domingo, 28 de março de 2021

Fora da F1, Brasil tem desafios na base para alavancar automobilismo

 


Expansão do kart e transição para outras categorias são alternativas

Publicado em 28/03/2021 - 08:00 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

A temporada 2021 da Fórmula 1 começa neste domingo (28) da mesma forma que as últimas três edições: sem piloto brasileiro no grid. É verdade que, no ano passado, Pietro Fittipaldi correu duas etapas pela Haas, substituindo o então acidentado francês Romain Grosjean, mas este ano o neto do campeão mundial Emerson Fittipaldi voltou ao posto de piloto de testes da escuderia norte-americana. A última vez que um brasileiro iniciou uma edição da mais importante categoria do automobilismo foi em 2017, com Felipe Massa, na Williams.

Para a terceira nação com mais títulos na história da F1 - oito ao todo -  e que recebe uma etapa oficial desde 1973, é uma ausência que chama atenção. O presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Giovanni Guerra, porém, entende que analisar o momento da modalidade no país vai além da presença ou não na categoria.

"Acho que a ausência de piloto brasileiro na Fórmula 1 não é parâmetro para determinar sucesso ou insucesso. O modelo de negócio tornou a categoria tão exclusiva que o acesso ficou praticamente impossível. A caminhada ficou muito difícil, ao mesmo tempo em que novas categorias foram surgindo. Assim, os jovens que ingressam no automobilismo, atualmente, têm um leque muito maior de opções na hora de sonhar com uma carreira, que não propriamente a Fórmula 1", analisa Guerra, em entrevista à Agência Brasil.

Formula E, test Valencia 2020, Lucas Di Grassi
O piloto ,Lucas Di Grassi, de 36 anos, disputa a temporada deste ano da Fórmula E, de carros elétricos - Divulgação/Audi Communications Motorsport

"O que deve ser observado é quantos pilotos vivem profissionalmente no automobilismo - internacional ou interno - e quantos estão na trilha da Fórmula 1. Ainda, como podemos ajudar esses e mais pilotos a ingressarem na carreira e chegarem nos estágios mais altos, se o que fazemos é suficiente ou se há algo mais a fazer", completa o dirigente, que assumiu a entidade há dois meses e meio.

Nos campeonatos de monopostos organizados pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o Brasil está representado em três. O único considerado "Mundial" pela entidade é a Fórmula E, de carros elétricos, cuja edição iniciada em fevereiro tem o experiente Lucas Di Grassi, de 36 anos e com passagem pela Fórmula 1, e Sérgio Sette Câmara, de 22 anos.

Nas demais competições, são três brasileiros na Fórmula 2 - Felipe Drugovich (20 anos), Gianluca Petecof (18) e Guilherme Samaia (24) - e Caio Collet (18) na Fórmula 3. Todas são categorias de acesso à F1. Em 2020, os destaques foram Drugovich, que venceu três provas na temporada da F2, e Petecof, que integra a academia de pilotos da Ferrari e foi campeão da Fórmula 3 Regional Europeia.

Kartismo

"O automobilismo é muito complexo. É um esporte caro, que, infelizmente, não é para a massa. A gente tem que olhar isso de forma pragmática, racional, de como fazer ele ser viável, gerar retorno, entretenimento e turismo. É resultado de infraestrutura, investimento e planejamento, desde o kartismo, do longo prazo", opina Di Grassi, da Fórmula E.

A menção ao kart não é por acaso. Trata-se da porta de entrada do jovem no mundo automobilístico. Em outubro, o Brasil sediará o Mundial da categoria no Speedpark, em Birigui (SP), considerado o principal kartódromo da América Latina. A disputa estava prevista já para 2020, mas foi adiada devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). A edição do ano passado acabou acontecendo em Portimão (Portugal), com participação de dez brasileiros, sendo cinco na classe principal.

kartista baiano Diogo Moscato, de 16 anos, campeão estadual da categoria em 2019.
kartista baiano Diogo Moscato, de 16 anos, campeão estadual da categoria em 2019. - Cris Reis/Direitos reservados

A oferta de pistas no país, no entanto, concentra-se basicamente no Sul e no Sudeste. Segundo a relação disponível no site da CBA, Rio Grande do Sul (11), Paraná (dez) e São Paulo (seis) são os estados com mais kartódromos. Um desafio a mais para quem sonha seguir carreira no automobilismo e não vive nestas regiões. Nordeste, Norte e Centro-Oeste, juntos, possuem nove circuitos.

"Meu início em Salvador, é claro, foi bem complicado. A pista de kart mais próxima tinha 500, 600 metros. Em comparação, as nacionais, como Interlagos [na capital paulista] ou Beto Carreiro [em Penha, no interior de Santa Catarina], têm um quilômetro, um quilômetro e meio. Não é possível treinar de carro na Bahia, pela falta de autódromo. Então, a decisão de correr em São Paulo foi para buscar mais oportunidades", explica o kartista baiano Diogo Moscato, de 16 anos.

"Temos no Brasil kartódromos públicos e privados. Eles são construídos de acordo com a vontade política e/ou recursos financeiros disponíveis de cada local. O que precisamos, mesmo, é preservar o que já temos e reformar o que não está em condições boas. Posso assegurar que há pilotos em todos os cantos do país. O que falta é impulsionar campeonatos em cada região para os pilotos locais terem oportunidade de competir e se desenvolver. Uma das primeiras ações de nossa gestão foi criar o Campeonato Nordeste de Kart", argumenta Guerra, citando o evento que será disputado pela primeira vez em 2021 e teve a etapa de abertura, em Aracaju, adiada de abril para julho, devido à pandemia.

Transição

Outro desafio é a transição do kart para outras categorias. Há campeonatos como a Fórmula Vee ou a Super Fórmula, realizados pela Federação Paulista de Automobilismo. Atualmente, porém, não existe uma competição do gênero homologada pela CBA. A entidade tem um projeto para viabilizar um evento nacional de monopostos, por meio de parcerias.

"A CBA não é organizadora, não é promotora, não é dona de pista de corrida, não constrói circuitos e nem é patrocinadora. Nossa função é fomentar, normatizar e supervisionar o cumprimento dos regulamentos. Além disso, firmamos contratos com promotores privados para que atuem nas categorias sob nossa alçada. A CBA só atua como promotora, em conjunto com as federações, quando não há a figura do promotor privado, como no Brasileiro de Kart", explica o presidente da confederação.

Roberto Faria - piloto - F3 Britânica - Fórmula 3
O piloto carioca Roberto Faria disputará este ano a segunda temporada dele na Fórmula 3 Britânica - Jakob Ebrey/Direitos reservados

O último campeonato de nível nacional foi a Fórmula 3 Brasil, disputada até 2017 e que teve Christian Fittipaldi, Ricardo Zonta e Cristiano da Matta (todos com passagem pela Fórmula 1) entre os campeões. O último vencedor foi Guilherme Samaia, hoje na F2.

"Eu podia ter continuado no Brasil, no kart ou até mesmo alguma categoria de base [para monopostos], mas a gente colocou na balança e viu que era muita a diferença na qualidade do equipamento, pistas e infraestrutura. Quando fui para a Fórmula 4 [inglesa], ainda não tinha uma Fórmula 4 no Brasil, por isso escolhi ir", conta o carioca Roberto Faria, que disputará a segunda temporada dele na Fórmula 3 Britânica.

Entre os dias 16 e 18 abril terá início à primeira temporada da Fórmula 4 Argentina. Estão previstas oito etapas, sendo uma no Uruguai e três no Brasil - nos autódromos de Goiânia, Nova Santa Rita (RS) e Pinhais (PR), ainda sem datas marcadas, em razão da pandemia. O evento segue padrões técnicos e de segurança exigidos pela FIA e conta pontos para obtenção da superlicença, documento necessário para, no futuro, o piloto ser autorizado a disputar a Fórmula 1. No curto prazo, a competição sul-americana desponta como o caminho mais curto às novas gerações no sonho de uma carreira internacional.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues


 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Brasil vai três vezes ao pódio no último dia do Grand Slam de Tbilisi

 


Rafael Silva foi prata; Maria Suellen e Beatriz Souza levaram bronze

Publicado em 28/03/2021 - 13:25 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

O judô brasileiro conquistou três medalhas no último dia do Grand Slam de Tbilisi (Geórgia). Neste domingo (28), Rafael Silva, o Baby, levou a prata na categoria acima dos 100 quilos. Entre  judocas acima de 78 quilos, teve Brasil em dose dupla no pódio, com os bronzes de Beatriz Souza e Maria Suellen Altheman.

Baby estreou imobilizando o uzbeque Shokhruh Bakhtiyorov, o que lhe garantiu a pontuação de um ippon (golpe perfeito, quando derruba o adversário de costas). Em seguida, superou o georgiano Saba Inaneishvili com dois wazaris (quando o atleta golpeado cai com parte das costas no tatame; rende um ponto), também equivalentes a um ippon.

Na semifinal, o brasileiro venceu o cubano Andy Granda, que estourou o limite de punições por falta de combatividade. A decisão contra o georgiano Gela Zaalishvili, campeão do Grand Slam de Tel Aviv (Israel), foi bem equilibrada e decidida no golden score (tempo extra, em que quem pontuar, ganha), quando o judoca anfitrião encaixou um ippon e garantiu a vitória.

Na categoria acima de 78 quilos, o primeiro bronze veio com Beatriz Souza. Ela derrotou a russa Anzhela Gasparian e a ucraniana Yelyzaveta Kalanina - ambas por ippon. Na semifinal, também por ippon, foi superada pela chinesa Shiyan Xu (que levou o ouro) e caiu para a repescagem. A 32 segundos do fim da luta contra a israelense Raz Hershko, valendo medalha, a brasileira conseguiu um ippon e garantiu um lugar no pódio.

Pela mesma categoria, Maria Suellen iniciou a trajetória batendo a cazaque Nazgul Maratova por ippon, mas levou o troco logo no segundo combate, também caindo para Shiyan Xu. Na repescagem, a brasileira superou Yelyzaveta Kalanina por ippon. Por fim, levou a melhor sobre a chinesa Yan Wang, punida por falta de combatividade no golden score.

O Brasil também foi representado, neste domingo, por Rafael Macedo (até 90 quilos) e Leonardo Gonçalves (até 100 quilos). O primeiro foi superado na primeira luta pelo uzbeque Jandreev Shermukhammad (que levou bronze) por wazari. O segundo estreou vencendo o marfinense Koffi Kreme Kobena por ippon, mas caiu no combate seguinte, também por ippon, para o uzbeque Muzaffarbek Turoboyev.

Ao todo, o Brasil foi ao pódio quatro vezes em Tbilisi, terminando em sexto no quadro de medalhas. O melhor desempenho foi de Maria Portela, ouro na categoria até 70 quilos, no último sábado (27).

O próximo desafio do judô brasileiro será o Grand Slam de Antalya (Turquia), a partir de sexta-feira (2). Além dos judocas que lutaram em Tbilisi, o Brasil terá a participação de Eric Takabatake (até 60 quilos), Daniel Cargnin, Willian Lima (ambos até 66 quilos) e David Moura (acima de 100 quilos).

Edição: Marcio Parente


Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

Botafogo e Nova Iguaçu se enfrentam para encostar no G4 do Carioca

 


Duelo às 18h, em Saquarema-RJ, será transmitido pela Rádio Nacional

Publicado em 28/03/2021 - 07:00 Por Mauricio Costa Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

Depois de uma atuação muito ruim no clássico contra o Flamengo, o Botafogo volta a campo neste domingo, às 18h (horário de Brasília), no Estádio Elcyr Rezende, em Bacaxá, distrito de Saquarema-RJ, em busca de reabilitação no Campeonato Carioca. A partida será contra o Nova Iguaçu, que possui os mesmos seis pontos que o Alvinegro na classificação. A cobertura da Rádio Nacional começa às 17h30min, com narração de André Luiz Mendes, comentários de Mário Silva e plantão da informação com Bruno Mendes.

Quem vencer chegará à mesma pontuação do atual quarto colocado, o Fluminense, que perdeu para o Volta Redonda na última sexta-feira (26), mas não será suficiente para ultrapassar o tricolor, que já tem três vitórias na Taça Guanabara, contra apenas uma de Botafogo e Nova Iguaçu.

O Glorioso pode ter novidades no time. O nome do zagueiro argentino Joel Carli apareceu no BID durante a semana e tem chance de fazer a reestreia com a camisa do Alvinegro. Outras duas contratações para a temporada de 2021 também foram relacionadas: Romildo e Marco Antônio estão à disposição de Marcelo Chamusca para o jogo.

Por outro lado, o Botafogo não terá o zagueiro Kanu, que foi expulso contra o Flamengo na rodada anterior. O time deve entrar em campo com Douglas Borges, Jonathan, Marcelo Benevenuto, Gilvan e Paulo Victor; José Welison Ricksone Matheus Frizzo; Warley, Matheus Babi e Marcinho.

O Nova Iguaçu desperdiçou grande chance de chegar perto do G4. A equipe do técnico Carlos Vitor empatou com a Portuguesa na última quinta-feira (25) em 0 a 0, mesmo jogando com um a mais em quase toda a segunda etapa. Apesar de ter criado muitas chances, o time não conseguiu passar pelo goleiro Negueti.

Para a partida deste domingo, a equipe da Baixada Fluminense deve entrar em campo com Luis Henrique, Digão André Santos, Gilberto e Rafinha; Abuda, Vandinho, Dieguinho e Yan; Canela e Rafael Carioca.

Edição: Marcio Parente


Por Mauricio Costa Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

Painel da Anvisa mostra em tempo real status de autorização de vacinas

 


Ele permite acompanhar andamento das solicitações

Publicado em 27/03/2021 - 14:57 Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Um painel que descreve os documentos enviados e o status de avaliação de pedidos de autorização de uso emergencial de vacinas contra a covid-19 foi elaborado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

A ferramenta permite acompanhar em tempo real o andamento das solicitações cujo status varia entre em análise, dados insuficientes, concluído, não apresentado e pendente de complementação.

Segundo a agência, a ferramenta traz, também, a porcentagem relativa ao status de submissão de cada um dos relatórios e informações necessárias à análise de autorização de uso temporário e emergencial. “A porcentagem concluída é estimada com base no status de submissão, na criticidade dos dados, bem como no esforço necessário para sua geração e avaliação”, informou a agência.

Sobre os dois pedidos recebidos esta semana, da Janssen e da Sputnik V, o painel aponta as seguintes informações: Janssen: 32% concluído; 54% em análise e 14% pendente de complementação. Sputnik V: em razão da ausência de documentos considerados importantes para a análise, conforme previsão legal, houve a suspensão da contagem dos prazos, até que a empresa apresente as informações descritas como “não apresentadas” no painel divulgado.

“Na medida em que as informações pendentes forem enviadas à Anvisa, bem como a análise dessas informações for sendo concluída, será possível observar a alteração da porcentagem de conclusão da avaliação de cada processo”, acrescentou a Anvisa. O painel será atualizado sempre que houver novidade.

Edição: Kleber Sampaio


Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Uso emergencial: Anvisa suspende prazo de análise da Sputnik V

 


Publicado em 28/03/2021 - 08:58 Por Agência Brasil* - Brasília

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota na noite desse sábado (27), informando a suspensão dos prazos de análises do pedido de uso emergencial da vacina russa Sputnik V, feito na semana que passou pela União Química, empresa responsável pelo imunizante russo, no Brasil. Segundo a Anvisa, a medida foi adotada em função da ausência de documentos.

“Devido à ausência de documentos considerados importantes para a análise, conforme previsão legal, houve a suspensão da contagem dos prazos, até que a empresa apresente as informações descritas como 'não apresentado' no painel divulgado", diz a Agência.

Segundo a Anvisa, o painel apresenta a porcentagem relativa ao status de submissão de cada um dos relatórios e informações necessárias à análise de autorização de uso temporário e emergencial. 

Apesar da suspensão do prazo, a Agência informou que continua a análise das demais informações apresentadas pela União Química.

Versamune

Sobre a Versamune, vacina desenvolvida em parceria entre a Universidade de São Paulo (USP), a empresa Farmacore e a PDS Biotechnology, dos Estados Unidos, a Anvisa disse que emitiu exigências para a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, depois de analisar o pedido de realização de estudos clínicos das fases 1 e 2 de desenvolvimento do imunizante.

Segundo a Agência, a documentação foi protocolada na quinta-feira (25) e que “as exigências não suspendem a análise das demais informações apresentadas pelas desenvolvedoras da vacina”.

*Com informações da Anvisa

Edição: Aécio Amado


Por Agência Brasil* - Brasília

Embraer apresenta protótipo de carro voador elétrico

 


Veículo de decolagem e pouso vertical será destinado a passageiros

Publicado em 28/03/2021 - 13:19 Por Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

A Embraer apresentou pela primeira vez em voo o seu novo carro voador elétrico. O protótipo em tamanho reduzido decolou da sede da Embraer em Gavião Peixoto (SP) na quarta-feira (24). 

O projeto faz parte da Eve Urban Air Mobility Solutions, dedicada a desenvolver o ecossistema de mobilidade aérea urbana. 

A empresa vem desenvolvendo um portfólio de soluções para preparar o mercado, incluindo a certificação do veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL) e a criação de soluções de gestão de tráfego aéreo urbano.

Detalhamento

O projeto de eVTOL da Embraer conta com dez hélices, sendo oito na horizontal e duas na vertical e se parece com um drone grande, porém, com o objetivo de transportar passageiros.

No início, o veículo deverá ter no comando um piloto, mas a intenção do projeto é que, no futuro, o voo seja totalmente autônomo.

Edição: Paula Laboissière


Por Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Brasil deixou de exportar US$ 56,2 bi em 10 anos para América do Sul

 


Segundo CNI, perda de mercado impacta diretamente a indústria

Publicado em 28/03/2021 - 13:40 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A perda de espaço no comércio regional na última década fez o Brasil deixar de exportar US$ 56,2 bilhões para a América do Sul nos últimos dez anos. A conclusão consta em levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o estudo, a participação do Brasil nas importações dos demais países sul-americanos (exportações brasileiras para os países vizinhos) caiu de 14,5% em 2010 para 10,7% em 2019. Da mesma forma, os países do subcontinente deixaram de vender para cá – o Brasil absorveu apenas 7,4% das exportações sul-americanas em 2019, contra 10,5% em 2010.

De acordo com a CNI, o encolhimento do comércio bilateral prejudica principalmente a indústria. Isso porque a América do Sul é o principal destino das vendas de manufaturados brasileiros, concentrando 38% das exportações industriais. Sob outra perspectiva, ao considerar apenas as exportações brasileiras para países sul-americanos, os manufaturados correspondem a 82%.

A queda no comércio com a Argentina, afetada por sucessivas crises econômicas e cambiais nos últimos anos, foi a principal responsável pela retração nas exportações brasileiras para a América do Sul. Da perda total de US$ 56,2 bilhões, US$ 39,2 bilhões (69,8%) concentram-se no país vizinho. O Brasil também deixou de exportar US$ 5,9 bilhões (10,5%) para o Peru, US$ 5,3 bilhões (9,4%) para a Colômbia e US$ 2,4 bilhões para o Chile (4,3%).

O comércio do Brasil com a América do Sul encolheu ao mesmo tempo em que os demais países do subcontinente preencheram espaço com outros parceiros comerciais. De 2010 a 2019, as importações das economias sul-americanas subiram 12,9%, sobretudo da China, dos Estados Unidos e da União Europeia.

Estimativa

Para chegar ao cálculo dos US$ 56,2 bilhões de perda comercial, a CNI estimou o valor que o Brasil teria exportado caso mantivesse a fatia de 14,5% nas importações dos países sul-americanos registrada em 2010. Em contrapartida, a participação da China nas importações sul-americanas subiu de 15% para 20,8%. Sob o mesmo critério, o percentual dos Estados Unidos passou de 17,5% para 19,5% e o da União Europeia cresceu mais timidamente, de 12,3% para 13,6%.

Esse espaço foi ocupado, sobretudo, pela China. A participação do país asiático nas importações dos países da América do Sul passou de 15% para 20,8% no período analisado. Os Estados Unidos também ampliaram sua participação na pauta de importação dos países sul-americanos. Esse percentual passou de 17,5% para 19,5% no período analisado. A União Europeia cresceu mais timidamente, de 12,3% para 13,6%.

Na divisão por setores, os segmentos de máquinas e aparelhos e de materiais elétricos ou mecânicos responderam por 37% do valor que o Brasil deixou de exportar para a América do Sul, com redução de US$ 12,5 bilhões e de US$ 8,1 bilhões na década, respectivamente. Outros setores industriais registraram perdas substanciais, como automóveis (-US$ 4,8 bilhões), aeronaves (-US$ 3,2 bilhões) e produtos químicos orgânicos (-US$ 2,5 bilhões).

Competitividade e parcerias

Na avaliação da CNI, dois fatores explicam a queda nas exportações para a América do Sul: a perda de competitividade da economia brasileira e a paralisação da agenda de acordos comerciais do Brasil com países vizinhos. Em relação aos tratados comerciais, a paralisia decorre tanto da falta de ratificação de alguns acordos pelo Congresso como da falta de atualização e de ampliação daqueles vigentes.

Entre os tratados pendentes no Congresso Nacional estão o Acordo de Livre Comércio com o Chile, concluído em 2018, já promulgado pelo parceiro, e os acordos sobre compras públicas e facilitação de comércio entre os países do Mercosul. Em contrapartida, países sul-americanos concluíram acordos com os Estados Unidos, União Europeia, Coreia do Sul e, no caso do Chile e do Peru, também com a China.

A CNI pede a continuidade da agenda de reformas econômicas no Brasil e a ampliação de preferências tarifárias e da abrangência temática dos acordos comerciais do país com os vizinhos sul-americanos. A entidade também cobra medidas de apoio oficial às exportações, como a restituição de créditos de tributos sobre mercadorias exportadas, a modernização de acordos tributários e a reforma da lei de preços de transferência (preços cobrados entre importações e exportações de empresas do mesmo grupo).

Edição: Paula Laboissière



Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Hoje é dia: empresa de computadores Apple foi inaugurada há 45 anos

 


Semana traz fundação da Apple e aniversário de Supla

Publicado em 28/03/2021 - 09:29 Por Leyberson Pedrosa - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A semana entre 28 de março e 3 de abril abre espaço para celebrar os profissionais que trabalham com a formatação do texto. No dia 28 de março, comemoram-se o Dia do Diagramador e o Dia do Revisor. Em 2013, a TV Brasil homenageou Antônio Gabriel Nássara, jornalista, compositor e ilustrador. Conforme reportado pelo programa Musicograma, Nássara era curioso e criativo e, paralela à carreira musical, teve uma trajetória brilhante no jornalismo gráfico. Ilustrador, diagramador, ele trabalhou em O Globo, dois anos após a fundação do jornal.

Confira a lista de datas da semana aqui

Confira todas as efemérides de março de 2021 aqui

Também foi responsável pela modernização gráfica em A Noite, A Hora, A Nação, Careta, O Cruzeiro, Última Hora e O Pasquim, este nos anos 60. Assista:

 

No dia 1º de abril, foi fundada a empresa de tecnologia Apple Computer. Marcada pelo símbolo de uma maçã, teve na vanguarda Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne. Faz 45 anos que a empresa contribuiu para mudar os hábitos gráficos e estéticos dos computadores pessoais comercializados desde então.

Mas se engana quem pensa que a Apple trouxe o primeiro microcomputador portátil comercialmente bem-sucedido. No dia 3 de abril de 1981, a Osborne Computer Corporation, nome pouco conhecido nos dias atuais, trouxe o Osborne 1, o primeiro computador pessoal (PC, do inglês personal computer) famoso no mercado. Na época, pesava mais de 10kg.

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História Hoje: Primeiro computador brasileiro foi criado na USP há 46 anos

Nos trilhos da modernidade, Brasília ainda é considerada uma cidade jovem. Mas o metrô da cidade sessentona foi inaugurado há apenas 20 anos, no dia 31 de março de 2001. Apesar da circulação só ter começado naquele ano, já haviam estações em testes na metade da década de 1990. Entenda como funciona a logística de transporte em Brasília nesta matéria da Agência Brasil. 

Nascimento das personalidades

Cada semana a Agência Brasil costuma destacar alguns nascimentos de personalidades brasileiras. Neste começo de abril, a lista é grande. Entre eles, o nascimento do cantor de música sertaneja paulista José Marciano (70 anos), dupla de João Mineiro, que fez sucesso nacional e ficou conhecido como "O Inimitável".

Na sequência, vamos ao rock como o nascimento do filho de Eduardo Suplicy. Ele mesmo, Eduardo Smith de Vasconcellos Suplicy, o “jovem” Supla e seus 55 anos. Também no dia 2 nasceu Dener Augusto de Sousa, o habilidoso meio-campista completaria 50 anos se estivesse vivo. Ele morreu após um trágico acidente de carro, que bateu em uma árvore na Lagoa de Freitas, no Rio de Janeiro.

No dia seguinte (3), o professor, músico, compositor, arranjador e pianista fluminense Luiz Eça completaria 85 anos. Nesse mesmo dia, comemora-se o centenário da escritora, atriz e dramaturga mineira Maria Clara Machado. O De Lá Pra Cá, da TV Brasiljá homenageou a maior autora do teatro infantil brasileiro. O Caminhos da Reportagem, da TV Brasiltambém exibe neste domingo (28) um programa especial a autora de vários clássicos da dramaturgia nacional. Além das peças que escreveu, ela se destacou como atriz, diretor, produtora e professora de artes dramáticas. 

Lista semanal com datas, fatos históricos e feriados (28 de março a 3 de abril de 2021):

28 de março a 3 de abril de 2021
28

Dia do Diagramador

Dia do Revisor

Estreia do programa Puxa o Fole, na Rádio Nacional AM RJ (11 anos) - dedicado ao forró

30

Nascimento do cantor e compositor fluminense Jorge Gomes Pessanha, o Jorginho Pessanha (90 anos)

Nascimento do músico fluminense Felipe de Nóbrega Ribeiro, o Bi Ribeiro (60 anos) - baixista da banda Paralamas do Sucesso

31

Nascimento do compositor e instrumentista fluminense Luis Reis (95 anos)

Estreia da Sinfonia nº 1, de Robert Schumann, em Leipizig (180 anos)

Inauguração do Metrô de Brasília (20 anos)

1

Nascimento do cantor de música sertaneja paulista José Marciano (70 anos) - em dupla com João Mineiro, fez sucesso nacional e ficou conhecido como O Inimitável

Fundação da empresa de tecnologia Apple Computer Inc. por Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne (45 anos)

Dia da Mentira

2

Nascimento do músico paulista Eduardo Smith de Vasconcellos Suplicy, o Supla (55 anos)

Nascimento do ex-jogador paulista de futebol Dener Augusto de Sousa (50 anos)

Dia Mundial de Conscientização do Autismo - comemoração internacional aprovada pela ONU na Resolução Nº 62/139 de 18 de dezembro de 2007

Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil - data de nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, em 1805

Fundação do Guarani Futebol Clube (110 anos)

3

Nascimento da escritora, atriz e dramaturga mineira Maria Clara Machado (100 anos)

Nascimento do professor, músico, compositor, arranjador e pianista fluminense Luiz Eça (85 anos)

Lançamento do microcomputador modelo Osborne 1 pela Osborne Computer Corporation (40 anos) - foi o primeiro microcomputador portátil comercialmente bem-sucedido

Edição: Nathália Mendes


 Por Leyberson Pedrosa - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Covid-19: Rio inaugura novo posto de vacinação no Jockey

 


Local vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h

Publicado em 28/03/2021 - 12:20 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro inaugurou hoje (28) um novo posto de vacinação na zona sul da cidade. O Jockey Club Brasileiro, a partir de agora, fará parte dos mais de 240 endereços destinados à vacinação da população do município do Rio contra a covid-19.

Neste domingo, idosos de 72 anos ou mais puderam se vacinar entre as 8h e as 12h no Jockey. O novo ponto de vacinação funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Hoje é o primeiro dia que estamos realizando a vacinação no domingo. O objetivo desta repescagem é vacinar quem, durante a semana ou no sábado, não conseguiu ir a um posto. Dependendo da demanda de hoje, passaremos a vacinar todo domingo em algum ponto da cidade “, disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Ele destacou ainda que cerca de 630 mil cariocas já receberam a primeira dose da vacina, o que corresponde a 10% da população.

Nesta segunda-feira (29), a secretaria inaugura mais um ponto de vacinação no Hotel Fairmont Copacabana. O novo ponto de vacinação funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Calendário

A partir de amanhã, seguindo o calendário divulgado pela secretaria, a imunização com a primeira dose será destinada a homens e mulheres de 71 anos. No dia 30, será a vez de quem tem 70 anos; no dia 31, 69 anos; em 1º de abril, 68 anos; no dia 2, 67 anos; e, no dia 3, repescagem para quem tem 67 anos ou mais.

Homens e mulheres agora serão vacinados no mesmo dia, mas em turnos distintos, sendo que as mulheres serão atendidas das 8h às 13h e os homens, das 13h às 17h.

Edição: Paula Laboissière


Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Estado do Rio inicia sequenciamento de variantes da covid-19

 


Estudo busca entender mais sobre mudanças sofridas pelo Sars-CoV-2

Publicado em 28/03/2021 - 12:12 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Para monitorar a evolução das variantes da covid-19, melhorar ações epidemiológicas e possibilitar a ampliação precoce de números de leitos e de medidas restritivas, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro iniciou uma pesquisa para identificar a incidência das novas cepas na população fluminense.

De acordo com a pasta, o estudo, que busca entender mais sobre as modificações sofridas pelo Sars-CoV-2, será um dos maiores na área de sequenciamento do vírus da covid-19 do país, com a análise de 4,8 mil amostras nos próximos seis meses, sendo 400 a cada 15 dias.

Financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) com recurso de R$ 1,2 milhão, a iniciativa conta ainda com a parceria do Laboratório Nacional de Computação Científica, do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio.

Para o secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Chaves, a medida pode ser um importante instrumento balizador de políticas públicas, caso a doença continue a circular mesmo após a vacinação em massa.

“Como acontece com a gripe, a covid-19 pode se tornar um vírus de circulação sazonal, com mutações genéticas. É fundamental ampliar os estudos para que, cada vez mais, possamos agir de forma antecipada. Por exemplo, se o mundo soubesse mais sobre a variante P1, que tem se mostrado mais contagiosa, poderia ter aberto leitos com mais antecedência e reforçado protocolos como etiqueta respiratória e distanciamento social”, afirmou o secretário, em nota.

Atualmente, o estudo está na fase de compras de insumos e separação de amostras. O objetivo é que os primeiros vírus sejam sequenciados na segunda quinzena de abril.

A subsecretária de Vigilância em Saúde da SES e idealizadora da pesquisa, Cláudia Mello, acredita que a ciência seja o principal caminho neste momento. “Em pouco menos de um ano, vimos a ciência desenvolver vacinas contra um vírus que se tornou a pandemia do século. Agora, precisamos nos aprofundar em diversas perspectivas sobre esse coronavírus. Tenho certeza de que esse estudo também irá colaborar para um maior entendimento e fazer com que a gente volte a ter uma vida normal”, disse Cláudia.

Edição: Aécio Amado


Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Fiocruz recebe insumos para produção de vacina da Oxford/AstraZeneca

 


O voo com os insumos chegou hoje, às 6h22, no Aeroporto do Galeão

Publicado em 28/03/2021 - 11:10 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu no início da manhã de hoje (28), no Rio de Janeiro, mais duas remessas de insumo farmacêutico ativo (IFA) suficientes para produzir 12 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, usada na imunização contra a covid-19.

O produto, procedente da China, chegou ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Tom Jobim/Galeão) às 6h22 deste domingo. Inicialmente, o voo estava previsto para chegar às 18h de ontem (27). O motivo da mudança da data se deveu a um atraso na conexão do voo.

Na última quinta-feira (25), a Fiocruz já havia recebido uma remessa para produzir 6 milhões de doses. Esta semana, está prevista a chegada de uma nova carga suficiente para fabricar 5 milhões de vacinas.

As 23 milhões de doses serão produzidas pela própria Fiocruz e, uma vez prontas, serão entregues ao Ministério da Saúde, entre abril e maio.

Este mês, a Fiocruz já produziu e entregou 1,8 milhão de doses de vacinas produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

Ainda está prevista a entrega de mais 2,1 milhões de doses nesta semana, que irão completar os 3,9 milhões de vacinas previstas até o fim desta semana.

Edição: Aécio Amado


Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro