Apesar da grande quantidade de pessoas, a vacinação ocorreu sem demoras em alguns pontos, como na UBS 5 de Taguatinga e na UBS 3 do Gama
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Na manhã desta terça-feira (10), começou o mutirão de vacinação contra a covid-19 para pessoas a partir de 25 anos. Os postos começaram a aplicar as doses às 8h e os brasilienses acordaram cedo para conseguir um bom lugar nas filas que cercavam os locais de vacinação.
A ampliação da faixa etária foi possível após a chegada de 214,7 mil doses de vacinas no o fim de semana. Desse total, 178,3 mil foram destinadas para esse público. Nesta terça-feira (10), o DF recebeu mais 153 mil doses, quantidade que contemplará o público de 20 anos ou mais. A vacinação desse grupo começa na quinta-feira (12).
Filas
Por conta da falta de agendamento, alguns postos de vacinação registraram grandes filas, como em Águas Claras e em alguns pontos do Plano Piloto. Apesar da grande quantidade de pessoas, a vacinação ocorreu sem demoras em alguns pontos, como na UBS 5 de Taguatinga e na UBS 3 do Gama.
A UBS 5 de Taguatinga, além de ter uma grande equipe e organização também aumentou seu horário de funcionamento. A unidade vai funcionar as 8h às 22h. De acordo com a superintendência da Região de Saúde Sudoeste – a qual a unidade faz parte – a medida serve para ampliar a assistência ao público e alcançar quem tem alguma dificuldade em se vacinar durante o dia em um ponto de vacinação mais perto de casa. O DF já tem dois pontos noturnos em funcionamento: em Ceilândia e no Setor Militar Urbano (SMU).
Além disso, a UBS chegou a vacinar 5 mil pessoas contra a covid-19 em um único dia, na última semana. Agora, com atendimento noturno, a meta é ampliar esse número.
Postos abertos nesta terça-feira (10)
Para atender todo o grupo, o Distrito Federal abrirá 71 postos espalhados pelas regiões administrativas com funcionamento das 8h às 17h.
Para essa nova fase, são esperadas 300 mil pessoas se vacinando com a primeira dose. Veja os locais:
Ao se referir sobre votação da PEC, presidente disse que "tem outros mecanismos para a gente colaborar para que não haja suspeita"
CRÉDITO: BNC
Após admitir que a PEC do Voto Impressso não deverá ser aprovado na Câmara, o presidente Jair Bolsonaro disse que existem outras alternativas para a proposta, que está prevista para ser votada nesta terça-feira (10). Sem citar quais seriam essas alternativas, ele comentou sobre a votação com apoiadores no final da tarde desta segunda-feira (9), na chegada ao Palácio da Alvorada, em Brasília.
"Amanhã o Congresso decide, mas tem outros mecanismos para a gente colaborar para que não haja suspeita. Está prevista amanhã a votação, não sei o que vai acontecer, mas vamos em frente", afirmou o presidente.
Bolsonaro já havia afirmado pela manhã que o voto impresso seria derrotado na Câmara. O presidente foi questionado por um repórter da rádio Brado, de Salvador (BA), sobre a chance de a proposta passar no Congresso e descartou qualquer chance de aprovação. "Se não tivermos uma negociação antes, um acordo, vai ser derrotada a proposta porque o ministro Barroso apavorou alguns parlamentares", disse em entrevista à rádio Brado, da Bahia.
A PEC tem sido motivo para declarações antidemocráticas e ameaças do presidente. A proposta já foi derrotada na comissão especial que avaliava o tema, mas, mesmo assim e diante da insistência de Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu levar a questão para o plenário, em que será votada pelos 513 deputados.
Produtores estão entre os 50 melhores no Cocoa of Excellence, do Salon du Chocolat de Paris, considerado o mais importante evento de chocolate e cacau
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Dois produtores de cacau da Bahia e um assentado do Pará colocaram suas amêndoas entre as 50 melhores do mundo e vão concorrer em outubro ao prêmio Cocoa of Excellence, do Salon du Chocolat de Paris, o mais importante evento de chocolate e cacau do mundo.
O evento, que foi cancelado no ano passado devido à pandemia, vai ter disputa neste ano, mas de forma virtual. Foram inscritas 235 amostras de todos os países produtores. Os vencedores serão conhecidos entre fim de outubro e começo de novembro.
Cacau FL 89, amêndoa com sabor frutado, intenso e com notas muito fortes de ameixa passa (Foto: João Tavares/Arquivo Pessoal)
Salvar
O baiano João Tavares, que venceu o concurso internacional duas vezes (2010 e 2011), foi classificado com uma amostra de cacau catongo da sua fazenda Leolinda, de 340 hectares, que fica em Uruçuca. Tavares, filho e neto de cacauicultores, é o maior produtor do país do chamado cacau fino ou cacau gourmet. Foi o responsável por colocar o Brasil na rota mundial dos produtores de amêndoas especiais.
A segunda amostra classificada é de Angélica Maria Tavares, também de Uruçuca e mãe de João Tavares. Ela concorre com uma amostra da variedade FL 89 produzida na fazenda que leva seu nome.
Tavares explica que as duas amêndoas são extremamente distintas. "O catongo é uma variedade que não tem antocianina na composição, que é característica de quase todos os cacaus e dá a sua pigmentação roxa. Ele é uma amêndoa branca que possui notas de nozes, um pouco amendoado, de flor. Já o FL 89 é um cacau muito frutado, intenso, com notas muito fortes de ameixa passa e é extremamente sabor.
Cacau catongo, variedade que se diferencia por ser branca com notas de nozes, flor e amendoado (Foto: João Tavares/Arquivo Pessoal)
"Esse reconhecimento coloca o Brasil no mapa do mundo do cacau de alta qualidade e traz oportunidades aqui dentro"
João Tavares, produtor bicampeão do Cocoa of Excellence
O produtor comemora o reconhecimento em estar mais uma vez concorrendo entre os melhores cacaus do mundo. "Já é um sentimento de vitória, os cacaus são maravilhosos e nós estamos muito confiantes para ter um resultado positivo."
Tavares ainda destaca a importância que o prêmio tem para o Brasil. "Isso coloca o Brasil no mapa do mundo do cacau de alta qualidade. Quando ganhamos, em 2010, ninguém falava do cacau brasileiro lá fora. Isso traz oportunidades aqui dentro", finaliza.
O produtor familiar paraense João Evangelista Lima vai competir com uma amostra híbrida paraense. Ele cultiva cacau no assentamento Turuê, um dos maiores da América Latina, com mais de 3 mil famílias assentadas, no município paraense de Novo Repartimento. A inscrição de Lima teve o apoio da Fundação Solidariedad, que incentiva os agricultores familiares a plantar cacau na sombra de árvores nativas.
Lima produz cacau há 18 anos, e há dois, o cacau fino, que o levou ao concurso. Ele acredita no potencial de plantio do Brasil, mas vê o agravamento dos problemas ambientais atrapalharem os produtores independentes.
“Nós temos tantos lugares que as pessoas plantam para manter seu padrão de vida trabalhando na roça, e sem precisar queimar, desmatar, derrubar mata. Acredito que os produtores precisam de mais incentivo, assim como a Fundação Solidariedad me auxilia, para poder plantar de forma sustentável, sem interferir no meio ambiente”.
O produtor afirma que hoje, 95% de sua renda vem da produção de cacau e comemora o sucesso de estar concorrendo ao prêmio internacional. “É muito gratificante estar entre os 50 melhores cacaus do mundo, é uma sensação de felicidade saber que minha plantação é reconhecida. Tomara que esse prêmio fique nas nossas regiões e sirva como um incentivo”.
“Este resultado demonstra todo o potencial que o país tem para se consolidar no mercado internacional de cacau premium. É o resultado do trabalho e da dedicação destes produtores em campo. Demonstra a força das nossas origens, uma vez que foram contempladas amostras do Sul da Bahia e do Pará", diz a bióloga Adriana Reis, doutora em biotecnologia e gerente de qualidade do Centro de Inovação do Cacau (CIC).
Segundo ela, cada amostra apresenta uma identidade singular e uma explosão de sabor que diz muito sobre o cacau do Brasil. O CIC mantém um laboratório no Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia, em Ilhéus, para análise de amêndoas de cacau, com foco na melhoria da qualidade.
A Bahia era o maior produtor brasileiro de cacau, mas foi superada pelo Pará nos últimos dois anos. Em 2020, registrou 144.663 mil toneladas, com uma produtividade média de 964 quilos por hectare, o que corresponde a 51,54% da produção nacional, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bahia colheu 118 mil toneladas. No ano anterior, o Pará tinha colhido 130 mil toneladas.
Ondas de calor: Estudos mostram que certamente aumentarão dramaticamente com o aquecimento global e, de fato, é exatamente isso que estamos observando
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O verão no hemisfério norte não está nem na metade, e vimos ondas de calor no noroeste do Pacífico e no Canadá com temperaturas que seriam altas para o Vale da Morte, enormes incêndios que enviaram fumaça pela América do Norte e inundações letais de proporções bíblicas na Alemanha e China . Cientistas alertam há mais de 50 anos sobre o aumento de eventos extremos decorrentes de mudanças sutis no clima médio, mas muitas pessoas ficaram chocadas com a ferocidade dos desastres climáticos recentes.
Scott Denning * ** Professor of Atmospheric Science, Colorado State University
Algumas coisas são importantes para entender sobre o papel da mudança climática em climas extremos como este.
Primeiro, os humanos bombearam tanto dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa que aquecem o planeta na atmosfera que o que é “ normal ” mudou. Um novo estudo , publicado em 26 de julho de 2021, por exemplo, mostra como ondas de calor duradouras e que quebram recordes – aquelas que quebram recordes por uma ampla margem – estão crescendo cada vez mais prováveis, e que a taxa de aquecimento global está conectada com o aumentando as chances desses extremos de calor.
Em segundo lugar, nem todo evento climático extremo está conectado ao aquecimento global.
Mudando a curva do sino
Como muitas coisas, as estatísticas de temperatura seguem uma curva em sino – os matemáticos chamam isso de “distribuições normais”. As temperaturas mais frequentes e prováveis CO2estão próximas da média e os valores mais distantes da média rapidamente se tornam muito menos prováveis.
Com todo o resto igual, um pouco de aquecimento muda o sino para a direita – em direção a temperaturas mais altas. Mesmo uma mudança de apenas alguns graus faz com que as temperaturas realmente improváveis na “cauda” extrema do sino aconteçam com maior frequência.
O fluxo de recordes de temperatura quebrados no oeste norte-americano recentemente é um grande exemplo. Portland atingiu 116 graus – 9 graus acima de seu recorde antes da onda de calor. Isso seria um extremo no final da cauda. Um estudo determinou que a onda de calor teria sido ” virtualmente impossível ” sem a mudança climática causada pelo homem. Ondas de calor extremas que antes eram ridiculamente improváveis CO2estão se tornando mais comuns, e eventos inimagináveis CO2estão se tornando possíveis.
A largura da curva do sino é medida por seu desvio padrão. Cerca de dois terços de todos os valores estão dentro de um desvio padrão da média. Com base em registros históricos de temperatura, a onda de calor em 2003 que matou mais de 70.000 pessoas na Europa foi cinco desvios-padrão acima da média, então foi um evento de 1 em 1 milhão.
Sem eliminar as emissões dos combustíveis fósseis, estudos descobriram que um calor como esse provavelmente acontecerá algumas vezes em uma década , quando as crianças de hoje estiverem aposentadas.
Existe uma hierarquia básica dos eventos extremos que a pesquisa científica mostrou que são os mais afetados pelas mudanças climáticas causadas pelo homem.
No topo da lista estão eventos extremos, como ondas de calor, que certamente serão influenciadas pelo aquecimento global. Nestes, convergem três linhas de evidência: observações, física e simulações de modelos de computador que prevêem e explicam as mudanças. No final da lista estão coisas que podem ser provavelmente causadas por níveis crescentes de gases de efeito estufa, mas para as quais as evidências ainda não são convincentes. Aqui está uma lista parcial.
1) Ondas de calor: Estudos mostram que certamente aumentarão dramaticamente com o aquecimento global e, de fato, é exatamente isso que estamos observando .
A estação quente está ficando muito mais longa em alguns lugares. Michael Kolian / Programa de Pesquisa de Mudanças Globais dos EUA / The Conversation
2) Inundações costeiras: O calor está causando a expansão das águas do oceano, elevando o nível do mar e derretendo as camadas de gelo em todo o mundo. Tanto a inundação da maré alta quanto a tempestade catastrófica se tornarão muito mais frequentes à medida que esses eventos começarem a partir de um nível médio mais alto devido ao aumento do nível do mar.
3) Seca: o ar mais quente evapora mais água de reservatórios, plantações e florestas, então a seca aumentará devido ao aumento da demanda de água , embora as mudanças nas chuvas variem e sejam difíceis de prever.
4) Incêndios florestais: Como o oeste dos Estados Unidos e Canadá estão vendo, o calor seca os solos e a vegetação, fornecendo um combustível mais seco e pronto para queimar . As florestas perdem mais água durante os verões mais quentes e as temporadas de incêndios estão ficando mais longas .
5) Redução da camada de neve na primavera: a neve começa a se acumular mais tarde no outono conforme as temperaturas aumentam, mais água é perdida da camada de neve durante o inverno e a neve derrete no início da primavera , reduzindo o fluxo de água nos reservatórios que sustentam as economias das regiões semiáridas .
6) Chuvas muito fortes: o ar mais quente pode transportar mais vapor de água . As tempestades prejudiciais são causadas por fortes correntes de ar que resfriam o ar e condensam o vapor como chuva. Quanto mais água estiver no ar durante uma corrente ascendente forte, mais chuva pode cair .
7) Furacões e tempestades tropicais: derivam sua energia da evaporação da superfície quente do mar. À medida que os oceanos aquecem, regiões maiores podem gerar essas tempestades e fornecer mais energia . Mas as mudanças nos ventos no alto devem reduzir a intensificação dos furacões , então não está claro se o aquecimento global aumentará os danos das tempestades tropicais.
8) Tempo frio extremo: Algumas pesquisas atribuíram o tempo frio que mergulha para o sul com os meandros da corrente de jato – às vezes referido como surtos de “vórtice polar” – ao aquecimento no Ártico . Outros estudos contestam veementemente que o aquecimento do Ártico provavelmente afetará o clima de inverno mais ao sul, e essa ideia permanece controversa .
9) Tempestades severas, granizo e tornados: Essas tempestades são desencadeadas pelo forte aquecimento da superfície, então é plausível que elas possam aumentar em um mundo em aquecimento. Mas seu desenvolvimento depende das circunstâncias de cada tempestade. Ainda não há evidências de que a frequência dos tornados esteja aumentando.
Quando o calor extremo quebra os registros
No novo estudo de ondas de calor, Erich Fischer e colegas do Instituto Suíço para Atmosfera e Ciência do Clima analisaram a frequência das ondas de calor de uma semana que não apenas empurram o clima anterior, mas quebram recordes por margens enormes. Os cientistas analisaram milhares de anos de simulações climáticas para identificar eventos de calor sem precedentes e descobriram que o aquecimento global causado por carvão, petróleo e gás estava comumente associado a tais eventos. Nos modelos, essas ondas de calor de uma semana que quebram recordes não apenas aumentam gradualmente com o aquecimento global, mas, em vez disso, atacam sem aviso.
Os pesquisadores mostraram que o calor que quebra recordes é muito mais provável do que há uma geração e que esses eventos devastadores ocorrerão com muito mais frequência nas próximas décadas. De forma crítica, eles descobriram que a probabilidade dessas ondas de calor sem precedentes está associada à taxa de aquecimento – e que sua probabilidade diminui acentuadamente quando as emissões de combustíveis fósseis caem.
Um aviso que não pode ser ignorado
Os impactos catastróficos de condições meteorológicas extremas dependem tanto das pessoas quanto do clima.
A evidência é clara de que quanto mais carvão, óleo e gás são queimados, mais o mundo aquece e é mais provável que qualquer local experimente ondas de calor muito diferentes de tudo o que já experimentaram.
A preparação para desastres pode falhar rapidamente quando eventos extremos ultrapassam todas as experiências anteriores. O derretimento dos cabos de força do bonde de Portland é um bom exemplo. A maneira como as comunidades desenvolvem infraestrutura, sistemas sociais e econômicos, planejamento e preparação podem torná-las mais resilientes – ou mais vulneráveis CO2- a eventos extremos.
Referência:
Fischer, E.M., Sippel, S. & Knutti, R. Increasing probability of record-shattering climate extremes. Nat. Clim. Chang. 11, 689–695 (2021). https://doi.org/10.1038/s41558-021-01092-9
É o segundo passeio de moto neste fim de semana, após anúncio de que a PEC do voto impresso vai ao plenário da Câmara
Presidente Jair Bolsonaro participa de passeio de moto em Brasília REPRODUÇÃO/FACEBOOK
O presidente Jair Bolsonaro participa na manhã deste domingo (8) de uma manifestação de apoiadores em Brasília. O presidente acompanha motociclistas em passeio de 32 quilômetros, da Praça dos Três Poderes às cidades-satélites de Ceilândia e Taquatinga. Antes, ele recebeu os participantes na rampa do Palácio do Planalto.
Uma primeira manifestação em Brasília havia ocorrido neste ano em maio, no Dia das Mães. Os apoiadores decidiram repetir agora em agosto, no Dia dos Pais. Entre as pautas defendidas por eles estão a isenção de pedágio para motociclistas e o voto impresso, que tem provocado conflito entre o presidente e o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No sábado, o presidente participou de passeio de moto com apoiadors de Florianópolis (SC). Durante o evento, Bolsonaro voltou a fazer acusações contra o sistema eleitoral brasileiro. “Querem no tapetão decidir as coisas no Brasil. Isso não pode ser dessa maneira. Democracia nasce do voto responsável e contabilizado”, disse.
Bolsonaro defende a medida, mas a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que trata sobre o assunto foi derrotada na comissão especial por 23 votos a 11. No entanto, na sexta-feira (6), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que levará ao plenário a matéria.
A proposta deve ser votada até a próxima quarta-feira (11). Por se tratar de uma PEC, são necessários pelo menos 308 votos em dois turnos – na Câmara e no Senado. Integrantes partidários acreditam ser difícil de alcançar os números em decorrência do cenário de crise entre os Poderes.
Brasil consegue o maior número de medalhas em uma edição dos Jogos Olímpicos: foram 21 no total, 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes. A senadora Leila Barros, ex-atleta olímpica, ressalta as conquistas brasileiras mas lamenta a falta de apoio aos atletas nacionais. Laura Pigossi, medalhista no tênis, espera ver o esporte com mais investimento no país e afirma que crianças e jovens devem sonhar e se atrever a buscar grandes objetivos.
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Transcrição BRASIL CONSEGUE O MAIOR NÚMERO DE MEDALHAS EM UMA EDIÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS. FORAM 21 NO TOTAL: 7 OUROS, 6 PRATAS E 8 BRONZES. SENADORA LEILA BARROS, EX-ATLETA OLÍMPICA, RESSALTA AS CONQUISTAS BRASILEIRAS MAS LAMENTA A FALTA DE APOIO AOS ATLETAS NACIONAIS. REPÓRTER RODRIGO RESENDE.
Foi uma Olimpíada diferente. Sem público, cheia de protocolos de saúde e com um discurso de inclusão e diversidade, como aponta a senadora Leila Barros, ex-atleta olímpica:
(Leila) O Japão se tornou a primeira Olimpíada na qual mulheres e homens puderam carregar juntos a bandeira nacional no desfile de abertura. O juramento olímpico, pela primeira vez na história, também reuniu atletas em defesa da inclusão, da igualdade e da não discriminação.
E o Brasil fez bonito. Foi a edição dos jogos na qual o país conquistou o maior número de medalhas, 21 no total. Foram 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes. Uma das medalhas foi muito comemorada pela jovem Nicole Cordeiro, de 18 anos, do Rio de Janeiro:
(Nicole) Vibrei bastante na conquista da Raissa Leal e durante os jogos de rugby feminino. Meu sonho é me tornar um atleta profissional de rugby pois pratico rugby no projeto social há quatro anos. Meu objetivo é um dia fazer parte da seleção brasileira de rugby. E jogar ao lado das nossas guerreiras, as Iaras
(REP) Nicole, nossa futura atleta, foi participante de projetos da ONG “Empodera, Transformação Social pelo Esporte”. A presidenta da ONG, Jane Moura, ressalta os ótimos resultados conquistados pelas mulheres brasileiras no Japão:
(Jane ) E o quanto isso é representativo, não é? Especialmente no caso da Rebeca Andrade, não é? Que representa aí milhares e milhares de meninas negras, periféricas do Brasil e está ali no mais alto lugar do pódio. Com a medalha de ouro, com a conquista tão importante, simbolismo tão grande, mostra pra muitas outras meninas brasileiras que esse é um lugar possível de ser ocupado.
(REP) Uma dessas mulheres foi Laura Pigossi, medalha de bronze junto com Luisa Stefani no Tênis:
(Laura ) Eu me sinto honrada em ter sido protagonista de um dos maiores feitos do tênis brasileiro mas ao mesmo tempo levo isso com uma coisa leve, não como uma pressão, acho que quero poder usar isso pra inspirar as novas gerações a jogarem tênis e praticarem o esporte que eu tanto amo.
(REP) Vai inspirar, Laura. E a senadora Leila Barros espera que a sua inspiração seja acompanhada de estrutura aos atletas porque até agora, e os números dos representantes brasileiros em Tóquio demonstram isso, a situação é preocupante:
(Leila) Eu quero só apresentar para vocês números: dos 309 atletas brasileiros em Tóquio – pasmem! –, 131 atletas não têm patrocínio algum; 36 realizam permutas; 41 treinaram fazendo "vaquinhas" para arrecadar dinheiro; e 33 conciliam o esporte com outro emprego. Essa é a delegação brasileira em Tóquio!
(REP) Estrutura e sonho. Ser atrevido, insistente. Esta é a mensagem final de Laura Pigossi:
(Laura) A mensagem que eu gostaria de deixar é: meninas, meninos acreditem, sonhem, sonhem alto e se entreguem cem por cento aquilo que você deseja fazer, o que você deseja conquistar, com amor, com garra, com paixão a aquilo que faz, se atrevam, se atrevam e se atrevam a acreditar naquilo que vocês querem ser ou que vocês querem fazer
(REP) A trilha apresentada nesta reportagem foi um mix de Bach com Baile Favela feito por Misa Jr para a apresentação de Rebeca Andrade no Solo das Olimpíadas. Os próximos Jogos Olímpicos acontecem em Paris, na França, em 2024.
Após dois dias com média móvel de mortes por covid-19 abaixo de 900 no Brasil, hoje o índice voltou a subir e ficou em 949. Nas últimas 24 horas, 1.275 pessoas perderam suas vidas para o vírus. Ao todo, são 563.082 mortes no pais desde o início da pandemia. Com isso, o Brasil saiu do estado de queda da média móvel —observado ao longo da última semana— e voltou a registrar estabilidade, com variação de -14% na comparação com o dado de 14 dias atrás. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, coletados junto às secretarias estaduais de saúde.
A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade. Havia dois dias em que a média móvel de óbitos estava abaixo de 900. Ontem, foram, em média, 899 óbitos nos últimos sete dias, o que representava uma queda de -23% na comparação com 14 dias atrás.
Apesar do aumento de hoje, o país está há oito dias com a média de mortes abaixo de mil após 191 dias seguidos acima dessa faixa. Em 2020, o tempo máximo foram 31 dias. Também foram registrados 40.698 novos casos da doença provocada pelo coronavírus em 24 horas. Desde o início da pandemia, já foram registrados 20.149.146 diagnósticos positivos da doença. Treze estados registraram tendência de queda na média móvel de mortes, enquanto outros sete tiveram estabilidade. Distrito Federal, Amapá, Roraima, Ceará, Rio Grande do Norte, Goiás e Mato Grosso tiveram aceleração. Das regiões, Centro-Oeste (17%) está em tendência de alta, enquanto Norte (-10%) e Nordeste (4%) estão em estabilidade. Sul (-20%) e Sudeste (-24%) seguem em tendência de queda dos indicadores.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal Região Sudeste Espírito Santo: estável (-11%) Minas Gerais: estável (-12%) Rio de Janeiro: queda (-17%) São Paulo: queda (-31%) Região Norte Acre: queda (-74%) Amazonas: estável (4%) Amapá: aceleração (42%) Pará: queda (-21%) Rondônia: estável (-3%) Roraima: aceleração (68%) Tocantins: queda (-17%) Região Nordeste Alagoas: queda (-16%) Bahia: queda (-34%) Ceará: aceleração (146%) Maranhão: queda (-20%) Paraíba: estável (-6%) Pernambuco: queda (-24%) Piauí: queda (-40%) Rio Grande do Norte: aceleração (67%) Sergipe: queda (-21%) Região Centro-Oeste Distrito Federal: aceleração (23%) Goiás: aceleração (26%) Mato Grosso: aceleração (28%) Mato Grosso do Sul: queda (-21%) Região Sul Paraná: estabilidade (-6%) Rio Grande do Sul: queda (-42%) Santa Catarina: estabilidade (-14%) Dados do ministério da Saúde Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 990 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 562.752 óbitos provocados pela doença em todo o país. Pelos dados da pasta, houve 43.033 diagnósticos positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje em todo o Brasil, elevando para 20.151.779 o total de infectados desde março de 2020.
Agora, ele se iguala ao número alcançado por Gustavo Borges (natação) e Serginho (vôlei) no ranking histórico de medalhistas brasileiros.
Isaquias Queiroz não poderia sair das Olimpíadas de Tóquio-2020 com o "pescoço pelado", como costuma dizer. Perseguidor declarado de marcas e recordes, o único atleta brasileiro a conquistar três medalhas numa mesma edição dos Jogos, em 2016, chegou à quarta de sua carreira na noite desta sexta-feira (6), sábado no Japão, com o ouro na prova C1 1.000 metros da canoagem velocidade em Tóquio.
Agora, ele se iguala ao número alcançado por Gustavo Borges (natação) e Serginho (vôlei) no ranking histórico de medalhistas brasileiros e só fica atrás dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, com 5.
O feito no Japão encerra um ciclo em que o atleta de 27 anos ampliou seu currículo de conquistas, viveu como protagonista do esporte olímpico brasileiro após o feito no Rio e também precisou lidar com a perda do seu grande mentor na carreira.
O técnico espanhol Jesús Morlán, que chegou ao Brasil em 2013 e guiou os três pódios da canoagem velocidade do país há cinco anos, morreu em novembro de 2018, aos 52, vítima de um câncer no cérebro.
Legenda: Atleta só fica atrás dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael
Foto: Jonne Roriz/COB
'HONRAR A MEMÓRIA'
Honrar a memória do treinador virou mais uma motivação para Isaquias, certamente uma de suas maiores, sempre lembrada por ele em entrevistas e ao ir para a água remar até a exaustão.
"Foram cinco anos de trabalho, o Jesús [Morlán] também deu a vida dele, literalmente, pela canoagem e pela gente, então vamos treinar pesado para chegar lá e honrar esse trabalho", afirmou ao jornal Folha de S.Paulo em junho.
Agora, ele é treinado por Lauro de Souza, o Pinda, que em 2007 buscou o jovem talento na rodoviária para levá-lo ao seu primeiro Campeonato Brasileiro, em Cascavel (PR). Desde então, além das quatro medalhas olímpicas, foram 12 em campeonatos mundiais.
Em 2019, o baiano de Ubaitaba ganhou pela primeira vez a prova do C1 1.000 m nessa competição, feito que o credenciou a chegar como um dos favoritos ao Japão.
PREPARAÇÃO
Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, a elite da canoagem velocidade, que treina e vive em Lagoa Santa (região metropolitana de Belo Horizonte), conseguiu manter a rotina sem tantos transtornos.
Faltava a Isaquias saber em que nível estava na comparação com os rivais, e as etapas eliminatórias nos Jogos de Tóquio confirmaram que o pódio era uma grande possibilidade.
O canoísta não escondia que o objetivo maior era sair do Japão com duas medalhas, preferencialmente de ouro, e voltar ao Brasil com a marca de cinco pódios dos recordistas Torben e Scheidt.
Para isso, ele precisaria obter sucesso também no C2 1.000 metros, prova em dupla na qual foi medalhista de prata no Rio com Erlon Souza.
DUPLA
O parceiro daquela conquista, porém, conviveu nos últimos meses com umalesão persistente no quadril, não se recuperou a tempo e deu lugar na canoa ao novato Jacky Godmann, 22. Na última terça (3), eles chegaram na quarta colocação, atrás das duplas de Cuba, China e Alemanha, e ficaram sem a medalha.
Isaquias chorou, lamentou que a dedicação de ambos não havia se convertido em uma conquista, mas não tinha tempo a perder. Na sexta (6), já estava na água outra vez para disputar as eliminatórias do C1, mais mordido do que nunca, depois de pela primeira vez passar em branco numa prova olímpica.
"Eu fui bem com o Jacky, mas eu tô na raiva, tô com vontade de ganhar. Não quer dizer que vou ganhar, mas vou lutar para isso", afirmou. A fala refletiu algumas das características que saltam aos olhos em Isaquias, competidor obstinado e sem medo de traçar metas ambiciosas.
TRAJETÓRIA
Nascido num celeiro de canoístas, o baiano foi descoberto em um projeto social de Ubaitaba em 2005. Esperava se classificar aos Jogos de Londres com 18 anos, o que não aconteceu e quase o levou a desistir do esporte.
No ano seguinte, Jesús chegou ao Brasil contratado pelo COB para mudar a história da canoagem e também do atleta que logo cedo precisou superar duas adversidades de saúde: com 3 anos de idade, teve queimaduras pelo corpo causadas por água fervente e ficou um mês no hospital; aos 10, caiu de uma árvore, sofreu hemorragia interna e teve que tirar um rim.
Nada disso o limitou. Nem mesmo a morte de Jesús, que deixou todos ao seu redor preocupados com a forma como o atleta reagiria e seguiria até Tóquio.
"O COB [Comitê Olímpico do Brasil] ficou bem preocupado com a questão do luto, como a gente iria se comportar, se iria pegar muito no psicológico. Mas o Jesús forjou a gente na dor, e acabamos aprendendo a conviver com o sofrimento da perda mesmo de uma pessoa muito querida como ele", disse.
A solução para Isaquias sempre foi remar. É dentro da canoa que ele escreve a sua história, como fez novamente em Tóquio.
Segundo Sindicombustíveis, houve reajuste de aproximadamente R$ 0,27 nas distribuidoras, que foi repassado aos revendedores. Valores no Plano Piloto variam entre R$ 5,89 e R$ 6,19, nesta quarta-feira (4).
foto: reprodução Tecmundo
Gasolina no DF sofre aumento após valor do etanol ser impacto pela safra da cana-de-açúcar — Foto: TV Globo/Reprodução
Os motoristas do Distrito Federal foram surpreendidos com mais um aumento no preço da gasolina nesta semana. O valor cobrado pelo combustível vem disparando na capital, e um posto do Setor de Industria e Abastecimento (SIA) chega a cobrar R$ 6,39 por litro.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis), Paulo Tavares, no domingo (1º), houve aumento de preço nas distribuidoras, por conta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).
"Houve um reajuste de aproximadamente R$ 0,27 nas distribuidoras que foi repassado aos postos. Esse reajuste passou a valer a partir de 1º de agosto. E com isso, cada posto decide se repassa ou não ao consumidor. Cada um tem sua planilha de custo e de venda", explica.
Apesar do preço de R$ 6,39 encontrado pela reportagem, nesta quarta-feira (4), o valor médio do litro da gasolina, na região do Plano Piloto, varia entre R$ 5,89 e R$ 6,19.
Impacto nas contas
Para o consumidor, abastecer o carro tem pesado no bolso. Segundo a médica Ana Lívia Lopes, o jeito é pesquisar o melhor preço. "Quando saio para o trabalho, fico olhando os preços. Depois vejo onde estava mais barato e volto para abastecer. Hoje vi um posto na Asa Sul vendendo a R$ 5,90, mas estava com fila. Vou tentar abastecer lá mais tarde", afirma.
Segundo o presidente do Sindicombustíveis, uma das razões para os últimos aumentos nos valores da gasolina e do etanol é a quebra da safra de cana de açúcar. "Devido à falta de chuvas, a cana teve queda de 20% na produção. Com a alta da gasolina, a procura pelo etanol aumentou muito e a oferta está baixa, provocando sucessivos aumentos semanais", explica.
"Como a gasolina é composta de 27% de etanol anidro, isso reflete no preço final das distribuidoras que repassam estes reajustes", afirma Paulo Tavares.
Transporte acumula maiores aumentos na capital
De acordo com o último Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), referente ao mês de julho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a gasolina ficou 32,27% mais cara no DF no acumulado de 2021.
Ao longo do ano, o grupo de transportes vem somando os maiores aumentos na capital (10,11%). Além da gasolina, o álcool também registra alta significativa, de 40,62%.