segunda-feira, 29 de março de 2021

Novos rumos para a Educação no Brasil

 ENTREVISTA


O novo Fundeb visa a priorizar a educação infantil e o ensino técnico profissionalizante e também aumenta a transparência dos recursos investidos
Publicado em 29/03/2021 10h30
Novos rumos para a Educação no Brasil

Secretário-executivo do Ministério da Educação, Victor Godoy - Foto: Ministério da Educação

Onovo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) passou por mudanças buscando melhorias no sistema educacional brasileiro. Agora prioriza a educação infantil e o ensino técnico profissionalizante e também aumenta a transparência dos recursos investidos.

O novo Fundeb, regulamentado na última segunda-feira (22), prevê o aumento gradativo da complementação da União dos atuais 10% para 23% em 2026. Já neste ano, o percentual alcançará os 12%. Em seguida, passará para 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; encerrando 2026 com 23%.

Saiba mais detalhes de como o novo Fundeb será aplicado em entrevista com o secretário-executivo do Ministério da Educação, Victor Godoy.

Qual é a previsão de aumento da contribuição da União para o Fundeb?

A Emenda Constitucional 108, de 2020, que tornou o Fundeb um fundo permanente, traz uma série de inovações, inclusive com a própria regulamentação depois. Uma delas é o aumento da participação federal na complementação dos recursos do fundo. Até o ano passado, a União ficava responsável por uma complementação de 10% dos valores arrecadados. Com o novo Fundeb, esse valor de 10% vai chegar a 23% até 2026. É um aumento escalonado, ano a ano. Este ano de 2021, serão 12% de complementação. E esse novo Fundeb traz algumas inovações importantes, em especial, a questão da transparência que foi muito trabalhada e fomento para a área de educação infantil e técnico profissionalizante. Nós temos também uma alteração na forma de distribuição destes recursos, alcançando municípios de estados que não recebiam complementação. Então é um novo fundo que traz uma série de inovações, inclusive com incentivos a indicadores de melhoria da qualidade da educação das localidades que também vai influenciar o nosso coeficiente de distribuição. É um avanço muito grande tanto com relação ao aumento da participação da União quanto com outras variáveis e condições que vão trazer uma melhor qualidade para a educação brasileira.

Como é composto o recurso do Fundeb?

Os recursos do Fundeb são compostos por uma cesta de impostos como o ICMS, IPI exportação, IPVA. 20% desses impostos estaduais e municipais são considerados para compor essa cesta. Então a cada estado, a cada município é feito esse cálculo, dessa arrecadação, uma estimativa. E com base na totalização desses valores entra então o cálculo da complementação da União. Esses valores depois são distribuídos de acordo com três componentes principais. A primeira que já existia é um cálculo do valor ano/aluno por estado. A gente faz uma média, pegamos a arrecadação total daquela região e calculamos o valor do aluno anual médio. Esse valor depois era utilizado para transferir 10% da complementação da União. A segunda componente, que vem com a inovação do novo Fundeb, é 10,5% que vai fazer a mesma lógica, mas agora olhando para os municípios. Com isso, a gente quebra uma barreira, porque, por exemplo, a gente tinha estados necessitados como Rio de Janeiro, Santa Catarina, que normalmente não recebiam a complementação da União, e agora esses municípios que são mais carentes dentro desses estados passam a poder receber recursos na proporção dos 10,5%. E, por fim, 2,5% que é a terceira componente, são recursos que vão ser distribuídos de acordo com os indicadores de resultados econômicos.

Como o novo Fundeb vai alterar a indicação de novos recursos?

Essa distribuição dos recursos é a grande novidade. Porque, como eu expliquei, o que acontecia é que alguns municípios que estavam em estados que não recebiam complementação passarão a poder receber esses recursos. Isso é muito importante porque hoje, se considerarmos o Fundeb e o Salário Educação, em média, isso representa para estados e municípios 80% de todos os recursos da Educação naquelas localidades. Aí vemos a importância que tem o Fundeb para os estados e municípios, em especial os municípios que têm arrecadações pequenas. Agora, a nossa expectativa é que a gente consiga justamente nos locais que precisamos de mais investimentos, de mais serviços educacionais, a gente consiga fazer esse apoio a esses municípios.

Como serão os investimentos do novo Fundeb para a educação infantil?

O novo Fundeb traz alguns incentivos para a gente fomentar a qualidade da nossa educação infantil. Daquela parcela de 10,5% que vai alcançar os municípios, quebrar a fronteira dos estados, 50% desse valor tem que ser aplicado necessariamente em educação infantil, justamente uma etapa da educação que a gente tem mais carência de oferta nessas localidades. Este é o incentivo que estamos dando. Também tem incentivos em relação ao ensino técnico profissionalizante, outra prioridade do Ministério da Educação. A gente prevê, por exemplo, no cálculo dos coeficientes, a matrícula na educação profissionalizante conta duas vezes. Então isso dá um efeito justamente no coeficiente de distribuição desses recursos. Então, são incentivos para educação infantil e para o ensino técnico profissionalizante. Duas pontas que queremos fomentar e incrementar o número de matrículas e mudar inclusive uma cultura que existe no Brasil que é uma falta de valorização do ensino técnico profissionalizante, que, em outros países que são extremamente bem-sucedidos nesta etapa da educação, mostram que isso traz um resultado para o setor produtivo, para a economia, para a vida das pessoas muito positivo. E a gente está precisando fazer esse movimento no Brasil.

O senhor pode comentar os instrumentos para aumentar a transparência para os gastos com o Fundeb?

Gostaria de destacar o movimento que foi feito pelo Ministério da Educação, em conjunto com órgãos de controle, de buscar aumentar a transparência desses gastos do Fundeb. Esta nova regulamentação traz a obrigatoriedade de que os bancos e o FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] divulguem em seus sites as informações dos extratos dessas contas bancárias. As contas que recebem os recursos lá na ponta vão ter uma transparência para toda a sociedade, de saber onde foi aplicado aquele recurso, quem recebeu. Isso é muito importante porque fomenta a participação da sociedade no controle social, facilita o trabalho dos órgãos de controle e o acompanhamento que é feito das políticas educacionais pelo Ministério da Educação.


Governo Federal 

Anvisa recebe pedido para testes da primeira vacina brasileira

 BRASIL IMUNIZADO


Imunizante financiado pelo Governo Federal está sendo desenvolvido em parceria por duas empresas e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP)
Publicado em 26/03/2021 19h06 Atualizado em 26/03/2021 20h41
Anvisa recebe pedido para testes da primeira vacina brasileira

Titulares do MCTI, Marcos Pontes, e da Saúde, Marcelo Queiroga, seguram documento de protocolização. - Foto: Isac Nóbrega/PR

AAgência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido para estudo das fases 1 e 2 da vacina Versamune®️-CoV-2FC. A primeira vacina brasileira, financiada pelo Governo Federal, está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) em parceria com a empresa Farmacore e PDS Biotechnology, dos Estados Unidos.

Em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, destacou a importância do desenvolvimento de tecnologias suficientes para a criação de uma vacina totalmente brasileira. “O ministério investiu em 15 protocolos, tecnologias diferentes de vacinas aqui no Brasil. Temos cientistas de altíssimo gabarito no nosso país. Confiem na ciência brasileira.”

Segundo o ministro, a fabricação nacional de um imunizante contra o coronavírus é estratégico, e pode ser aplicada em outras doenças. “Primeiro, porque existem mutações de vírus, então tendo o controle completo da vacina podemos adaptar isso com a nossa tecnologia. Segundo, porque fica mais barato. Terceiro, lembrar que o desenvolvimento dessas tecnologias vai apoiar, não só a vacina da Covid, mas também teremos a tecnologia para desenvolver rapidamente outras vacinas nacionais para outras pandemias e, finalmente, isso é uma estratégia de soberania nacional”, afirmou.

Em fevereiro de 2020, o ministério criou a RedeVírus MCTI, um fórum de assessoramento científico de caráter consultivo, para auxiliar na definição de diretrizes e prioridades no combate ao coronavírus pela pasta. E, a partir daí, foram feitos investimentos em pesquisas para, por exemplo, testes de diagnóstico e vacina.

Fase de testes

A Anvisa informou que a análise considerará a proposta do estudo, o número de participantes e os dados de segurança obtidos até o momento nos estudos pré-clínicos que são feitos em laboratório e animais.

O pedido de autorização para os testes clínicos das fases 1 e 2, ou seja, testes em um pequeno grupo de pessoas, foi protocolado na Anvisa nessa quinta-feira (25).

“Este protocolo não é simples de chegar nesta fase e já temos recursos para financiar esses testes pré-clínicos. Serão feitos em 360 pessoas. Estes testes são feitos para testar a segurança da vacina. Logo depois entram testes clínicos fase 3, que aí são feitos com 20, 30 mil pessoas para testar a eficiência da vacina”, explicou Marcos Pontes.

Vacinação e Proteção

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância da vacinação em massa para frear o coronavírus no Brasil. “O importante é vacinar a população brasileira. Este é o principal ativo para por fim à crise, que é o que todos nós queremos. O Brasil já tem acertado mais de 500 milhões de doses de vacina, é o quinto país do mundo que mais vacina”, ressaltou.

CGU aponta falhas na articulação de políticas do governo para a primeira infância

POLÍTICA DF

Estudo feito pelo órgão e debatido em audiência pública também revela falta de transparência: das 117 ações mapeadas, em 103 (88% delas) não foi possível identificar quanto e como os recursos são usados

29/03/2021 - 15:58  


Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Avaliação da CGU sobre ações ministeriais voltadas à Primeira Infância. Coordenador-Geral de Auditoria das Áreas de Educação Básica, Cidadania e Turismo - CGEBC-CGU, Gutemberg Assunção Vieira
Gutemberg Vieira: ações sem coordenação aumentam risco de ineficiência do gasto público

Em meio às comemorações dos cinco anos do Marco Legal da Primeira Infância, uma avaliação feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre as políticas públicas para o setor não traz resultados animadores. O levantamento mostra que muitas vezes não há uma definição clara das ações para as crianças de até 6 anos de idade e que falta também coordenação entre os vários segmentos que lidam com o tema no governo federal.

Os dados foram debatidos nesta segunda-feira (29) durante audiência pública da comissão externa da Câmara dos Deputados que analisa políticas voltadas à primeira infância. Os números da CGU se concentram em 117 ações de seis ministérios (Cidadania; Educação; Justiça e Segurança Pública; Mulher, Família e Direitos Humanos; Saúde; e Turismo). Segundo o levantamento, 48% delas não possuem coleta de dados, monitoramento ou avaliação satisfatórios; 79% não têm os resultados divulgados; e 88% não possuem informações acessíveis sobre os valores aplicados.

De acordo com Gutemberg Vieira, responsável pela área de auditorias sobre Educação Básica, Cidadania e Turismo da CGU, 30 ações envolvem mais de um ministério, mas existem fragilidades na articulação entre eles.

“Se as medidas fossem devidamente integradas, seus objetivos em conjunto seriam maximizados. Agora, se os setores atuam isolados, se eles não são coordenados, a gente tem um risco de ineficiência do gasto público”, afirmou.

Parâmetros
A CGU fez estudos específicos sobre dois parâmetros do Marco Legal da Primeira Infância: as visitas domiciliares e a educação infantil. Na análise sobre as visitas que fazem parte do programa Criança Feliz, por exemplo, faltaram indicadores para o acompanhamento das ações e foi constatada baixa capacitação das equipes.

No levantamento sobre o Proinfância, política pública de construção de creches, os resultados revelaram que só 50% das obras foram concluídas. Apesar de 21% delas terem sido canceladas, R$ 124 milhões ainda não foram devolvidos.

Fiscalização
Coordenadora da comissão externa, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) disse que o objetivo do colegiado é fiscalizar as ações que resultem em maior oferta de vagas para a educação infantil e que há uma preocupação especial com as obras inacabadas.

“A primeira infância é uma etapa decisiva para o formação do ser humano. É preciso garantir o acesso dessas crianças à escola, sob pena de toda a sociedade ser penalizada caso isso não aconteça.”

Orçamento
Representante da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, organização que defende as políticas para a primeira infância, Heloísa Oliveira pediu prioridade no orçamento para o setor.

“É necessário se pensar em um mecanismo de financiamento de longo prazo, pois o Plano Nacional de Educação orienta a ampliação da oferta da educação infantil para, no mínimo, 50% das crianças de 0 a 3 anos e, na pré-escola, a gente tem o desafio da universalização para as crianças de 4 e 5 anos”, declarou. “Em 2019, a gente tinha mais de 320 mil crianças ainda fora da pré-escola.”

Heloísa Oliveira lembrou mais duas urgências: a regulamentação dos fatores de ponderação do Fundeb para definir a distribuição de recursos a cada etapa de ensino; e o estímulo à criação dos planos municipais da primeira infância.

Reportagem - Cláudio Ferreira
Edição - Marcelo Oliveira




Fonte: Agência Câmara de Notícias

Portugal prorroga suspensão de voos da Grã-Bretanha e do Brasil

 


Medida agora vale até meados de abril

Publicado em 29/03/2021 - 08:40 Por Patricia Vicente Rua - Repórter da Reuters - Lisboa

Reuters

Portugal prorrogou nesta segunda-feira (29) uma suspensão dos voos de e para a Grã-Bretanha e o Brasil até 15 de abril, sendo permitidos apenas voos humanitários e de repatriamento, disse o Ministério da Administração Interna português em comunicado.

O país, que até agora relatou 16.837 mortes e 820.407 casos de covid-19, suspendeu os voos de e para o Brasil e o Reino Unido em janeiro para evitar a propagação de variantes do coronavírus.

A nova variante, inicialmente descoberta na Grã-Bretanha, foi parcialmente responsável por um aumento devastador no número de casos no início de 2021, colocando os hospitais sob forte tensão. A situação melhorou drasticamente desde então.

Os passageiros autorizados a regressar a Portugal, provenientes da Grã-Bretanha ou do Brasil, bem como da África do Sul, têm de apresentar teste negativo realizado no máximo 72 horas antes da partida e de quarentena durante 14 dias.

Está agora em vigor plano para aliviar gradualmente um bloqueio nacional imposto em 15 de janeiro para enfrentar o que então era o pior surto de covid-19 do mundo, mas as autoridades disseram que dariam um passo atrás se necessário.



Por Patricia Vicente Rua - Repórter da Reuters - Lisboa

Reuters

Remoção de porta-contêineres da margem pode liberar Canal de Suez

 


Estima-se que a navegação seja retomada ainda hoje

Publicado em 29/03/2021 - 09:18 Por RTP - Lisboa

RTP - Rádio e Televisão de Portugal

O navio de transporte de contêineres Ever Given já não está atravessado no Canal de Suez e estima-se que a navegação seja retomada ainda hoje (29). As autoridades egípcias informaram que 367 navios aguardam passagem.

O navio Ever Given, com 400 metros e 200 mil toneladas, foi removido da margem, onde permanecia encalhado há seis dias. Para aliviar a carga, funcionários do canal retiraram cerca de 20 mil contêineres.

As manobras de rebocadores dirigidas por uma empresa holandesa, especialista em resgates de embarcações, conseguiram corrigir a posição do navio em 80%. 

O porta-contêineres já flutua e está agora quase paralelo às margens, com a popa afastada da costa quase 100 metros. Assim que seja movido para uma secção mais larga do canal, será permitida a navegabilidade, adiantam as autoridades locais, citadas na BBC.

As equipes de resgate esperam a maré cheia para retomar os trabalhos.

A interrupção do Canal de Suez tem impacto em cerca de 12% do comércio global. O canal permite uma ligação mais curta entre a Ásia e a Europa, por meio do Mediterrâneo. A rota alternativa é contornar o Continente africano, pelo extremo sul, circuito que demora pelo menos mais duas semanas.

O acidente também está influenciando o preço do petróleo. O barril já ultrapassava os US$ 53 no fim da semana passada.

O Ever Given está a serviço de uma empresa de Taiwan. Uma tempestade de areia e ventos fortes podem ter sido a causa do desvio do curso, contra a margem. 

Há cerca de uma semana a embarcação estava encalhada, impedindo a circulação de uma das rotas mais movimentadas do mundo.



Por RTP - Lisboa

RTP - Rádio e Televisão de Portugal

Presidente da Comissão Europeia pede fim de "atrocidades" em Myanmar

 


No fim de semana, mais de 120 civis foram mortos em manifestações

Publicado em 29/03/2021 - 09:47 Por Agência Brasil* - Brasília

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou hoje (29) que as "atrocidades" em Myanmar (antiga Birmânia) devem "parar agora", após um fim de semana em que as autoridades birmanesas mataram cerca de 120 civis.

"Condeno veementemente a violência perpetrada contra o povo do Myanmar. As atrocidades têm de parar agora", diz Von der Leyen em sua conta no Twitter. 

Ela acrescentou que a União Europeia (UE) está trabalhando com seus parceiros a fim de "parar com essa violência contra o próprio povo de Myanmar", criar um "processo político adequado" e "libertar todos os detidos".

A mensagem de Ursula von der Leyen surge após, no domingo, o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, ter também apelado ao fim da "tragédia" e qualificado o dia de sábado - quando foram mortas pelo menos 116 pessoas - como de "horror e vergonha".

"Estou acompanhando os acontecimentos preocupantes em Myanmar. O aumento da violência, com mais de 100 assassinatos de civis, perpetrados pelos militares contra o seu próprio povo no Dia das Forças Armadas, é inaceitável", afirma o chefe da diplomacia europeia em nota. 

Ele apela aos líderes militares de Myanmar para que abdiquem do que qualifica de "caminho sem sentido". Josep Borrell reiterou a condenação da UE à "violência insensível contra o povo de Myanmar".

"Continuaremos a utilizar os mecanismos da UE, incluindo sanções, para atingir os que praticam essa violência e os responsáveis pelo retrocesso no caminho democrático e pacífico do Myanmar", destaca Borell.

O alto representante diz ainda que os responsáveis pelas "violações sérias dos direitos humanos" têm de ser responsabilizados pelos seus atos. 

O número total de mortos devido à violência militar e policial contra manifestantes e civis na Birmânia chega a 423, de acordo com a Associação para a Assistência a Presos Políticos.

Segundo o portal de notícias local Myanmar Now, o número de mortos no sábado, o dia mais "sangrento" desde o golpe militar em 1º de fevereiro, foi pelo menos 116. No sábado, a capital recebia uma parada militar para marcar o Dia das Forças Armadas.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), das 423 pessoas mortas, pelo menos 35 são crianças.

Os manifestantes exigem que o Exército, que governou o país com mão de ferro entre 1962 e 2011, restaure a democracia e reconheça os resultados das eleições de novembro. Pedem a libertação de todos os detidos pelos militares, incluindo a líder Aung San Suu Kyi.

Os militares tomaram o poder alegando fraude eleitoral nas eleições legislativas de novembro, vencidas por larga margem pelo partido da líder deposta e Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi e declaradas legítimas pelos observadores internacionais.

Desde o golpe, a Junta Militar já deteve mais de 3 mil pessoas, incluindo Suu Kyi e grande parte do seu governo.

Diante do que qualifica de "brutal repressão" na sequência do golpe militar, a UE impôs, na segunda-feira passada (22), medidas restritivas contra 11 pessoas que considera responsáveis pelo golpe militar, entre elas o chefe da Junta Militar, o general Min Aung Hlaing.

As sanções decretadas pelos 27 países do bloco são dirigidas a dez das mais altas patentes das Forças Armadas birmanesas e ao presidente da Comissão Eleitoral, e consistem numa interdição de viajar para ou pela UE e no congelamento dos seus bens e recursos.

*Com informações da RTP - Rádio e Televisão de Portugal

Edição: Graça Adjuto


Por Agência Brasil* - Brasília

Pandemia: Inglaterra ameniza lockdown, mas premiê Johnson pede cautela

 


Outros países da Europa lutam contra terceira onda de covid-19

Publicado em 29/03/2021 - 14:34 Por Costas Pitas e Alistair Smout - Londres

Reuters

A ordem para permanência em casa do lockdown da Inglaterra terminou nesta segunda-feira (29), e as pessoas podem se reunir ao ar livre em grupos de até seis pela primeira vez em quase três meses. Mesmo assim, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu cautela devido ao crescimento de casos de coronavírus na Europa.

Johnson anunciou um terceiro lockdown nacional na Inglaterra em 4 de janeiro, mas diz que planeja seguir adiante com uma estratégia "cautelosa e irreversível" de afrouxamento das restrições, sustentada por uma distribuição rápida de vacinas contra covid-19.

É um contraste com a maior parte da Europa, à medida que Alemanha e França estão entre os países que lutam contra uma terceira onda de alta nas infecções e hospitalizações por covid-19.

Johnson também alertou que as variantes do novo coronavírus representam um risco para a distribuição de vacinas do Reino Unido, que é a quarta mais veloz do mundo, só atrás de Israel, Emirados Árabes Unidos e Chile.

"Precisamos continuar cautelosos com casos aumentando através da Europa e novas variantes ameaçando nossa distribuição de vacinas", disse o premiê.

"Apesar dos relaxamentos de hoje, todos devem continuar a se ater às regras, lembrar de mãos, rosto e ir tomar vacina quando convocados", acrescentou.

Instalações esportivas ao ar livre, como piscinas e quadras de tênis e basquete, poderão ser usadas a partir desta segunda-feira com limites aos contatos sociais.

Mas mudanças mais substanciais, como a reabertura do varejo não essencial e negócios de hospitalidade ao ar livre, acontecerão só depois de 12 de abril, na melhor das hipóteses.



Por Costas Pitas e Alistair Smout - Londres

Reuters

Agências do INSS não abrirão onde feriados foram antecipados

 


Atendimentos presenciais serão remarcados

Publicado em 29/03/2021 - 09:26 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

As agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não abrirão nas cidades em que os governos locais anteciparam feriados e pontos facultativos, como medida de combate à pandemia. A portaria prevendo a medida foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (29).

Em nota publicada na sexta-feira (26), o instituto informou que suspenderia o atendimento presencial em São Paulo e no Rio de Janeiro até 1º de abril, seguindo os decretos locais de antecipação de feriados.

O instituto informou também que está entrando em contato com os segurados que tinham atendimento agendados para o período, para reagendar o horário. No entanto, alerta que alguns contatos podem ser inviabilizados devido a desatualizações nos cadastros: “Caso não receba nenhuma ligação do instituto, o segurado que possui horário agendado de 26 de março a 1º de abril deve ligar para o telefone 135 e remarcar o atendimento. O INSS orienta os segurados a não se dirigirem às agências durante esse período”.

Norte e Centro-Oeste

O INSS acrescenta que, após duas semanas com o atendimento suspenso, reabrirá suas agências nas regiões Norte e Centro-Oeste – mas apenas para atendimentos agendados. Nas agências onde são realizadas perícias médicas e avaliações sociais não haverá atendimento.

“Já nas localidades onde vigore decreto municipal/estadual determinando fechamento do comércio e outras atividades para ampliar o isolamento social e conter o avanço da Covid-19, o INSS analisará pontualmente a situação de cada unidade para determinar a manutenção ou não dos atendimentos”, complementa a nota ao informar que, em todas suas unidades, o INSS tem adotado protocolos de proteção e prevenção ao contágio.

Canais remotos

O INSS lembra que boa parte dos serviços oferecidos pode ser acessada por meio de canais remotos de atendimento como o Portal Meu INSS (aplicativo e site) e a Central Telefônica 135.

Pelo Portal Meu INSS, o cidadão pode requerer benefícios, emitir extratos, cumprir exigências e agendar atendimento presencial. Pelo telefone 135, entre outros serviços é possível fazer inscrição na Previdência Social, obter orientações, esclarecer dúvidas, solicitar benefícios e agendar atendimento presencial.

As unidades em São Paulo e Rio de Janeiro suspenderão o serviço Exigência Expressa durante o período de fechamento de suas unidades. Esse serviço possibilita, ao segurado que já fez algum requerimento, entregar cópias de documentação complementar, por meio do depósito em urnas localizadas em frente às agências. “Os segurados que precisarem apresentar documentação complementar nesse período podem anexar cópias digitalizadas dos documentos solicitados no Portal Meu INSS”, esclarece o instituto.

Edição: Denise Griesinger


Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

STF barra livre nomeação de diretor para centros técnicos federais

 


Decisão foi por 10 votos a 1

Publicado em 29/03/2021 - 11:56 Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 10 votos a 1, que o governo não pode nomear livremente o diretor interino de centros federais de Educação Tecnológica (Cefet), em que se oferecem cursos superiores de graduação e pós-graduação em grau técnico. A decisão vale também para dezenas de escolas técnicas federais e agrotécnicas federais.

O julgamento foi realizado no plenário virtual, ambiente digital em que os ministros do STF têm uma janela de tempo para votar somente por escrito, sem debate oral. A votação se encerrou às 23h59 de sexta-feira (26).

Com a decisão, o Supremo derrubou trecho de um decreto presidencial de 2019. A norma autorizava o ministro da Educação a nomear livremente o diretor pro tempore (interino) dos Cefets quando, “por qualquer motivo”, o cargo se encontrasse vago e não houvesse “condições de provimento regular imediato”. O único critério seria que o escolhido integrasse o Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal.

O decreto havia sido questionado no Supremo pelo PSOL, em uma ação direta de inconstitucionalidade. Ao ser provocada, a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu a norma, argumentando que a escolha de diretores do Cefet é ato discricionário do ministro da Educação, a quem cabe supervisionar as instituições de ensino.

Ao final, a ministra Cármen Lúcia, relatora da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), entendeu que a previsão de livre nomeação é inconstitucional, por ferir a autonomia das instituições de ensino e por ser desproporcional. Ela votou por derrubar esse trecho do decreto, sendo seguida pelos demais ministros do Supremo, com a exceção do ministro Nunes Marques.

Voto

Em seu voto, Cármen Lúcia disse que o Decreto 9.908/2019 não especificava as situações de vacância do cargo de diretor-geral que permitiriam a livre nomeação, tampouco estabelecia prazo para a direção interina dos Cefets.  

Seria possível, por exemplo, que a vacância fosse provocada “por conta de óbices e atrasos dos órgãos mesmos do Poder Executivo na nomeação de profissional indicado pela comunidade escolar”, disse a ministra. Isso daria ao ministro da Educação a possibilidade de perpetuar um indicado pessoal no cargo, entendeu ela.  

Nesses termos, a livre nomeação afrontaria os princípios constitucionais do pluralismo, da gestão democrática do ensino e da autonomia das entidades educacionais, concluiu Cármen Lúcia.

“A previsão normativa de preenchimento imediato da função por agente escolhido unilateralmente pelo ministro da Educação põe em sacrifício constitucional o processo democrático de escolha dos dirigentes da comunidade escolar, limitando, quando não esvaziando, os princípios constitucionais que regem a matéria”, escreveu a ministra.

Edição: Kleber Sampaio


Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Vice-presidente Mourão toma vacina contra covid-19 em Brasília

 


DF começou a vacinar idosos com 67 e 68 anos semana passada

Publicado em 29/03/2021 - 14:53 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O vice-presidente Hamilton Mourão tomou hoje (29) a primeira dose da vacina CoronaVac contra covid-19, em Brasília. A CoronaVac é produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e administrada em duas doses, com intervalo de até quatro semanas.

Na semana passada, pessoas entre 67 e 68 anos começaram a ser vacinadas no Distrito Federal. Mourão, que tem 67 anos, foi atendido em um dos pontos de vacinação drive thru da capital.

Edição: Aline Leal


Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Notas finais do Enem serão divulgadas nesta segunda-feira

 


Resultados vão ser disponibilizados a partir das 18h

Publicado em 29/03/2021 - 06:15 Por Agência Brasil - Brasília

As notas finais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, versão impressa e digital, serão disponibilizadas nesta segunda-feira (29), a partir das 18h (horário de Brasília). Os participantes poderão conferir os resultados individuais das provas na Página do Participante ou no aplicativo do exame

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão realizador da prova, também estarão disponíveis as notas dos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio para adultos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL). 

Para ter acesso às notas, os participantes devem utilizar o login único do governo federal. Caso o aluno tenha esquecido a senha, o sistema permite recuperá-la. Basta inserir o CPF no campo indicado, selecionar avançar e clicar no link “Esqueci minha senha”. O sistema apresentará diversas formas para recuperar a conta (validação facial, bancos credenciados, internet bankinge-mail e celular), escolha uma das opções para receber o código de verificação e, em seguida, gere uma nova senha. 

Além do resultado da redação, que varia de zero a mil, os participantes poderão conferir as notas individuais, referentes às provas das quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias. 

As notas individuais do Enem podem ser usadas para acesso à educação superior, no Brasil e em instituições de Portugal, e em programas governamentais de financiamento e apoio ao estudante, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os participantes podem ter mais informações sobre os programas que permitem o ingresso na educação superior no portal do Ministério da Educação. Entre os programas estão o

O resultado do Enem 2020 impresso, para fins exclusivos de autoavaliação de conhecimentos do participante treineiro, será divulgado no dia 28 de maio de 2021, na Página do Participante e no aplicativo do exame. 

Notas finais

O Enem é corrigido com base na chamada teoria de resposta ao item (TRI), que leva em consideração, entre outros fatores, a coerência de cada estudante na própria prova.

Ou seja, se ele acertar questões difíceis, é esperado que acerte também as fáceis. Se isso não acontecer, o sistema entende que pode ter sido por chute. O estudante, então, pontua menos que outro candidato que tenha acertado as mesmas questões difíceis, mas que tenha acertado também as fáceis.

redação tem esquema diferenciado de correção. Cada uma passa por, pelo menos, dois corretores. O tema da redação na reaplicação do Enem foi “A falta de empatia nas relações sociais no Brasil”.

Edição: Graça Adjuto


Por Agência Brasil - Brasília