terça-feira, 30 de março de 2021

Ministro da Saúde visita profissionais do Hospital de Base

 


Marcelo Queiroga se solidarizou com o trabalho de quem atua na linha de frente contra a covid

Ministro da Saúde visita instalações do Hospital de Base | Foto: divulgação

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prestou solidariedade e apoio aos profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate à covid-19 do Hospital de Base. O gestor federal visitou as instalações do hospital na noite dessa segunda-feira (29).

De máscara e jaleco, o cardiologista percorreu unidades do HB como o Núcleo de Hemodinâmica e o Pronto-Socorro. “Vim trazer o apoio do Ministério da Saúde a todos os profissionais de saúde, aos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas que têm se dedicado tanto ao enfrentamento da pandemia de covid-19”, disse.

A visita foi acompanhada pelo chefe de equipe do Núcleo Central Tático de Resolutividade (NCTR), o médico João Bosco de Abreu. “Através de você (João Bosco de Abreu), eu abraço cada um dos profissionais de saúde que trabalham neste hospital”, falou o ministro de forma alusiva, mantendo o distanciamento social.

Em resposta, João Bosco afirmou que a missão de combater a covid-19 está sendo cumprida no Hospital de Base. “Estamos aqui lutando contra esta segunda onda da pandemia, que está pior do que a primeira do ano passado, mas vamos vencer”, garantiu. “Com o apoio do senhor, então, vai ser mais fácil.”

Ao final do vídeo, Queiroga deixou um apelo aos moradores do Distrito Federal para o período de Páscoa: “Nesta época de reflexão, vamos evitar aglomerações desnecessárias, evitar festinhas sem máscaras. A consequência dessas aglomerações sem reflexão são as UTIs [unidades de terapia intensiva] lotadas”, salientou.

Sobre o ministro da Saúde

Médico cardiologista, Marcelo Queiroga foi nomeado em 23 de março de 2021 pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para o cargo de ministro da Saúde. Ele substitui o ex-ministro, general de divisão do Exército Brasileiro, Eduardo Pazuello.

*Com informações do Iges-DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

Máscaras são usadas para proteger diversas doenças

 


Itens que se tornaram obrigatórios durante a pandemia protegem tanto da covid-19 quanto de outras doenças como tuberculose, meningite e gripes

Cada máscara tem ambiente e tipo apropriados de uso, além de proteger mais para um vetor ou outro de doença. A máscara cirúrgica, como o próprio nome diz, é mais utilizada em campos cirúrgicos  | Foto: arquivo
A N95 (foto), mais robusta, é recomendada para ser utilizada quando for necessário entrar em ambientes que estão fechados há muito tempo e sem circulação de ar  | Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília

Passado mais de um ano de pandemia, as máscaras se tornaram essenciais na rotina das pessoas para evitar a propagação da covid-19.

Item obrigatório em ambientes hospitalares ou estabelecimentos da área da saúde, o produto é fundamental também na precaução de outras doenças, principalmente as transmissíveis pelo ar.

Para entender melhor os benefícios que a utilização constante de máscaras no dia a dia podem trazer à saúde, a Agência Brasília conversou com a médica infectologista do Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Joana D’Arc Gonçalves.

“Dentro da rede hospitalar, as máscaras sempre foram utilizadas para evitar a transmissão de doenças e infecção, tanto bacterianas quanto virais”, explica a médica. “Sempre as utilizamos [máscaras] como uma medida de precaução das enfermidades transmissíveis por aerossóis ou gotículas”.

Cada máscara tem ambiente e tipo apropriados de uso, além de proteger mais para um vetor ou outro de doença. A máscara cirúrgica, como o próprio nome diz, é mais utilizada em campos cirúrgicos e serve principalmente para proteger as pessoas que estão mais próximas.

“Ela evita a transmissão por gotículas, que ficam retidas na parte interna da máscara”, explica Joana.

Com isso, esse modelo, evita a transmissão dos vírus como os causadores da gripe e das influenzas (H1N1, A e B), sarampo, e também os sazonais, como o rinovírus, causador dos resfriados, e o citomegalovírus, que acarreta alguns tipos de herpes. Além disso, esse material também podem evitar a propagação da bactéria causadora da tuberculose.

Já a N95, mais robusta, é recomendada para ser utilizada quando for necessário entrar em ambientes que estão fechados há muito tempo e sem circulação de ar, protegendo o rosto do contato com partículas menores infecciosas que ficam suspensas.

“O nome N95 vem do fato de que ela filtra 95% do ar, tanto para fora quanto para dentro”, esclarece Joana. Ela evita a infecção de doenças de maior transmissibilidade por aerossol, como catapora, tuberculose e meningite.

Cuidados

Máscaras feitas de pano devem ser usadas por cima de uma descartável | Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília

A médica infectologista do Hran também alerta para os perigos que alguns tipos de máscaras, como as de acrílico, de tricô ou as que possuem válvula de ar, podem causar na transmissão de doenças tanto virais quanto bacterianas.

“As máscaras precisam possuir vedação correta e filtragem do ar. Se não usar de forma adequada, não funciona. Não adianta usar algo que dê uma falsa sensação de segurança, a pessoa acaba sendo transmissora ou até mesmo sendo infectada”, ressalta.

Quanto às feitas com pano, a recomendação médica atual é de que ela seja utilizada por cima de uma máscara cirúrgica, melhorando a vedação e a filtragem.


AGÊNCIA BRASÍLIA

Mais 2,2 mil vagas de vacinação para profissionais de saúde

 


Site vacina.saude.df.gov.br estará disponível a partir do meio-dia

A partir das 12h desta terça-feira (30), a Secretaria de Saúde disponibiliza novos agendamentos para profissionais de saúde de consultórios, clínicas, laboratórios, farmácias, funerárias e do Instituto Médico Legal. Serão liberadas 2,2 mil vagas para vacinação na quarta-feira (31). O agendamento será feito por meio do site vacina.saude.df.gov.br, exclusivamente para drive-thrus.

Poderão agendar os profissionais de saúde do Instituto Médico Legal (IML) e aqueles com registro nos seguintes conselhos e entidades representativas: biologia, nutrição, educação física, fisioterapia e terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, técnico de radiologia, enfermagem, medicina, odontologia, biomedicina, técnicos de laboratório, veterinária, serviço social, farmácia e agentes funerários.

É importante destacar que, durante o cadastro, caso o CPF do profissional não seja reconhecido pelo sistema, ele deverá procurar o órgão que o representa para atualização cadastral com a Secretaria de Saúde.

No local de vacinação é necessário levar documento de identificação com foto, registro profissional, comprovante de agendamento e o cartão de vacina. Caso não tenha o cartão de vacina, um novo será feito no local.

* Com informações do Iges/DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

Vias de acesso ao aeroporto vigiadas pelo Detran

 


Objetivo é dar mais segurança e fluidez ao trânsito no local, principalmente nos pontos de embarque e desembarque do terminal

Ao todo, são 17 câmeras instaladas na região aeroportuária e, por meio de uma parceria, o acesso ao sistema foi cedido ao Detran para a fiscalização de forma remota| Foto: Detran-DF

A partir do dia 5 de abril, a circulação de veículos nas vias do Aeroporto Internacional de Brasília será monitorada por um novo sistema de câmeras de vigilância, que permitirá a fiscalização de trânsito remota por agentes do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF).

O videomonitoramento tem o objetivo de organizar o trânsito e proporcionar maior fluidez nas vias daquela região. Para isso, o Detran implantou um centro de controle onde os agentes terão acesso às imagens do trânsito em tempo real e poderão aplicar penalidades.

“Não podemos estipular um tempo máximo de parada, portanto a fiscalização irá autuar, por estacionamento irregular, quando não for verificado o embarque ou desembarque de passageiros, mesmo que o condutor esteja aguardando dentro veículo”, explica Lúcio Lahm, Diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito .

Parceria

As câmeras foram adquiridas pela Inframérica, concessionária que administra o aeroporto, considerando a necessidade de reforçar a segurança por se tratar de um aeroporto internacional com uma base aérea militar e a crescente movimentação de veículos no local.

Ao todo, são 17 câmeras instaladas na região aeroportuária, e por meio de uma parceria, o acesso ao sistema foi cedido ao Detran, para a fiscalização de forma remota.

Segundo a Inframerica, dados de uma consultoria realizada em 2019, registraram que aproximadamente 1,5 milhão de veículos circulam pelo aeroporto, por ano, incluindo carros de passeio, táxis, veículos de transporte por aplicativos, ônibus e motos.

*Com informações do Detran-DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

Detran lança novo edital para retomar controle por pardais

 


Sessão pública para abertura do certame está marcada para o dia 5 de abril

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Os equipamentos eletrônicos do tipo pardal serão colocados em 148 locais definidos pelo Detran, totalizando 326 faixas monitoradas | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) publicou o Edital do Pregão Eletrônico nº 05/2021, para contratação de empresa especializada na prestação de serviços de monitoramento e gestão das informações de tráfego e fiscalização eletrônica nas vias urbanas do DF. Será usado o registrador eletrônico de infrações de trânsito do tipo REIT ll – pardal. A sessão pública para abertura do certame está prevista para ocorrer no dia 5 de abril de 2021.

De acordo com o novo edital, o pregão eletrônico será realizado na modalidade de menor preço e tem valor estimado em R$ 22.399.427,40 para 30 meses de execução dos serviços contratados. Conforme a licitação, equipamentos eletrônicos do tipo pardal serão colocados em 148 locais definidos pela autarquia, perfazendo um total de 326 faixas monitoradas.

“A nova gestão tem sempre procurado realizar as contratações dentro do menor preço possível, mas o valor inicialmente estimado em R$ 15 milhões, foi considerado inexequível pelas empresas, e o pregão restou fracassado”, explica o diretor-geral do Detran, Zélio Maia.

Por causa disso, o dirigente do Detran apontou que foi necessário realizar nova pesquisa de preços, de forma a lançar um novo edital com os valores atuais de mercado.

“Esperamos agora lograr êxito na contratação desse serviço para que possamos retomar, o quanto antes, a fiscalização nos 148 pontos cujos equipamentos foram retirados em novembro de 2020”, complementa.

A empresa contratada deverá operar equipamentos com tecnologia LPR (License Plate Recognition), que faz o Reconhecimento Automático de Placas de Veículos

Controle do fluxo

Além da fiscalização eletrônica para fins de autuação de condutores que infringem a legislação de trânsito, o contrato prevê a prestação de serviços de monitoramento e gestão das informações de tráfego, a exemplo de matriz de origem-destino, dados de fluxo, tempo médio de percurso e registro de congestionamento. Esses dados são utilizados pela autarquia para acompanhamento do fluxo de veículos e realização de estudos voltados à engenharia de trânsito.

Para isso, a empresa contratada deverá fornecer, instalar, operar e fazer a manutenção de equipamentos com tecnologia LPR (License Plate Recognition), que faz o Reconhecimento Automático de Placas de Veículos, utilizando recursos de OCR (Reconhecimento Óptico de Caracteres). Essa inovação também analisa as informações de tráfego, envia os dados ao Data Center do Detran, elabora inventários, registros, ordenação de dados de contagem volumétrica e classificatórios de veículos, além de gerar e emitir relatórios de autos de infração.

Histórico

O pregão eletrônico para contratação dos equipamentos de fiscalização eletrônica do tipo Pardal ocorreu em sessão pública no dia 31 de dezembro de 2020. Apenas duas empresas se cadastraram, não houve lances e o valor das propostas apresentadas estava acima do valor estimado no termo de referência.

Durante a negociação, a primeira empresa reduziu sua proposta até o valor estimado, porém, foi considerada inabilitada por não apresentar todos os documentos exigidos no edital. Ao convocar a segunda colocada, esta se recusou a reduzir o valor da proposta. Diante disso, o certame restou fracassado.

Medidas preventivas

Apesar da falta dos equipamentos de fiscalização eletrônica do tipo pardal, as vias urbanas do Distrito Federal contam com outros tipos de controladores de velocidade, como os avanços semafóricos e as barreiras eletrônicas.

Além disso, o Departamento tem intensificado a fiscalização com viaturas e drones em pontos de observação e patrulhamento nos locais mais críticos. Outra medida adotada pela autarquia tem sido a utilização de painéis móveis com mensagens de alerta aos condutores para não exceder a velocidade permitida.

*Com informações do Detran-DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

Brasília Ambiental e UnB reforçam ações em parceria

 


Autarquia e Museu do Cerrado trabalham juntos na busca de soluções de problemas socioambientais locais

O Instituto Brasília Ambiental e a Universidade de Brasília (UnB) firmaram parceria para trabalhar em prol de benefícios para o meio ambiente do Distrito Federal.  O instituto atua por meio da Unidade de Educação Ambiental (Educ); a UnB, pelo Museu do Cerrado. Ambos estão no Comitê Interinstitucional de Educação Ambiental (Ciea) com a tarefa de construir canais de diálogo para a efetiva implantação da Política Nacional de Educação Ambiental (Pnea).

“Essa parceria se propõe a divulgar, deixar mais conhecida a biodiversidade do nosso cerrado”Marcus Paredes, chefe da Educ/Brasília Ambiental

Um dos principais ganhos que o trabalho conjunto dos dois órgãos proporciona é a divulgação das ações da Educ do Brasília Ambiental. Todo o material educativo produzido é amplamente divulgado pelo Museu do Cerrado. Estão lá, à disposição da visitação virtual pela população, publicações como Guia de Parques, Guia de Unidades de Conservação, Manual do Biodetetive e todos os cartazes da coleção Eu Amo o cerrado, como Flores do cerrado, Aves do cerrado e Peixes do cerrado, entre outros.

O chefe da Educ, Marcus Paredes, explica que a educação ambiental é uma atividade multissetorial e multi-institucional, ou seja, todos podem fazer, desde que bem-orientados. “Partindo desse princípio, o objetivo principal dessa parceria é fazer com que as ações de EA [educação ambiental] tenham maior visibilidade e, dessa forma, sejam multiplicadas”, afirma. “Não preservamos aquilo que não amamos e não amamos aquilo que não conhecemos. Então, tendo a possibilidade de conhecer, a chance de gostarmos é bem maior, e essa parceria se propõe a divulgar, deixar mais conhecida a biodiversidade do nosso cerrado”.

Atuação conjunta

A diretora-geral do Museu do Cerrado, Rosângela Corrêa, ressalta a importância do trabalho conjunto. “Trabalhamos há anos com o Brasília Ambiental”, diz. “Não é preciso a assinatura de um contrato para que a parceria aconteça, até porque estamos juntos em diferentes instâncias de ação pública. Toda parceria é fundamental para fortalecermos as ações coletivas que são necessárias na solução dos problemas socioambientais locais”.

“O nosso museu não fecha portas, então temos que estar continuamente atualizando informações, notícias, exposições”Rosângela Corrêa, diretora do Museu do Cerrado

Na avaliação da gestora, o trabalho desenvolvido pelo Brasília Ambiental tem sido produtivo. “A divulgação desse trabalho no Museu do Cerrado amplia seu campo de ação, já que temos 11 mil acessos por mês de brasileiros e pessoas de outros países”, destaca.

Centro de referência 

O Museu do Cerrado é uma iniciativa da área de Educação Ambiental e Ecologia Humana da Faculdade de Educação da UnB. Foi criado em 18 de junho de 2017. Tem como missão ser um centro de referência nacional sobre o sistema biogeográfico do cerrado para divulgar e preservar os conhecimentos científicos, os saberes e os fazeres populares acerca da sociobiodiversidade, contribuindo para a formação de profissionais e cidadãos comprometidos com a cultura do cuidado e da sustentabilidade desse bioma.

Criado no ambiente virtual, o Museu do Cerrado tem o objetivo de alcançar o maior número de pessoas com diferentes idades e nichos. “Agora, com a pandemia, em que as pessoas devem ficar em casa, sempre que possível, os museus virtuais tomaram uma dimensão muito importante, pois mais pessoas estão interessadas em nos visitar”, observa Rosângela Corrêa. “O nosso museu não fecha portas, então temos que estar continuamente atualizando informações, notícias, exposições”.

O museu interage com a sociedade por meio de lives, exposições presenciais e virtuais, podcast, redes sociais – como Instagram e Facebook –  e correspondência com o público. É um espaço aberto para divulgação de informações/ações/projetos para a conservação, preservação, recuperação, valorização do patrimônio ecológico, arqueológico e cultural das tradições culturais dos povos do cerrado. Para tanto, oferece conteúdos audiovisuais, artigos, teses, livros, documentos, manifestações artísticas, materiais pedagógicos, entre outros trabalhos produzidos sobre o bioma.

Entre em contato com o Museu do Cerrado.

*Com informações do Brasília Ambiental


AGÊNCIA BRASÍLIA

Senadores pedem a novo ministro da Saúde campanha com orientações preventivas

 


Da Redação | 29/03/2021, 21h32

Os senadores pediram ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que seja implementada uma campanha nacional com orientações preventivas à população, diante de um cenário de vacinação lenta e crescente aumento do número de mortes em decorrência da covid-19. O pedido foi feito nesta segunda-feira (29), durante audiência pública remota promovida pela comissão temporária do Senado que acompanha a evolução da covid-19 no país. Além disso, os senadores também defenderam um discurso unificado que evidencie a posição do governo federal frente à pandemia.

Os senadores também destacaram suas preocupações com a sobrecarga na rede hospitalar, a escassez de medicamentos e insumos para pacientes internados com covid-19 e a possibilidade de colapso no fornecimento de oxigênio.

— A maior luz que nós podíamos ter seria o senhor [o ministro] falando na televisão, com todas as letras: "o governo orienta que façam isso, isso e aquilo" — disse o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR).

Durante a audiência, o ministro Marcelo Queiroga defendeu a intensificação de medidas sanitárias “eficientes para conter a propagação do vírus”. Entre elas, citou a conscientização sobre o uso de máscaras e o distanciamento social, além da formulação de uma política pública específica para o serviço de transporte público.

De acordo com o ministro, já está sendo providenciada uma campanha nacional com o intuito de propagar as recomendações defendidas por sua pasta. Quando questionado pelo relator da comissão, senador Wellington Fagundes (PL-MT), sobre a orientação relacionadas a medidas mais restritas de circulação de pessoas, Marcelo Queiroga respondeu que a decisão deve ficar a critério de cada estado ou município.

— Mas, do ponto de vista prático, para conseguirmos reduzir esta calamidade pública, nós temos de investir nas medidas de redução da circulação do vírus: evitar aglomerações, distanciamento social, uso das máscaras e, a critério de cada estado ou município, de acordo com a situação sanitária, aplicar medidas restritivas mais fortes, desde que caibam, até porque, nesta segunda onda, a situação está mais homogênea no Brasil, mas, no Amazonas, a situação já foi fortemente diminuída — afirmou o ministro.

Queiroga defendeu ainda a testagem em massa na rede pública, com a aplicação do teste considerado “padrão ouro” (o RT-PCR).   

Leitos de UTI

Os senadores ressaltaram o problema da sobrecarga na rede hospitalar, especialmente nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), é “urgente” a abertura de novos leitos de UTI porque alguns estados estariam com 100% da sua capacidade comprometida.

— Segundo dados do Ministério Público, nós temos 39 pessoas que precisam de leito de UTI neste momento, neste exato momento. Então é urgente a abertura de novos leitos de UTI — frisou ele ao relatar a situação no Amapá, estado que ele representa.

O ministro disse que as solicitações para habilitação de leitos de UTI encaminhadas pelos estados estão sendo atendidas pela pasta.

— Não houve nenhuma formalização de pedido para habilitação de leito de UTI no Amapá. Mas essa demanda agora já parte do senhor e de ofício nós já a aceitamos. Eu já vou determinar ao Rodrigo Cruz, que é o nosso secretário-executivo, para que tome as providências — respondeu Marcelo Queiroga.

Medicamentos e insumos

Os senadores também demonstraram preocupação com a escassez de medicamentos e insumos para pacientes internados devido à covid-19 — o chamado "kit intubação". Na avaliação do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), o Ministério da Saúde deveria reforçar medidas de fiscalização e acompanhamento para reduzir os custos e assegurar a distribuição dos produtos.

De acordo com Marcelo Queiroga, o fornecimento desse material é de responsabilidade dos municípios. Mas ele afirmou que, diante da situação de crise sanitária, “tem sido feita uma série de ações”. Entre elas, um convênio com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para monitorar os estoques da indústria farmacêutica e garantir uma simetria de preços dos insumos. Outra iniciativa, segundo ele, é a reposição de estoque de insumos com distribuição prevista para daqui a 15 dias. 

— Nós estamos em contato com a Organização Pan-Americana da Saúde [Opas, vinculada à Organização Mundial da Saúde] para adquirir esses insumos. A dificuldade é que não tem para hoje. Se a gente sair daqui com um avião Hércules hoje para buscar isso fora do país, nessa tratativa com a Opas, a gente não tem. Então, isso é algo que nós conseguiremos em aproximadamente 15 dias. Vamos fazer isso. Vamos recompor o estoque para ter mais uma tranquilidade em relação a esses insumos — declarou o ministro.

Oxigênio

Os senadores também abordaram, durante a audiência, a possibilidade de colapso no fornecimento de oxigênio em razão de sua dificuldade de transporte. Randolfe Rodrigues chegou a pedir apoio logístico do Ministério da Saúde para o transporte, ao Amapá, de 20 mil m³ de oxigênio oferecidos pela Venezuela.

Marcelo Queiroga se prontificou a buscar uma solução para a demanda. Segundo o ministro, o principal gargalo em relação ao fornecimento de oxigênio está ligado ao seu transporte e armazenamento adequado. Queiroga afirmou que já foram importados 13 caminhões para auxiliar nesse transporte, e que sua pasta já iniciou as tratativas com a indústria nacional para auxiliar na fabricação de cilindros.  

— Nós estamos trabalhando junto à indústria nacional ou até mesmo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo [Fiesp], por exemplo, para que sejam fabricados mais cilindros. Tratei pessoalmente com o presidente [da Fiesp] Paulo Skaf para que alguns cilindros que são usados na área industrial sejam alocados para o atendimento à saúde — frisou ele.

Secretaria extraordinária

O ministro disse que recebeu autonomia do presidente da República, Jair Bolsonaro, para montar uma equipe técnica, e anunciou a criação de uma secretaria extraordinária para concentrar os esforços da pasta no enfrentamento à pandemia.

— Há que existir um esforço também dos secretários municipais, dos secretários estaduais, para se somar aos do Ministério da Saúde. Não é só jogar a bomba aqui para a gente. Há que se participar. Não é tripartite? Então, vamos compartilhar as responsabilidades, porque o Ministério da Saúde não pode só ficar enxugando gelo também, senadores — declarou Queiroga.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado