segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Soja Brasil: semana começa com tempo seco para quase todo o país

Já as temperaturas ainda não sobem muito no Sul e Sudeste. Enquanto no Nordeste e Centro-Oeste o risco de queimadas segue elevado

Por Daniel Popov, de São Paulo

A primeira semana de agosto começa com o tempo firme e seco predominando sobre quase todo o país. Chuvas mesmo só o Norte do país. Entretanto, as temperaturas não devem se elevar muito nos estados do Sul e Sudeste. Enquanto nos do Centro-Oeste e Nordeste seguem com alerta contra incêndios.

Confira abaixo a previsão do tempo completa! As informações e mapas meteorológicos são da Somar Meteorologia e do Inmet.

SUL

Não há previsão de chuvas para a região Sul nesta segunda-feira, 3. Os três estados terão tempo firme e seco. Há presença de nevoeiros ao amanhecer entre o sul e leste do Paraná e o centro leste do Rio Grande do Sul, passando pelo leste de Santa Catarina, mas que logo se dissipam no decorrer da manhã.

Na terça-feira nada muda e o clima seco ainda persiste nos três estados da região. As temperaturas mínimas pela manhã ficam um pouco mais baixas em áreas de Serra e de Planalto, em relação ao dia anterior, mas não caem muito.

SUDESTE

A segunda-feira também será marcada por tempo firme e seco no Sudeste brasileiro. Durante a tarde, as máximas seguem elevadas no norte paulista e o centro-oeste mineiro, mas no sul e leste paulista e sul de Minas Gerais, as temperaturas ainda seguem amenas.

Assim como no dia anterior, a terça também será de tempo seco. Durante a tarde chega a fazer calor em áreas do centro norte paulista e do centro oeste mineiro, aliás, no mesmo período, nesses locais a umidade cai bastante, chegando a níveis críticos.

CENTRO-OESTE

Na segunda-feira, mais uma vez tem previsão de tempo firme e ensolarado na maior parte do Brasil Central. A única diferença são algumas rajadas de vento que podem passar dos 50 km/h entre Goiás, Distrito Federal e norte de Mato Grosso do Sul. Aliás, no norte do sul-mato-grossense também tem algumas nuvens passando no céu, mas que não estão associadas a chuva. Atenção aos baixos índices de umidade relativa do ar e as altas temperaturas, no meio da tarde, na região do Pantanal, que favorecem incêndios florestais.

Na terça-feira, mais uma vez não tem previsão de chuva na região Centro-Oeste. Já tem quase três meses sem cair uma gota de água sequer no centro, norte e leste de Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal. Em Cuiabá, são mais de 2 meses, ou seja 71 dias seguidos sem chover, se contarmos com o dia 2 de agosto. Já São Félix do Araguaia (MT) e Aragarças (GO) estão a 87 dias seguidos sem chover, isso se contarmos com até domingo (2). O dia segue mais uma vez sob o domínio do tempo seco e quente no período da tarde, situação que favorece o aparecimento de novos focos de incêndio na região. Atenção aos riscos de rajadas de vento pelo Centro-Oeste, com valores que variam entre 30 e 40 km/h.

NORDESTE

O tempo firme e seco deve predominar em quase toda a região nesta segunda-feira. As exceções acontecem no norte do Piauí e do Maranhão, onde algumas garoas pontuais podem ser registradas. A Bahia segue com tempo firme nas áreas agrícolas.

Na terça-feira o tempo seco se espalha e já não há chance de garoas na Bahia, Maranhão e Piauí.

NORTE

Na segunda-feira, as áreas de chuva migram um pouco mais sobre o norte do Amazonas, onde tem pancadas de chuva com trovoadas no decorrer, associadas à alta umidade e ao calor. Já a região entre o centro de Roraima, Ilha de Marajó e Belém recebem os maiores volumes acumulados. Na faixa centro e sul da região Norte, mais uma vez não tem previsão de chuva e o tempo fica firme e com grande amplitude térmica.

Na terça-feira, os estados do Acre, Rondônia, Tocantins, centro e sul do Pará e centro e sul do Amazonas terão mais um dia de tempo firme e seco, e poderá ter apenas variação de nuvens no céu. As temperaturas elevadas e a baixa umidade do ar, no meio da tarde, contribuem para o aumento dos focos de incêndios. Aliás, tem áreas que estão a dias sem chover, como em Almas, no Tocantins, que está a 75 dias seguidos sem chover, em Palmas com 65 dias seguidos de tempo seco. Por outro lado, segue chovendo na faixa norte, com destaque para as chuvas mais pesadas e volumosas entre Belém, Macapá e Boa Vista. As chuvas ocorrem ao longo do dia, só que sua maior intensidade acontece pela madrugada e à tarde.

POR;CANAL RURAL 

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a segunda-feira

Alta nos preços da arroba do boi gordo e da saca do milho, indicador positivo da economia chinesa e novo recorde na cotação da soja estão entre as informações importantes de hoje

Boi: novo recorde fica cada vez mais próximo e indicador Cepea/B3 chega a R$ 228,30 por arroba

Milho: na B3, contrato para setembro já tem negócios acima de R$ 51 por saca

Soja: novo recorde histórico é registrado e preço chega a R$ 119,12 por saca em Paranaguá

No Exterior: indicador de atividade econômica na Europa e na China melhor que o esperado gera otimismo

No Brasil: mercado de olho na reunião do Copom na quarta-feira concentra apostas em um corte residual na taxa Selic para 2,0% ao ano

Agenda:

Congresso Brasileiro do Agronegócio

USDA: inspeções semanais de exportação dos EUA

Secex: balança comercial de julho

USDA: condições das lavouras norte-americanas


Boi: novo recorde fica cada vez mais próximo e indicador Cepea/B3 chega a R$ 228,30
 por arroba

O indicador Cepea/B3 subiu pelo quarto dia consecutivo e ficou em R$ 228,30 por arroba, acumulando uma alta de 4,5% no mês de julho. Dessa forma, o indicador fica cada vez mais próximo do recorde registrado em novembro do ano passado de R$ 231,35. A nova rodada de valorização da arroba vem na esteira do início do mês, que é sazonalmente mais forte, a proximidade do Dia dos Pais e o período de pagamento dos salários.

Com a oferta ainda restrita, o menor sinal de demanda mais aquecida já pressiona os preços. A Agrifatto Consultoria já registra negociações acima do patamar de R$ 225 por arroba nos animais convencionais, enquanto que nos bois destinados à exportação, os preços em R$ 230 se tornam referência nas praças paulistas.

Milho: na B3, contrato para setembro já tem negócios acima de R$ 51 por saca

O contrato com vencimento em setembro na B3 chegou na máxima do dia a ser negociado em R$ 51,33 a saca, maior valor desde que o contrato começou a registrar negócios. O indicador Cepea/Esalq/BM&FBovespa, com base de preços de Campinas/SP, subiu pelo terceiro dia consecutivo, cotado a R$ 50,79, acumulando uma alta de 4,66% no mês de julho.

A baixa disponibilidade do cereal começa a pressionar mais fortemente os preços, mesmo em período de colheita. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari, as exportações ganhando ritmo e o produtor capitalizado esperando melhores preços trazem competição e limitam a oferta no curto prazo.

Soja: novo recorde histórico é registrado e preço chega a R$ 119,12 por saca em Paranaguá

O indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá bateu novo recorde histórico e ficou cotado a R$ 119,12 por saca, acumulando uma alta de 3,30% em julho. De acordo com a Agrifatto, a alta da oleaginosa em Chicago e do dólar frente ao real foram os principais motivos que levaram ao novo recorde.

A consultoria adiciona que apesar da elevação da moeda americana, os prêmios nos portos brasileiros continuaram elevados e sinalizam a preferência dos chineses pela soja brasileira, apesar da oferta reduzida no país.

No exterior: indicador de atividade econômica na Europa e na China melhor que o esperado gera otimismo

O PMI (índice dos gerentes de compra) do setor industrial da Zona do Euro, indicador que mede a atividade econômica na indústria, ficou em 51,8 em julho e acima do projetado pelos analistas de mercado (51,1). O indicador registra expansão da economia quando está acima de 50,0, sendo que desde fevereiro do ano passado isso não ocorria.

O PMI industrial da China teve comportamento parecido e ficou em 52,8 em julho, valor mais alto desde janeiro de 2011. O mercado ainda segue dividido entre indicadores econômicos em grande parte positivos, sinalizando possibilidade de recuperação rápida da economia global, e o avanço de casos de coronavírus que pode gerar medidas mais restritivas em algumas regiões.

No Brasil: mercado de olho na reunião do Copom na quarta-feira concentra apostas em um corte residual na taxa Selic para 2,0% ao ano

O destaque da agenda brasileira na semana é a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na quarta-feira com a decisão sobre a taxa básica de juros (Selic). Após o IPCA-15 de julho bem abaixo do esperado pelo mercado, as apostas de mais um corte na taxa Selic foram consolidadas em uma redução residual de 0,25 ponto percentual, que levaria a taxa para 2,0% ao ano.

Sendo assim, a principal expectativa fica para as sinalizações em relação às próximas reuniões, ou seja, se o Banco Central pretende encerrar o ciclo de cortes ou deixar a porta aberta para novas reduções. No cenário político, está marcada também para quarta-feira, de acordo com o Estadão, audiência pública com o Ministro da Economia Paulo Guedes na Comissão Mista do Congresso Nacional que discute a Reforma Tributária.

Por Felipe Leon

CANAL RURAL 

Polo JK em Santa Maria oferece energia específica para empresas

A obra está orçada em R$ 12 milhões e será custeada com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), principal parceiro do GDF

Foto: Divulgação

Criado para atrair empresas e criar empregos no Distrito Federal, o Polo JK, em Santa Maria, vai oferecer um tipo de energia específica para grandes plantas industriais, que é a de alta tensão, chamada de energia firme – mais estável que a utilizada para abastecer, por exemplo, as áreas residenciais.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) cumpre o compromisso firmado com o empresariado e se prepara para entregar, dentro de alguns meses e em pleno funcionamento, a subestação de energia que está sendo construída pela CEB.

A obra já se encontra na fase final. A construção da última etapa da usina foi autorizada: é a instalação da linha de transmissão de energia da subestação para o Polo JK, que deverá ter aproximadamente 13 km de extensão.

Orçado em R$ 12 milhões, o trabalho será custeado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), principal parceiro do Governo do Distrito Federal (GDF) no programa Procidades, que leva infraestrutura a áreas de desenvolvimento econômico (ADEs) para atrair empresas.

Fases da obra

Ao todo, já foram consumidos recursos desse acordo com o BID na ordem de R$ 30 milhões para a construção de outras etapas da subestação. A obra é executada em quatro fases.

Primeiramente, foi realizado o projeto estrutural; depois, instalados dois transformadores. Em seguida, veio toda a edificação e, por fim, a extensão da linha de transmissão de energia, com postes e fio de alta tensão.

Segundo a subsecretária de Apoio às Áreas de Desenvolvimento Econômico, Maria Auxiliadora Gonçalves França, a obra é muito importante para aquela região, “uma vez que ela desonerará os empresários de investirem em equipamentos de energia, como gerador e transformador”. Ela afirma que a energia industrial é aguardada há mais de 20 anos.

“As indústrias que estão lá não têm energia firme – energia para grandes máquinas usadas em indústrias, como grandes panificadoras, farmacêuticas, fábricas de sorvete e gráficas. A maioria tem hoje gerador a diesel, que gastam um absurdo para funcionarem”, explica.

Programa Procidades

O programa tem quatro componentes que são levados para ADEs: a parte de desenvolvimento institucional, com instrumentos e insumos para a secretaria gerir o Procidades, com funcionários, capacitação, computadores; o Plano Distrital de Atração de Investimentos, que significa estudar o cenário e propor caminho para o desenvolvimento econômico no Distrito Federal baseado em vocações; o desenvolvimento das empresas que estão localizadas nas ADEs e, por fim, sua cadeia produtiva.

Cinco eixos foram pensados e são oferecidos no programa: capacitação do trabalhador, de fornecedores, do empresário, um programa de inovação tecnológica e um componente de obras e infraestruturas.

Empregos

A principal meta do Procidades é justamente a criação de empregos. “Com a chegada da energia, acreditamos que haverá maior interesse de empresários em se instalarem no Polo JK”, pontua Maria Auxiliadora.

A chamada lei da atração parece ter sido posta em prática antes mesmo de ligarem os disjuntores da subestação. Somente com os trabalhos da ramificação da linha, que devem durar dez meses, a Companhia Energética de Brasília (CEB) calcula a contratação de cerca de 50 funcionários.

Wlecio Chaveiro Nascimento é dono de uma fábrica de pré-moldados no Polo JK. Ele chegou a gastar, com o aluguel de gerador, cerca de R$ 60 mil por mês. Então, decidiu colocar um transformador. “Essa obra será de grande importância para a minha empresa e outras do setor”, avalia.

“Tive o convite para levar a sede da minha empresa para outras praças, como São Paulo e Belo Horizonte, mas preferi aqui, porque [a cidade] tem uma posição bem privilegiada e um perfil de vanguarda”, conta. “A cidade está sempre à frente”. Atualmente, ele emprega 70 pessoas, mas esclarece que seu ramo de negócios proporciona de forma indireta outros 80 postos de trabalho, com fornecedores e prestadores de serviço.

AGÊNCIA BRASÍLIA