quinta-feira, 1 de abril de 2021

Anvisa aprova autorização para uso emergencial da vacina da Janssen

 


Governo federal já adquiriu 38 milhões de doses do imunizante

Publicado em 31/03/2021 - 16:02 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Agência Brasília

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a autorização temporária para uso, em caráter emergencial, da vacina da Janssen, um braço da Johnson & Johnson. O governo federal já adquiriu 38 milhões de doses do imunizante.

Seguindo a recomendação da área técnica da Anvisa, a maioria dos diretores votou pela permissão de uso com base em uma avaliação de que os benefícios da vacina superam os riscos trazidos por ela.

A posição foi puxada pela relatora, diretora Meiruze Freitas. “Esta relatoria conclui que os especialistas da Anvisa avaliaram que vacina atende às expectativas da agência quanto aos requisitos de qualidade, segurança e eficácia”, concluiu.

Conforme a área técnica, o imunizante pode ser aplicado em pessoas com mais de 18 anos, com ou sem comorbidades. A eficácia geral demonstrada pela farmacêutica no processo de submissão foi de 66,9%. Quando considerados casos graves, a eficácia comprovada foi de 76,7% após 14 dias e 85,4% depois de 28 dias.

Diferentemente das vacinas de outros fabricantes, a da Janssen tem eficácia com apenas uma dose. Esta foi a quinta vacina aprovadas pela Anvisa, entre aquelas que obtiveram registro e as permitidas em caráter emergencial.

O gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, afirmou que os estudos e documentação analisados pela equipe técnica da agência confirmaram a eficácia e as condições adequadas para o uso no combate à covid-19.

Segundo Mendes, a vacina tem duração de até três meses com armazenamento entre 2 graus Celcius (˚C) e 8˚C. Quando retirados do acondicionamento térmico, os lotes ou frascos têm até seis horas para serem utilizados mantendo a eficácia.

Na análise sobre a cadeia produtiva da vacina, foram avaliados os diferentes locais onde ela ou algum insumo usado são desenvolvidos. A gerente geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária, Ana Carolina Araújo, informou que foram apresentadas informações sobre oito locais na cadeia produtiva. “A estrutura física das plantas fabris e atividades e os sistemas de garantia da qualidade se mostraram satisfatórios”, afirmou.

As equipes técnicas da Anvisa também examinaram problemas de eventuais riscos adversos, sem que essas possibilidades tenham sido reveladas para além das reações normais da vacinação.

Gustavo Mendes destacou alguns pontos que carecem de mais informações, denominados no processo de “incertezas”. “Ainda precisam ser gerados dados para subsidiar o processo de fabricação em larga escala. Nem todos os locais de fabricação têm a sua larga escala, a sua capacidade de fabricação de lotes industriais, bem caracterizada”, comentou.

Mesmo assim, tanto os representantes da área técnica quanto os diretores da Anvisa destacaram que os benefícios superam os riscos. A relatora Meiruze Freitas ressaltou que a agência continuará monitorando a aplicação da vacina e poderá demandar novas informações ou medidas de mitigação de riscos.

A relatora também destacou o fato dos estudos clínicos não terem analisado a eficácia da vacina para novas variantes do coronavírus. Assim, esse aspecto ainda está carente de comprovação por novos ensaios clínicos.

Meiruze lembrou a importância de as equipes de saúde não misturarem as vacinas. A imunização com vacinas já aprovadas em esquema de duas doses devem ser feita com o mesmo tipo de vacina. “Não há resultados suficientes sobre os resultados com vacinas de dois fabricantes diferentes”, afirmou.

“O desenvolvimento de novas vacinas é complexo, mas, neste momento da pandemia, a ciência permitiu o desenvolvimento de produtos bastante inferiores aos normalmente praticados. Tal situação faz com que o regulador deva considerar todas as informações benefício-risco. Todas os cinco pedidos autorizados até agora foram analisados de forma rigorosa”, disse o diretor Alex Campos.

Edição: Nádia Franco


Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Agência Brasília

OMS diz que são necessárias novas restrições para combater pandemia

 


Para diretora da organização, situação na Europa é preocupante

Publicado em 01/04/2021 - 07:09 Por RTP* - Lisboa

RTP - Rádio e Televisão de Portugal

A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu hoje (1º) como "necessárias" novas restrições na Europa devido ao crescente número de casos do SARS-CoV-2, em meio ao avanço da variante britânica e ao aumento da mobilidade pela semana da Páscoa.

"A situação na região é agora mais preocupante do que vimos em vários meses", disse a diretora regional da OMS para Emergências na Europa, Dorit Nitzan.

"Muitos países estão adotando novas medidas que são necessárias e todos devem segui-las tanto quanto possível", acrescentou Nitzan.

Em sua opinião, também existem "riscos associados" ao "aumento da mobilidade" e às reuniões neste feriado da Páscoa.

Em nota, do seu escritório europeu, a OMS também chamou de "inaceitavelmente" lento o ritmo da campanha de vacinação no continente.

De acordo com dados da OMS, na semana passada foram registrados 1,6 milhão de novos casos e quase 24 mil mortes no continente, em comparação com menos de 1 milhão há cinco semanas.

Um total de 27 países europeus aplica atualmente restrições de intensidade variável, dos quais 21 impuseram toque de recolher obrigatório. Nas duas últimas semanas, 23 Estados endureceram as medidas para conter a propagação da pandemia, enquanto 13 abrandaram as restrições.

Segundo o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri Kluge, "agora não é hora de relaxar".

"Não podemos ignorar o perigo. Todos temos que fazer sacrifícios, não podemos permitir que a exaustão nos derrote. Devemos continuar a conter o vírus", disse Kluge.

Para ele, na situação atual, a "ação rápida" e a implementação de "medidas sociais e de saúde pública" são necessárias até que avance a campanha de vacinação.

A OMS considerou que as medidas restritivas devem ser usadas "enquanto a doença exceder a capacidade dos serviços de saúde para cuidar adequadamente dos pacientes e para acelerar a provisão dos sistemas de saúde locais e nacionais". Acrescentou que os casos estão aumentando em todas as faixas etárias, exceto naquelas de mais de 80 anos, que, na sua opinião, mostram "os primeiros sinais do impacto da vacinação".

A Europa é a segunda região com mais casos de covid-19. O número total de positivos gira em torno de 45 milhões e o número de mortos é próximo a 1 milhão, segundo dados da OMS.

Cerca de 50 países da região já indicaram que a variante B.1.1.7, inicialmente detectada no Reino Unido, é a que predomina em seus territórios.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2,8 milhões de mortes no mundo, resultantes de mais de 128,1 milhões de casos de infecção, segundo balanço feito pela agência francesa AFP.



Por RTP* - Lisboa

Ninguém acerta a Mega-Sena e prêmio acumula em R$ 6 milhões

 


Próximo sorteio será no sábado

Publicado em 31/03/2021 - 22:27 Por Agência Brasil - Brasília

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.357 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado na noite dessa quarta-feira (31) no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

De acordo com a estimativa da Caixa, o prêmio acumulado para o próximo sorteio, no sábado (3), é de R$ 6 milhões. As dezenas sorteadas foram: 19 - 28 - 30 - 34 - 40 - 51.

A quina registrou 18 apostas ganhadoras. Cada uma vai pagar R$ 81.867,39. A quadra teve 1.287 apostas vencedoras. Cada apostador receberá R$ 1.635,71.

As apostas para o concurso 2.358 podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo país ou pela internet. O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

Edição: Fábio Massalli


 Por Agência Brasil - Brasília

Justiça suspende liminar que mandava fechar o comércio no DF

 


Não há ilegalidade em decreto sobre retomada de atividades, diz juíza

Publicado em 31/03/2021 - 19:34 Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) derrubou hoje (31) a decisão que determinou que o governo do Distrito Federal (GDF) volte a fechar parcialmente algumas áreas do comércio para combater a disseminação da covid-19.

Na segunda-feira (29), o GDF autorizou a reabertura de parte do comércio local após 29 dias de suspensão de uma série de atividades consideradas não essenciais, como shoppings, bares, restaurantes, salões de beleza e barbearias. 

A decisão foi proferida pela desembargadora Angela Catão, a partir de um recurso protocolado pelo GDF. A magistrada entendeu que a liminar determinando o fechamento dificultaria o planejamento do governo local para retomada das atividades econômicas. Além disso, não há ilegalidade no decreto que autorizou a retomada das atividades. 

Em decisão proferida ontem (30), a juíza Kátia Balbino, da 3ª Vara Federal de Brasília, entendeu que o DF deveria voltar fechar parcialmente o comércio não essencial. A medida passaria a valer amanhã (1º) e deveria prevalecer até que a ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) disponíveis na rede pública estivesse entre 80% e 85%. Além disso, a lista de espera de leitos de UTI para pacientes com covid-19 deveria ficar com menos de 100 pessoas. 

Edição: Bruna Saniele


Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Pandemia afeta venda de chocolates, pescados e a hotelaria na Páscoa

 


Celebração ocorre em meio às restrições para conter covid-19

Publicado em 01/04/2021 - 06:20 Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Com a pandemia de covid-19 forçando estados e municípios a adotarem medidas que limitam a circulação de pessoas e o funcionamento de estabelecimentos, comerciantes buscam formas de aproveitar a Semana Santa para incrementar as vendas e faturar.

Na tradição católica, a semana em que se celebra a Sexta-Feira Santa e a Páscoa exalta a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Em tempos normais, a data impulsiona não só as vendas do comércio - principalmente de pescados e de chocolates -, como também o turismo doméstico, já que a sexta-feira é feriado.

No entanto, pelo segundo ano consecutivo, a celebração ocorre em meio às restrições que afetam não só as cerimônias religiosas, como também as atividades comerciais. Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas no varejo em geral devem ser 2,2% inferiores às de 2020, movimentando cerca de R$ 1,62 bilhão – o que, se confirmado, seria o pior resultado desde 2008.

Em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirmou que a retração nas vendas deste ano se deve não só às restrições de funcionamento do comércio, mas também ao fato de que parte da população viu sua renda cair em um momento em que a desvalorização do real frente ao dólar encareceu a importação de alguns produtos típicos. Segundo a confederação, a quantidade de chocolates importada (2,9 mil toneladas) é a menor desde 2013. A de bacalhau (2,26 mil toneladas), a mais baixa desde 2009.

presidentes da Abicab, Ubiracy Fonsêca (crédito: Divulgação/Abicab
Para Ubiracy Fonsêca, mesmo com a queda na renda do consumidor, o setor de chocolates está otimista Divulgação/Abicab

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Ubiracy Fonsêca, os fabricantes de chocolate tiveram que levar em conta a perda de poder aquisitivo de parte dos consumidores para pensar suas estratégias de vendas, mas, ainda assim, o setor está otimista.

“A perda de poder aquisitivo é real. Há muita gente sem emprego, sem poder trabalhar. Tendo isso em vista, as fabricantes de chocolate procuraram oferecer produtos acessíveis à população. Quem não puder comprar um ovo de Páscoa, pode adquirir uma barra de chocolate. A estratégia do setor é oferecer o que o mercado quer”, disse Fonsêca à Agência Brasil.

A quatro dias do domingo de Páscoa, Fonsêca destacou que a indústria de chocolates previa criar, direta e indiretamente, 11.665 vagas de trabalho temporário e superar as 8,5 toneladas vendidas em 2020. Metas que, segundo ele, vão ser atingidas.

“Apesar das dificuldades, estamos otimistas. Até porque, cerca de 80% das vendas de ovos de Páscoa acontecem nos supermercados, que estão funcionando normalmente em quase todo o país. Além disso, muitos comerciantes se prepararam para atender aos consumidores pela internet”, comentou o presidente da Abicab, garantindo que as vendas online, que já vinham crescendo ano a ano, deram um salto após o início da pandemia.

O gerente de Marketing, Francisco Alves de Faria Neto, confirma a importância do comércio digital. Com duas lojas físicas no Distrito Federal e uma clientela estabelecida ao longo de 20 anos, a Casa do Chocolate expandiu suas vendas para outras unidades da Federação graças à tecnologia.

“Tivemos um aumento das vendas online de cerca de 70% em comparação à Páscoa do ano passado, quando lançamos o site, em meio à pandemia, que nos fez acelerar o processo”, comentou Neto, acrescentando que o comércio eletrônico já representa metade de todas as vendas da empresa.

De acordo com o gerente, também as vendas nas lojas físicas, autorizadas a funcionar por comercializarem alimentos, “vão indo bem”, embora chocolates mais caros, principalmente os importados, tenham vendido menos que o esperado. “Baixou muito o giro de vários dos itens importados que vendemos. Tanto que tivemos que colocar produtos em oferta para não perder mercadoria. Mas, em geral, vendemos muito bem nas últimas semanas.”

Pescados

Com estabelecimento fechado, comerciantes estão fazendo entregas.
Com estabelecimento fechado, comerciantes estão fazendo entregas. - Susan Horas/Arquivo

Em Santos (SP), onde o funcionamento de boa parte do comércio e serviços está suspenso até o domingo (4), os comerciantes do tradicional Mercado de Peixes tiveram que se organizar para levar os produtos ainda frescos até a casa dos clientes, que passaram a fazer suas compras por telefone. Ainda assim, de acordo com Alex Vieira, dono de um dos 20 boxes em funcionamento no local, muitos viram as vendas caírem drasticamente.

“No nosso caso, as vendas caíram em torno de 60% a 70%”, afirmou Vieira, cuja família está no ramo há cerca de 40 anos. “Esta é uma situação totalmente nova para todo mundo, incluindo os clientes. Muitos, que comem peixe sempre e são nossos fregueses há tempos, nos telefonaram e anteciparam seus pedidos, mas há também aqueles que gostam de vir ao mercado, de ver o peixe, escolher. Desses, parte não compra sem olhar o produto, não tem uma relação de confiança já estabelecida”, acrescentou o comerciante santista.

Peixe BR, Francisco Medeiros (crédito: Gabriel Muniz)
Para Francisco Medeiros, mesmo com a pandemia, a piscicultura manteve o nível de vendas - Gabriel Muniz/Direitos reservados

O presidente da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), Francisco Medeiros, destacou que o comércio de pescados comporta diferentes realidades. Segundo ele, para os produtores de peixes cultivados (piscicultores), cujos principais clientes são os supermercados (autorizados a funcionar mesmo onde o lockdown foi adotado), as boas expectativas já se concretizaram.

“Os supermercados não estão sofrendo grandes restrições. Pelo contrário. Estão vendendo muito bem. E, ao contrário da indústria pesqueira marítima, afetada pela pandemia, a piscicultura também não parou. Mantivemos a regularidade, entregando aos compradores as quantidades previamente estabelecidas em contratos e sem aumento nos preços”, comentou Medeiros, estimando que o segmento vendeu cerca de 100 mil toneladas ao longo do último mês.

“Mais uma vez, não voltamos a registrar uma explosão das vendas como as de 2018 e 2019, quando, em alguns locais, chegaram a crescer 300%. Isso não aconteceu, mas, neste ano, também não perdemos vendas. Ao contrário de 2020, quando aí sim, fomos afetados negativamente”, afirmou Medeiros.

Hotelaria

Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional.
O presidente da ABIH Nacional, Manoel Linhares, diz que os estabelecimentos do setor se prepararam para receber hóspedes, mesmo com a pandemida - Divulgação ABIH Nacional

Outro ramo de atividade que costuma aguardar pelo feriado de Páscoa, o setor hoteleiro é o mais afetado dos três. Segundo o presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), Manoel Linhares, a taxa de ocupação dos hotéis de todo o país não deve chegar a 10%, agravando a crise decorrente da pandemia.

"A hotelaria está preparada para receber os hóspedes, adotando todos os protocolos recomendados pelas autoridades sanitárias, mas com parques, restaurantes e outras atrações fechadas em quase todo o país. A situação está muito difícil. Só em São Paulo, 27 hotéis já fecharam as portas, demitiram funcionários e os responsáveis estão decidindo o que fazer com os imóveis", disse Linhares. 

Para ele, o setor precisa urgentemente da promulgação de uma iniciativa semelhante à Medida Provisória 936, de abril de 2020, posteriormente transformada na Lei nº 14.020, que permitiu acordos de redução temporária de jornada de trabalho e salários ou a suspensão de contratos trabalhistas até 31 de dezembro do ano passado.

"Se algo assim não for feito, muitos outros hotéis terão que encerrar as atividades. Atualmente, a hotelaria não tem recursos nem para arcar com os salários e encargos dos cerca de 1,1 milhão de profissionais que emprega em todo o país", disse o presidente da ABIH Nacional.

Ele pediu que o Poder Público promova campanhas para estimular os brasileiros a viajar pelo país depois que a pandemia estiver sob controle, e que governos estaduais e municipais ajudem o setor reduzindo impostos e taxas, mesmo que temporariamente, e renegociando tarifas de serviços essenciais. "Neste momento difícil, um desconto no IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano, cobrado pelas prefeituras] ou no ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, estadual] cobrado na conta de luz pode ajudar a manter negócios e preservar empregos", concluiu.

Edição: Graça Adjuto


Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Correntistas podem gerenciar limites do Pix no aplicativo do banco

 


Listas de contatos do celular foram integradas à ferramenta

Publicado em 01/04/2021 - 05:45 Por Wellton Máximo* - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A partir de hoje (1º), os clientes poderão gerenciar os limites do Pix no próprio aplicativo da instituição financeira. Atualmente, o correntista pode personalizar apenas os limites para a TED e o cartão de débito, procedimento que indiretamente define os limites das operações via Pix.

A qualquer momento, o correntista pode pedir para mudar os limites atuais de movimentação. Se for para reduzir, a instituição financeira é obrigada a acatar o pedido instantaneamente. O aumento do limite fica a critério da instituição, após avaliação do perfil do cliente.

Em março, o Banco Central (BC) tinha igualado os limites máximos do Pix aos da transferência eletrônica direta (TED). Para compras, valia até agora o limite máximo do cartão de débito.

Apesar da personalização, haverá um teto de movimentação definido pela instituição financeira. Os valores levarão em conta o horário, o dia da semana, o canal usado e a titularidade da conta, com o objetivo de garantir a segurança do usuário.

Lista de contatos

Também a partir de hoje, os usuários do Pix podem integrar as listas de contato de seus celulares à ferramenta. Segundo o BC, objetivo é facilitar a identificação de quem cadastrou o número de celular como chave Pix, simplificando ainda mais o pagamento com a funcionalidade.

Desde o último dia 22, as instituições participantes do Pix tiveram de informar a possibilidade de que outros usuários tenham conhecimento da existência de sua chave Pix vinculada ao número de celular e ao e-mail. Segundo o BC, a medida teve como objetivo permitir que o usuário pedisse a exclusão de sua chave Pix, se assim desejasse.

Dados cadastrais

Outra novidade, que entra em funcionamento em abril, é que os usuários finais podem, em caso de mudança no nome, pedir a alteração do nome completo, do nome empresarial ou do título do estabelecimento, sem a necessidade de excluir e registrar novamente a chave. Para o BC, isso vai facilitar, por exemplo, o ajuste quando uma pessoa alterar o nome após o casamento ou uma empresa alterar o nome fantasia do estabelecimento.

O BC também autorizou que o usuário final pessoa natural possa solicitar o vínculo de seu nome social à chave Pix.

Instantaneidade

Sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, o Pix permite a transferência de recursos entre contas bancárias 24 horas por dia. As transações são executadas em até 10 segundos, sem custo para pessoas físicass. Para usar o Pix, o correntista deve ir ao aplicativo da instituição financeira e cadastrar as chaves eletrônicas, que podem seguir o número do celular, o e-mail, o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), para pessoas físicas, ou o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), para empresas.

O usuário também pode gerar uma chave aleatória, com um código de até 32 dígitos ou mesmo usar os dados da conta  corrente. Cada chave eletrônica está associada a uma conta bancária. Pessoas físicas podem ter até cinco chaves por conta. Para pessoas jurídicas, o limite sobe para 20.

* Colaborou Marcelo Brandão

Edição: Graça Adjuto


Por Wellton Máximo* - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Detran comemora 24 anos de respeito ao pedestre na faixa

 


Autarquia lança campanha educativa para fortalecer hábito que tem salvado tantas vidas e reduzido em 83% o número de mortes por atropelamento

Durante esses 24 anos em que Brasília se consolidou como a capital da travessia segura na faixa, os motoristas criaram o hábito de dar passagem ao pedestre | Foto: Vanessa Olinto/Detran-DF

Nesta quinta-feira (1º), completam 24 anos que o Distrito Federal instituiu o respeito ao pedestre na faixa. Este comportamento, que é exemplo de cidadania e motivo de orgulho para todos os brasilienses, tem preservado inúmeras vidas e contribuído para um trânsito cada vez melhor e mais seguro na capital do país.

Desde 1997, quando Brasília se consolidou como a capital da travessia segura na faixa, o número de pedestres mortos tem reduzido significativamente. Naquele ano, já houve uma redução de 24% no número de pedestres mortos (202) em relação ao ano anterior (266). De lá para cá, mesmo com uma frota de tamanho triplicado, saltando de 605 mil veículos em 1996 para 1.870.203 veículos em 2020, o número de pedestres que perderam a vida no trânsito do DF reduziu 83,4%, caindo de 266 para 44 mortes por atropelamento.

Para o diretor-geral do Detran, Zélio Maia, “a redução do número de pedestres mortos nesses 24 anos foi muito significativa e justifica o empenho de todos – governo e sociedade – para que haja cada vez mais respeito ao pedestre na faixa, por parte do condutor, e utilização desse equipamento de segurança, por parte dos pedestres”.

O objetivo da campanha educativa é relembrar os condutores sobre a preferência de travessia do pedestre e incentivar os pedestres a realizarem a travessia sempre na faixa. O formato da campanha atende aos requisitos de segurança em razão do momento de pandemia que vivemos.

Ainda vale destacar que apenas um dos óbitos ocorreu em acidente durante a travessia na faixa. Os outros 43 pedestres mortos em 2020 foram atropelados quando realizavam a travessia fora da faixa. Em 2020, registrou-se uma redução de 49% de pedestres mortos em relação a 2019, quando 86 pessoas morreram atropeladas nas vias do DF.

Campanha

Durante esses 24 anos, os motoristas criaram o hábito de dar passagem ao pedestre que, por sua vez, conquistou a garantia de uma travessia segura nas vias do Distrito Federal. Para reforçar esse hábito, o Detran vai realizar campanha educativa na mídia, nas redes sociais e em pontos de visualização, durante o mês de abril, como o slogan Quem dirige para. O pedestre usa. O objetivo é relembrar os condutores sobre a preferência de travessia do pedestre e incentivar os pedestres a realizarem a travessia sempre na faixa. O formato da campanha atende aos requisitos de segurança em razão do momento de pandemia que vivemos.

Na quinta-feira (1º), das 9h às 11h, haverá ação educativa na faixa de pedestre da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, próximo ao Conjunto Nacional. À tarde, das 14h às 16h, as equipes de educação estarão na faixa de pedestre do cruzamento entre a Comercial Norte e Sul, próximo à Praça do Relógio. No momento da travessia, os educadores abrirão uma faixa parabenizando os condutores pelos 24 anos de respeito ao pedestre.

Nos pontos de visualização, serão disponibilizados ainda uma tenda personalizada com banner e material educativo, além de cavaletes com a frase: “Há 24 anos os moradores do DF deram um passo decisivo: respeitar a faixa de pedestres.”

 

Estatísticas de mortes

VÍTIMAS19961997VARIAÇÃO
TOTAL DE MORTES610465Redução de 23,7%
PEDESTRES266202Redução de 24%
VÍTIMAS20192020VARIAÇÃO
TOTAL DE MORTES273176Redução de 35,5%
PEDESTRES8644Redução de 49%
VÍTIMAS19962020VARIAÇÃO
TOTAL DE MORTES610176Redução de 71%
PEDESTRES26644Redução de 83,4%

*Com informações do Detran-DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

PMDF fará seleção para curso sobre policiamento em moto

 


Trinta policiais serão capacitados pela Rotam em técnicas de pilotagem, escolta e tiro

Aprovados em processo interno terão aulas com veículos de 250 a 800 cilindradas | Foto: Divulgação/PMDF

Pilotar uma motocicleta já não é considerada uma tarefa fácil. Imagine ter que guiá-la portando um equipamento pesado, precisando trocar de terreno rapidamente e em alta velocidade? É focado nesses aspectos técnicos da pilotagem que a Polícia Militar (PMDF) vai oferecer, entre 23 de abril e 18 de junho, o Curso de Motociclista Policial 2021 — Nível Misto, promovido pelo Batalhão de Policiamento Tático Motorizado (Rotam).

Para preencher as 30 vagas para a capacitação, a PMDF vai realizar um processo seletivo interno. No curso, os policiais têm oficinas de técnicas de pilotagem em ambiente urbano e rural, de técnicas de escolta, de abordagem policial em motocicletas, de tiro embarcado e instruções teóricas sobre legislação de trânsito.

Cilindradas robustas

Para as aulas práticas de pilotagem, a PMDF vai ofertar 45 motos para os alunos e instrutores. Além disso, os veículos também serão diferentes, variando de modelos entre 250 cilindradas, para instruções básicas, até motos mais robustas, de 600 e 800 cilindradas, usadas em escoltas e outras atividades de policiamento.

“A moto é um veículo facilitador. Com as competências agregadas no curso, conseguimos, por meio dela, transitar mais facilmente em terrenos diferentes, ser mais ágil em perseguições, facilitando o acompanhamento de infratores que estejam fugindo a pé ou de bicicleta”Capitão Anderson Corrêa, comandante do Grupo Tático de Ações Motociclísticas

O coordenador do curso e comandante do Grupo Tático em Ações Motociclísticas, capitão Anderson Corrêa, ressalta os benefícios práticos que as técnicas ensinadas durante as oficinas trazem para os policiais: “A moto é um veículo facilitador. Com as competências agregadas no curso, conseguimos, por meio dela, transitar mais facilmente em terrenos diferentes, ser mais ágil em perseguições, facilitando o acompanhamento de infratores que estejam fugindo a pé ou de bicicleta”.

Além da agilidade, as motocicletas também garantem um policiamento mais efetivo para a corporação, e o curso da ROTAM enaltece essas qualidades que são vitais para as políticas de segurança pública. “As técnicas ensinadas direcionam o policiamento no sentido de se evitar acidentes, aumentando a eficiência das ações nas ruas. A própria moto em si é um veículo de manutenção mais barata, e o motopoliciamento também é mais eficiente no ponto de vista do custo benefício”, destaca o Capitão Corrêa.

Tendência nas grandes cidades 

O subcomandante da Rotam, major Cabele, reforça a importância da capacitação para o trabalho realizado pelo Batalhão. “Essa modalidade de policiamento, em motocicleta, é extremamente eficiente e uma tendência em todas as grandes cidades”, afirma. “É muito importante manter esses efetivos capacitados, pois a exposição a riscos em cima de uma moto é muito maior. O nosso curso é de referência nacional”.

Em sua maioria, as oficinas do curso são ministradas em espaços abertos, como pátios ou estacionamentos. Para as aulas que serão iniciadas em abril, a PMDF solicitou uma área próxima do Estádio Nacional de Brasília ou um dos estacionamentos do complexo da Adasa, na antiga Rodoferroviária, para as aulas.


AGÊNCIA BRASÍLIA