quarta-feira, 31 de março de 2021

Alta tecnologia para evitar corte inesperado de luz

 


Novo sistema da CEB-D permite isolar um eventual defeito e recompor automaticamente o fornecimento em poucos segundos

Funcionários da CEB-D configuram o novo sistema Self-healing: melhoras no tempo de serviço | Foto: Divulgação/CEB-D
8,8 milmoradores do Recanto das Emas já estão beneficiados com a nova tecnologia

A CEB Distribuição, empresa do Grupo Neoenergia, colocou em operação uma tecnologia de ponta em automação da rede elétrica ainda inédita no Distrito Federal. Denominado Self-healing, o sistema de reconfiguração permite isolar um eventual defeito na rede de distribuição de energia e recompor o fornecimento automaticamente para a maior parte da área afetada. A inovação possibilita o restabelecimento da energia de forma mais rápida que o modelo convencional e amplia as opções de manobras.

O primeiro sistema foi instalado no Recanto das Emas, beneficiando mais de 8,8 mil habitantes da região. Até o fim do ano, a empresa tem a previsão de expandir a solução para outras regiões do DF. A incorporação da tecnologia assegura melhor continuidade do serviço prestado pela CEB-D, aprimorando a qualidade do fornecimento de energia para os clientes da distribuidora.

Como funciona 

“A CEB-D está empenhada na modernização e digitalização da rede elétrica do Distrito Federal com novas tecnologias para melhorar a qualidade do fornecimento de energia e segurança da população”Frederico Candian, presidente da CEB-D

Na prática, os fatores que geram as interrupções são isolados rapidamente por meio da interação entre os equipamentos que compõem o sistema de forma automática. No caso de uma árvore cair em cima da rede elétrica e interromper o fornecimento de energia, o sistema já identifica o ponto onde houve a interrupção, isola somente a área afetada e recompõe o fornecimento de energia automaticamente a todos os clientes impactados.

Até então, um restabelecimento levaria cerca de uma hora e meia – entre identificação e religamento por uma equipe técnica. Com a instalação do sistema, essa operação demanda poucos minutos, ou até segundos, para ser concluída. A inovação traz benefícios para todos.

“Adotando as melhores práticas da Neoenergia, a CEB-D está empenhada na modernização e digitalização da rede elétrica do Distrito Federal com novas tecnologias para melhorar a qualidade do fornecimento de energia e segurança da população, a fim de atender cada vez melhor às exigências de nossos clientes”, destaca o presidente da CEB-D, Frederico Candian.

*Com informações da CEB-D


AGÊNCIA BRASÍLIA

Governo planeja construir mais duas novas UPAs

 


Estudos avançam entre os órgãos responsáveis e novas unidades serão na Estrutural e no Guará

O Distrito Federal deverá ganhar, até o final de 2022, mais duas unidades de pronto atendimento (UPA), sendo uma na Estrutural e outra no Guará. Elas serão financiadas com recursos da Secretaria de Saúde (SES) e construídas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), que já vem trabalhando na edificação de outras sete unidades: em Brazlândia, em Ceilândia, no Gama, no Paranoá, em Planaltina, no Riacho Fundo II e em Vicente Pires.
A construção das duas unidades foi anunciada pelo presidente do Iges-DF, Gilberto Occhi, em reunião virtual da diretoria da instituição com membros do Conselho de Saúde do DF. Occhi informou que a SES, inicialmente, manifestou ao instituto o interesse de ampliar o número de UPAs para aumentar a capacidade e a qualidade do atendimento da rede de saúde pública do DF.
O DF conta com seis UPAs (Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho) | Foto: Renato Alves / Agência Brasília
Atualmente, a capital do país conta com seis UPAs (Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho). Todas são administradas pelo Iges, que deve entregar, ainda neste semestre, uma nova UPA em Ceilândia, cujas obras já estão em fase de finalização, segundo o presidente da instituição.
Os dois novos empreendimentos, conforme Occhi, ainda estão em fase de estudo preliminar, embora o projeto da Estrutural esteja mais adiantado. Nas próximas semanas, a Secretaria de Saúde deverá encaminhar ao instituto informações mais detalhadas sobre cada projeto: localização do terreno, tamanho da área a ser construída e capacidade de atendimento.
O Iges-DF, então, apresentará suas propostas para que sejam assinados os contratos de construção (um para cada UPA). Estima-se que cada obra seja concluída em 12 meses após a assinatura do contrato e que cada UPA custe entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões.
Estima-se que cada obra seja concluída em 12 meses após a assinatura do contrato e que cada UPA custe entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões
Com o funcionamento das nove UPAs, o instituto estará oferecendo novos serviços à rede pública de saúde, o que contribuirá para a recuperação financeira do Iges. “Vamos poder honrar os compromissos com os fornecedores e manter em dia a nossa folha de pagamento”, prevê Occhi.
Transparência e corte de gastos
Durante mais de duas horas de reunião pela internet, o presidente e os diretores do instituto responderam a diversos questionamentos feitos pelos membros do Conselho de Saúde do DF. Gilberto Occhi e os dirigentes falaram, entre outras questões, sobre as medidas que vêm sendo adotadas para reduzir gastos e tornar mais transparentes os atos administrativos da atual gestão.
Entre elas estão o fortalecimento dos órgãos de controle interno; o cancelamento de todos os cartões corporativos; a revisão de todos os 190 contratos com diversos fornecedores, alguns dos quais já estão sendo cancelados; a demissão de colaboradores; e a devolução de servidores originários da Secretaria de Saúde, totalizando cerca de 900 funcionários afastados em menos de um mês.
Occhi anunciou ainda que a diretoria vem discutindo alternativas para fazer novas contratações a custos menores. O presidente adiantou que, para preencher vagas, já se estuda convocar profissionais aprovados em concurso realizado pela SES em 2018. Caso entre os concursados não haja disponibilidade de especialistas em algumas áreas, “então iremos ao mercado”, antecipou Occhi.
A ideia é contratar pessoa jurídica, ou seja, profissional que já tenha seu próprio consultório, sua própria empresa, e que possa prestar serviço sem repassar encargos ao instituto. “O Iges precisa enxugar gastos, pcortar encargos trabalhistas”, defendeu Occhi.

Ao final, o presidente convidou os conselheiros a visitarem a sede do instituto para estreitar as relações entre o Iges-DF e o Conselho de Saúde.


AGÊNCIA BRASÍLIA

Hospital do Guará humaniza atendimento com prontuário afetivo

 


Além do quadro clínico de cada paciente, no leito são inseridas informações sobre gêneros musicais e hobbys

O Hospital Regional do Guará possui 16 leitos de enfermaria para tratar a covid-19 | Foto: Breno Esaki / Agência Saúde

Além dos cuidados clínicos que os pacientes do Hospital Regional do Guará recebem diariamente das equipes multiprofissionais, eles agora contam com um atendimento mais humanizado durante a internação. Nos leitos, além das informações sobre a evolução de cada caso, as características pessoais, gênero musical favorito, time do coração e atividades de lazer que cada paciente gosta são identificadas nos leitos da unidade.

Iniciamos a implementação do prontuário afetivo priorizando os pacientes intubados sob efeito de sedação. A resposta da equipe foi imediata e gerou uma comoção e emoção fantásticaenfermeira Domitília Bonfim

“Iniciamos a implementação do prontuário afetivo priorizando os pacientes intubados sob efeito de sedação. A resposta da equipe foi imediata e gerou uma comoção e emoção fantástica”, explica a enfermeira Domitília Bonfim de Macedo Mihaliuc, responsável por implementar a novidade no HRGu. Ela considera, ainda, que “cuidar do paciente olhando para o prontuário afetivo, suas características, personalidades qualificam o cuidado que o torna mais humanizado”.

O prontuário afetivo foi implementado no HRGu começando pela enfermaria covid-19. A iniciativa foi implementada e muito bem recebida pela equipe médica, de enfermagem, fisioterapia e demais profissionais que atuam no local. O hospital possui 16 leitos de enfermaria covid.

Para a técnica de enfermagem, Maria de Jesus Neves, a novidade permite que a equipe tenha um contato mais próximo com o paciente sabendo suas preferências e particularidades. “Essas informações são passadas pelos familiares em relação aos cuidados ao banho no leito, se gosta de usar creme hidratante, se gosta de unha pintada, do tipo de música. Isso melhora a autoestima tanto do paciente quanto da gente e torna o ambiente mais agradável”, ressalta.

Integrante da equipe de enfermagem, a enfermeira Geisa Siqueira, conta que a implementação do prontuário “foi uma emoção muito grande para toda a equipe”. Como os pacientes têm passado muito tempo internados e sem contato com seus familiares, ela considera que a iniciativa motiva a equipe a preencher o vazio trazido pela saudade.

“Esse prontuário faz com que a gente se identifique mais e consiga ver que todo paciente é o amor de alguém e isso nos motiva a lutar mais ainda. Sinto um grande orgulho e satisfação de estar diante dessa luta contra a Covid-19”, finaliza.

*Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA

Guias de turismo de todo país ganham crachá digital

 


Setur-DF orienta profissionais da capital a terem acesso ao novo recurso, que impulsionará ainda mais o setor

Brasília, capital do turismo cívico Foto: Bento Viana/ Setur-DF

Os guias de turismo de todo o país já podem contar com mais uma facilidade para comprovar a regularidade de sua atuação profissional.

A novidade é que, por meio do site do Cadastro Nacional de Empresas e Profissionais que atuam no Setor de Turismo (Cadastur), eles terão disponíveis a versão digital de seu crachá de guia de turismo.

Para visualizar o documento on-line é preciso que o profissional acesse seu cadastro no Cadastur, disponível no celular ou outro dispositivo eletrônico, e clique na ação “emitir crachá”.

A iniciativa beneficia tanto novos guias de turismo que realizaram o cadastro agora, quanto aqueles que precisam renovar ou atualizar a inscrição. A proposta é agilizar o prazo para que esses profissionais possam receber o documento com mais facilidade e iniciar suas atividades no setor.

Isso porque o acesso digital a carteira permitirá que o guia tenha a oportunidade de portar uma credencial confiável que o gabarita para exercer a profissão perante agências de turismo e ao próprio turista, logo após a inscrição e validação do registro no Cadastur, enquanto aguarda a entrega do documento físico. Na versão digital, será possível também atualizar a conclusão de cursos profissionalizantes, como o de idiomas ou libras.

De acordo com o Ministério do Turismo, a medida beneficia mais de 24 mil profissionais que atuam no setor e exercem a função de acompanhar, orientar e transmitir informações sobre destinos e atrativos que enriquecem a experiência dos turistas em todo o Brasil.

No Distrito Federal, o novo recurso atende, atualmente, 316 guias de turismo com inscrições válidas no Cadastur

“É importante esclarecermos que a carteira digital não substitui o documento físico, que hoje já é utilizado pelos guias de turismo. Pelo contrário, é mais uma facilidade que eles podem contar, a partir de agora”, explicou o secretário de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, William França.

No Distrito Federal, o novo recurso atende, atualmente, 316 guias de turismo com inscrições válidas no Cadastur. É o caso de Laudiene Lisboa. Profissional no segmento há mais de 25 anos, ela renovou o seu cadastro no dia 11 de março de 2021 e já conta com a carteira digital.

“Fiquei muito feliz com a notícia porque agora posso comprovar o registro do meu trabalho com mais rapidez, enquanto aguardo o documento físico. Com certeza, um recurso que vai ajudar toda a classe, principalmente neste momento de pandemia”, comemorou Laudiene. Guia de turismo no DF há mais de 36 anos, Lúcio Montiel também reforça a praticidade do documento digital. “É uma iniciativa facilitadora também para o turista que, no site do Cadastur, pode encontrar com mais rapidez um profissional qualificado”, completa.

Secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça reforça que, além de valorizar os profissionais do segmento, o novo recurso impulsiona todo o setor.

“O guia de turismo é um dos elos mais importantes da nossa cadeia produtiva e um dos principais responsáveis por transformar o passeio em uma experiência única. Anfitrião indispensável para que o visitante viva o lugar, conheça diferentes espaços, o artesanato local, a gastronomia e descubra novas histórias. Portanto, essa facilidade digital não só permitirá que o profissional trabalhe com segurança e dentro da lei enquanto espera sua carteira física, como também contribui para fomentar todo o trade. E  a nossa secretaria está de portas abertas para orientar o profissional do DF quanto ao novo recurso”, afirma Vanessa.

Como fazer o cadastro

O Cadastur é o cadastro nacional que reúne empresas e profissionais que atuam no setor de turismo. Segundo a Lei Geral do Turismo, o registro é obrigatório para sete categorias do setor, entre elas os guias de turismo. O cadastro é gratuito. Para isso, basta o interessado acessar o site preencher o formulário eletrônico e seguir as instruções.

Após homologado, será emitido o certificado de cadastro que será disponibilizado para acesso ao público no site do Cadastur. Para mais informações, o interessado deve entrar em contato com o órgão oficial de turismo do seu estado. Profissionais do Distrito Federal podem tirar dúvidas com a Setur-DF por meio do telefone (61) 4042-0400.

* Com informações da Setur

 

AGÊNCIA BRASÍLIA

Senado retoma votações nesta quarta com itens sobre violência doméstica e auxílio a artistas

 


Da Redação | 30/03/2021, 22h37

O Plenário do Senado interrompeu as votações desta terça-feira (30) após seis horas de sessão deliberativa, nas quais foram aprovados cinco itens da pauta. A sessão será retomada às 16h desta quarta (31) para a apreciação dos três itens pendentes e aqueles que já estavam previstos para a ordem do dia de quarta-feira. Entre as matérias a serem votadas está o Projeto de Lei (PL) 3.244/2020, que garante às mulheres em situação de violência doméstica e familiar o direito de optarem pelo ajuizamento de ações de família nos Juizados de Violência Doméstica e Familiar. O texto altera a Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de 2006).  

A sessão desta terça foi interrompida após leitura do substitutivo do senador Veneziano Vital do Rego (MDB-PB) ao Projeto de Lei (PL) 795/2021, que prorroga o pagamento do auxílio emergencial destinado a artistas. O texto também prorroga os prazos de estados e municípios para programação, aplicação e prestação de contas de recursos referentes à cultura estabelecidos pela Lei Aldir Blanc (Lei 14.017, de 2020). Essa matéria terá prioridade na discussão e votação do Plenário nesta quarta-feira.

Entre os itens aprovados nesta terça-feira (30) está o PL 1.010/2021, que incentiva empresas a contratar leitos da rede privada para que o Sistema Único de Saúde (SUS) possa oferecê-los a pacientes com covid-19. A matéria vai à sanção do presidente da República.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado aprova plano de recuperação para os setores de eventos e de turismo

 


Da Redação | 30/03/2021, 23h33

O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (30) o projeto que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O projeto (PL 5.638/2020) contém medidas para compensar a grande perda de receitas das empresas de eventos e turismo, por causa da pandemia. Aprovada com modificações introduzidas pela relatora, a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), a proposta segue para nova análise da Câmara dos Deputados.

O texto parcela débitos das empresas dos setores de eventos e turismo com o Fisco e estabelece outras medidas compensar a grande perda de receitas, como a alíquota zero de PIS/Pasep, Cofins, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) por 60 meses. 

Poderão aderir ao Perse empresas de hotelaria, cinemas, casas de eventos, casas noturnas, de espetáculos, e buffets sociais e infantis. Também poderão aderir empresas que realizem ou comercializem congressos, feiras, feiras de negócios, shows, festas, festivais, simpósios ou espetáculos em geral e eventos esportivos, sociais, promocionais e culturais.

Na área do turismo, o Perse inclui agências de viagens, transportadoras turísticas, organizadoras de eventos na área, parques temáticos, acampamentos turísticos e meios de hospedagem. 

Para custear os benefícios dados ao setor, o Perse prevê, além de recursos orçamentários e do Tesouro, 3% do dinheiro arrecadado com as loterias da Caixa e da Lotex e ainda recursos da emissão de títulos do Tesouro, para ações emergenciais e temporárias.

60 mil empresas

Daniella Ribeiro ressaltou que seu relatório foi negociado com o Executivo, especialmente com o Ministério do Economia e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Ela alertou para a crise econômica no setor de eventos.

— O mercado de eventos é formado por, no mínimo, 52 segmentos que englobam segurança, marketing, transporte, logística, hospedagem, alimentação, infraestrutura e centros de convenções, dentre outros. São mais de 60 mil empresas e 7,5 milhões empregos diretos, indiretos e terceirizados, número maior que o da indústria automobilística. O setor de eventos contribuiu com R$ 48,69 bilhões em impostos em 2019, antes da pandemia. O adiamento ou cancelamento dos maiores eventos no Brasil representou, somente nos 2 primeiros meses da pandemia, prejuízo médio de R$ 80 bilhões pro setor — afirmou Daniella Ribeiro.

Vários senadores chamaram atenção para o drama vivido por estes setores, especialmente o de eventos — "o primeiro a fechar e o último a abrir" no cenário pós-pandemia. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) disse que o estudo mais recente do governo federal sobre o setor de eventos, datado de 2013, mostra sua importância para o Brasil.

— Este estudo mostrou que o segmento movimentou, em toda a cadeia de serviços, R$ 209,2 bilhões, o que representou uma participação de 4,32% do PIB nacional. Só naquele ano, o Brasil sediou 590 mil eventos, 95% deles nacionais, dos quais participaram 202,2 milhões de pessoas.

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) também destacou os "números astronômicos" que o setor de eventos atingiu no país.

— Segundo a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos, 97% do setor pararam, deixando de faturar R$ 91 bilhões e eliminando 400 mil empregos. (...) É urgente um programa que permita o refinanciamento dos débitos e a redução de impostos — afirmou.

Vetos

O líder do governo, Fernando Bezerra, garantiu que a aprovação do Perse tem o apoio do governo. Ele apenas fez ressalvas a dois artigos, que poderão ser vetados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, caso não caiam na Câmara.

— Nas negociações, conseguimos com o governo novos financiamentos para o setor, uma linha que poderá atingir R$ 3 bilhões. Conseguimos avançar nas demandas pra superar as questões das dívidas tributárias acumuladas. Conseguimos avançar na concessão da prorrogação das CNDs [Certidões Negativas de Débitos], permitindo àqueles que ainda se mantêm atender às exigências de certificados e atestados de repartições federais, para continuar sobrevivendo — disse o senador, antecipando que o governo deve vetar o uso de loterias e a possibilidade de renúncia tributária.

Dívidas

De acordo com o projeto, poderão ser descontados até 70% do valor das dívidas tributárias, com até 145 meses pra pagar. Com a exceção de débitos previdenciários, para os quais a Constituição limita o parcelamento em 60 meses. A adesão ao programa poderá ocorrer em até quatro meses após a regulamentação.

O Perse ainda cria o Programa de Garantia aos Setores Críticos (PGSC), a ser operacionalizado através do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), administrado pelo BNDES. O objetivo é garantir operações de crédito para auxílio financeiro a médios, pequenos e micronegócios dos setores mais afetados pela pandemia. A ideia é usar parte das verbas já disponíveis para o FGI (sem, portanto, gerar impacto fiscal) para alavancar o investimento nessas empresas.

Os participantes do Perse serão dispensados do pagamento da entrada mínima como condição à adesão, e da apresentação de garantias reais ou pessoais (como fiança, aval ou caução). Inclusive da alienação fiduciária sobre bens móveis ou imóveis, e da cessão fiduciária de direitos sobre coisas móveis, títulos de crédito, direitos creditórios ou recebíveis futuros.

Indenizações

O texto assegura aos beneficiários do Perse, que tiveram redução superior a 50% no faturamento entre 2019 e 2020, o direito à indenização baseada nas despesas com pagamento de 15 empregados durante o período da pandemia. O total de indenizações a ser pago não poderá passar o teto de R$ 2,5 bilhões.

O valor da indenização será estabelecido em regulamento, em montante proporcional aos recursos efetivamente desembolsados na folha de pagamento no período entre 20 de março de 2020, e o final do estado de emergência.

Prorrogação das certidões

Os prazos de validade das certidões referentes aos tributos federais e à dívida ativa da União — expedidas conjuntamente pela Receita e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional — que tenham sido emitidas após 20 de março de 2020, será de até 180 dias, contados da data da emissão da certidão, prorrogável excepcionalmente pelo prazo determinado em ato conjunto dos referidos órgãos.

As empresas que se enquadrarem nos critérios do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) serão contempladas em subprograma específico. O Senado aprovou no dia 10 de março o PL 5.575/2020, que transforma o Pronampe em política oficial de crédito e dá caráter permanente ao fornecimento de recursos. A proposta aguarda análise da Câmara dos Deputados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto inclui financiamento de cursos profissionais e tecnológicos no Fies

 


Da Redação | 31/03/2021, 08h30

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa voltado a financiar estudos em cursos superiores, poderá reforçar a concessão de financiamento para educação profissional, técnica e tecnológica, de acordo com o projeto PL 893/2021, apresentado pelo senador Telmário Mota (Pros-RR).

O texto, que aguarda designação do relator, modifica os termos da Lei 10.260, de 2001, dando igual destaque, entre os objetivos do Fies, ao financiamento de cursos superiores e de cursos de educação profissional, técnica e tecnológica. Estes, segundo a lei vigente, só podem ser financiados pelo programa se houver disponibilidade de recursos.

Ao justificar seu projeto, Telmário Mota reconhece que o Fies “tem sido, por diversos anos, a porta de entrada para a continuação dos estudos, especialmente para os brasileiros mais pobres”, mas chama atenção para o atraso do Brasil no cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). O conjunto de metas estabelece que até 2024 um mínimo de 25% das matrículas de educação de jovens e adultos sejam integradas à educação profissional. Porém, segundo dados apresentados pelo senador, em 2019 somente 3,1% dos estudantes do ensino médio e 0,6% do ensino fundamental cursavam educação profissional.

“Sem um conjunto de pessoas qualificadas, formadas nas mais diversas áreas e prontas para integrar o mercado de trabalho e contribuir para o incremento da produtividade, torna-se praticamente inviável concretizar projetos de melhoria de infraestrutura, de recuperação industrial e de fomento a novas tecnologias”, argumentou.

Telmário Mota acrescenta que o PNE também explicita a necessidade de financiamento à educação profissional técnica em instituições privadas, situação que associa à baixa adesão dos sistemas de ensino públicos à modalidade: “No contexto em que vivemos, em que as demandas de desenvolvimento nacional se tornam ainda mais exigentes, os investimentos feitos na formação técnica podem trazer excelentes frutos, a curto e médio prazos”, conclui.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado