quarta-feira, 31 de março de 2021

Mais de 5 mil mulheres à frente da gestão de propriedades rurais

 


Dos 15.776 estabelecimentos, 33,3% têm mulheres no comando do negócio; no Brasil, média é de 18%, segundo IBGE

Um terço das propriedades rurais do Distrito Federal cadastradas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) é administrada por mulheres, quase o dobro do registrado no restante do país, segundo o IBGE. Das 15.776 propriedades cadastradas, 5.268 (33,3%) têm mulheres no comando do negócio, como proprietárias ou coproprietárias. No Censo Agro 2017, o mais recente feito pelo instituto, apenas 18% das propriedades no país são geridas por mulheres. O empoderamento feminino no campo é uma da diretrizes da Emater-DF.

Um terço das propriedades rurais do Distrito Federal cadastradas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) é administrada por mulheres, quase o dobro do registrado no restante do país, segundo o IBGE.

Nas atividades agropecuárias, elas estão presentes principalmente na produção de orgânicos, de produtos agroecológicos, na avicultura, floricultura e olericultura (hortaliças). Apesar do número de mulheres no agronegócio ainda ser baixo, o campo possui personalidades femininas que marcam presença e são exemplo de superação, conquista e trabalho.

No PAD-DF, nascida e criada no campo, Mariza Matsui, é um exemplo de liderança. Em sua propriedade, cultiva trigo, milho, alho, cenoura, tomate, ervilha e sorgo. Produtora e pecuarista, ela também cria gado leiteiro, suínos e frango de corte. Rotina cheia do início ao fim do dia.

Para ajudar a alavancar esse número e aumentar a presença e liderança femininas, a Emater-DF tem trabalhado em diversas frentes. Auxílio com o cultivo na propriedade, cursos profissionalizantes, inserção em pontos de comercialização, encontros para debates sobre o potencial feminino, mercado de trabalho, ações que envolvem a saúde preventiva e qualidade de vida, segurança alimentar e nutricional, saneamento rural, educação, cultura e lazer são algumas das ações trabalhadas pela empresa.

Autonomia

Atendimento a mulheres no II Preparatório para o VII Encontro Distrital de Mulheres Rurais | Foto: Emater-DF

Para a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, primeira mulher a ocupar o cargo na empresa em mais de 40 anos, é preciso fornecer as ferramentas necessárias para dar liberdade econômica às mulheres do campo. Uma das ações em andamento para que isso ocorra são as primeiras creches rurais, que vão dar autonomia de trabalho às mulheres. As creches, que estão com o projeto em desenvolvimento, vão atender crianças de até 3 anos e serão realizadas nos núcleos rurais do Pipiripau, em Planaltina, e Jardim, no PAD-DF.

Também pensando na renda e autonomia, a Emater tem realizado cursos de qualificação. No último ano, foram realizados cursos de tratorista, mecânica básica para mulheres e artesanato com fibra de bananeira. Produtoras dos assentamentos Pequeno William, em Planaltina, 1º de Julho, em São Sebastião, aprenderam a confeccionar produtos utilitários e decorativos como incremento de renda. Raimunda Ribeiro Pessoa, 47 anos, é do 1º de Julho e foi uma das participantes. Com a fibra da bananeira, ela aprendeu a fazer tapetes e cestos para a mesa.

Produtora rural desde a infância, ela conta ter criado três filhos com o fruto de seu trabalho. Para ela, que mora sozinha e ainda cultiva alimentos em sua propriedade, apesar das dificuldades e do preconceito enfrentado, ser mulher e produtora é motivo de orgulho. O aprendizado adquirido no artesanato, ela credita à Emater-DF. “Tudo que eu sei hoje de bordado, de cultivo e de artesanato eu aprendi com eles [técnicos da Emater]”, ressalta.

Já Gustavina Alves da Silva, 58 anos, moradora do Assentamento Pequeno William, em Planaltina, mora com o esposo. Os três filhos também já estão criados. Ela conta ter feito várias peças de artesanato com fibra de bananeira, desde que fez o curso. De acordo com ela, já quiseram comprar toda a sua produção, mas seu objetivo agora e preparar tudo para uma exposição que será oferecida entre todas as participantes do curso.

“Amei fazer essas peças. É um orgulho ver minha produção. Aqui, graças à Emater, temos muita assistência, muitas orientações e a gente consegue viver do que a gente produz. É uma honra ser mulher ruralGustavina Alves da Silva

“Amei fazer essas peças. É um orgulho ver minha produção. Aqui, graças à Emater, temos muita assistência, muitas orientações e a gente consegue viver do que a gente produz. É uma honra ser mulher rural. Tem pessoas que escolhem a cidade para viver. Para mim é uma opção lidar com a terra, plantar meus alimentos, comer meus alimentos saudáveis e limpos, passar para outras pessoas e fortalecer a agricultura. Nós, mulheres, somos capazes”, conta orgulhosa.

Em sua propriedade, Gustavina e o marido cultivam plantas suculentas, têm horta doméstica, frutas do cerrado e investem no plantio em sistema agroflorestal, além de vender biscoitos caseiros, pimenta e outras iguarias. “Como vivemos no cerrado, optamos por não desmatar. Aqui é uma área bem sofrida e maltratada pelo fogo e a gente tá cuidando, tentando fechar com plantações”, diz.

Trabalhos como o Encontro Distrital de Mulheres também são realizados pela Emater-DF com objetivo de ativar o lado empreendedor das mulheres, debater temas referentes ao gênero, organizações sociais e empoderamento das agricultoras, visando a busca de mais oportunidades e qualidade de vida às trabalhadoras rurais. Para atender as  demandas das mulheres, a Emater trabalha em parceria com as secretarias da Mulher e de Desenvolvimento Social.

Representatividade nos atendimentos

Em 2020,  mesmo com a pandemia, nos atendimentos presencial e virtual da empresa, elas representaram 35% (4.758 dos 13.535 beneficiários atendidos). Pelo menos 2.071 atendimentos foram de orientações sobre políticas públicas para o público em vulnerabilidade social e inscrições/atualizações no Cadastro Único (CadÚnico).

“Existem as mulheres rurais que têm um protagonismo maior. São mulheres que participam ativamente no campo, cuidam do núcleo familiar, lideram organizações sociais e econômicas, fazem a gestão da propriedade, são empreendedoras, estão à frente na execução das políticas públicas”, conta a extensionista Selma Tavares. No entanto, ela também destaca que existe um longo caminho a percorrer, uma vez que muitas mulheres que participam desse processo ainda são invisíveis.

“A gente tem trabalhado com oportunidades de acesso às necessidades básicas, para melhorar a qualidade de vida dessas mulheres. A nossa luta é para levar oportunidade e dignidade para o campo”, ressalta a presidente da Emater-DF. Com a gestão de Denise, a empresa deu início ao Projeto de Valorização da Mulher, com o objetivo de trabalhar os anseios, dar voz às reivindicações e fortalecer a inclusão da mulher em políticas públicas.

* Com informações da Emater-DF



Automutilação: saiba onde procurar ajuda profissional

 


Crianças e adolescentes de famílias em situação de vulnerabilidade social são atendidos pelos centros de convivência do DF

Unidades de atendimento da Sedes estão preparadas para orientar crianças, adolescentes, adultos e idosos | Foto: Divulgação/Sedes

Acolher o adolescente para que ele consiga expressar seus sentimentos e entender os motivos que levam à automutilação é a meta de um trabalho desenvolvido no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (CCFV) do Gama Sul, unidade gerenciada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) que atende crianças e adolescentes entre seis e 14 anos de famílias em situação de vulnerabilidade social, além de idosos e adultos. O CCFV acompanha os jovens e promove atividades para a construção e reconstrução das histórias e vivências individuais, coletivas e familiares, contribuindo para a prevenção de situações de risco social.

Centros de convivência e fortalecimento de vínculos (CCFVs) mantêm o acompanhamento aos usuários

Alertada por um primo, a mãe de Bia (nome fictício), de 13 anos, procurou a unidade depois que a menina começou um processo de automutilação. Foi a relação de confiança estabelecida entre a família e os profissionais do centro de convivência durante os quatro anos em que a adolescente vem sendo atendida na unidade que encorajou a mãe da menina a pedir ajuda para superar o trauma.

“Esse foi um trabalho específico que nós fizemos com a adolescente”, relata a chefe do CCFV do Gama Sul, Flávia Mendes. “Foi um atendimento individual. Conversei com a Bia e sugeri que fizéssemos um mapeamento das emoções em uma cartolina. Começamos a organizar em forma de mapa o que ela sente durante a automutilação. Uma emoção específica, por exemplo, ela tinha que associar a uma pessoa ou a uma situação.”

Depois que foi publicado, em março de 2020, o decreto determinando a suspensão dos atendimentos presenciais nas unidades socioassistenciais em razão da pandemia da covid-19, os CCFVs mantiveram o acompanhamento de todos os usuários de forma remota e deram continuidade às atividades desenvolvidas, com adaptações.

Apesar de ser um trabalho muito delicado, Flávia reitera que esse tipo de planejamento pode ser feito também de forma remota, mas é fundamental que o vínculo com o adolescente já tenha sido estabelecido. “O jovem precisa se sentir seguro para se abrir e falar de coisas muito íntimas”, reforça.

Distúrbio emocional

“Em relação à automutilação, eu acho que a principal mensagem é se livrar do preconceito, ter consciência que não é uma coisa que o adolescente faz só para chamar a atenção”Flávia Mendes, chefe do CCFV do Gama Sul

A automutilação é o termo utilizado quando uma pessoa se corta propositalmente com frequência como forma de alívio da tristeza, da raiva, da culpa ou de uma dor psíquica intensa. As causas podem ser desde distúrbios emocionais, como a baixa autoestima, até eventuais abusos ou bullying. É um distúrbio mais comum entre adolescentes que pode gerar traumas por toda a vida, especialmente em razão das cicatrizes.

“Minha mãe pediu para Flávia me ajudar, e uma vez por semana eu fazia esse mapeamento das emoções, de tudo o que eu sentia, para tentar chegar a uma conclusão do motivo de eu fazer isso”, relata Bia, que há quatro meses passa por um processo de automutilação. “Para mim tem sido muito bom. Eu vejo como o diálogo é importante. Eu conversava com um primo meu e ele contava tudo para minha mãe. Eu acabei perdendo a confiança nele e fui me fechando cada vez mais, o que foi ruim para mim.”

Depois do mapeamento, a chefe do CCFV do Gama Sul avaliou que uma intervenção na dinâmica familiar da Bia poderia ajudá-la a parar de se automutilar. Conversou com a mãe e com uma tia mais próxima para fazer essa mudança de hábitos dentro de casa, uma espécie de acordo para ajudar Bia a lidar com sentimentos e melhorar a autoestima.

“Esse planejamento tem que ser feito com muito cuidado”, adverte a gestora. “Quando vamos fazer uma intervenção como essa numa família, tem uma herança cultural, tem os hábitos daquela família, e precisamos respeitar o espaço de todos. E é muito importante ter como metodologia fortalecer os pontos positivos que aquela família já tem.”

Uma atitude importante, ressalta Flávia, é tratar a situação sem alarde. “Em relação à automutilação, eu acho que a principal mensagem é se livrar do preconceito, ter consciência que não é uma coisa que o adolescente faz só para chamar a atenção”, orienta ela. “O primeiro passo é ter muito diálogo mesmo, porque todo mundo tem muitas questões para lidar, de insegurança. Se isso for bem-abordado e bem-trabalhado, pode ser superado”.

Onde procurar ajuda

A primeira avaliação e o encaminhamento são realizados pelas unidades básicas de saúde (UBSs). Para os casos de automutilação que necessitam de atendimento clínico, as equipes das unidades socioassistenciais direcionam a pessoa para a Secretaria de Saúde (SES).

  • Casos leves: unidades básicas de saúde (UBSs).
  • Casos moderados: Adolescentro ou Centro de Orientação Médico Psicopedagógica (Compp).
  • Casos graves: unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
  • Casos que envolvam risco iminente: Rede de urgência e emergência em saúde.
  • Mais informações estão disponíveis nos sites da Sedes e da SES.

*Com informações da Sedes

AGÊNCIA BRASÍLIA

Rotina dos bombeiros pintada em aquarela

 


Exposição idealizada pela corporação fica em cartaz até o dia 16 de abril, no Centro de Atendimento ao Turista (CAT), na Praça dos Três Poderes

O acervo da exposição reúne 50 telas em aquarela e fica em exibição até o dia 16 de abril, das 9h às 18h, com entrada gratuita | Foto: Setur-DF

Uma profissão desafiadora que tem como essência prestar socorro ao próximo e salvar vidas. A rotina de um bombeiro militar é baseada em situações de tensão e risco, seja no salvamento em uma cachoeira, no controle de incêndios de grandes proporções ou até na missão honrosa de transportar leite materno e órgãos para doação.

Para contemplar este trabalho tão heroico, a mostra CBMDF: Ação e Arte, da artista plástica Luiza Aguirre, estará disponível a partir desta quinta-feira (1º), no Centro de Atendimento ao Turista (CAT) Casa de Chá, localizado na Praça dos Três Poderes. O acervo reúne 50 telas em aquarela e fica em exibição até o dia 16 de abril, das 9h às 18h, com entrada gratuita.

Todos os protocolos de segurança de prevenção à Covid-19, definidos em decreto pelo Governo do Distrito Federal, serão adotados nas visitações. Entre eles, o uso obrigatório de máscara facial e de álcool em gel, bem como o distanciamento com acesso limitado.

Projetada por Oscar Niemeyer, a Casa de Chá é de responsabilidade da Secretaria de Turismo do DF (Setur-DF) e abriga um dos seis Centros de Atendimento ao Turista (CATs) do DF. O espaço foi prontamente cedido pela pasta ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) para ser morada provisória da exposição.

A inspiração para a pinacoteca, promovida pelo CBMDF, surgiu em uma visita de crianças integrantes do projeto Bombeiro Mirim a uma exposição de quadros sobre incêndio florestal de grandes proporções ocorrido, em 2017, na Chapada dos Veadeiros. A ideia saiu do papel e hoje é vitrine da missão vivida pelo CBMDF| Foto: Setur-DF

A temporada da CBMDF: Ação e Arte integra programação especial para todo o mês de abril, organizada pela Setur-DF, aos 61 anos de Brasília e a todos moradores e visitantes da capital federal. “Nossa querida e amada aniversariante é símbolo maior de acolhimento e de capacidade de ressignificação, aspectos tão presentes na trajetória do CBMDF. Neste momento em que precisamos tanto de esperança, é uma honra para a Setur-DF acolher uma mostra que resgata momentos lindos e inspiradores de amor ao próximo e de cuidado com a vida”, ressalta a secretária Vanessa Mendonça.

A inspiração para a pinacoteca, promovida pelo CBMDF, surgiu em uma visita de crianças integrantes do projeto Bombeiro Mirim a uma exposição de quadros sobre incêndio florestal de grandes proporções ocorrido, em 2017, na Chapada dos Veadeiros. A ideia saiu do papel e hoje é vitrine da missão vivida pelo CBMDF.

“A exposição apresenta ao público aquarelas figurativas nas quais evidencia, com cores vibrantes, a luta diária dos bombeiros e bombeiras que atuam no CBMDF. Embora a rotina do bombeiro militar seja árdua e cansativa, a artista conseguiu representá-la com beleza e poesia”, evidencia o coronel Willian Augusto Ferreira Bomfim, comandante-geral do CBMDF.

As 50 obras, produzidas entre 2019 e 2020, foram cedidas pela artista Luiza Aguirre ao acervo da força de segurança. Médica de formação há 40 anos, a artista plástica resolveu retratar a realidade de bombeiros do DF por identificar, na vivência da corporação, características similares à da lida enfrentada em hospitais, de cuidado ao ser humano.

“Espero que o público sinta a coragem e a solidariedade existentes nas ações dos bombeiros militares. A aquarela, classicamente entendida como uma técnica que prima pela transparência, permite, pela sua versatilidade, que o artista imprima força e vida no seu trabalho”, revela Aguirre.

A curadoria é da Casa Thomas Jefferson, entidade sem fins lucrativos que estabeleceu parceria com o CBMDF desde a concepção do projeto. Na avaliação do produtor sociocultural da Casa e curador da mostra, Luiz Carlos Costa, as obras oferecem uma apreciação de caráter emocional e didático.

“Todas as nossas exposições têm objetivo de apresentar belas imagens, mas que também ofereçam algum conhecimento ao público. Na CBMDF: Ação e Arte estão retratadas ações vivenciadas diariamente por um bombeiro militar, de resgates mais dramáticos a cuidados do dia a dia. Um verdadeiro catálogo de tudo que o Corpo de Bombeiros faz e pelo que representa para a sociedade”, explica Costa.

Exposição: CBMDF: Ação e Arte
Quando: De 1º a 16 de abril, das 9h às 18h
Onde: Centro de Atendimento ao Turista Casa de Chá – Praça dos Três Poderes
Entrada gratuita

* Com informações da Setur


AGÊNCIA BRASÍLIA

Alta tecnologia para evitar corte inesperado de luz

 


Novo sistema da CEB-D permite isolar um eventual defeito e recompor automaticamente o fornecimento em poucos segundos

Funcionários da CEB-D configuram o novo sistema Self-healing: melhoras no tempo de serviço | Foto: Divulgação/CEB-D
8,8 milmoradores do Recanto das Emas já estão beneficiados com a nova tecnologia

A CEB Distribuição, empresa do Grupo Neoenergia, colocou em operação uma tecnologia de ponta em automação da rede elétrica ainda inédita no Distrito Federal. Denominado Self-healing, o sistema de reconfiguração permite isolar um eventual defeito na rede de distribuição de energia e recompor o fornecimento automaticamente para a maior parte da área afetada. A inovação possibilita o restabelecimento da energia de forma mais rápida que o modelo convencional e amplia as opções de manobras.

O primeiro sistema foi instalado no Recanto das Emas, beneficiando mais de 8,8 mil habitantes da região. Até o fim do ano, a empresa tem a previsão de expandir a solução para outras regiões do DF. A incorporação da tecnologia assegura melhor continuidade do serviço prestado pela CEB-D, aprimorando a qualidade do fornecimento de energia para os clientes da distribuidora.

Como funciona 

“A CEB-D está empenhada na modernização e digitalização da rede elétrica do Distrito Federal com novas tecnologias para melhorar a qualidade do fornecimento de energia e segurança da população”Frederico Candian, presidente da CEB-D

Na prática, os fatores que geram as interrupções são isolados rapidamente por meio da interação entre os equipamentos que compõem o sistema de forma automática. No caso de uma árvore cair em cima da rede elétrica e interromper o fornecimento de energia, o sistema já identifica o ponto onde houve a interrupção, isola somente a área afetada e recompõe o fornecimento de energia automaticamente a todos os clientes impactados.

Até então, um restabelecimento levaria cerca de uma hora e meia – entre identificação e religamento por uma equipe técnica. Com a instalação do sistema, essa operação demanda poucos minutos, ou até segundos, para ser concluída. A inovação traz benefícios para todos.

“Adotando as melhores práticas da Neoenergia, a CEB-D está empenhada na modernização e digitalização da rede elétrica do Distrito Federal com novas tecnologias para melhorar a qualidade do fornecimento de energia e segurança da população, a fim de atender cada vez melhor às exigências de nossos clientes”, destaca o presidente da CEB-D, Frederico Candian.

*Com informações da CEB-D


AGÊNCIA BRASÍLIA

Governo planeja construir mais duas novas UPAs

 


Estudos avançam entre os órgãos responsáveis e novas unidades serão na Estrutural e no Guará

O Distrito Federal deverá ganhar, até o final de 2022, mais duas unidades de pronto atendimento (UPA), sendo uma na Estrutural e outra no Guará. Elas serão financiadas com recursos da Secretaria de Saúde (SES) e construídas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), que já vem trabalhando na edificação de outras sete unidades: em Brazlândia, em Ceilândia, no Gama, no Paranoá, em Planaltina, no Riacho Fundo II e em Vicente Pires.
A construção das duas unidades foi anunciada pelo presidente do Iges-DF, Gilberto Occhi, em reunião virtual da diretoria da instituição com membros do Conselho de Saúde do DF. Occhi informou que a SES, inicialmente, manifestou ao instituto o interesse de ampliar o número de UPAs para aumentar a capacidade e a qualidade do atendimento da rede de saúde pública do DF.
O DF conta com seis UPAs (Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho) | Foto: Renato Alves / Agência Brasília
Atualmente, a capital do país conta com seis UPAs (Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho). Todas são administradas pelo Iges, que deve entregar, ainda neste semestre, uma nova UPA em Ceilândia, cujas obras já estão em fase de finalização, segundo o presidente da instituição.
Os dois novos empreendimentos, conforme Occhi, ainda estão em fase de estudo preliminar, embora o projeto da Estrutural esteja mais adiantado. Nas próximas semanas, a Secretaria de Saúde deverá encaminhar ao instituto informações mais detalhadas sobre cada projeto: localização do terreno, tamanho da área a ser construída e capacidade de atendimento.
O Iges-DF, então, apresentará suas propostas para que sejam assinados os contratos de construção (um para cada UPA). Estima-se que cada obra seja concluída em 12 meses após a assinatura do contrato e que cada UPA custe entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões.
Estima-se que cada obra seja concluída em 12 meses após a assinatura do contrato e que cada UPA custe entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões
Com o funcionamento das nove UPAs, o instituto estará oferecendo novos serviços à rede pública de saúde, o que contribuirá para a recuperação financeira do Iges. “Vamos poder honrar os compromissos com os fornecedores e manter em dia a nossa folha de pagamento”, prevê Occhi.
Transparência e corte de gastos
Durante mais de duas horas de reunião pela internet, o presidente e os diretores do instituto responderam a diversos questionamentos feitos pelos membros do Conselho de Saúde do DF. Gilberto Occhi e os dirigentes falaram, entre outras questões, sobre as medidas que vêm sendo adotadas para reduzir gastos e tornar mais transparentes os atos administrativos da atual gestão.
Entre elas estão o fortalecimento dos órgãos de controle interno; o cancelamento de todos os cartões corporativos; a revisão de todos os 190 contratos com diversos fornecedores, alguns dos quais já estão sendo cancelados; a demissão de colaboradores; e a devolução de servidores originários da Secretaria de Saúde, totalizando cerca de 900 funcionários afastados em menos de um mês.
Occhi anunciou ainda que a diretoria vem discutindo alternativas para fazer novas contratações a custos menores. O presidente adiantou que, para preencher vagas, já se estuda convocar profissionais aprovados em concurso realizado pela SES em 2018. Caso entre os concursados não haja disponibilidade de especialistas em algumas áreas, “então iremos ao mercado”, antecipou Occhi.
A ideia é contratar pessoa jurídica, ou seja, profissional que já tenha seu próprio consultório, sua própria empresa, e que possa prestar serviço sem repassar encargos ao instituto. “O Iges precisa enxugar gastos, pcortar encargos trabalhistas”, defendeu Occhi.

Ao final, o presidente convidou os conselheiros a visitarem a sede do instituto para estreitar as relações entre o Iges-DF e o Conselho de Saúde.


AGÊNCIA BRASÍLIA