segunda-feira, 29 de março de 2021

Mais de R$ 1 milhão investido no atendimento oncológico em Natal (RN)

 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO FEDERAL


A modernização do espaço aumenta a segurança dos pacientes e melhora as condições de assistência
Publicado em 29/03/2021 13h45

OHospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) - vinculada ao Ministério da Educação (MEC) -, conta agora com novo e mais moderno espaço para o atendimento de pacientes oncológicos. O investimento total foi de R$ 1,1 milhão, sendo a maior parte oriunda do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). O valor foi complementado com recursos de emenda parlamentar.

As melhorias incluem a instalação de sistema de climatização e ambiente para infusão de medicamentos quimioterápicos, com dois leitos e seis poltronas, além de quatro consultórios, sala de procedimentos, posto de enfermagem, farmácia e banheiros, que devem elevar tanto a segurança, conforto e comodidade dos pacientes quanto as condições de assistência das equipes profissionais.

De acordo com o gerente administrativo do hospital, Mauro Hiroshi Horie, o novo ambiente contribui para a melhoria da interação entre médicos e pacientes durante a infusão de quimioterápicos, além de melhorar o aproveitamento de espaço do hospital. “A transferência do ambiente de infusão para o prédio ambulatorial irá liberar duas enfermarias no andar da Oncologia no Edifício Central de Internação, o que significa um incremento de seis leitos destinados à internação de pacientes oncológicos.”


Com informações do Ministério da Educação

Laboratório de Análises Químicas recebe certificação internacional

 EXÉRCITO


Instituição se aproxima do objetivo de ser o primeiro laboratório designado pela OPAQ no Hemisfério Sul
Publicado em 29/03/2021 11h17
Laboratório de Análises Químicas recebe certificação internacional

O LAQ possui agora dois conceitos "A" consecutivos - Foto: Ministério da Defesa

OLaboratório de Análises Químicas (LAQ), do Instituto de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (IDQBRN), do Centro Tecnológico do Exército obteve conceito inédito em teste de certificação internacional. Alcançou conceito "A" no 48º Teste de Proficiência Oficial da Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ), promovido no segundo semestre de 2020.

O LAQ possui agora dois conceitos "A" consecutivos, conquista inédita para um representante do Grupo da América Latina e do Caribe (GRULAC) na história do teste oficial da OPAQ.

Uma sequência de três bons conceitos (AAA ou AAB) nesses testes constitui um dos requisitos para integrar a rede de laboratórios designados pela OPAQ para o recebimento e análise de amostras coletadas em situações reais.

Com o segundo "A" consecutivo, o Laboratório do Exército se aproxima do objetivo de integrar a rede de laboratórios designados pela OPAQ. Atualmente, existem apenas 25 laboratórios designados de países da América do Norte, Europa e Ásia. Ainda não há laboratório designado no Hemisfério Sul.


Com informações do Ministério da Defesa

Janela Única Aquaviária simplificará procedimentos e reduzirá a burocracia

 COMÉRCIO EXTERIOR


A ideia é que a racionalização de processos gere economia e contribua para aumentar a competitividade no setor
Publicado em 29/03/2021 11h05
Janela Única Aquaviária simplificará procedimentos e reduzirá a burocracia

O Janela Única Aquaviária integrará o Porto Sem Papel ao Portal Único de Comércio Exterior - Foto: Agência Brasil

Para simplificar o fluxo logístico das operações de comércio exterior feitas pelo modal aquaviário, será implantado o projeto Janela Única Aquaviária. O projeto reduzirá a burocracia e os custos, racionalizará processos e aumentará a competitividade do comércio exterior brasileiro.

O Janela Única Aquaviária integrará o Porto Sem Papel, do Ministério da Infraestrutura, ao Portal Único de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, eliminando redundâncias entre os dois sistemas e reduzindo o tempo dos processos e a burocracia para dar mais previsibilidade e segurança aos usuários.

Quando o projeto estiver totalmente implantado, o que deve ocorrer em 2023, estima-se uma economia de R$ 10 bilhões anuais para os operadores logísticos e de comércio exterior.

Integração

O Porto sem Papel é o sistema que traz a anuência da operação das embarcações nos portos brasileiros. E o Portal Único de Comércio Exterior faz a questão aduaneira, tratando a carga sob o olhar do comércio exterior.

“Buscamos a integração desses sistemas trazendo uma redução de custos, uma redução de ineficiências, de redundâncias, em benefício da cadeia logística, do comércio exterior. Isso vai trazer, sem dúvida alguma, uma potencialização, uma eficiência maior na operação de comércio exterior”, explicou o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni.

O secretário de Comércio Exterior substituto, do Ministério da Economia, Leonardo Diniz, destacou a importância de reduzir a burocracia. “A burocracia custa mais até do que, por exemplo, a média da tarifa de importação aplicada sobre os produtos importados pelo país. Ou seja, o custo da burocracia é maior até que o imposto de importação que incide sobre as operações.”

Etapas

Para que o projeto possa promover a melhoria do ambiente de negócios e atração de investimentos, o Janela Única Aquaviária será implantado em etapas progressivas.

O primeiro passo, se dará neste ano, com o mapeamento e o redesenho dos processos de carga e trânsito aquaviário, em parceria com o setor privado. A previsão é de que a Janela Única Aquaviária esteja totalmente implantada até 2023.

Resultado final será divulgado nesta segunda (29)

 ENEM


Os participantes do Enem 2020 poderão conferir as notas finais na Página do Participante ou no aplicativo do exame
Publicado em 29/03/2021 10h48
Resultado final será divulgado nesta segunda (29)

As notas individuais do Enem podem ser usadas para acesso à educação superior - Foto: Agência Brasil

Nesta segunda-feira, 29 de março, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizará as notas finais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, versão impressa, digital e do Exame Nacional do Ensino Médio para adultos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL). Os participantes poderão conferir os resultados individuais das provas na Página do Participante ou no aplicativo do exame, após as 18h (horário de Brasília).

Para ter acesso às notas, os participantes devem utilizar o login único do Governo Federal. Caso o aluno tenha esquecido a senha, o sistema permite recuperá-la. Basta inserir o CPF no campo indicado, selecionar avançar e clicar no link “Esqueci minha senha”. O sistema apresentará diversas formas para recuperar a conta (validação facial, bancos credenciados, internet banking, e-mail e celular), escolha uma das opções para receber o código de verificação e, em seguida, gere uma nova senha.

Além do resultado final da redação, que varia de zero a 1000, os participantes poderão conferir as notas individuais referentes às provas das quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.

As notas individuais do Enem podem ser usadas para acesso à educação superior, no Brasil e em instituições de Portugal, e também em programas governamentais de financiamento e apoio ao estudante. Os participantes podem ter mais informações sobre os programas que permitem o ingresso na educação superior no portal do Ministério da Educação.

O resultado do Enem 2020 impresso, para fins exclusivos de autoavaliação de conhecimentos do participante treineiro, será divulgado no dia 28 de maio de 2021, na Página do Participante e no aplicativo do exame.

Acesse a Página do Participante


Com informações do Ministério da Educação


Governo Federal 

Novos rumos para a Educação no Brasil

 ENTREVISTA


O novo Fundeb visa a priorizar a educação infantil e o ensino técnico profissionalizante e também aumenta a transparência dos recursos investidos
Publicado em 29/03/2021 10h30
Novos rumos para a Educação no Brasil

Secretário-executivo do Ministério da Educação, Victor Godoy - Foto: Ministério da Educação

Onovo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) passou por mudanças buscando melhorias no sistema educacional brasileiro. Agora prioriza a educação infantil e o ensino técnico profissionalizante e também aumenta a transparência dos recursos investidos.

O novo Fundeb, regulamentado na última segunda-feira (22), prevê o aumento gradativo da complementação da União dos atuais 10% para 23% em 2026. Já neste ano, o percentual alcançará os 12%. Em seguida, passará para 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; encerrando 2026 com 23%.

Saiba mais detalhes de como o novo Fundeb será aplicado em entrevista com o secretário-executivo do Ministério da Educação, Victor Godoy.

Qual é a previsão de aumento da contribuição da União para o Fundeb?

A Emenda Constitucional 108, de 2020, que tornou o Fundeb um fundo permanente, traz uma série de inovações, inclusive com a própria regulamentação depois. Uma delas é o aumento da participação federal na complementação dos recursos do fundo. Até o ano passado, a União ficava responsável por uma complementação de 10% dos valores arrecadados. Com o novo Fundeb, esse valor de 10% vai chegar a 23% até 2026. É um aumento escalonado, ano a ano. Este ano de 2021, serão 12% de complementação. E esse novo Fundeb traz algumas inovações importantes, em especial, a questão da transparência que foi muito trabalhada e fomento para a área de educação infantil e técnico profissionalizante. Nós temos também uma alteração na forma de distribuição destes recursos, alcançando municípios de estados que não recebiam complementação. Então é um novo fundo que traz uma série de inovações, inclusive com incentivos a indicadores de melhoria da qualidade da educação das localidades que também vai influenciar o nosso coeficiente de distribuição. É um avanço muito grande tanto com relação ao aumento da participação da União quanto com outras variáveis e condições que vão trazer uma melhor qualidade para a educação brasileira.

Como é composto o recurso do Fundeb?

Os recursos do Fundeb são compostos por uma cesta de impostos como o ICMS, IPI exportação, IPVA. 20% desses impostos estaduais e municipais são considerados para compor essa cesta. Então a cada estado, a cada município é feito esse cálculo, dessa arrecadação, uma estimativa. E com base na totalização desses valores entra então o cálculo da complementação da União. Esses valores depois são distribuídos de acordo com três componentes principais. A primeira que já existia é um cálculo do valor ano/aluno por estado. A gente faz uma média, pegamos a arrecadação total daquela região e calculamos o valor do aluno anual médio. Esse valor depois era utilizado para transferir 10% da complementação da União. A segunda componente, que vem com a inovação do novo Fundeb, é 10,5% que vai fazer a mesma lógica, mas agora olhando para os municípios. Com isso, a gente quebra uma barreira, porque, por exemplo, a gente tinha estados necessitados como Rio de Janeiro, Santa Catarina, que normalmente não recebiam a complementação da União, e agora esses municípios que são mais carentes dentro desses estados passam a poder receber recursos na proporção dos 10,5%. E, por fim, 2,5% que é a terceira componente, são recursos que vão ser distribuídos de acordo com os indicadores de resultados econômicos.

Como o novo Fundeb vai alterar a indicação de novos recursos?

Essa distribuição dos recursos é a grande novidade. Porque, como eu expliquei, o que acontecia é que alguns municípios que estavam em estados que não recebiam complementação passarão a poder receber esses recursos. Isso é muito importante porque hoje, se considerarmos o Fundeb e o Salário Educação, em média, isso representa para estados e municípios 80% de todos os recursos da Educação naquelas localidades. Aí vemos a importância que tem o Fundeb para os estados e municípios, em especial os municípios que têm arrecadações pequenas. Agora, a nossa expectativa é que a gente consiga justamente nos locais que precisamos de mais investimentos, de mais serviços educacionais, a gente consiga fazer esse apoio a esses municípios.

Como serão os investimentos do novo Fundeb para a educação infantil?

O novo Fundeb traz alguns incentivos para a gente fomentar a qualidade da nossa educação infantil. Daquela parcela de 10,5% que vai alcançar os municípios, quebrar a fronteira dos estados, 50% desse valor tem que ser aplicado necessariamente em educação infantil, justamente uma etapa da educação que a gente tem mais carência de oferta nessas localidades. Este é o incentivo que estamos dando. Também tem incentivos em relação ao ensino técnico profissionalizante, outra prioridade do Ministério da Educação. A gente prevê, por exemplo, no cálculo dos coeficientes, a matrícula na educação profissionalizante conta duas vezes. Então isso dá um efeito justamente no coeficiente de distribuição desses recursos. Então, são incentivos para educação infantil e para o ensino técnico profissionalizante. Duas pontas que queremos fomentar e incrementar o número de matrículas e mudar inclusive uma cultura que existe no Brasil que é uma falta de valorização do ensino técnico profissionalizante, que, em outros países que são extremamente bem-sucedidos nesta etapa da educação, mostram que isso traz um resultado para o setor produtivo, para a economia, para a vida das pessoas muito positivo. E a gente está precisando fazer esse movimento no Brasil.

O senhor pode comentar os instrumentos para aumentar a transparência para os gastos com o Fundeb?

Gostaria de destacar o movimento que foi feito pelo Ministério da Educação, em conjunto com órgãos de controle, de buscar aumentar a transparência desses gastos do Fundeb. Esta nova regulamentação traz a obrigatoriedade de que os bancos e o FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] divulguem em seus sites as informações dos extratos dessas contas bancárias. As contas que recebem os recursos lá na ponta vão ter uma transparência para toda a sociedade, de saber onde foi aplicado aquele recurso, quem recebeu. Isso é muito importante porque fomenta a participação da sociedade no controle social, facilita o trabalho dos órgãos de controle e o acompanhamento que é feito das políticas educacionais pelo Ministério da Educação.


Governo Federal 

Anvisa recebe pedido para testes da primeira vacina brasileira

 BRASIL IMUNIZADO


Imunizante financiado pelo Governo Federal está sendo desenvolvido em parceria por duas empresas e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP)
Publicado em 26/03/2021 19h06 Atualizado em 26/03/2021 20h41
Anvisa recebe pedido para testes da primeira vacina brasileira

Titulares do MCTI, Marcos Pontes, e da Saúde, Marcelo Queiroga, seguram documento de protocolização. - Foto: Isac Nóbrega/PR

AAgência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido para estudo das fases 1 e 2 da vacina Versamune®️-CoV-2FC. A primeira vacina brasileira, financiada pelo Governo Federal, está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) em parceria com a empresa Farmacore e PDS Biotechnology, dos Estados Unidos.

Em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, destacou a importância do desenvolvimento de tecnologias suficientes para a criação de uma vacina totalmente brasileira. “O ministério investiu em 15 protocolos, tecnologias diferentes de vacinas aqui no Brasil. Temos cientistas de altíssimo gabarito no nosso país. Confiem na ciência brasileira.”

Segundo o ministro, a fabricação nacional de um imunizante contra o coronavírus é estratégico, e pode ser aplicada em outras doenças. “Primeiro, porque existem mutações de vírus, então tendo o controle completo da vacina podemos adaptar isso com a nossa tecnologia. Segundo, porque fica mais barato. Terceiro, lembrar que o desenvolvimento dessas tecnologias vai apoiar, não só a vacina da Covid, mas também teremos a tecnologia para desenvolver rapidamente outras vacinas nacionais para outras pandemias e, finalmente, isso é uma estratégia de soberania nacional”, afirmou.

Em fevereiro de 2020, o ministério criou a RedeVírus MCTI, um fórum de assessoramento científico de caráter consultivo, para auxiliar na definição de diretrizes e prioridades no combate ao coronavírus pela pasta. E, a partir daí, foram feitos investimentos em pesquisas para, por exemplo, testes de diagnóstico e vacina.

Fase de testes

A Anvisa informou que a análise considerará a proposta do estudo, o número de participantes e os dados de segurança obtidos até o momento nos estudos pré-clínicos que são feitos em laboratório e animais.

O pedido de autorização para os testes clínicos das fases 1 e 2, ou seja, testes em um pequeno grupo de pessoas, foi protocolado na Anvisa nessa quinta-feira (25).

“Este protocolo não é simples de chegar nesta fase e já temos recursos para financiar esses testes pré-clínicos. Serão feitos em 360 pessoas. Estes testes são feitos para testar a segurança da vacina. Logo depois entram testes clínicos fase 3, que aí são feitos com 20, 30 mil pessoas para testar a eficiência da vacina”, explicou Marcos Pontes.

Vacinação e Proteção

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância da vacinação em massa para frear o coronavírus no Brasil. “O importante é vacinar a população brasileira. Este é o principal ativo para por fim à crise, que é o que todos nós queremos. O Brasil já tem acertado mais de 500 milhões de doses de vacina, é o quinto país do mundo que mais vacina”, ressaltou.

CGU aponta falhas na articulação de políticas do governo para a primeira infância

POLÍTICA DF

Estudo feito pelo órgão e debatido em audiência pública também revela falta de transparência: das 117 ações mapeadas, em 103 (88% delas) não foi possível identificar quanto e como os recursos são usados

29/03/2021 - 15:58  


Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Avaliação da CGU sobre ações ministeriais voltadas à Primeira Infância. Coordenador-Geral de Auditoria das Áreas de Educação Básica, Cidadania e Turismo - CGEBC-CGU, Gutemberg Assunção Vieira
Gutemberg Vieira: ações sem coordenação aumentam risco de ineficiência do gasto público

Em meio às comemorações dos cinco anos do Marco Legal da Primeira Infância, uma avaliação feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre as políticas públicas para o setor não traz resultados animadores. O levantamento mostra que muitas vezes não há uma definição clara das ações para as crianças de até 6 anos de idade e que falta também coordenação entre os vários segmentos que lidam com o tema no governo federal.

Os dados foram debatidos nesta segunda-feira (29) durante audiência pública da comissão externa da Câmara dos Deputados que analisa políticas voltadas à primeira infância. Os números da CGU se concentram em 117 ações de seis ministérios (Cidadania; Educação; Justiça e Segurança Pública; Mulher, Família e Direitos Humanos; Saúde; e Turismo). Segundo o levantamento, 48% delas não possuem coleta de dados, monitoramento ou avaliação satisfatórios; 79% não têm os resultados divulgados; e 88% não possuem informações acessíveis sobre os valores aplicados.

De acordo com Gutemberg Vieira, responsável pela área de auditorias sobre Educação Básica, Cidadania e Turismo da CGU, 30 ações envolvem mais de um ministério, mas existem fragilidades na articulação entre eles.

“Se as medidas fossem devidamente integradas, seus objetivos em conjunto seriam maximizados. Agora, se os setores atuam isolados, se eles não são coordenados, a gente tem um risco de ineficiência do gasto público”, afirmou.

Parâmetros
A CGU fez estudos específicos sobre dois parâmetros do Marco Legal da Primeira Infância: as visitas domiciliares e a educação infantil. Na análise sobre as visitas que fazem parte do programa Criança Feliz, por exemplo, faltaram indicadores para o acompanhamento das ações e foi constatada baixa capacitação das equipes.

No levantamento sobre o Proinfância, política pública de construção de creches, os resultados revelaram que só 50% das obras foram concluídas. Apesar de 21% delas terem sido canceladas, R$ 124 milhões ainda não foram devolvidos.

Fiscalização
Coordenadora da comissão externa, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) disse que o objetivo do colegiado é fiscalizar as ações que resultem em maior oferta de vagas para a educação infantil e que há uma preocupação especial com as obras inacabadas.

“A primeira infância é uma etapa decisiva para o formação do ser humano. É preciso garantir o acesso dessas crianças à escola, sob pena de toda a sociedade ser penalizada caso isso não aconteça.”

Orçamento
Representante da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, organização que defende as políticas para a primeira infância, Heloísa Oliveira pediu prioridade no orçamento para o setor.

“É necessário se pensar em um mecanismo de financiamento de longo prazo, pois o Plano Nacional de Educação orienta a ampliação da oferta da educação infantil para, no mínimo, 50% das crianças de 0 a 3 anos e, na pré-escola, a gente tem o desafio da universalização para as crianças de 4 e 5 anos”, declarou. “Em 2019, a gente tinha mais de 320 mil crianças ainda fora da pré-escola.”

Heloísa Oliveira lembrou mais duas urgências: a regulamentação dos fatores de ponderação do Fundeb para definir a distribuição de recursos a cada etapa de ensino; e o estímulo à criação dos planos municipais da primeira infância.

Reportagem - Cláudio Ferreira
Edição - Marcelo Oliveira




Fonte: Agência Câmara de Notícias

Portugal prorroga suspensão de voos da Grã-Bretanha e do Brasil

 


Medida agora vale até meados de abril

Publicado em 29/03/2021 - 08:40 Por Patricia Vicente Rua - Repórter da Reuters - Lisboa

Reuters

Portugal prorrogou nesta segunda-feira (29) uma suspensão dos voos de e para a Grã-Bretanha e o Brasil até 15 de abril, sendo permitidos apenas voos humanitários e de repatriamento, disse o Ministério da Administração Interna português em comunicado.

O país, que até agora relatou 16.837 mortes e 820.407 casos de covid-19, suspendeu os voos de e para o Brasil e o Reino Unido em janeiro para evitar a propagação de variantes do coronavírus.

A nova variante, inicialmente descoberta na Grã-Bretanha, foi parcialmente responsável por um aumento devastador no número de casos no início de 2021, colocando os hospitais sob forte tensão. A situação melhorou drasticamente desde então.

Os passageiros autorizados a regressar a Portugal, provenientes da Grã-Bretanha ou do Brasil, bem como da África do Sul, têm de apresentar teste negativo realizado no máximo 72 horas antes da partida e de quarentena durante 14 dias.

Está agora em vigor plano para aliviar gradualmente um bloqueio nacional imposto em 15 de janeiro para enfrentar o que então era o pior surto de covid-19 do mundo, mas as autoridades disseram que dariam um passo atrás se necessário.



Por Patricia Vicente Rua - Repórter da Reuters - Lisboa

Reuters