Registros de direção sob efeito de álcool no DF crescem desde 2012
Infrações passaram de 7.458 para 23.202 em cinco anos, segundo levantamento do Detran. Diretor do órgão afirma que crescimento deve-se a maior fiscalização.
Os casos registrados de embriaguez ao volante no Distrito Federal aumentam anualmente desde 2012, segundo dados levantados pelo Departamento de Trânsito a pedido do G1. De janeiro até a última quinta-feira (7), foram feitas 23.202 autuações – três vezes a quantidade registrada há cinco anos.
O diretor do Detran, Silvain Fonseca, afirma que o aumento no número de casos deve-se à maior fiscalização do órgão e não a um crescimento real da infração. "Cada vez mais aprimoramos a fiscalização e trabalhamos a prevenção. Fazemos cerca de sete operações por dia em todo o DF, de domingo a domingo."
Embriaguez ao volante
Casos registrados pelo Detran-DF
Fonte: Detran-DF
Dos motoristas autuados em 2017, segundo Fonseca, 97% foram tirados de circulação como forma de prevenção a acidentes e mortes no trânsito. "Nós ainda monitoramos as pessoas com direito suspenso por conta de alcoolimia, porque temos casos como o de um motorista que foi pego mais de 14 vezes alcoolizado."
Fonseca destaca que os motoristas do DF têm conseguido adotar o uso de transportes alternativos como prática habitual em casos de consumo de álcool. "Boa paerte da população já conseguiu parar de beber e dirigir. Você vê muitos taxis e Uber."
Segundo ele, a possível mudança no código de trânsito que torna as regras para este tipo de ingração ainda mais rigorosas deve ajudar a reduzir os índices. A medida, aprovada pela Câmara Legislativa, aumenta a punição para quem dirige sob efeito de álcool e provoca morte no trânsito.
A pena de 2 a 4 anos de prisão por homicídio culposo, que pode ser convertida em pena alternativa, passará a ser de 5 a 8 anos de prisão para o motorista embriagado. A pena máxima deverá ser cumprida em regime fechado. O projeto aguarda sanção do presidente Michel Temer para começar a valer.
"Todas as mudanças nesse sentido são bem vindas, mas precisamos trabalhar as pessoas que são dependentes do álcool. Colocar o tratamento como condição para recuperar a licença."
"Temos que trabalhar a questão da saúde."
G1