domingo, 9 de agosto de 2020

Procuradoria-Geral promove reuniões públicas on-line

 


Interessados em participar das discussões, que têm como tema inteligência artificial, devem se inscrever até este domingo (9)

Quer participar de debates sobre inteligência artificial? É só se inscrever nas reuniões públicas on-line que a Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) promoverá, nos dias 10 e 12 (segunda e quarta-feira), para ouvir opiniões e considerações a respeito do tema. O encontro virtual vai das 14h30 às 16h30, por meio do aplicativo Microsoft Teams.

O objetivo é esclarecer questionamentos da comunidade acadêmica, de pesquisa e desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação, afetada pelo Projeto Estratégico Inteligência Artificial – Execução Fiscal.

O projeto faz parte do Programa Desafio/DF, promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) para viabilizar a criação de aplicações tecnológicas avançadas capazes de ler e identificar fases processuais, comparar dados e executar automação de geração de petições de baixa complexidade para auxílio do patrocínio das execuções fiscais.

Para participar, basta se inscrever até as 18h de domingo (9), pelo link bit.ly/audienciaIA.  Pessoas interessadas em  apresentar manifestações orais ou escritas durante o encontro  devem declarar expressamente a sua intenção, em campo próprio do formulário de inscrição. Mais informações podem ser encontradas na página da PGDF.

Com informações da PGDF

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Dia dos Pais: uma celebração à vida

 


Paciente internado com Covid-19 teve televisitas diárias dos filhos e celebra data com avanço na recuperação 

O abraço apertado vai ficar para depois, mas o coração cheio de amor está garantido para este Dia dos Pais. Aos 73 anos, Francisco Osmédio da Silva está há mais de 20 dias longe do aconchego do lar por causa da Covid-19, mas o tratamento conta com doses homeopáticas de carinho com a presença virtual diária da família. Neste domingo (9), a homenagem por telechamada é, também, celebração à vida.   

Cearense de Solonópole, o servidor aposentado do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) chegou à capital federal em 1970 e nunca havia sido internado em hospitais. Descrito como forte, prestativo e generoso, ele acabou infectado pelo novo coronavírus e passou as últimas semanas em isolamento hospitalar – desde Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até enfermaria. 

Confira o vídeo da telechamada envolvendo Francisco e a família:

A recuperação é acompanhada de perto pela família. De contêineres instalados na área externa do Hospital de Campanha do Estádio Nacional Mané Garrincha, onde ele passou os últimos dias, a família fez telechamadas diárias com o paciente. As conversas, feitas por meio de tablets, os aproximam dia após dia, e amenizam a distância. 

“Neste Dia dos Pais, é um presente saber que ele está bem, se recuperando. Temos que agradecer a Deus e à equipe, que trabalha com tanto amor”, valoriza a filha, Lidiane Pinheiro, secretária de 42 anos. “É uma situação bem difícil. Durante o processo, várias pessoas próximas pegaram a doença. Sabemos que muitos não conseguem atravessar. Eu posso resumir meu sentimento em gratidão.”

A família é pequena – pai, mãe, dois filhos e três netos – e todos vivem próximos. “Fomos criados em ambiente de paz e união, com contato diário. Por mais que a doença impeça contato físico, fizemos o esforço de acompanhar a evolução de perto, com televisitas”, afirma a filha. “Por mais que as telechamadas sejam rápidas, é especial para o paciente saber que alguém que o ama está acompanhando”, valoriza.

Neste Dia dos Pais, é um presente saber que ele está bem, recuperado. Sabemos que muitos não conseguiram atravessar a doença. Meu sentimento é de gratidão.Lidiane Pinheiro, filha de paciente recuperado

Está marcada para a tarde deste domingo mais uma chamada especial por vídeo, mas a espera é que o paciente tenha alta. “A expectativa é passar a mensagem de que ele é um pai maravilhoso, que nunca deixou nos faltar nada, que é um exemplo de pessoa honesta. Seja indo pra casa ou por telechamada, quero dizer que o amo muito, que é muito importante para nós e que estamos muito felizes de poder dizer tudo isso nesse dia dos pais”, planeja a filha. 

Não se sabe exatamente como o idoso pegou a doença. Lidiane Pinheiro relata que ele começou a perder o apetite, ficar mais deitado. Foi uma semana passando mal em casa, até que piorou e passou a não comer ou beber. Da unidade básica de saúde, ele já saiu internado no Hospital Regional de Samambaia (Hrsam) até ser transferido para o Hospital de Campanha, dois dias depois. 

A esperança é que nos próximos dias Francisco Omédio da Silva se junte aos mais de 103 mil pacientes recuperados registrados no Distrito Federal. Dos 121 mil casos confirmados na capital até a noite de sábado (8), 85% já tinham conseguido passar pelo ciclo da doença no organismo. 

Televisitas 

No estacionamento do Hospital de Campanha do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha foram instalados dois contêineres, de onde funciona o sistema de televisitas. O agendamento ocorre pela internet. É necessário fazer um cadastro e, após esse procedimento, selecionar datas e horários disponíveis. 

O hospital foi inaugurado em maio de 2020 e dedica-se exclusivamente ao atendimento de pacientes com Covid-19 que estão com necessidade de internação. Na última semana, a unidade atingiu a marca de mil altas médicas de recuperados da doença. 

AGÊNCIA BRASÍLIA 

A volta de um patrimônio da capital

 


Após 13 anos fechado, um dos espaços culturais mais emblemáticos da cidade, o Museu de Arte de Brasília, o MAB, será reinaugurado

| Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Às margens do Lago Paranoá, no Setor de Hotéis e Turismo Norte, o Museu de Arte de Brasília (MAB) nasceu praticamente junto com a cidade, por volta de 1959, quando as obras de um e de outra começaram. Mas Brasília “nasceu” antes, em 21 de abril de 1960, enquanto o prédio do MAB foi inaugurado em 1961.

Antes de ser um dos espaços culturais mais charmosos da capital federal, no entanto, o lugar – prestes a ser reinaugurado após 13 anos fechado – serviu de anexo para o Brasília Palace Hotel, para o clube das Forças Armadas e, veja só, até para um casarão do samba.

Só em 1985 virou galeria de um acervo invejável de obras raras. A nova estrutura irá obedecer às necessidades de segurança e acessibilidade, com dois elevadores para cadeirantes. Com isso, as pessoas com deficiência poderão ter acesso ao pavimento superior do prédio.

“A gente quer resgatar aquilo que o MAB foi concebido para ser, ou seja, um grande celeiro de ideias onde o artista possa pintar o sete, literalmente”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa

No que diz respeito ao espaço e ao acervo, a novidade será a disponibilidade de uma reserva técnica com quase 600 metros quadrados, que não tinha, e laboratório de restauro e conservação novos, além de sala de triagem para receber e avaliar as obras. “Esse ambiente conta com sistema de combate a incêndio, dutos de ar condicionado para refrigerar e detectores de fumaça para avisar com antecedência um possível fogo”, detalha Thales Yorran, um dos engenheiros responsáveis pela obra.

“A gente quer resgatar aquilo que o MAB foi concebido para ser, ou seja, um grande celeiro de ideias, um lugar onde o artista possa pintar o sete, literalmente”, festeja o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues. “O nosso desejo é fazer do espaço um conceito diferente dos outros museus, onde as pessoas vão contemplar obra de arte, mas que ali também aconteçam oficinas integradas com o mundo acadêmico”, diz o secretário.

| Foto: Arquivo Público do Distrito Federal

Para quem conheceu o que era o prédio do MAB antes e o que será hoje, o projeto de revitalização do local é, no mínimo, apaixonante. O novo prédio, antecipa o secretário de cultura, não vai deixar nada a desejar para o que há de mais moderno em termos de concepção de obra pública para instalação do gênero.

Um dos principais destaques da obra são os sistemas de climatização – fundamental para o funcionamento de um museu -, e de energia solar. Toda a cobertura da construção irá captar a chuva para jogá-la nos tubos que vão até os reservatórios de águas pluviais no subsolo. O conteúdo será aproveitado para irrigação dos jardins. “Será um projeto autossustentável”, explica Bartolomeu.

| Foto: Arquivo Agência Brasília

Haverá ainda uma passagem subterrânea que fará a ligação direta com a reserva técnica do museu e novas paredes de cobogós na parte inferior do prédio que se somam ao projeto original da fachada superior.

Circundando o museu, terão gramas e árvores destacadas por luzes que vão fazer a integração entre a natureza e o concreto que tanto marca a arquitetura moderna de Brasília. “O desejo é fazer do MAB um conceito diferente do Museu da República”, diz Bartô, apelido do secretário.

Ainda sem data, a exposição inaugural, que servirá de base para uma montagem de longa duração contando a História da Arte de Brasília, já está em fase avançada de elaboração. A ideia, segundo o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura do DF, Demétrio Carneiro, responsável pelo acervo do MAB, é que o espaço passe a abranger também a História do Design da capital.

| Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Para isso, o acervo contará com peças históricas, como por exemplo, do arquiteto Sérgio Rodrigues (1927–2014), assim como artigos de outros designers contemporâneos. Alguns desses trabalhos são premiados internacionalmente.

“Além de acrescentar à sua proposta de trabalho os móveis autorais da indústria moveleira da cidade, o MAB irá também fazer o mesmo com a produção de ladrilhos local, fazendo do espaço o maior em obras identitárias do DF”, defende Demétrio.

Para Bartolomeu Rodrigues, a reinauguração do Museu de Arte de Brasília será a ponta de um projeto mais ambicioso ainda – a consolidação de um complexo cultural que vai do museu até a Concha Acústica. Para que a ideia ganhe forma, um grupo de trabalho envolvendo as secretarias de Cultura, Desenvolvimento Urbano e Obras, com a Novacap, foi formado.

“O governador ainda vai anunciar formalmente, mas queremos aproveitar a reinauguração do MAB e transformar toda essa área num complexo cultural, inclusive, a Concha Acústica, que é outro equipamento nosso importantíssimo que está subvalorizado”, comenta.

“Ainda não temos nome, para o complexo, é um projeto que está sendo desenhado, é um espaço que precisa ser mais valorizado no pós-pandemia, para levantar a cidade”, planeja. A previsão de entrega do “novo MAB” é para esse semestre. A obra será executada pela Novacap, tem recursos do Banco do Brasil e da Terracap na ordem de R$ 10 milhões.

Importância inegável

| Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

A história do MAB é cercada de mistérios e desencontros. É o que conta a arquiteta e pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), Maíra Oliveira Guimarães, especialista em patrimônio arquitetônico, desde 2015, se debruçando sobre a história do mítico museu.

Ela explica, que o prédio começou a ser construído em 1959, como anexo do Brasília Palace Hotel, mas inaugurado, somente em 1961.

O projeto estrutural foi assinado pelo calculista e arquiteto Oscar Niemeyer, Joaquim Cardozo e o projeto arquitetônico de um jovem alagoano chamado, Abel Carnauba Accioly, na época funcionário da Novacap como desenhista técnico.

“O resgate do edifício em si, acabou virando a história da própria instituição, que é muito interessante, por ser um dos primeiros espaços públicos da cidade”, destaca Maíra. “Uma história muito rica e muito pouco registrada”, observa.

A importância do MAB para cidade é inegável e se resume tanto pelo seu peso histórico, quanto pela riqueza do acervo composto por mais de 1.300 peças. Todo esse material está sendo recatalogado pela equipe da secretaria. “É um acervo muito valorizado”, comenta o secretário Bartolomeu Rodrigues.

“O MAB foi uma instituição pioneira nessa área”, atesta o jornalista de cultura, Sérgio Moriconi. “Tem que lembrar que, na época em que ele foi criado, havia poucas galerias de artes na cidade”, recorda.

Cinco décadas de preciosidades

Trata-se de um patrimônio artístico moderno e contemporâneo doados ou adquiridos por meios de salões de premiações realizadas no local e que percorre cinco décadas, ou seja, dos anos 50 ao ano de 2001, configurando trabalhos que vão desde pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, esculturas, objetos e instalações.

São preciosidades de artistas consagrados nacionalmente e na esfera local como o baiano Rubem Valentim, o gaúcho Iberê Camargo, a polonesa que se radicou no país, Fayga Ostrower, além dos “brasilienses” Bené Fonteles e Athos Bulcão.

Entre os diretores que passaram pelo espaço estão Glênio Lima, André Lafetá e a fluminense de Niterói, Lêda Watson, desde 1973 morando em Brasília. “Eu criei o MAB”, diz a pioneira, sem cerimônias, hoje com 87 anos. “Foram seis meses de luta para montar toda a equipe e estrutura do museu do zero, recuperando as obras que estavam completamente abandonadas”, lembra, orgulhosa.

Lêda, gravurista de talento desde 1969, com prêmios conquistados na Europa, inclusive, ela diz que o empenho do secretário à frente da pasta de cultura é impecável, sobretudo na recuperação de espaços importantes da cidade como o MAB. “Essa gestão está fazendo proeza, fazendo as coisas acontecerem do zero, renascendo das cinzas, isso é um milagre”, elogia.

Além do MAB, outros espaços da cidade estão sendo revigorados nesse período de isolamento social durante a pandemia. É o caso, por exemplo, do Centro Cultural Oscar Niemeyer, uma área que faz parte do complexo arquitetônico da Praça dos Três Poderes, fechado desde 2015.

Com uma área de 432 m², onde comporta duas galerias e um anfiteatro com capacidade para 20 pessoas, o local teve o sistema de rede elétrica e ar condicionado recuperados, além de teto revitalizado. O espaço também ganhou carpete e pintura novos.

“São equipamentos que fazem parte da história da nossa cidade, alguns deles tombados que precisam ser zelados. Essa é a nossa preocupação. Que quando tudo voltar ao normal, a ‘casa’ esteja arrumada”, enfatiza o secretário Bartô.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Entenda a importância dos bancos de leite humano

 


Além de orientar as mães, essas unidades fazem a coleta, pasteurização e distribuição para bebês internados

Toda mulher sadia que esteja amamentando é uma potencial doadora de leite materno, independentemente da idade da criança. A doação de leite materno é de extrema importância porque alimenta cerca de 250 bebês por dia no Distrito Federal, em todas unidades neonatais da rede pública de saúde.

O Distrito Federal é destaque nacionalmente pelo fato de distribuir leite materno para todas as crianças internadas em unidades neonatais. Para isso, possui 15 bancos de leite humano (BLH), sendo dez da Secretaria de Saúde, dois federais e três da saúde suplementar. Há também cinco postos de coleta, sendo dois da Secretaria de Saúde e três da rede suplementar (e todas maternidades da rede contam com um banco de leite ou posto de coleta).

Foto: Agência Saúde/Divulgação

“A principal função dos bancos de leite e postos de coleta é o apoio, proteção e promoção do aleitamento materno. Outra função é coletar o leite excedente das nutrizes, pasteurizar e distribuir com qualidade certificada”, explica Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do Distrito Federal.

No Distrito Federal, 98% da doação de leite materno é feita de forma domiciliar: no caso, as mães coletam o leite em um pote de vidro com tampa de plástico e armazenam no freezer, entram em contato com o banco de leite, que faz o cadastro e, uma vez por semana, vai até a casa delas e troca o pote cheio por um vazio.

Equilíbrio
De janeiro a julho deste ano, foram coletados 10.299 litros de leite materno, que serviram para atender 7.360 crianças. “Iniciamos o ano com um déficit de 30% nas doações, mas conseguimos recuperar e estamos com 1% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, no mês de julho, tivemos uma arrecadação menor que as de maio e junho – e temos muitos bebês doentes que precisam de leite materno”, informa Miriam Santos.

Segundo ela, a queda nas doações de julho preocupa, já que houve menos de 300 litros de leite materno coletado em relação ao mês anterior. Segundo a coordenadora, é de extrema importância que se mantenham os estoques para atender os bebês que estão internados nas unidades neonatais.

“O banco de leite que está passando por maior dificuldade é o do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), que tem uma distribuição diária de cerca de 12 litros de leite materno pasteurizado. A maioria das mães que têm bebês internados na unidade neonatal é diarista, ou seja, aquela mãe que passa o dia no hospital e vai embora para casa. Com a questão da pandemia, estas mães estão evitando ir ao hospital porque a maioria delas utiliza o transporte público”, afirma Miriam.

Fundação
O primeiro Banco de Leite Humano foi criado no Distrito Federal em 1978, que foi o do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), uma parceria da época com o Rotary Clube de Taguatinga Norte. Essa parceria existe até hoje, esse clube de serviços sempre disponibiliza alguns insumos que o banco de leite possa precisar, vidros e até conserto de equipamentos. A coleta domiciliar é realizada pelo Corpo de Bombeiro Militar desde 1989.

“A rede de Banco de Leite Humano é uma casa de apoio à amamentação. Todas mulheres que desejam amamentar deve nos procurar. Estamos dispostos e prontos para atender e orientar. Mesmo com a pandemia, fazemos orientações por telefone, e-mail, videochamadas e presencialmente”, conclui. 


Serviço
Para mais informações sobre o Banco de Leite Humano, acesse o site Amamenta Brasília.


* Com informações da Secretaria de Saúde/DF

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Parque do Sudoeste ganha área exclusiva para pets

 

   

Em parceria com moradores e iniciativa privada, administração regional oferece espaço cercado para os bichos, reforçando a segurança de frequentadores

Os cachorrinhos Cookie, 8 meses, e Mona, 4 meses, agora têm uma área exclusiva para correr, pular e brincar no Sudoeste. Em parceria com moradores e a iniciativa privada, a administração regional da cidade criou, dentro do Parque Urbano do Bosque, o BosquePet – espaço cercado de 400 metros quadrados para os animais de estimação. Das 6h às 21h, os donos podem passear livremente com eles – e isso traz, antes de tudo, mais segurança aos frequentadores e diminuindo as chances de incidentes.   

BosquePet tem espaço cercado de 400 metros quadrados e fica aberto das 6h às 21h para os bichinhos | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Paulo Cardoso, 61 anos, é o dono de Mona, uma Lhasa Apso. Ele conta que adotou a cadela recentemente e um ambiente reservado para ela será uma ótima de socialização. “Ela vai aprender a conviver com outros cachorros e não vamos correr risco dela fugir, mesmo deixando-a solta”, comenta o advogado.

O aposentado Luciano Aquino, 70 anos, que tem o yorkshire Cookie, também aprovou o Bosquepet. “Antes eu passeava pelo meio do parque, mas há pedestres, ciclistas e até mesmo aqueles que não gostam de estar no mesmo ambiente que os cachorros”, lembra. “Agora, é bom tanto para nós quanto para os outros frequentadores do parque”, comemora.

Demanda
O BosquePet foi inaugurado na segunda-feira (3). O administrador Daniel Crepaldi lembra que a área era uma reivindicação antiga dos moradores e contou com a ajuda deles para que o projeto saísse do papel. “Fizemos uma pesquisa com a comunidade para saber quais as principais demandas relacionadas ao parque. Entre elas, surgiu esse proposta”, relembra.

Ainda de acordo com Crepaldi, o espaço ainda está em fase de implementação. “O próximo passo é instalar uma placa com informações sobre uma boa convivência e um bebedouro para os cachorros”, adianta. Nas áreas comuns, os pets poderão andar, mas com coleira. É uma forma de evitar fugas ou ataques a frequentadores.

No Parque da Cidade, Parcão também tem ambiente cercado e atrai frequentadores e seus animais de todos os cantos | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Cuidados
A diretora do Hospital Veterinário Público (HVP), localizado em Taguatinga, Mayara Cauper, ressalta a importância de oferecer um lugar exclusivo para os animais. “Essa recreação é muito boa tanto fisicamente quanto mentalmente”, informa. “Observamos um aumento de cachorros no ambiente familiar, por isso é muito democrático ter esses locais exclusivos para eles”, salienta.

A veterinária reforça que os donos precisam ter atenção redobrada com os bichinhos, devido à pandemia do novo coronavírus. “Além de ir frequentemente ao veterinário e estar em dia com a vacinação e vermifugação, eles devem ficar atentos ao chegar em casa. É preciso fazer a higienização das patas ou qualquer parte do corpo que tenha entrado em contato com pessoas ou superfícies”, diz.

Parcão
Outro espaço reservado ao animais de estimação da capital é o Parcão. Localizado no Parque da Cidade e próximo ao Complexo da Polícia Civil, o ambiente cercado atrai donos de todos os cantos de Brasília.

O horário de funcionamento é o mesmo do parque, das 06h às 21h. Os cachorros também contam com brinquedos para se divertirem.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

‘Doenças oportunistas’: todo cuidado é pouco em tempo de frio e seca

 


Especialistas alertam para o perigo de descuidar das demais infecções virais em épocas de pandemia de Covid-19

Clima seco e frio acentua complicações respiratórias nesta época do ano em todo o DF | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê muito frio para os próximos dias no Distrito Federal. A temperatura deve oscilar na faixa dos 10 graus – nas áreas rurais, ainda menos do que isso. Apesar dos ventos gelados, a umidade relativa do ar segue ladeira abaixo, chegando à casa dos 25%. Quadro que deve piorar em setembro, quando o frio for embora e apenas a seca tomar conta do pedaço.

Tanto em um cenário quanto no outro é que surgem as chamadas “doenças oportunistas”. Como as complicações respiratórias, que se proliferam com maior incidência pela população brasiliense nesta época do ano.

“Estamos no inverno e vamos ter um aumento da frequência de infecções virais, como gripes, resfriados e, agora, a Covid-19”Fátima Guidacci, especialista da Secretaria de Saúde

As mais comuns são infecções virais, tipo gripe (exemplo da H1N1), resfriados e, agora, a Covid-19. Mas, nesta época do ano, ocorrem ainda infecções bacterianas que causam, por exemplo, sinusite, pneumonias, otite e amigdalite. Também são comuns crises de asma e rinite alérgica.

O grupo de pessoas mais suscetíveis às doenças respiratórias são as crianças de até cinco anos e quem já passou dos 60, grupos que podem ter as complicações mais greves nesta época do ano. Pacientes que apresentam deficiência no sistema imunológico e doenças crônicas, como asma, também são vulneráveis.

O pequeno Aleksander Maximus, de apenas 4 anos, é um exemplo de risco. Segundo a mãe dele, Luziene Moreira, 30 anos, o menino tem dificuldade de respirar normalmente. Mas, nesta época do ano, a crise aumenta. “Vim tratar a garganta dele, que está inchada”, afirmou Luziene à reportagem da Agência Brasília, enquanto esperava atendimento na Policlínica do Gama.

Baixa procura

À exceção da Covid-19, a maioria das doenças respiratórias tem vacina desenvolvida e já testada. Mas Maria de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci, especialista em Alergia e Imunologia da Secretaria de Saúde, expõe um dado preocupante: a procura por essas imunizações diminuiu consideravelmente depois que a pandemia de Covid-19 se instalou no Distrito Federal.

Para Fátima Guidacci, a baixa procura de vacinas na rede pública se deve ao medo que as pessoas têm em buscar as doses nos hospitais e centros de saúde do DF, locais mais expostos ao novo coronavírus. “Infelizmente as pessoas estão com medo de sair de casa por causa do risco de contaminação”, lamentou. Mesmo assombrado com a Covid-19, reforça Fátima, o brasiliense não pode tirar os olhos e a atenção dessas outras doenças.

O problema acendeu a luz vermelha na Secretaria de Saúde. Se as pessoas não se imunizarem com as vacinas para casos mais simples, como uma gripe, o número de casos de doenças respiratórias pode aumentar. Elas podem resultar em situações extremas caso não sejam cuidadas, adverte a especialista. “A gente tem medo de aumentar o número de pessoas com essas doenças respiratórias, que podem levar o paciente até a óbito”, afirma a médica, que faz um apelo.

“Gostaria de ressaltar a importância de tomar a vacina, principalmente com relação ao [vírus] influenza. Mas também de outras vacinas, como a de pneumonia e a de meningite. Estamos no inverno e vamos ter um aumento da frequência de infecções virais, como gripes, resfriados e, agora, a Covid-19”, acrescenta.

A especialista aconselha que pacientes alérgicos tenham ainda mais cuidado no controle ambiental. “No inverno há pico da proliferação de ácaros e fungos, que são os principais fatores desencadeantes das alergias. Então, não se deve varrer a casa, só passar pano úmidos nos móveis. Aspirar é melhor. Evitar produtos de limpeza com cheiro forte”, enumera.

A aposentada Eliene Maria Oliveira de Almeida, 66 anos, reconhece o perigo e diz se prevenir com a devida frequência. “Tomo vacina todos os anos. A H1N1 eu já tomei. Eu me preocupo com a Covid-19, mas não ignoro as outras doenças”, garante.

AGÊNCIA BRASÍLIA