quarta-feira, 31 de março de 2021

Hospital do Guará humaniza atendimento com prontuário afetivo

 


Além do quadro clínico de cada paciente, no leito são inseridas informações sobre gêneros musicais e hobbys

O Hospital Regional do Guará possui 16 leitos de enfermaria para tratar a covid-19 | Foto: Breno Esaki / Agência Saúde

Além dos cuidados clínicos que os pacientes do Hospital Regional do Guará recebem diariamente das equipes multiprofissionais, eles agora contam com um atendimento mais humanizado durante a internação. Nos leitos, além das informações sobre a evolução de cada caso, as características pessoais, gênero musical favorito, time do coração e atividades de lazer que cada paciente gosta são identificadas nos leitos da unidade.

Iniciamos a implementação do prontuário afetivo priorizando os pacientes intubados sob efeito de sedação. A resposta da equipe foi imediata e gerou uma comoção e emoção fantásticaenfermeira Domitília Bonfim

“Iniciamos a implementação do prontuário afetivo priorizando os pacientes intubados sob efeito de sedação. A resposta da equipe foi imediata e gerou uma comoção e emoção fantástica”, explica a enfermeira Domitília Bonfim de Macedo Mihaliuc, responsável por implementar a novidade no HRGu. Ela considera, ainda, que “cuidar do paciente olhando para o prontuário afetivo, suas características, personalidades qualificam o cuidado que o torna mais humanizado”.

O prontuário afetivo foi implementado no HRGu começando pela enfermaria covid-19. A iniciativa foi implementada e muito bem recebida pela equipe médica, de enfermagem, fisioterapia e demais profissionais que atuam no local. O hospital possui 16 leitos de enfermaria covid.

Para a técnica de enfermagem, Maria de Jesus Neves, a novidade permite que a equipe tenha um contato mais próximo com o paciente sabendo suas preferências e particularidades. “Essas informações são passadas pelos familiares em relação aos cuidados ao banho no leito, se gosta de usar creme hidratante, se gosta de unha pintada, do tipo de música. Isso melhora a autoestima tanto do paciente quanto da gente e torna o ambiente mais agradável”, ressalta.

Integrante da equipe de enfermagem, a enfermeira Geisa Siqueira, conta que a implementação do prontuário “foi uma emoção muito grande para toda a equipe”. Como os pacientes têm passado muito tempo internados e sem contato com seus familiares, ela considera que a iniciativa motiva a equipe a preencher o vazio trazido pela saudade.

“Esse prontuário faz com que a gente se identifique mais e consiga ver que todo paciente é o amor de alguém e isso nos motiva a lutar mais ainda. Sinto um grande orgulho e satisfação de estar diante dessa luta contra a Covid-19”, finaliza.

*Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA

Guias de turismo de todo país ganham crachá digital

 


Setur-DF orienta profissionais da capital a terem acesso ao novo recurso, que impulsionará ainda mais o setor

Brasília, capital do turismo cívico Foto: Bento Viana/ Setur-DF

Os guias de turismo de todo o país já podem contar com mais uma facilidade para comprovar a regularidade de sua atuação profissional.

A novidade é que, por meio do site do Cadastro Nacional de Empresas e Profissionais que atuam no Setor de Turismo (Cadastur), eles terão disponíveis a versão digital de seu crachá de guia de turismo.

Para visualizar o documento on-line é preciso que o profissional acesse seu cadastro no Cadastur, disponível no celular ou outro dispositivo eletrônico, e clique na ação “emitir crachá”.

A iniciativa beneficia tanto novos guias de turismo que realizaram o cadastro agora, quanto aqueles que precisam renovar ou atualizar a inscrição. A proposta é agilizar o prazo para que esses profissionais possam receber o documento com mais facilidade e iniciar suas atividades no setor.

Isso porque o acesso digital a carteira permitirá que o guia tenha a oportunidade de portar uma credencial confiável que o gabarita para exercer a profissão perante agências de turismo e ao próprio turista, logo após a inscrição e validação do registro no Cadastur, enquanto aguarda a entrega do documento físico. Na versão digital, será possível também atualizar a conclusão de cursos profissionalizantes, como o de idiomas ou libras.

De acordo com o Ministério do Turismo, a medida beneficia mais de 24 mil profissionais que atuam no setor e exercem a função de acompanhar, orientar e transmitir informações sobre destinos e atrativos que enriquecem a experiência dos turistas em todo o Brasil.

No Distrito Federal, o novo recurso atende, atualmente, 316 guias de turismo com inscrições válidas no Cadastur

“É importante esclarecermos que a carteira digital não substitui o documento físico, que hoje já é utilizado pelos guias de turismo. Pelo contrário, é mais uma facilidade que eles podem contar, a partir de agora”, explicou o secretário de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, William França.

No Distrito Federal, o novo recurso atende, atualmente, 316 guias de turismo com inscrições válidas no Cadastur. É o caso de Laudiene Lisboa. Profissional no segmento há mais de 25 anos, ela renovou o seu cadastro no dia 11 de março de 2021 e já conta com a carteira digital.

“Fiquei muito feliz com a notícia porque agora posso comprovar o registro do meu trabalho com mais rapidez, enquanto aguardo o documento físico. Com certeza, um recurso que vai ajudar toda a classe, principalmente neste momento de pandemia”, comemorou Laudiene. Guia de turismo no DF há mais de 36 anos, Lúcio Montiel também reforça a praticidade do documento digital. “É uma iniciativa facilitadora também para o turista que, no site do Cadastur, pode encontrar com mais rapidez um profissional qualificado”, completa.

Secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça reforça que, além de valorizar os profissionais do segmento, o novo recurso impulsiona todo o setor.

“O guia de turismo é um dos elos mais importantes da nossa cadeia produtiva e um dos principais responsáveis por transformar o passeio em uma experiência única. Anfitrião indispensável para que o visitante viva o lugar, conheça diferentes espaços, o artesanato local, a gastronomia e descubra novas histórias. Portanto, essa facilidade digital não só permitirá que o profissional trabalhe com segurança e dentro da lei enquanto espera sua carteira física, como também contribui para fomentar todo o trade. E  a nossa secretaria está de portas abertas para orientar o profissional do DF quanto ao novo recurso”, afirma Vanessa.

Como fazer o cadastro

O Cadastur é o cadastro nacional que reúne empresas e profissionais que atuam no setor de turismo. Segundo a Lei Geral do Turismo, o registro é obrigatório para sete categorias do setor, entre elas os guias de turismo. O cadastro é gratuito. Para isso, basta o interessado acessar o site preencher o formulário eletrônico e seguir as instruções.

Após homologado, será emitido o certificado de cadastro que será disponibilizado para acesso ao público no site do Cadastur. Para mais informações, o interessado deve entrar em contato com o órgão oficial de turismo do seu estado. Profissionais do Distrito Federal podem tirar dúvidas com a Setur-DF por meio do telefone (61) 4042-0400.

* Com informações da Setur

 

AGÊNCIA BRASÍLIA

Senado retoma votações nesta quarta com itens sobre violência doméstica e auxílio a artistas

 


Da Redação | 30/03/2021, 22h37

O Plenário do Senado interrompeu as votações desta terça-feira (30) após seis horas de sessão deliberativa, nas quais foram aprovados cinco itens da pauta. A sessão será retomada às 16h desta quarta (31) para a apreciação dos três itens pendentes e aqueles que já estavam previstos para a ordem do dia de quarta-feira. Entre as matérias a serem votadas está o Projeto de Lei (PL) 3.244/2020, que garante às mulheres em situação de violência doméstica e familiar o direito de optarem pelo ajuizamento de ações de família nos Juizados de Violência Doméstica e Familiar. O texto altera a Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de 2006).  

A sessão desta terça foi interrompida após leitura do substitutivo do senador Veneziano Vital do Rego (MDB-PB) ao Projeto de Lei (PL) 795/2021, que prorroga o pagamento do auxílio emergencial destinado a artistas. O texto também prorroga os prazos de estados e municípios para programação, aplicação e prestação de contas de recursos referentes à cultura estabelecidos pela Lei Aldir Blanc (Lei 14.017, de 2020). Essa matéria terá prioridade na discussão e votação do Plenário nesta quarta-feira.

Entre os itens aprovados nesta terça-feira (30) está o PL 1.010/2021, que incentiva empresas a contratar leitos da rede privada para que o Sistema Único de Saúde (SUS) possa oferecê-los a pacientes com covid-19. A matéria vai à sanção do presidente da República.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado aprova plano de recuperação para os setores de eventos e de turismo

 


Da Redação | 30/03/2021, 23h33

O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (30) o projeto que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O projeto (PL 5.638/2020) contém medidas para compensar a grande perda de receitas das empresas de eventos e turismo, por causa da pandemia. Aprovada com modificações introduzidas pela relatora, a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), a proposta segue para nova análise da Câmara dos Deputados.

O texto parcela débitos das empresas dos setores de eventos e turismo com o Fisco e estabelece outras medidas compensar a grande perda de receitas, como a alíquota zero de PIS/Pasep, Cofins, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) por 60 meses. 

Poderão aderir ao Perse empresas de hotelaria, cinemas, casas de eventos, casas noturnas, de espetáculos, e buffets sociais e infantis. Também poderão aderir empresas que realizem ou comercializem congressos, feiras, feiras de negócios, shows, festas, festivais, simpósios ou espetáculos em geral e eventos esportivos, sociais, promocionais e culturais.

Na área do turismo, o Perse inclui agências de viagens, transportadoras turísticas, organizadoras de eventos na área, parques temáticos, acampamentos turísticos e meios de hospedagem. 

Para custear os benefícios dados ao setor, o Perse prevê, além de recursos orçamentários e do Tesouro, 3% do dinheiro arrecadado com as loterias da Caixa e da Lotex e ainda recursos da emissão de títulos do Tesouro, para ações emergenciais e temporárias.

60 mil empresas

Daniella Ribeiro ressaltou que seu relatório foi negociado com o Executivo, especialmente com o Ministério do Economia e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Ela alertou para a crise econômica no setor de eventos.

— O mercado de eventos é formado por, no mínimo, 52 segmentos que englobam segurança, marketing, transporte, logística, hospedagem, alimentação, infraestrutura e centros de convenções, dentre outros. São mais de 60 mil empresas e 7,5 milhões empregos diretos, indiretos e terceirizados, número maior que o da indústria automobilística. O setor de eventos contribuiu com R$ 48,69 bilhões em impostos em 2019, antes da pandemia. O adiamento ou cancelamento dos maiores eventos no Brasil representou, somente nos 2 primeiros meses da pandemia, prejuízo médio de R$ 80 bilhões pro setor — afirmou Daniella Ribeiro.

Vários senadores chamaram atenção para o drama vivido por estes setores, especialmente o de eventos — "o primeiro a fechar e o último a abrir" no cenário pós-pandemia. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) disse que o estudo mais recente do governo federal sobre o setor de eventos, datado de 2013, mostra sua importância para o Brasil.

— Este estudo mostrou que o segmento movimentou, em toda a cadeia de serviços, R$ 209,2 bilhões, o que representou uma participação de 4,32% do PIB nacional. Só naquele ano, o Brasil sediou 590 mil eventos, 95% deles nacionais, dos quais participaram 202,2 milhões de pessoas.

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) também destacou os "números astronômicos" que o setor de eventos atingiu no país.

— Segundo a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos, 97% do setor pararam, deixando de faturar R$ 91 bilhões e eliminando 400 mil empregos. (...) É urgente um programa que permita o refinanciamento dos débitos e a redução de impostos — afirmou.

Vetos

O líder do governo, Fernando Bezerra, garantiu que a aprovação do Perse tem o apoio do governo. Ele apenas fez ressalvas a dois artigos, que poderão ser vetados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, caso não caiam na Câmara.

— Nas negociações, conseguimos com o governo novos financiamentos para o setor, uma linha que poderá atingir R$ 3 bilhões. Conseguimos avançar nas demandas pra superar as questões das dívidas tributárias acumuladas. Conseguimos avançar na concessão da prorrogação das CNDs [Certidões Negativas de Débitos], permitindo àqueles que ainda se mantêm atender às exigências de certificados e atestados de repartições federais, para continuar sobrevivendo — disse o senador, antecipando que o governo deve vetar o uso de loterias e a possibilidade de renúncia tributária.

Dívidas

De acordo com o projeto, poderão ser descontados até 70% do valor das dívidas tributárias, com até 145 meses pra pagar. Com a exceção de débitos previdenciários, para os quais a Constituição limita o parcelamento em 60 meses. A adesão ao programa poderá ocorrer em até quatro meses após a regulamentação.

O Perse ainda cria o Programa de Garantia aos Setores Críticos (PGSC), a ser operacionalizado através do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), administrado pelo BNDES. O objetivo é garantir operações de crédito para auxílio financeiro a médios, pequenos e micronegócios dos setores mais afetados pela pandemia. A ideia é usar parte das verbas já disponíveis para o FGI (sem, portanto, gerar impacto fiscal) para alavancar o investimento nessas empresas.

Os participantes do Perse serão dispensados do pagamento da entrada mínima como condição à adesão, e da apresentação de garantias reais ou pessoais (como fiança, aval ou caução). Inclusive da alienação fiduciária sobre bens móveis ou imóveis, e da cessão fiduciária de direitos sobre coisas móveis, títulos de crédito, direitos creditórios ou recebíveis futuros.

Indenizações

O texto assegura aos beneficiários do Perse, que tiveram redução superior a 50% no faturamento entre 2019 e 2020, o direito à indenização baseada nas despesas com pagamento de 15 empregados durante o período da pandemia. O total de indenizações a ser pago não poderá passar o teto de R$ 2,5 bilhões.

O valor da indenização será estabelecido em regulamento, em montante proporcional aos recursos efetivamente desembolsados na folha de pagamento no período entre 20 de março de 2020, e o final do estado de emergência.

Prorrogação das certidões

Os prazos de validade das certidões referentes aos tributos federais e à dívida ativa da União — expedidas conjuntamente pela Receita e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional — que tenham sido emitidas após 20 de março de 2020, será de até 180 dias, contados da data da emissão da certidão, prorrogável excepcionalmente pelo prazo determinado em ato conjunto dos referidos órgãos.

As empresas que se enquadrarem nos critérios do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) serão contempladas em subprograma específico. O Senado aprovou no dia 10 de março o PL 5.575/2020, que transforma o Pronampe em política oficial de crédito e dá caráter permanente ao fornecimento de recursos. A proposta aguarda análise da Câmara dos Deputados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto inclui financiamento de cursos profissionais e tecnológicos no Fies

 


Da Redação | 31/03/2021, 08h30

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa voltado a financiar estudos em cursos superiores, poderá reforçar a concessão de financiamento para educação profissional, técnica e tecnológica, de acordo com o projeto PL 893/2021, apresentado pelo senador Telmário Mota (Pros-RR).

O texto, que aguarda designação do relator, modifica os termos da Lei 10.260, de 2001, dando igual destaque, entre os objetivos do Fies, ao financiamento de cursos superiores e de cursos de educação profissional, técnica e tecnológica. Estes, segundo a lei vigente, só podem ser financiados pelo programa se houver disponibilidade de recursos.

Ao justificar seu projeto, Telmário Mota reconhece que o Fies “tem sido, por diversos anos, a porta de entrada para a continuação dos estudos, especialmente para os brasileiros mais pobres”, mas chama atenção para o atraso do Brasil no cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). O conjunto de metas estabelece que até 2024 um mínimo de 25% das matrículas de educação de jovens e adultos sejam integradas à educação profissional. Porém, segundo dados apresentados pelo senador, em 2019 somente 3,1% dos estudantes do ensino médio e 0,6% do ensino fundamental cursavam educação profissional.

“Sem um conjunto de pessoas qualificadas, formadas nas mais diversas áreas e prontas para integrar o mercado de trabalho e contribuir para o incremento da produtividade, torna-se praticamente inviável concretizar projetos de melhoria de infraestrutura, de recuperação industrial e de fomento a novas tecnologias”, argumentou.

Telmário Mota acrescenta que o PNE também explicita a necessidade de financiamento à educação profissional técnica em instituições privadas, situação que associa à baixa adesão dos sistemas de ensino públicos à modalidade: “No contexto em que vivemos, em que as demandas de desenvolvimento nacional se tornam ainda mais exigentes, os investimentos feitos na formação técnica podem trazer excelentes frutos, a curto e médio prazos”, conclui.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Covid-19: medida provisória abre crédito de R$ 5,3 bi para Ministério da Saúde

 


Da Redação | 31/03/2021, 09h14

O presidente Jair Bolsonaro editou nesta terça-feira (30) uma medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 5,3 bilhões em favor do Ministério da Saúde. O texto tem validade imediata, mas precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. A MP 1.041/2021 foi publicada nesta quarta (31) no Diário Oficial da União.

Segundo o Ministério da Economia, a medida visa adequar a capacidade do sistema de saúde às demandas necessárias ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia de covid-19. O crédito extraordinário será dirigido à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, e ao Fundo Nacional de Saúde (Funasa).

"Os efeitos da pandemia da covid-19 ultrapassaram o exercício financeiro de 2020. A situação epidemiológica atualmente verificada não era certa em meados de 2020, quando da elaboração do PLOA [Projeto de Lei Orçamentária Anual] 2021. Diante da situação fática de extrema gravidade colocada pela evolução da pandemia observada em janeiro de 2021, é necessária a adoção de medidas urgentes e singulares, para garantia do direito da população à saúde", informou a pasta.

Na Fiocruz, os recursos serão utilizados para implantar 173 leitos do Centro Hospitalar, exclusivos para pacientes com covid-19, além da disponibilização de testes diagnósticos e outras despesas atreladas à pandemia, como apoio a pesquisas clínicas em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Mais leitos

No caso do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), o crédito será destinado ao custeio de despesas extraordinárias decorrentes do crescimento expressivo do número de pacientes com covid-19. De acordo com o governo, os recursos servirão para atendimento emergencial e urgente de novas despesas, inclusive com a expansão de leitos destinados exclusivamente a esses pacientes, englobando medicamentos, insumos, equipamentos de proteção individual, testes e exames para diagnósticos, entre outros itens.

Para o Fundo Nacional de Saúde, serão destinados recursos para cobrir despesas com a compra de insumos ou equipamentos estratégicos para o enfrentamento da pandemia, como ventiladores pulmonares, monitores multiparamétricos, usina e geradores de oxigênio hospitalar e medicamentos para intubação orotraqueal, além da continuidade e expansão do custeio de leitos de unidade de terapia intensiva e de suporte ventilatório.

Parte do crédito destinado à Funasa servirá para o custeio de até 2,63 mil centros comunitários de referência dedicados ao enfrentamento à covid-19, para atenção à saúde indígena e na prorrogação de bonificação extraordinária de 55 mil profissionais da saúde residentes, que atuam no atendimento à população.

Da Agência Brasil

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Nova lei amplia limite de consignado para aposentados durante pandemia

 


Da Redação | 31/03/2021, 09h40

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a Lei 14.131, que aumenta de 35% para 40% o limite da margem de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS com base no valor do benefício. Desse limite, 35% são para empréstimos consignados e 5% para cartão de crédito. O aumento vale até 31 de dezembro de 2021. O ato foi publicado no Diário Oficial d a União desta quarta-feira (31). 

De acordo com o texto, quando não houver lei específica definindo um percentual maior, o índice estipulado vai valer também para servidores e empregados públicos das esferas federal, estadual e municipal, além de militares das Forças Armadas, ativos e inativos, e policiais e bombeiros militares.

A nova lei é oriunda da Medida Provisória  1.006/2020, aprovada no Senado em 10 de março com relatoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM). A medida foi aprovada como Projeto de Lei de Conversão 2/2020, pois sofreu mudanças na Câmara dos Deputados. 

A lei prevê possibilidade de suspensão das parcelas do empréstimo por quatro meses, com a manutenção dos juros contratados. A contratação de novo empréstimo com desconto automático em folha de pagamento deve ser precedida de esclarecimento sobre o custo efetivo total e do prazo para quitação integral do valor pretendido.

INSS

O texto também modifica a Lei 8.213, de 1991, que trata dos planos de benefícios da Previdência Social. De acordo com a nova lei, as mensalidades de associações e de entidades de aposentados legalmente reconhecidas que são descontadas dos benefícios previdenciários devem ser reavaliadas a cada três anos a partir de 21 de dezembro de 2022. Antes, a regra determinava essa avaliação a partir de 31 de dezembro de 2021.  

Outra modificação feita na legislação autoriza o INSS a compartilhar com as entidades de previdência complementar as informações sobre as mortes de beneficiários dos planos de previdência por elas administrados.

O texto também autoriza o INSS a conceder auxílio-doença mediante apresentação de atestado médico e de documentos complementares (que serão elencados em ato posteriormente). Anteriormente, era necessário passar por perícia para ter o benefício. Essa dispensa tem caráter excepcional, até 31 de dezembro de 2021, e a duração do benefício por incapacidade temporária dele resultante não terá duração superior a 90 dias.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senadores defendem mudanças na tabela do Imposto de Renda

 


Aline Guedes | 31/03/2021, 09h57

Até o dia 30 de abril, 32,6 milhões de contribuintes deverão enviar à Receita Federal suas declarações anuais do Imposto de Renda (IR). A declaração é obrigatória para quem recebeu acima de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis em 2020, o que equivale a um salário acima de R$ 1.903,98, incluído o 13º.

O número de brasileiros isentos da declaração poderia ser bem maior se esse valor fosse reajustado. No entanto, desde 2015 a tabela de incidência do IR para pessoa física não é atualizada. Vários projetos no Senado buscam corrigir essa defasagem, que também faz com que os contribuintes paguem mais imposto na fonte. 

Uma das propostas é o PLS 46/2018, de Lasier Martins (Podemos-RS). O texto, que prevê reajuste anual da tabela, tem apoio do relator, Paulo Paim (PT-RS).

Em pronunciamento remoto, no dia 23 de março, o parlamentar disse que, além de haver perdas inflacionárias acumuladas de anos anteriores, a mudança é necessária para que a estrutura tributária brasileira seja mais justa, com mais cobrança de quem possui renda maior. 

— Segundo estudo realizado pelo Sindicato dos Auditores Fiscais [Sindifisco], a defasagem na tabela é de 113,09%. Isso significa que a atual isenção salarial para os que possuem um ganho mensal em torno de R$ 1.903 deveria passar para R$ 4.022. Mais uma vez a lógica se inverte, os brasileiros que recebem salários mais baixos são os mais afetados pela defasagem — afirmou Paim.

Omissão

Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o governo é omisso na atualização da tabela. Em uma rede social em 26 de março, o parlamentar declarou que isso viola a justiça fiscal e tributa quem deveria estar isento. Ele apresentou um projeto de lei (PL 999/2021) para isentar quem ganha até R$ 4.135,00 e para que os reajustes sejam realizados anualmente com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Na mesma linha, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) apresentou projeto que cria nova faixa de tributação na tabela progressiva do Imposto de Renda da pessoa física (PL 2.988/2019). A proposta também restabelece a incidência desse tributo sobre lucros e dividendos pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas.

Segundo Kajuru, a nova alíquota, de 40%, afetaria quem recebe acima R$ 49.900 e contribuiria para a justiça tributária. Ele destaca que, se o projeto for aprovado, o Brasil verá os ricos pagando impostos, e não só os pobres.

Todas as proposições aguardam análise pelo Plenário do Senado, já que as comissões estão com os trabalhos interrompidos, devido à pandemia de covid-19.

Prazo

Faltando 30 dias para o fim do prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física, apenas 27,6% do total de contribuintes estão em dia com a Receita Federal. O balanço, que corresponde a quase 9 milhões de declarações, foi divulgado com base em dados da Receita obtidos no início desta semana. 

Em 2020, foram remetidas 31,9 milhões de declarações. Em 2021, o Fisco espera receber até 32,6 milhões. O prazo de entrega, que começou em 1º de março, termina no dia 30 de abril, e quem não enviar em tempo hábil pagará multa de R$ 165,74 ou 1% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.

Em 2020, a entrega do IR foi prorrogada por dois meses, devido à pandemia de coronavírus. Em 2021, o governo ainda não sinalizou se vai repetir a medida. O preenchimento da declaração pode ser feito on-line, por meio de programa disponível na página da Receita Federal na internet. O órgão também elaborou um vídeo explicando passo a passo.

Obrigatoriedade

Além dos contribuintes que receberam mais de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis em 2020, também deve fazer a declaração quem teve rendimentos isentos acima de R$ 40 mil, quem obteve ganho de capital na venda de bens ou realizou operações de qualquer tipo na Bolsa de Valores, quem tinha patrimônio acima de R$ 300 mil até 31 de dezembro do ano passado e quem optou pela isenção de imposto de venda de um imóvel residencial (ganho de capital) para a compra de um outro imóvel em até 180 dias.

Segundo a Receita, qualquer contribuinte pode optar pelo desconto simplificado. Entretanto, após o prazo para apresentação da declaração, não será admitida a mudança na forma de tributação de declaração já apresentada. Já a isenção relativa a doença grave especificada em lei não desobriga o contribuinte de apresentar declaração.

Auxílio emergencial

Neste ano, houve novidades nas regras para a entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física. Entre as principais, está a obrigatoriedade de declarar o auxílio emergencial para quem recebeu mais de R$ 22.847,76 em outros rendimentos tributáveis. Também foram criados três campos na ficha “Bens e direitos” para o contribuinte informar criptomoedas e outros ativos eletrônicos.

O prazo para empresas, bancos e demais instituições financeiras (bem como os planos de saúde) fornecerem os comprovantes de rendimentos acabou em 26 de fevereiro. O contribuinte também deve juntar recibos, no caso de aluguéis, pensões, prestações de serviços e notas fiscais usadas para comprovar deduções.

Restituição 2021

Pelas estimativas da Receita Federal, 60% das declarações entregues em 2021 terão restituição, 21% não terão imposto a pagar nem a restituir e 19% terão imposto a pagar.

Assim como em 2020, serão pagos cinco lotes de restituição. Os reembolsos serão distribuídos nas seguintes datas: 31 de maio (primeiro lote), 30 de junho (segundo lote), 30 de julho (terceiro lote), 31 de agosto (quarto lote) e 30 de setembro (quinto lote).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado