quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Comissão de Infraestrutura define suas emendas para o Orçamento de 2021

 


Da Redação | 25/02/2021, 19h12

A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) aprovou, nesta quinta-feira (25), as emendas que irá sugerir ao Projeto da Lei Orçamentária Anual de 2021 (PLN 28/2020). Essas emendas serão analisadas pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). 

Todos os anos, as comissões permanentes da Câmara e do Senado — a CI é uma delas — podem apresentar emendas ao Projeto da Lei Orçamentária Anual. Para isso, os parlamentares apresentam sugestões de destinação para determinadas áreas ou projetos, e os relatores nas comissões selecionam quais emendas serão apresentadas. Cada comissão pode apresentar quatro emendas de apropriação e quatro de remanejamento.

No âmbito da CI, foram propostas 45 emendas de apropriação e cinco de remanejamento. O relator da comissão, senador Esperidião Amin (PP-SC), elegeu as sugestões que, segundo ele, estão alinhadas com as competências regimentais da CI. Outro critério utilizado para a escolha das emendas foi o caráter institucional das propostas, ou seja, se elas seguem ou não as principais diretrizes e orientações para a elaboração de emendas. 

— Não adianta nós passarmos aqui e esbarrarmos lá. Se nós aprovarmos aqui, por uma questão de maioria ou de amizade, uma emenda que não seja recepcionável, o nosso gesto de boa vontade ou de desafio vai resultar nulo — justificou o relator. 

Emendas de apropriação

Uma das sugestões de emendas de apropriação aprovadas pela comissão destina R$ 123,2 milhões para adequação do trecho rodoviário Navegantes-Rio do Sul, em Santa Catarina, na BR-470. Outra destina R$ 100 milhões para a adequação de trecho rodoviário entre Guaíra (PR) e Itapiranga (SC), na BR-163.

Para o Amazonas, a CI aprovou uma emenda que prevê R$ 40 milhões para a construção de trecho rodoviário na BR-319.

Além disso, foi aprovada emenda que prevê R$ 20 milhões para estudos, projetos e planejamento de infraestrutura de transportes na BR-210, também conhecida como Perimetral Norte, no Amapá. O senador Lucas Barreto (PSD-AP) defendeu a aprovação dessa emenda.

— É uma estrada que foi abandonada, que não tem pavimentação, não tem nada, e tem muito pouca manutenção. Ela sai de Porto Grande, passa por Pedra Branca e vai até a Serra do Navio. É preciso imaginar que o Amapá também é Brasil. Nós temos lá a BR-156, a obra inacabada mais antiga do planeta Terra, com 78 anos. E lá o povo do Oiapoque, onde começa a nação brasileira, está sofrendo — disse o parlamentar. 

Emendas de remanejamento

A comissão também aprovou três emendas de remanejamento. Uma delas libera R$ 76,17 milhões para adequação do trecho rodoviário Bataguassu-Porto Murtinho, da BR-267 (Rota Bioceânica), em Mato Grosso do Sul.

Outra emenda destina R$ 3,7 milhões para construção de outro trecho rodoviário em Mato Grosso do Sul: Entroncamento BR-163 (Rio Verde de Mato Grosso) - Entroncamento BR-262 (Aquidauana) - na BR-419/MS.

Também foi aprovada emenda que prevê R$ 100 milhões para a construção de trecho rodoviário nas divisas entre Bahia e Piauí e entre Piauí e Maranhão, na BR-235.

Ana Lídia Araújo sob a supervisão de Paola Lima. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senadores reagem com críticas à PEC da imunidade parlamentar

 


Da Redação | 25/02/2021, 19h14

Logo após a Câmara dos Deputados aprovar a admissibilidade da proposta que regulamenta a imunidade e prisão de parlamentares (PEC 3/2021), senadores foram às redes sociais para criticar o conteúdo da matéria. O texto está sendo votado pelos deputados na sessão desta quinta-feira (25) .

O líder da Minoria, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), descreveu a proposta como “PEC da impunidade” por introduzir na Constituição dispositivos que colocarão parlamentares “acima da lei e da ordem”.

— Coloca os deputados e senadores no Olimpo, acima da própria lei. Podendo cometer, na prática, qualquer tipo de crime, sendo blindados por esses crimes. É inaceitável que em um momento difícil como o que o país está passando, com tantas prioridades, o Congresso queira votar uma PEC de blindagem de seus próprios membros. Se chegar ao Senado, lutarei com todas as forças para detê-la! — afirmou o senador pelas redes sociais.

A admissibilidade da proposta foi aprovada na quarta-feira (24) por 304 votos favoráveis. Entre as mudanças, o texto restringe as hipóteses de prisão em flagrante de parlamentar a crimes inafiançáveis previstos na Constituição; regulamenta o trâmite a ser observado após prisão; veda o afastamento do mandato por decisão judicial; e determina que apenas o Conselho de Ética pode se pronunciar sobre ações, palavras e votos de parlamentares.

A discussão do assunto veio à tona após a prisão em flagrante do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que foi motivada por um vídeo que ele divulgou na internet com apologia ao AI-5, ato mais duro da ditadura militar, e defesa da destituição da corte e ameaças aos ministros do STF. A prisão foi referendada por unanimidade pelo Supremo e pela Câmara dos Deputados, que a endossou por 364 votos a 130.

Na avaliação da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que esteve à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nos últimos dois anos, a sugestão de mudança é inconstitucional e coloca os congressistas como “majestades”.

“Parlamentares não poderão ser presos ou julgados pelo Judiciário nos casos estabelecidos na proposta. Transforma réus em Reis. Intocáveis. Absurdo. Inconstitucional. Afronta ao povo brasileiro. Voto não”, declarou.

Já o senador Kajuru (Cidania-GO) se referiu aos parlamentares como "intocáveis" ao publicar matéria sobre a aprovação da admissibilidade da matéria pelo plenário da Câmara dos Deputados. De acordo com ele, os congressistas buscam legislar em causa própria.

“Políticos querem continuar fora do alcance da lei”, disse ao criticar a demora dos deputados em tratar com a mesma agilidade matérias que estão em tramitação na Casa que reforçam o combate à impunidade.

A mesma crítica foi feita pelo senador Alvaro Dias (Podemos-PR). Ele defendeu o fim do foro privilegiado, a prisão em segunda instância e o fim da imunidade parlamentar.

“A luta do Congresso deveria ser para acabar com a impunidade, e não para ampliar a imunidade de parlamentares. A sociedade precisa reagir contra a aprovação de projetos que visam dificultar o combate ao crime e à corrupção”, afirmou Alvaro Dias.

Como se trata de uma proposta de emenda à Constituição, o texto precisa ser votado em dois turnos e aprovado por pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados) em cada uma das votações. Em seguida, a matéria é analisada pelo Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Izalci Lucas solicita a reabertura da CPI do Acidente da Chapecoense

 


Da Redação | 25/02/2021, 19h32

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) questionou nesta quinta-feira (25) o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre o encerramento dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o acidente aéreo da Chapecoense.

A CPI do Acidente da Chapecoense foi instalada em dezembro de 2019 para funcionar por seis meses, mas o Regimento Interno do Senado determina que todas as comissões temporárias devem ser encerradas no final do ano. Segundo Izalci, diante da pandemia, muitas delas tiveram seus prazos estendidos.

— Surpreendeu-nos hoje a informação de que a CPI da Chapecoense, da qual sou o relator, havia sido encerrada. De fato, consta no portal da atividade legislativa do Senado Federal que a comissão teria sido extinta em 22 de dezembro de 2020, constando ainda, inclusive, que o meu relatório havia sido aprovado — declarou.

Izalci lembrou decisão do então presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do dia 13 de abril de 2020, que suspendeu o prazo de todas as comissões temporárias desde o dia 20 de março de 2020 até a retomada as atividades regulares do Congresso Nacional.

— A Presidência decide suspender o prazo da CPMI da Fake News, da Comissão Mista da Reforma Tributária, assim como de todas as comissões temporárias, desde o dia 20 de março de 2020, até que sejam retomadas as atividades regulares do Congresso Nacional — lembrou.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) solicitou a reabertura do prazo para a CPI da Chapecoense.

— Supondo que tenha havido algum equívoco, eu suponho, de processamento, talvez até um arquivamento automático, peço que determine aos setores responsáveis o restabelecimento da decisão do então Presidente Alcolumbre, que suspendeu todos os prazos das Comissões temporárias. Tenho aqui a fundamentação, mas eu faço essa questão de ordem e peço a V. Exa. para a gente reabrir esse prazo para a CPI da Chapecoense, para que eu possa fazer o relatório, encerrar os debates que estávamos fazendo — disse.

Rodrigo Pacheco disse que responderá em breve ao questionamento do senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

— Se houve algum equívoco no encerramento da CPI quando ela deveria ser suspensa, esse equívoco será corrigido. Mas vamos avaliar, à luz das informações todas, e muito brevemente eu respondo à questão de ordem de V. Exa. e, repito, se houver o equívoco identificado, nós restabeleceremos e manteremos suspensa, evidentemente, em razão do momento de pandemia, tal como a Comissão Parlamentar de Inquérito da Fake News, mas responderei à questão de ordem, muito brevemente — afirmou Pacheco.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pacheco: PEC Emergencial irá a votação na próxima quarta-feira

 


Da Redação | 25/02/2021, 20h12

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou que a votação da PEC Emergencial (Proposta de Emenda à Constituição 186/2019) está na pauta da Casa da próxima quarta-feira (3). Ele informou que na terça-feira (2) ocorrerá a discussão do texto

— Estará mantida na pauta de terça e quarta. Terça para realizar a discussão e quarta, aí sim, para deliberação e votação. Quero acreditar [que ocorram na quarta] os dois turnos de votação — declarou ele durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (25).

Pacheco destacou a importância da aprovação da PEC Emergencial para garantir uma nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial — e que tanto o Congresso Nacional quanto o governo federal concordam com sua necessidade e urgência. Também ressaltou que a implementação desses pagamentos deve ser feita com responsabilidade fiscal.

Sobre as divergências que há em torno da PEC, principalmente em relação ao dispositivo que acaba com os gastos mínimos obrigatórios para as áreas de saúde e educação, Pacheco disse que a decisão final será do Plenário do Senado. O dispositivo foi apresentado pelo relator da matéria, senador Marcio Bittar (MDB-AC).

— Há a necessidade de o Senado e a Câmara apresentarem o que se chama de protocolo fiscal, de uma situação que demonstra a responsabilidade fiscal do país. A questão da desvinculação e da unificação de mínimos da saúde e da educação teve reações das mais diversas, inclusive por parte de senadores e líderes partidários, e a melhor forma de se dirimir essa e outras questões da PEC Emergencial é submetê-las ao Plenário do Senado para que se decida de forma democrática e majoritária se elas devem ser mantidas ou devem ser retiradas — afirmou.

MPs sobre vacinas

Além da PEC Emergencial, o presidente do Senado informou que duas medidas provisórias poderão ser votadas na próxima terça-feira (2): a MP 1.026/21, que visa facilitar a compra de vacinas, insumos e serviços necessários à vacinação contra a covid-19, com dispensa de licitação e regras mais flexíveis para os contratos; e a MP 1.004/2020, que abre crédito extraordinário para o Ministério da Saúde para compra de vacinas.  

— A MP 1.026/2021 foi aprovada na Câmara dos Deputados e está na pauta do Senado de terça-feira. A MP 1.004/2020 ainda não foi votada na Câmara dos Deputados [até o início da noite desta quinta-feira], mas eu fiz o compromisso com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, com a anuência de todos os demais líderes da Casa, para que ela possa ser incluída na pauta assim que for aprovada na Câmara. São duas medidas provisórias importantes para a questão de vacinas — ressaltou Pacheco.

Audiência com diretor da Anvisa

Além disso, o presidente do Senado convocou sessão de debate temático para ouvir na próxima quinta-feira (4) o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres. O requerimento para esse debate foi apresentado pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES). O objetivo é tratar do andamento da imunização contra a covid-19 e dos processos de aprovação de vacinas para essa doença.

Imunidade Parlamentar

Questionado sobre a PEC das Prerrogativas (Proposta de Emenda à Constituição 3/2021), em análise na Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco disse que o Senado vai aguardar a decisão da Câmara para se pronunciar.

— É preciso se pronunciar depois que a Câmara decidir qual é o texto definitivo. Então, o Senado, na sua deliberação democrática de Plenário, vai decidir se mantém o texto, se sugere alguma modificação, acréscimo ou supressão — respondeu.

Veto presidencial

Sobre a possibilidade de veto do presidente da República ao projeto de lei que autoriza estados, municípios e setor privado a comprar vacinas contra a covid-19 (PL 534/2021), aprovado pelo Senado na quarta-feira (24), Rodrigo Pacheco pediu cautela — o texto ainda terá de ser analisado na Câmara dos Deputados.

— Vamos aguardar a decisão da Câmara, porque a Câmara pode manter o projeto ou pode eventualmente modificá-lo. De nossa parte, aqui no Senado, aprovamos o projeto como uma alternativa legislativa que acho inteligente, que acho importante para o Brasil e para o próprio governo federal — afirmou.

Essa proposta é de iniciativa do próprio Rodrigo Pacheco.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pacheco espera que os dois turnos de votação da PEC Emergencial ocorram na quarta

 


Marcella Cunha | 25/02/2021, 20h27

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, espera que haja acordo entre as lideranças da Casa para que os dois turnos exigidos para a votação da PEC Emergencial (Proposta de Emenda à Constituição 186/2019) ocorram no mesmo dia: a próxima quarta-feira (3). O líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), defende o fatiamento da proposta, para que o trecho que desvincula recursos de saúde e educação seja tratado separadamente. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Ciência e Tecnologia, Infraestrutura e Assuntos Sociais têm emendas aprovadas

 


Pedro Pincer | 25/02/2021, 20h43

Mais quatro comissões permanentes do Senado definiram nesta quinta-feira (25) as emendas ao Orçamento da União de 2021. As sugestões de despesas aprovadas pelos colegiados de Ciência e Tecnologia (CCT); Infraestrutura (CI); Assuntos Sociais (CAS); e Fiscalização e Controle (CTFC) seguem agora para a Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Fonte: Agência Senado

Plenário aprova criação do Governo Digital

 


Hérica Christian | 25/02/2021, 20h52

O Plenário aprovou a criação do governo digital, programa com medidas de desburocratização do atendimento ao público pela administração. O projeto prevê a emissão de certidões e a realização de pedidos de forma eletrônica num único portal ou aplicativo. Mas o atendimento presencial continuará obrigatório. Também estão previstos acesso livre aos bancos de dados do poder público e a prestação de contas. A proposta segue para a sanção presidencial.

Fonte: Agência Senado

Oposição consegue adiar a leitura do relatório da PEC Emergencial

 


Hérica Christian | 25/02/2021, 20h53

Nesta quinta-feira (25), pressão da oposição conseguiu adiar a leitura do relatório da PEC Emergencial. A proposta, que reduz gastos públicos, também prevê a retomada do auxílio emergencial. Oposicionistas e até governistas não aceitam o fim dos mínimos obrigatórios de investimentos em saúde e educação. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse que o governo tem dinheiro para pagar o benefício sem acabar com o Fundeb. Já o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), descartou mudanças na proposta que aumentem o endividamento público.

Fonte: Agência Senado

Comissões apontam prioridades e definem emendas ao Orçamento 2021

 


Da Redação | 25/02/2021, 20h54

Oito comissões permanentes aprovaram nesta quinta-feira (25) suas emendas a serem apresentadas ao Orçamento de 2021. Imediatamente após a aprovação, essas emendas já foram encaminhadas à Comissão Mista de Orçamento (CMO), que trabalha com um prazo acelerado, para compensar o atraso na aprovação do Orçamento (PL 28/2020). O objetivo é votar até o dia 24 de março a lei orçamentária deste ano.

Já definiram suas emendas a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE); a Comissão de Educação (CE); a Comissão de Direitos Humanos (CDH); a Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC); a Comissão de Assuntos Sociais (CAS); a Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT); e a Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). 

Por meio dessas emendas, as comissões apontam as políticas públicas que consideram prioritárias, garantindo mais recursos para os respectivos setores. Todos os anos, as comissões permanentes da Câmara e do Senado podem apresentar emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Para isso, os parlamentares apresentam sugestões de destinação para determinadas áreas ou projetos e os relatores nas comissões selecionam quais emendas serão apresentadas. Cada comissão pode apresentar quatro emendas de apropriação e quatro de remanejamento.

Nesta sexta-feira (26), as comissões de Meio Ambiente (CMA); de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR); de Agricultura e Reforma Agrária (CRA); e de Constituição e Justiça (CCJ) se reunirão para votar as emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021 e concluir as sugestões que devem ser encaminhadas à CMO.

CAE

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deliberou sobre 41 emendas de apropriação. Quatro foram aprovadas e encaminhadas para a CMO as seguintes destinações de recursos:

  • R$ 4,8 bilhões para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe);
  • R$ 300 milhões, ao Ministério da Economia, para desenvolvimento de micros e pequenas empresas, microempreendedores individuais, potenciais empreendedores e artesãos;
  • R$ 40 milhões, ao Ministério da Economia, para apoio financeiro à Fundação Getúlio Vargas;
  • R$ 90 milhões, ao Fundo de Amparo ao Trabalhador, para qualificação social e profissional de trabalhadores.

CE

A Comissão de Educação (CE) deliberou sobre 91 indicações de apropriação e 3 de remanejamento. Foram aprovadas e encaminhadas para a CMO as seguintes:

  • Apropriação:
    • R$ 500 milhões, para a área da educação, para a aquisição de veículos do transporte escolar da educação básica;
    • R$ 200 milhões, para a área da educação, para apoiar o funcionamento das instituições federais de educação superior;
    • R$ 100 milhões, para a área da cultura, para promoção e fomento do setor;
    • R$ 100 milhões, para a área do esporte, para implantação e modernização de infraestrutura para o esporte educacional, recreativo e de lazer.
  • Remanejamento:
    • R$ 20 milhões para aquisição de veículos para transporte escolar da educação básica;
    • R$ 100 milhões para funcionamento e gestão de instituições hospitalares federais;
    • R$ 100 milhões para apoio ao desenvolvimento da educação básica.

CDH

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) analisou 29 emendas de apropriação e encaminhou para a CMO quatro delas:

  • R$ 100 milhões, para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, para a implementação da Casa da Mulher Brasileira e de Centros de Atendimento às Mulheres;
  • R$ 100 milhões para o programa Promoção e Defesa de Direitos para Todos;
  • R$ 200 milhões para construção, reforma, equipagem e ampliação de unidades de atendimento socioeducativo;
  • R$ 100 milhões, para a Fundação Nacional do Índio (Funai), para proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas.

CTFC

A Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) deliberou sobre 25 emendas de apropriação e aprovou e encaminhou quatro para a CMO:

  • R$ 20 milhões para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, proteção e defesa do consumidor;
  • R$ 20 milhões, para Auditoria e Fiscalização Tributária e Aduaneira, da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil;
  • R$ 20 milhões, para Auditoria Interna, Prevenção e Combate à Corrupção, Ouvidoria e Correição, da Controladoria-Geral da União;
  • R$ 20 milhões serão destinados para o fortalecimento das ações de autoridade monetária, do Banco Central do Brasil.

CAS

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) deliberou sobre 33 emendas de apropriação e 4 de remanejamento. Foram aprovadas e encaminhadas para a CMO:

  • Apropriação:
    • R$ 500 milhões, para ações de reforço de recursos para emergência internacional em saúde pública decorrente do coronavírus;
    • R$ 70 milhões, para a estruturação de unidades de atenção especializada em saúde;
    • R$ 100 milhões, para a estruturação da rede de serviços do Sistema Único de Assistência Social (Suas);
    • R$ 10 milhões, para a fiscalização de obrigações trabalhistas e inspeção em segurança e saúde no trabalho.
  • Remanejamento:
    • R$ 20 milhões, no âmbito da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), para a implantação, ampliação ou melhoria de ações e serviços sustentáveis de saneamento básico em pequenas comunidades rurais ou em comunidades tradicionais.

CCT

A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) analisou 37 emendas de apropriação e aprovou quatro delas:

  • R$ 10 milhões para manutenção de contrato de gestão com organizações sociais;
  • R$ 10 milhões para o fomento a projetos, programas e redes de pesquisa e desenvolvimento;
  • R$ 7 milhões para fomento à pesquisa e desenvolvimento voltados à inovação, a tecnologias digitais e ao processo produtivo;
  • R$ 5 milhões para implantação do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais.

CI

A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) deliberou sobre 45 emendas de apropriação e 5 de remanejamento. Foram encaminhadas para a CMO:

  • Apropriação:
    • R$ 123,2 milhões para adequação do trecho rodoviário Navegantes-Rio do Sul, da BR-470;
    • R$ 100 milhões para a adequação dos trechos Guaíra (PR) a Itapiranga (SC), na BR-163;
    • R$ 40 milhões para a construção de trecho rodoviário entre a capital do estado, Manaus, e o estado de Roraima;
    • R$ 20 milhões para estudos, projetos e planejamento de infraestrutura na BR-210, também conhecida como Perimetral Norte, no Amapá. 
  • Remanejamento:
    • R$ 76,17 milhões para adequação do trecho rodoviário Bataguassu-Porto Murtinho, da BR-267 (Rota Bioceânica), no Mato Grosso do Sul;
    • R$ 3,7 milhões para o entroncamento da BR-163, Rio Verde de Mato Grosso (MS) e da BR-262, em Aquidauana (MS);
    • R$ 100 milhões para a construção de trecho rodoviário na divisa Bahia/Piauí e Piauí/Maranhão, na BR-235.

Bancadas estaduais

As 26 bancadas estaduais e a do Distrito Federal também oferecerão emendas parlamentares impositivas à proposta orçamentária para 2021 no valor de R$ 241,46 milhões para cada uma delas. Esse montante poderá ser dividido entre 15 a 20 sugestões. As emendas de bancada estadual devem corresponder atualmente, conforme disposto na Constituição, a 1% da Receita Corrente Líquida (RCL) apurada no ano anterior àquele da vigência da Lei Orçamentária Anual (LOA).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Relatório e votação da PEC Emergencial ficam para semana que vem

 


Guilherme Oliveira | 25/02/2021, 20h57

O Plenário do Senado adiou para a próxima terça-feira (2) a apresentação do relatório do senador Marcio Bittar (MDB-AC) para a PEC Emergencial (PEC 186/2019). Com isso, a votação da proposta deve começar na quarta-feira (3). O relator e o governo cederam após pressão dos partidos de oposição, que ameaçaram forçar a passagem da PEC pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ).

A PEC autoriza o governo federal a restabelecer o auxílio emergencial, excluindo a sua despesa do teto de gastos para o ano de 2021. Em contrapartida, ela também estabelece uma série de regras fiscais que têm causado polêmica, como o fim dos investimentos mínimos anuais em educação e saúde e o congelamento dos salários de servidores públicos.

O requerimento para tirar a PEC do Plenário foi apresentado pelo senador Paulo Rocha (PT-PA), que pediu uma discussão mais aprofundada na CCJ, que foi instalada nesta semana. Com isso, o relatório do senador Marcio Bittar seria apresentado primeiro à comissão, em vez de ir a votação no Plenário. O líder do governo na Casa, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), pediu que o relatório fosse lido ainda nesta quinta-feira (25), mas adiantou que uma nova versão seria apresentada na semana que vem, para contemplar novas emendas que foram apresentadas pelos senadores.

— Nós estamos trabalhando para trazer uma proposta final na segunda-feira [1º], a última proposta, fruto de todas as preocupações que foram expressas aqui por diversos senadores. O relatório [atual] precisa ser lido porque foi o trabalho que [Marcio Bittar] fez ao longo desses últimos dias. Com as emendas apresentadas, eu não tenho dúvida de que ele fará o aprimoramento do texto — disse Bezerra.

A explicação causou dúvidas no Plenário, e os líderes partidários preferiram liberar as suas bancadas na votação do requerimento do senador Paulo Rocha. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), por exemplo, disse acreditar que o fim do piso de gastos com educação e saúde — um dos itens mais criticados em Plenário — será removido no novo relatório. Segundo ele, não faria sentido apresentar um relatório defasado aos senadores.

— Eu entendi que essa questão da educação e da saúde já está liquidada. Acho, sinceramente, que ler um relatório de uma questão que já está liquidada não é correto — ressaltou.

Diante do receio dos colegas, e para evitar que a PEC tivesse que recuar para a CCJ, o senador Fernando Bezerra Coelho concordou em adiar a apresentação do relatório e a sua votação para a semana que vem. Tudo acontecerá diretamente no Plenário.

“Chantagem”

Durante a discussão sobre o adiamento da PEC, os senadores reiteraram as suas críticas aos termos da proposta. Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Zenaide Maia (Pros-RN) questionaram o interesse do governo em vincular o auxílio emergencial a uma reforma orçamentária. Para Zenaide, a atitude configura “chantagem” do Executivo.

— Se o governo tivesse interesse em aprovar o auxílio emergencial, a urgência estaria com uma PEC do auxílio emergencial em separado. Mas ele está exigindo do Congresso Nacional, chantageado, que vote contra a educação, contra a saúde, contra os servidores públicos — protestou ela.

O senador Major Olimpio (PSL-SP) também destacou a interrupção dos reajustes salariais para os servidores públicos como um aspecto negativo da PEC, afirmando que o governo quer “satanizar” a categoria.

— Não vamos permitir que os servidores tenham que pagar de novo a conta da corrupção, da incompetência, dos desvios públicos ao longo de décadas. O que está no relatório é lamentável, um congelamento por mais dois anos subsequentes à calamidade — declarou ele.

O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) lembrou que o Congresso Nacional aprovou, no ano passado, a constitucionalização permanente do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), iniciativa que seria prejudicada pelos novos termos da PEC Emergencial.

— Se a gente concordar com essa PEC, cheia de “jabutis”, vamos desaprovar o Fundeb. Como é que o Brasil vai entender que, seis meses atrás, nós aprovamos o Fundeb, e, hoje, nós vamos “desaprovar”? — questionou.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) listou outros itens da proposta que ele considera inconvenientes, que chamou de “bodes na sala”. Ele observou que outras despesas de combate à pandemia continuariam restritas pelo teto de gastos, que a PEC cria um “gatilho” de restrição de despesas para estados e municípios e que ela pressiona o governo federal a vender ativos de empresas estatais para conter o crescimento da dívida pública.

— É uma verdadeira concertação em prol do Estado mínimo que está em curso aqui, em plena pandemia, com o auxílio emergencial esperando — protestou.

O senador Fernando Bezerra Coelho defendeu as contrapartidas listadas na PEC, argumentando que elas são necessárias para que o auxílio emergencial seja uma política pública viável pelos próximos meses e para que o Brasil não perca o controle sobre o seu endividamento (a PEC dispõe que o auxílio será financiado pela emissão de créditos extraordinários).

— Um país que tem quase 90% do seu PIB de dívida contraída precisa reforçar os conceitos da responsabilidade fiscal, porque, se não mandarmos essa mensagem de que vamos honrar os compromissos, as expectativas se deterioram — ponderou.

Histórico

A PEC Emergencial foi apresentada em 2019 como parte de um pacote de medidas de reforma fiscal, chamado de Plano Mais Brasil. Originalmente, ela trazia uma série de mecanismos de cortes de gastos que seriam acionados automaticamente de acordo com a situação das contas públicas. A proposta tramitava na CCJ.

Nesse formato, ela chegou a ter um parecer do seu primeiro relator, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), mas, com o agravamento da pandemia, as comissões interromperam suas atividades e a PEC não foi votada. No fim do ano passado, ela foi redistribuída para o senador Marcio Bittar, que também é o relator da proposta da Lei Orçamentária Anual para 2021 (PLN 28/2020). No início deste ano, essa PEC foi convertida no veículo para o novo auxílio emergencial.

Nesse novo formato, o conteúdo original da PEC se transformou em contrapartidas fiscais — entre elas está a limitação de gastos com pessoal. A essas contrapartidas se somaram dispositivos retirados de outra proposta do Plano Mais Brasil, a PEC 188/2019, que trata do pacto federativo. Dela veio a extinção dos gastos vinculados em educação e saúde.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado