Equipes também atuaram na manutenção de vias e na lavagem e higienização de abrigos de ônibus e equipamentos públicos de ginástica
RAFAEL SECUNHO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: CHICO NETO
Unidade policial em obras: após anos sem cuidado, posto ganha reforço na estrutura | Fotos: GDF Presente
Um antigo posto policial do Núcleo Bandeirante, localizado bem no meio da Avenida Central, está sendo reformado e pintado pelas equipes do programa GDF Presente. Construído há cerca de 15 anos, o local, utilizado pelo 25º Batalhão de Polícia Militar estava deteriorado e com más condições de funcionamento.
“Os comerciantes vinham reclamando de furtos e outros pequenos crimes na região; agora, a polícia passa a ter um ponto de apoio em boas condições”Luciano Amaro, diretor da Divisão de Obras da Administração Regional do Núcleo Bandeirante
Uma equipe de cinco homens do Polo Central II do programa e da administração da cidade iniciou a reforma nesta semana. O objetivo é promover uma total “repaginada” na unidade policial, o que que inclui a construção de um banheiro e de uma pequena copa, além da troca do piso e reparos na parte elétrica e hidráulica.
As condições precárias dificultavam o trabalho dos agentes num dos pontos mais movimentados do Bandeirante. “Foram muitos anos sem qualquer tipo de reforma; a necessidade era grande”, explica o diretor da Divisão de Obras da Administração Regional do Núcleo Bandeirante, Luciano Amaro.
“Isso vai contribuir para a segurança da população”, destaca o gestor. “Os comerciantes vinham reclamando de furtos e outros pequenos crimes na região; agora, a polícia passa a ter um ponto de apoio em boas condições”. O material usado na obra veio da administração regional e de doações de outros órgãos do GDF.
Outras ações
30 toneladasde massa asfáltica estão sendo utilizadas nas obras
O GDF Presente segue com outras melhorias no Núcleo Bandeirante. Cinco pontos de encontro comunitários (PECs) localizados nas entradas da cidade, perto da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) e da ciclovia, foram lavados.
Abrigos de ônibus da Terceira Avenida foram higienizados
Também receberam ação de higienização todos abrigos de ônibus da Terceira Avenida. “O serviço não é só a lavagem, mas também eliminar a água no teto das paradas, que pode favorecer a proliferação do mosquito Aedes aegypti [transmissor da dengue]”, explica o coordenador do Polo Central II do programa, Rodrigo Caverna. “Na próxima visita do programa, vamos pintar os abrigos”.
Serviços de recapeamento também contemplaram a região
Desobstrução de bocas de lobo nas ruas de acesso à Metropolitana e recapeamento e fresagem de algumas ruas completaram o serviço. A via que liga a Terceira Avenida à Rua do Contorno, por sua vez, foi toda recapeada. Manutenção asfáltica também marca presença nos estacionamentos da cidade. Cerca de 30 toneladas de massa de asfalto estão sendo empregadas nos reparos.
Médico e pesquisador, André Nicola ressalta a importância de manter todos os cuidados para evitar uma reinfecção e/ou transmissão da doença
ANA LUIZA VINHOTE, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: CHICO NETO
Ter sido contaminado pelo novo coronavírus não é motivo para relaxar e deixar de seguir à risca todos os protocolos de segurança estabelecidos pelos órgãos de saúde. O uso de máscara e álcool gel, bem como a prática do distanciamento social, deve permanecer para todos, mesmo aquelas pessoas que já foram imunizadas com a primeira e a segunda doses da vacina contra a covid-19.
O alerta é do médico e professor da Universidade de Brasília (UnB) André Moraes Nicola. Pesquisador financiado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) por meio da Fundação de apoio à Pesquisa do DF (FAP-DF), o especialista busca no plasma do sangue das pessoas infectadas a solução para combater o novo coronavírus.
Em entrevista à Agência Brasília, o cientista ressalta a importância de manter todos os cuidados para evitar uma reinfecção e/ou transmissão da doença.
Doutor em Patologia Molecular pela UnB, ele reforça o papel fundamental da ciência como ferramenta na luta contra o coronavírus, além de salientar a importância do investimento financeiro que o governo local tem feito para colocar em prática diversas ações de combate à pandemia da covid-19. Somente no último ano, o Governo do Distrito Federal (GDF) já investiu mais de R$ 30 milhões para apoiar a execução e o desenvolvimento de projetos e ações de pesquisa, inovação e extensão destinadas à prevenção e ao combate à covid.
Acompanhe, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
Qual deve ser a rotina de cuidados de quem já foi infectado pela covid?
As pessoas têm que continuar tomando os mesmos cuidados. Infelizmente, essa situação ainda vai nos acompanhar durante muito tempo. Existem aqueles que podem se contaminar uma segunda vez e, pelo menos em alguns casos, essa segunda contaminação parece ser mais grave do que a primeira. É possível que essas pessoas fiquem doentes de novo. Além disso, elas podem se contaminar e, apesar de não ficarem doentes, podem transmitir. Relaxar as medidas, como não usar máscara, encoraja outras pessoas, que vão ter a sensação de que está tudo bem e que podem sair de casa dessa forma, se expondo ao risco.
Após contrair a doença, quais os cuidados imediatos que a pessoa que saiu da quarentena deve tomar?
A transmissão desse vírus é, principalmente, por via aérea, ou seja, por gotículas e aerossóis que saem da nossa respiração, fala, tosse. A principal ferramenta de prevenção é a máscara. A ventilação também. Os ambientes precisam ser bem-ventilados, com janelas abertas, circuladores de ar, além do distanciamento social. É preciso evitar pessoas de mais de uma família imediata dentro de um ambiente fechado.
Quem já foi infectado está mais suscetível a outras doenças?
Existem pessoas que contraem a covid-19 e passam um bom tempo sofrendo os efeitos da doença. Ainda não vi nenhum trabalho mostrando claramente que ela fique mais suscetível a outras doenças. É possível, mas ainda não conhecemos o suficiente sobre o novo coronavírus, que começou há cerca de um ano apenas.
“Ninguém, em nenhuma idade, é imune. Todos precisam se isolar, com proteção respiratória, independentemente da idade”
Existe um padrão de tratamento pós-covid?
É importante ter o acompanhamento com o médico que fez o diagnóstico e o tratamento, justamente para dar assistência aos casos que têm efeitos prolongados da covid-19. Existem pessoas que vão ficar com problemas pulmonares e precisam de fisioterapia respiratória para poder recuperar a função pulmonar, por exemplo. A maioria não vai ter isso. Uma vez que o tempo de quarentena passou, elas podem voltar a ter uma vida saudável.
Temos observado o aumento de infecções entre crianças, adolescentes e jovens. Existe uma faixa etária de risco?
As pessoas mais jovens não são imunes a essa doença. No começo, muita gente falava que era só isolar os idosos e tudo ia se resolver. Essa situação trágica que estamos vivendo hoje é uma resposta clara a isso. Ninguém, em nenhuma idade, é imune. Todos precisam se isolar, com proteção respiratória, independentemente da idade.
Já temos respostas sobre o porquê desse aumento de casos em jovens?
Temos respostas possíveis, mas nenhuma comprovada. Pode ser que as novas variantes do vírus sejam capazes de causar doenças em pessoas mais jovens ou mesmo um reflexo do comportamento delas ao não usarem máscara adequadamente e não praticarem o distanciamento social adequado.
“Tanto para proteger a si mesmo quanto às outras pessoas em volta, quem já tomou a vacina, mesmo as duas doses, deve continuar usando máscara, álcool gel, praticando distanciamento social, evitando atividades em ambientes fechados e optando por ambientes abertos”
Quem já se vacinou está totalmente imune?
Existe uma vacina que está entrando no mercado que é de dose única. As outras são de duas doses. Os estudos mostram que a primeira dose é suficiente para gerar alguma produção de anticorpos, mas não tem nenhuma pesquisa mostrando que uma única dose é capaz de prevenir a doença. É diferente produzir anticorpos e estar protegido. Você precisa de uma quantidade bem grande para estar protegido. Existem registros bem claros de pessoas que tomaram uma dose da vacina, se contaminaram com o vírus e desenvolveram a doença.
Além de poder se reinfectar, a pessoa também pode transmitir?
Todas as vacinas têm uma determinada eficácia, ajudam muito a diminuir os casos graves, mas ainda não temos evidências suficientes para saber se a vacina previne a transmissão da doença, porque a pessoa pode se infectar com o vírus, não ficar doente, mas ainda sim ser capaz de passar o vírus para outra – além do risco de, mesmo vacinada, desenvolver a doença. Tanto para proteger a si mesmo quanto às outras [pessoas] em volta, quem já tomou a vacina, mesmo as duas doses, deve continuar usando máscara, álcool gel, praticando distanciamento social, evitando atividades em ambientes fechados e optando por ambientes abertos.
Assim como ocorre com outros vírus, o do Sars-CoV-2 — causador da covid-19 — tem sofrido diversas mutações. As vacinas que já foram produzidas podem se tornar ineficazes?
Quando o vírus sofre mutações, muita coisa pode mudar nele, mas já há uma série de trabalhos científicos mostrando que várias dessas vacinas são eficazes contra essas variantes, que anticorpos fármacos que estão em desenvolvimento nos Estados Unidos funcionam contra essas mutações. Elas têm causado um dano muito grande, mas não mudaram o suficiente para que todas essas ferramentas, que a gente desenvolveu ao longo de um ano, parem de funcionar completamente.
“Com o investimento do GDF, tivemos pesquisas que testaram novas terapias e estudos que mostraram perfis epidemiológicos. Isso ajuda o sistema de saúde”
O senhor e sua equipe estão desenvolvendo uma pesquisa sobre terapia com plasma. O que isso significa?
São duas partes distintas. Uma é com pacientes com covid-19 internados em hospitais. Tiramos o sangue de pessoas que sobreviveram à doença, que tem anticorpos, e usamos para tratar em outros. O que nós esperamos é que o plasma vá diminuir a proporção dos casos moderados que vão progredir para formas mais graves. Caso essa hipótese se confirme, esse tratamento pode ser muito importante, tanto para o paciente que recebe o plasma quanto para os sistemas de saúde, pois, se há menos pessoas precisando de ventiladores e vagas de UTI [Unidade de Terapia Intensiva], o sistema como um todo funciona melhor e consegue ajudar um número maior de pacientes. Esse ensaio clínico está em andamento no Hran [Hospital Regional da Asa Norte]. Agora, estamos avaliando as informações. Nessa parte do projeto, temos uma colaboração internacional com outros sete hospitais de cinco países diferentes para estudar o plasma de convalescentes. A segunda parte é um projeto de biotecnologia. Usamos as mesmas amostras desses doadores que tiveram a doença. Em vez de tirarmos o sangue e os anticorpos que eles produziram, pegamos as células do sangue, o material genético e usamos a engenharia genética para produzir esses anticorpos em grande quantidade, que são os mesmos que os ajudaram a se curarem da doença. É um trabalho para fabricar um anticorpo para produzir essas amostras de doadores. A pesquisa começou no ano passado. O estudo com plasma deve ter o primeiro resultado ao longo das próximas semanas. Já o trabalho com anticorpos, que é o desenvolvimento de uma nova droga, em geral, demora por volta de dez a 15 anos.
Qual a importância de investir nesse tipo de pesquisa?
A ciência é a principal ferramenta que a gente tem para sair dessa situação. Falo isso olhando para o passado e comparando com outras situações parecidas que a humanidade viveu. Hoje em dia, vivemos uma tragédia terrível, mas em outros momentos, antes de termos conhecimentos suficientes sobre como as doenças infecciosas são transmitidas, elas matavam uma fração muito maior de pessoas. Apesar de estarmos em uma situação em que milhares de pessoas estão morrendo por dia, caso a gente não tivesse todo esse conhecimento acumulado de séculos de ciência, estaríamos vendo mais pessoas morrerem. Essa pandemia mata menos que pandemias antigas porque temos ciência. A covid 19 já nos mostrou o valor e a importância da ciência. Conseguimos desenvolver vacinas em um período muito curto, testar novas drogas e saber se elas funcionam ou não. Esse investimento em pesquisa é crucial para podermos resolver essa situação de uma forma bem ampla. Com o investimento do GDF, tivemos pesquisas que testaram novas terapias e estudos que mostraram perfis epidemiológicos. Isso ajuda o sistema de saúde a montar um sistema melhor. Os recursos de pesquisas foram e estão sendo cruciais para que o DF consiga responder aos desafios da pandemia.
Qual recado o senhor daria, hoje, para a população?
É importante pensarmos que estamos em um momento ruim. Estamos vivendo uma tragédia sanitária, que é o caso dessa pandemia, mas existe uma luz no fim do túnel. Estamos no meio de um pico, mas existem ferramentas para diminuir a reincidência da doença, do sofrimento causado por ela, desde que a gente leve as instruções de isolamento a sério, o uso de máscara, álcool gel; e quem puder, use as vacinas. As pessoas não devem perder a esperança. Estamos numa situação muito ruim, mas vai melhorar, se seguirmos as recomendações.
Dinheiro será investido no circuito turístico da cidade e também em sinalização, urbanização e iluminação
ANA LUIZA VINHOTE, DA AGÊNCIA BRASÍLIA I EDIÇÃO: CAROLINA JARDON
O projeto da Rota Cultural e Turística da Vila Planalto envolve diversos órgãos. Ela terá início e fim nos arredores da tradicional Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia (foto), marco cultural e arquitetônico da Vila Planalto fundado em 2 de abril de 1959 | Foto: arquivo / Agência Brasília
Prestes a completar 64 anos em abril, a Vila Planalto ganhou um presente antecipado. O governador Ibaneis Rocha destinou cerca de R$ 4 milhões para reformar a cidade. O anúncio foi feito nesa quinta-feira (25), durante a entrega da do Centro de Ensino Fundamental 01 (CEF 01) da região. Segundo o chefe do Executivo local, a verba é parte da primeira etapa de renovação do local.
“Eu tenho muito carinho pela Vila Planalto, que significa muito para Brasília. Não é só a comunidade que merece essa obra, mas toda a sociedade do Distrito Federal que frequenta um dos maiores polos gastronômicos da cidade. A população da capital frequenta esse ambiente que tem a história de Brasília”, destacou o governador Ibaneis Rocha.
Segundo a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, o montante será investido para o circuito turístico da Vila Planalto. “Como sinalização, calçadas, rotas acessíveis, urbanização, iluminação pública, entre outras”, adianta.
“Também estamos trabalhando na revitalização do Conjunto Fazendinha e a implantação do parque urbano, além de uma série de demandas trazidas pela comunidade como reparos de parquinhos, equipamentos esportivos e ciclovias”Ilka Teodoro, administradora do Plano Piloto
De acordo com a responsável pela cidade, o próximo passo é montar um cronograma de obras. “Também estamos trabalhando na revitalização do Conjunto Fazendinha e a implantação do parque urbano, além de uma série de demandas trazidas pela comunidade como reparos de parquinhos, equipamentos esportivos e ciclovias”, informa Ilka Teodoro
Projeto turístico-cultural
O projeto da Rota Cultural e Turística da Vila Planalto envolve diversos órgãos. Ela terá início e fim nos arredores da tradicional Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, marco cultural e arquitetônico da Vila Planalto fundado em 2 de abril de 1959.
O trajeto engloba ruas compartilhadas, com mais espaço e vez para pedestres, sinalização dos pontos turísticos, drenagem, preservação do conjunto tombado pelo patrimônio histórico, adequação de obras desconformes e edificações irregulares, qualificação dos espaços urbanos e desenvolvimento social e turístico.
Histórico
A Vila Planalto foi criada em 1957 para abrigar os acampamentos de operários que trabalhavam na construção da capital. O tombamento como Patrimônio Histórico do DF veio em 1988. O plano inicial era remover os trabalhadores após a inauguração de Brasília e transferi-los para as chamadas cidades-satélites – na nomenclatura atual, as denominadas regiões administrativas do Entorno.
Entretanto, seis acampamentos permaneceram no local, privilegiado pela proximidade com o centro do poder político e à beira do Lago Paranoá – fica a cerca de 500 metros do Palácio do Planalto, por exemplo. A cidade preserva características da época da construção, com reconhecido valor histórico no processo de ocupação do DF.
GDF socorre hospitais de Águas Lindas (GO) com o gás para evitar mortes por coronavírus
GIZELLA RODRIGUES, DA AGÊNCIA BRASÍLIA I EDIÇÃO: CAROLINA JARDON
O GDF ajuda o Entorno do DF a atender pacientes hospitalizados com covid-19. Desde terça-feira (23), a Secretaria de Saúde do DF já enviou 80 metros cúbicos de oxigênio para suprir o estoque de um dos hospitais de Águas Lindas (GO), ameaçado de entrar em colapso devido à falta do gás. O socorro foi feito graças ao fato de o governo da capital ter abastecimento suficiente de oxigênio para os próximos meses.
“Quando recebemos o pedido, a primeira coisa que fazemos é dimensionar se o envio do insumo vai nos desabastecer. No DF, no momento, não temos risco de desabastecimento”Bruno Tempesta, secretário-adjunto de Gestão em Saúde
“Quando recebemos o pedido, a primeira coisa que fazemos é dimensionar se o envio do insumo vai nos desabastecer. No DF, no momento, não temos risco de desabastecimento”, garante Bruno Tempesta, secretário-adjunto de Gestão em Saúde.
O prefeito de Águas Lindas, Lucas de Carvalho Antonietti, entrou em contato com o DF pela primeira vez na manhã de terça-feira (23) pedindo ajuda apenas para aquele dia, pois havia previsão do hospital ser abastecido às 17h. O GDF, então, enviou 40 metros cúbicos, divididos em 10 cilindros com capacidade de 2 m³ cada um e dois cilindros grandes com 10 m³ cada.
Mas o prefeito retomou o contato na manhã de quarta-feira (24) dizendo que o oxigênio que o município tinha adquirido só chegaria naquela tarde e que havia 40 pacientes correndo risco de morrer se não recebessem o gás. O GDF, então, na mesma manhã, mandou mais dois cilindros com capacidade de 20 m³ para socorrer o município.
O consumo médio dos pacientes hospitalizados no DF já chegou em 300 mil m³. Na primeira quinzena de março, com o aumento das internações, o consumo passou para 250 mil metros cúbicos| Foto: Breno Esaki / Agência saúde
Até a manhã desta quinta-feira (25), o fluxo de oxigênio ainda não havia sido restabelecido em Águas Lindas e mais um pedido de ajuda emergencial foi feito. A Secretaria de Saúde, então, entregou mais 20 m³. “Levamos dois cilindros cheios e trouxemos dois vazios”, conta Bruno Tempesta. A cidade goiana de Santo Antônio do Descoberto também pediu ajuda na última terça-feira (23), mas antes de a Secretaria de Saúde enviar o suprimento, o município restabeleceu o fluxo.
A ajuda, garante o secretário-adjunto, não compromete os estoques de oxigênio do DF, mesmo com o aumento do consumo registrado este mês. “Temos dois contratos: o do oxigênio líquido, que abastece os leitos de UTI e enfermaria, e o de oxigênio gasoso, que é o de cilindro. O número de pacientes internados e a criação de leitos, aumentou o consumo, mas esse aumento está dentro da cobertura contratual”, afirma Tempesta.
O contrato de oxigênio líquido é, em torno, de 5 milhões de metros cúbicos por ano, o que dá uma média de consumo estimado para o mês de 400 mil m³. O consumo médio dos pacientes hospitalizados no DF já chegou em 300 mil m³
Segundo o subsecretário, o contrato de oxigênio líquido é, em torno, de 5 milhões de metros cúbicos por ano, o que dá uma média de consumo estimado para o mês de 400 mil m³. O consumo médio dos pacientes hospitalizados no DF já chegou em 300 mil m³. Na primeira quinzena de março, com o aumento das internações, o consumo passou para 250 mil metros cúbicos.
No caso dos cilindros, o contrato da Secretaria de Saúde é de cerca de 250 mil m³ por ano, o que dá um consumo estimado de 20 mil m³ por mês. “O nosso consumo médio mensal é da ordem de 2 mil m³/mês. Também houve um aumento de consumo em março, foi para cerca de 1,5 mil m³ nas duas primeiras semanas, porém temos cobertura contratual suficiente para atender a demanda”, afirma.
Os contratos, respectivamente, vencem em dezembro e outubro e a Secretaria de Saúde já está elaborando um novo o edital de licitação para contratar uma nova empresa para fornecer oxigênio com o novo dimensionamento de uso. “O volume contratado será maior do que o contrato anterior”, ressalta. Os contratos são sob demanda, ou seja, só é pago o que foi consumido.
Para secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, o esforço para atender os pedidos de socorro do Entorno do DF vem de uma determinação do governador Ibaneis Rocha. “Ele não quer que pacientes venham a óbito por falta de oxigênio. E pessoas não atendidas no Entorno virão para o DF”, diz. “Só foi possível fazer isso (a ajuda emergencial) porque nossos estoques são suficientes para atender a população do DF e fazer esse suporte emergencial.
Secretarias de Educação e Saúde elaboram plano para imunizar 50 mil profissionais
AGÊNCIA BRASÍLIA* I EDIÇÃO: CAROLINA JARDON
Atualmente, o plano distrital de vacinação está na fase por idade e de algumas categorias profissionais |Arquivo / Agência Brasília
A Secretaria de Educação do Distrito Federal está elaborando em conjunto com a pasta da Saúde o plano de vacinação dos profissionais da rede pública de ensino contra a covid-19. O contingente a ser atendido é formado por pelo menos 50 mil pessoas — 25.979 professores efetivos, 10.500 professores temporários e 8.813 da carreira da assistência, além de aproximadamente 5 mil merendeiras, copeiras, do pessoal da limpeza e da vigilância.
O pessoal da educação está entre os públicos prioritários, conforme o Plano de Operacionalização da Vacinação da Secretaria de Saúde, e receberá as doses na medida em que o Ministério da Saúde abastecer o DF. Atualmente, o plano distrital está na fase de vacinação por idade e de algumas categorias profissionais.
O próprio governador Ibaneis Rocha avisou que os professores serão contemplados na próxima fase da vacinação. “Em breve – nós já estamos trabalhando isso com o secretário de Educação –, teremos, sim, o retorno às aulas, porque nós vamos vacinar todos os professores e todos os educadores do Distrito Federal”, afirmou na manhã da quinta-feira, 25, durante cerimônia de entrega do Centro de Ensino Fundamental 01, da Vila Planalto.
Ibaneis disse que o GDF está cumprindo etapas, vacinando primeiro o pessoal da saúde, porque estão na linha de frente do combate à pandemia. Na sequência, virão os professores e demais profissionais da educação. “As crianças também já não aguentam mais ficar em casa. Por maior esforço que se faça com as aulas pelo sistema que vem sendo adotado pela educação, mas nós precisamos cuidar também da saúde mental dessas crianças”, destacou.
O secretário de Educação, Leandro Cruz, agradeceu o empenho do governador. “Está claro que a educação é uma das prioridades de vacinação no Distrito Federal, atrás apenas do pessoal da Saúde, obviamente aqueles que estão deixando as suas famílias, os seus lares, na linha de frente de enfrentamento à covid-19”, frisou.