo, com uma ocupação de 71%. Os números constam de nota técnica da Fiocruz divulgada nesta quinta-feira, 10, com dados do último dia 7.

Na última quarta-feira, 9, o País registrou 1295 mortes por Covid-19 em 24 horas. Foi a pior marca desde julho passado, de acordo com o Consórcio de Veículos de Imprensa. Foi atingida apesar da imunização com duas doses já ultrapassar os 70% da população brasileira. Já na semana passada, a Fiocruz apontou que nove das 27 unidades da Federação enfrentavam alerta crítico na ocupação das suas UTIs.

Tocantins (81%), Piauí (87%), Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (87%), Mato Grosso do Sul (92%), Mato Grosso (81%), Goiás (80%) e Distrito Federal (99%) estão em zona de alerta crítico. Já Rondônia (69%), Acre (67%), Pará (79%), Amapá (63%), Ceará (73%), Alagoas (69%), Sergipe (75%), Bahia (73%), Paraná (73%) e Santa Catarina (74%), além de São Paulo, estão em alerta intermediário.

Nas capitais, a situação é ainda mais preocupante. São 15 em zona de alerta crítico: Porto Velho (91%), Rio Branco (80%), Palmas (81%), Teresina (83%), Fortaleza (85%), Natal (81%), João Pessoa (81%), Maceió (82%), Belo Horizonte (82%), Vitória (89%), Rio de Janeiro (86%), Campo Grande (99%), Cuiabá (81%), Goiânia (91%) e Brasília (99%).

Outras cinco estão na zona de alerta intermediária: Macapá (74%), Recife (77%), Salvador (72%), São Paulo (72%) e Curitiba (76%)

O documento ratifica a preocupação com a disseminação da variante Ômicron sobretudo em áreas com baixa cobertura vacinal e recursos assistenciais precários. Essas condições podem causar a elevação do número de mortes por Covid-19.

“Como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante Ômicron pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves”, aponta a nota técnica.

Os pesquisadores alertam para a necessidade de avançar com a vacinação, principalmente entre crianças de 5 a 11 anos, exigir o passaporte vacinal como política de estímulo à vacinação e endurecer a obrigatoriedade de máscaras em locais públicos, como forma de controle da Covid-19.

FONTE: POLÍTICA LIVRE

Surpresa: Gim é protagonista de reviravolta política

POLÍTICA 

Na prática, o ex-senador está elegível para o pleito deste ano, embaralha o xadrez eleitoral no DF e se torna uma das principais peças no tabuleiro


Um fato novo acaba de causar uma reviravolta judiciária que mexe com toda a política do Distrito Federal. É a anulação de todos os processos a que o ex-senador Gim Argello (foto) respondia na 13ª Vara de Curitiba. Gim agora ressurge fortalecido no cenário político da cidade, depois que a 5ª turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que o foro competente para julgar seus processos é a Justiça Eleitoral. A decisão, na prática, torna o ex-senador elegível para o pleito deste ano, embaralha o xadrez eleitoral no DF e o coloca como uma das principais peças no tabuleiro. Mal saiu a decisão e ele começou a ser sondado por lideranças partidárias interessadas na sua filiação. No momento Gim não está filiado a nenhum partido.

Sem pressa

Na verdade, o ex-senador não tem pressa em definir seu futuro político. Tem prazo até o início de abril para se filiar, caso resolva disputar as eleições deste ano. Dessa forma, vai analisar com calma as opções, ouvindo amigos e aliados. Já existem propostas para que tente o retorno ao Senado. Do ponto de vista político seria a opção natural, pois quando exerceu seu mandato de senador ele foi muito elogiado pela sua liderança no Congresso.

Apto para disputar as eleições de 2022

Com a decisão do STJ, Gim Argello está legalmente apto para disputar já as próximas eleições. Ele nem precisou recorrer ao Supremo Tribunal Federal para declarar a incompetência da Vara de Curitiba para julgamento de seu caso. Seus direitos políticos já estão restabelecidos. O ex-senador diz que sempre acreditou na Justiça e tornou claro que não se afastará da vida pública. “Eu só tenho que agradecer ao povo de Brasília e ao Brasil pelo apoio incondicional e o carinho recebido nesse tempo todo. Mesmo diante de todas as dificuldades, segui acreditando na justiça do nosso país. Reconhecidas as injustiças, agora é hora de avançar e trabalhar por um Distrito Federal melhor”.


Por Eduardo Brito/ Jornal de Brasília

CLDF: Aberta licitação a empresas de alimento para eventos

POLÍTICA DF

O valor estimado para a empresa selecionada através do sistema de registro de preços é de R$ 607.062,50

FOTO: REPRODUÇÃO


Nesta quinta-feira (10), foi aberta licitação para a contratação de empresa especializada em fornecimento de lanches, café da manhã, coffe breaks, almoços e jantares para eventos realizados na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

De acordo com o edital, os eventos envolvem seminários, conferências, reuniões, cursos, treinamentos e outros eventos correlatos.

O valor estimado para a empresa selecionada através do sistema de registro de preços é de R$ 607.062,50.

A sessão pública acontecerá no dia 22 de fevereiro, às 9h30. O endereço da licitação por menor preço acontece no www.compras.gov.br


O edital se encontra no endereço: www.compras.gov.br (UASG 974004) e no www.cl.df.gov.br no link de transparência.


Informações: (61) 3348-8650

JORNAL DE BRASÍLIA

Distritais derrubam veto e facilitam porte de arma para atiradores esportivos

 POLÍTICA DF

Aprovado em 2020, projeto de lei havia sido vetado por Ibaneis Rocha, mas plenário da CLDF retirou o impedimento nesta terça-feira (8/2). Apenas dois deputados foram contra a derrubada


Câmara Distrital do Distrito Federal (CLDF) reforçou o posicionamento favorável ao armamento de atiradores esportivos. O plenário aprovou, nesta terça-feira (8/2), a derrubada do veto ao projeto de lei (PL) que propõe porte de armas ao grupo. Com a retirada da objeção, a proposição é promulgada pela CLDF e passa a valer como lei.

O PL nº 2.131/2018 é de setembro de 2018, de autoria do deputado Delmasso (Republicanos), e foi aprovado em dois turnos pela Casa em dezembro de 2020. Quando há derrubada de um veto, o governador tem 48 para promulgar a proposta. Caso isso não ocorra, o presidente da Casa, o distrital Rafael Prudente (MDB), tem autorização para fazê-lo.

Em janeiro de 2021, o governador Ibaneis Rocha (MDB) havia vetado totalmente o texto, sob a justificativa de que a matéria pertence à alçada federal. "O projeto de lei usurpou a competência normativa da União: legislar sobre material bélico. Nesse mesmo contexto, o Supremo Tribunal Federal assentou ser de incumbência privativa do ente central normatizar a questão afeta a porte de armas, não cabendo aos estados e Distrito Federal normatizar o tema", explicou, à época, o governador.

Procurado pelo Correio, nesta terça-feira (8/2), após a votação na CLDF, Ibaneis reconheceu que cabe judicialização quanto à decisão dos distritais, mas afirmou que vai analisar a posição da câmara antes de responder com qualquer medida.

Projeto

O PL reconhece o "risco da atividade" e a "efetiva necessidade do porte de armas de fogo" aos atiradores esportivos integrantes de "entidades de desporto legalmente constituídas." Entre os objetivos da proposição, está resolver um "grave problema, que é o de atiradores desportivos não terem meio de defesa, no caso de serem atacados."

Além disso, o texto alega que o grupo é constantemente alvo de "criminosos", quando transporta "bens de valores e de grande interesse", como armas e munições. O projeto também destaca a importância do tiro esportivo no cenário nacional. "Cumpre lembrar que é dever do Estado brasileiro fomentar práticas desportivas formais e não formais", argumenta.

Ainda de acordo com o PL, o porte de armas para atiradores esportivos não é citado pelo decreto que regulamentou o Estatuto do Desarmamento, mesmo o estatuto em si ter permitido o porte à categoria.

Votação

A derrubada do veto foi aprovada por 14 votos favoráveis, dois contrários e duas abstenções. Apenas Arlete Sampaio (PT) e Fábio Felix (Psol) se manifestaram pela manutenção do veto do governador. Leandro Grass (Rede) e Reginaldo Veras (PDT) se abstiveram da votação.

Entre os parlamentares que derrubaram a restrição de Ibaneis — e, portanto, foram a favor do porte de arma por atiradores esportivos — estão Chico Vigilante (PT), Cláudio Abrantes (PDT) e Roosevelt Vilela (PSB). Seis distritais não participaram da votação.

Questionado pelo Correio, o deputado Leandro Grass justificou a abstenção como forma de manter acordo feito entre distritais. "Não concordo com o projeto. Como havia um acordo para derrubar o veto, a abstenção foi uma forma de não dar apoio a essa derrubada", explicou.

Do mesmo modo, o distrital Reginaldo Veras, que também abriu mão de votar, afirmou à reportagem que a decisão teve a ver com o posicionamento acordado anteriormente. "Me abstive por considerar que não tinha como cumprir o acordo de líderes, que era pela rejeição ao veto. Essa matéria é privativa da União e só pode ser legislada pelo Congresso Nacional. Tem vício formal e grave de constitucionalidade", destacou, ressaltando que procura manter o rigor quando o assunto é respeitar a Constituição.

Nas redes sociais, o deputado Fábio Felix lamentou a derrubada do veto. "A lei é inconstitucional porque essa matéria é de competência federal. E mais armas circulando não trazem mais segurança, só aumentam a violência", afirmou.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Não vacinados são 82% das mortes por covid-19 em hospital paulista

  SAÚDE

Pesquisa foi feita no Instituto Emílio Ribas

DIÁRIO DO NORDESTE


Os não vacinados contra a covid-19 ou com esquema incompleto são 82% das mortes pela doença no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade de referência para casos graves da doença em São Paulo. 

O levantamento foi feito com dados de pessoas internadas nos últimos três meses. Das 17 mortes, 14 não tinham três doses da vacina.

O estudo também indica que houve queda nas mortes com o avanço da vacinação no estado. Uma redução de 85% dos óbitos por covid-19 entre junho e dezembro de 2021.  

De acordo com o instituto, São Paulo aplicou 17,4 milhões de doses de reforço, e cerca de 10 milhões já podem procurar os postos para tomar mais uma dose da vacina. A aplicação deve ser feita após quatro meses da segunda dose.

O atraso na segunda dose alcança 2,1 milhões de pessoas no estado. Mais da metade dos que só tomaram a primeira aplicação (1,1 milhão) têm entre 12 e 29 anos de idade.

Edição: Fernando Fraga  Agência Brasil - São Paulo


Você conhece os efeitos do colágeno e quando realmente vale suplementar?

SAÚDE

Recentemente estudos apontaram que o uso do suplemento só faz sentido quando estiver aliado a uma rotina saudável e ministrado sob supervisão médica.





O colágeno é uma proteína produzida naturalmente pelo corpo humano a partir da alimentação. Aliás, 25% de toda a proteína presente em nosso organismo é representada por ele. Quando falamos na substância, logo pensamos na sua importância para a beleza da pele, já que ela ajuda a formar e renovar fibras de sustentação da cútis. Mas as funções vão além e incluem manter a saúde de músculos, tendões, articulações e até das artérias.

Com a idade, mais ou menos depois dos 30 anos, o nosso corpo vai perdendo a capacidade de fabricar essa molécula com a mesma destreza. É nesse momento, e principalmente de olho em sua atuação na parte estética, que os suplementos de colágeno começam a seduzir o consumidor.

Mas não basta sair comprando um potinho de pílula ou gomas na farmácia. O tema é complexo.

Para começar, o colágeno é uma molécula muito grande. Para ser absorvida, ela precisa passar pela hidrólise, que é basicamente uma “quebra”. Dessa maneira, é transformada em partes menores, os aminoácidos – sobretudo lisina e prolina.

Daí porque é tão comum encontrar suplementos de colágeno hidrolisado – significa que já passaram por essa mudança.

Há, ainda, os peptídeos de colágeno bioativos: nesse caso, essas “quebras” são feitas com a intenção de chegar a aminoácidos específicos, que trabalhem diretamente no órgão alvo, como pele, músculos, articulações, etc.

“Também conhecidos como componentes peptídeos, eles são o colágeno formado por fragmentos com menor peso molecular para que a substância seja mais facilmente absorvida no organismo”, esclarece Tiago Lazzaretti, médico do esporte do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

Garantia de benefício?

Segundo alguns especialistas, esses processos não bastam para assegurar o total aproveitamento do colágeno, independentemente do objetivo.

“Além de passar pela hidrólise, a lisina e prolina dependem de alguns micronutrientes para serem captadas e surtirem efeito”, defende Juliano Burckhardt, médico cardiologista, geriatra e nutrólogo, membro titular da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

A vitamina C é o principal deles. Mas os minerais zinco, ferro e selênio também auxiliam na missão, segundo o médico.

Só que tem mais um detalhe: Burckhardt conta que não adianta estar com os micronutrientes em dia se houver um monte de açúcar na circulação. Isso valeria inclusive para a versão encontrada nas frutas.

“O excesso de frutose quebra a função da lisina. Então, se houver exagero no consumo de alimentos como laranja e acerola com a intenção de aumentar os níveis de vitamina C, por exemplo, a conta não vai bater”, avalia o geriatra.


Já a dermatologista Lilia Guadanhim, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), entende que a questão não é bem assim. Ela se baseia em alguns trabalhos relacionados ao colágeno em ação na pele para constatar que a substância não é tão dependente de outros nutrientes. “Estudos com substâncias análogas ao colágeno, e que tiveram resultados satisfatórios para a pele, avaliaram sua ação de forma isolada, e não em conjunto com outros nutrientes”, observa a médica. Em um ponto todos concordam: tomar suplementos demais e sem controle pode sobrecarregar alguns órgãos e surtir um efeito bem diferente do esperado. Ou seja, o ideal é contar com orientação de um especialista. O real impacto na pele Ainda que os estudos sobre o efeito do colágeno na qualidade da pele sejam mais otimistas, é preciso alinhar as expectativas na hora de transpor resultados do laboratório para a vida real, aconselha Lilia, estudiosa do tema.

“Um estudo alemão apontou um aumento de 7% na elasticidade da pele com a utilização do colágeno. Isso é um baita resultado para nós, mas é difícil saber se a pessoa perceberá esse efeito quando se olhar no espelho”, exemplifica.

Por isso, não dá para encarar as pílulas de colágeno como a “fórmula da beleza invencível”, defende ela. “O protetor solar ainda é o melhor método antienvelhecimento”, crava a médica. Para Lilia, cremes anti-idade, tratamentos não invasivos e um estilo de vida saudável também precisam estar nesse combo. Para quem quiser investir no colágeno mesmo assim, outro recado: a dose faz toda a diferença. Nesse sentido, contar com um dermatologista é essencial para não jogar dinheiro fora. É que várias pílulas ofertam menos de 1 grama da substância – teor que não traria vantagem. “Ao comprar um pote de cápsulas, na maioria das vezes a pessoa terá de tomar seis ou sete unidades por dia para chegar na dose necessária”, calcula Lilia. “Daí porque têm surgido opções em sachês”, comenta. Uma das empresas que produz os peptídeos bioativos em pó é a Aché. “O produto vem com 2,5 gramas, dosagem indicada pela Anvisa. Basta diluí-lo na água ou misturar a sucos quando o gosto começar a enjoar”, explica Andrea Bauer Bannach, dermatologista da linha Profuse, desenvolvida pela Aché. A Gelita, que também oferece diversos tipos de colágeno, tem estudo avaliando a repercussão do uso de 2,5 gramas de um de seus produtos diariamente, durante quatro semanas. “Houve aumento significativo da elasticidade da pele, de até 10%, em comparação com o tratamento realizado com placebo. Os resultados continuaram a ser observados quatro semanas após a última ingestão do produto”, informa Georgia Alvares Castro Fernandes, nutricionista e consultora da marca.


Vale a pena para os músculos? Como contamos, o colágeno não participa só da estrutura da pele. Ele também chama a atenção de quem quer ou precisa manter a integridade dos músculos, como idosos com sintomas de sarcopenia (perda de força muscular) e praticantes de exercícios. Há uma série de estudos que investigam o papel do consumo de colágeno em conjunto à atividade física. Mas os resultados são controversos. Um deles, publicado no The British Journal of Nutrition, avaliou 53 homens diagnosticados com diferentes níveis de sarcopenia. Eles foram divididos em dois grupos: um tomou os peptídeos bioativos, e outro ficou com placebo. Após um programa de três meses, os pesquisadores entenderam que os suplementados proporcionaram bons resultados. “Há provas de que a substância traz um ganho de força em até 12 semanas, quando associada a treinos de resistência realizados, no mínimo, três vezes por semana”, diz Georgia, consultora técnica da Gelita. Contudo, para o médico do esporte Tiago Lazzaretti, da USP, esse ganho não é tão significativo assim em comparação a quem se dedica somente a fazer exercícios. E ele também cita estudos. Um deles foi feito por especialistas da Australian Institute of Sport, que acompanharam um programa de exercícios de fortalecimento muscular para pessoas com tendinopatias. Os participantes foram divididos em grupos que tomaram ou não o suplemento, e em períodos diferentes. “Chegou-se à conclusão de que a suplementação traz uma possibilidade de melhora, mas nada foi confirmado”, avalia Lazzaretti. O professor ainda cita uma revisão italiana publicada no Muscles, Ligaments and Tendors Journals, em que os autores entendem que os estudos que relacionam colágeno, músculos e ligamentos não fornecem indícios concretos de sua eficácia. Esses levantamentos refletem um pouco do que ele vê no consultório. “Há casos em que receitamos o colágeno, dentro de uma dosagem e formato específicos. Algumas pessoas sentem diferença, mas esse resultado pode ser considerado um efeito placebo. Não consigo assegurar que a suplementação foi responsável por essa melhora”, avalia o profissional.

Fabiana Schiavon  


Veja Saúde

CNS defende aumento do piso da enfermagem. Estudo sobre impactos no SUS deve ser finalizado até 25/2

BRASIL



O impacto financeiro do piso salarial da proposta sobre o piso salarial de profissionais da enfermagem (PL 2564/20) deve ser concluído  até o dia 25 de fevereiro. A proposta é analisada na Câmara dos Deputados.

O estudo está sendo elaborado por um grupo de trabalho, formado especificamente para este fim. O relator do colegiado é o deputado federal Alexandre Padilha. De acordo com o parlamentar, a ideia é que, tão logo seja definido o impacto orçamentário, um pedido de urgência seja aprovado, levando o texto para a análise diretamente do plenário da Câmara. Padilha acredita que o grupo de estudo vai revelar um impacto financeiro menor que o esperado.

“Muitos estudos trabalham com o dado de que a gente tem 2,6 milhões profissionais de enfermagem ativos no Brasil. O próprio Dieese já fez um levantamento que mostra que não são 2,6 milhões, mas 1,2 milhão”, destacou.

Segundo a categoria, o impacto do aumento do piso é de R$ 15 bilhões ao ano. Já o Ministério da Saúde afirma que o custo poderia chegar a R$ 24,9 bilhões em 2024. O projeto em análise na Câmara também prevê a atualização monetária anual do piso da categoria com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e assegura a manutenção de salários eventualmente superiores ao valor inicial sugerido, independentemente da jornada de trabalho para a qual o profissional tenha sido contratado.

Tramitação

O projeto original é de autoria do senador Fabiano Contarato, onde já foi aprovado, e prevê um salário mínimo de R$ 4.750 para enfermeiros e enfermeiras. Já os técnicos e técnicas de enfermagem deverão receber pelo menos 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiras, a metade. Caso haja alteração no texto durante a votação na Câmara, o projeto precisa retornar para nova apreciação dos senadores e senadoras.

A aprovação da proposta é uma das bandeiras do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Para o presidente do órgão, Fernando Pigatto, a valorização dos profissionais da enfermagem é fundamental para a qualidade da estrutura da saúde pública do país.

“Deliberamos e lutamos pela aprovação do PL 2564, porque a enfermagem, assim como todas as categorias profissionais da saúde no Brasil, merecem muito mais que aplausos, merecem valorização,” destacou Pigatto.

Foto: Pixaby

Ascom CNS/Agência Câmara