quinta-feira, 25 de março de 2021

Parque Educador seleciona 24 escolas públicas do DF

 


Devido à pandemia, o programa será realizado por meio de plataformas virtuais

Quatro escolas para cada um dos seis parques. Aulas começam no dia 30 | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental

O Instituto Brasília Ambiental, por meio da sua Unidade de Educação Ambiental (Educ), selecionou 24 escolas públicas do Distrito Federal para o Programa Parque Educador – 1º semestre de 2021. As inscrições para o projeto aconteceram entre os dias 3 e 16 de março deste ano e foi realizado através de um link, disponibilizado no site do Instituto.

De acordo com a coordenação do programa, o resultado do processo foi um sucesso, pois foi possível selecionar quatro escolas para cada um dos seis parques, conforme programado no edital. Devido à pandemia, o Projeto, que costuma fazer atividades de educação ambiental e patrimonial nas unidades de conservação, geridas pelo Instituto, será realizado por meio de plataformas virtuais e material didático impresso, para estudantes sem acesso aos recursos tecnológicos.

“O processo contou com 55 inscrições, sendo 24 escolas selecionadas, abrangendo diversas regiões administrativas do DF. As aulas virtuais começam no dia 30 de março”, enfatizou o coordenador do projeto, Luiz Felipe Blanco de Alencar.

As atividades serão desenvolvidas por professores capacitados e disponibilizados pela Secretaria de Educação do DF, que junto com a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), são parceiras do Brasília Ambiental nesta iniciativa.

O projeto, iniciado em 2018, já atendeu mais de 10 mil alunos em todo o DF. Foi pensado e idealizado para fortalecer a educação ambiental, ampliar o espaço educativo das escolas públicas e aumentar a integração dos parques com a comunidade. Os conteúdos estudados em sala de aula são ampliados por meio de trilhas guiadas, oficinas, práticas integrativas de saúde, palestras e vivências com a natureza, que só não serão possíveis este ano, devido às necessárias medidas de prevenção à Covid-19.

*Com informações do Brasília Ambiental


AGÊNCIA BRASÍLIA

Acidentes com motos e quedas lideram internações no Trauma do HB

 


Em 2020, em plena pandemia, 9,4 mil pessoas foram atendidas na unidade do Hospital de Base que é referência no país

Acidentes com motos são os mais graves que chegam ao HB. O motoboy Carlos Alberto, 33 anos, foi atendido na Sala Amarela e já teve alta  | Foto: Thays Rosário/Iges-DF

As quedas e os acidentes envolvendo motocicletas foram as principais causas de internações na Sala Amarela da Unidade de Trauma do Hospital de Base (HB) em 2020. Em pleno ano da pandemia do coronavírus, 9,4 mil pessoas foram atendidas na sala para casos de média complexidade. O balanço foi divulgado pelo Serviço de Medicina do Trauma do HB, unidade administrada pelo Instituto de Gestão de Estratégica de Saúde (Iges-DF) e referência nacional nessa área.

Os registros mostram que, do total dos acidentados atendidos, mais de 2 mil haviam sofrido quedas de lugares altos como escadas e obras. Outras 1,5 mil internações foram de pessoas que sofreram “quedas da própria altura”, causadas por episódios como desequilíbrio, desmaio ou ataque epilético. Já os casos de pacientes internados por causa de acidentes de trânsito com motocicleta tiveram um índice menor que esses e somaram 1,2 mil.

Em 2020, a média foi de 812 atendimentos a cada mês na Sala Amarela, números que, no período de março a maio, foram reduzidos: cerca de 600 internações. A média mais baixa foi registrada justamente nos três primeiros meses da pandemia do coronavírus, quando se registrou a maior taxa de isolamento social da população do DF e do Entorno.

“Temos um time de trauma 24 horas, uma unidade de suporte avançado ao trauma e um banco de sangue 24 horas, além de realizarmos exames laboratoriais e de imagem 24 horas”Renato Lins, chefe do Serviço de Medicina do Trauma do HB

“O que dá para tirar de lição é a importância da prevenção”, destaca o médico Renato Diniz Lins, chefe do Serviço de Medicina do Trauma do HB. “Quanto menos pessoas desconcentradas ou alcoolizadas circulam nas ruas, menos acidentes de trânsito são registrados, sendo que os motociclistas são os perfis mais envolvidos em acidentes graves.”

Renato Lins ressalta que, embora as restrições de circulação de pessoas impostas pela pandemia sejam temporárias, as estatísticas da Unidade de Trauma do HB podem servir para reforçar a recomendação de que a prevenção ainda é o melhor remédio. “Agindo de forma preventiva, é possível diminuir os casos de acidentes que geram traumas, por vezes irreversíveis”, ensina. “Temos que ter a consciência de voltar às ruas de maneira segura.”

Estrutura que salva

Muitas vítimas desses tipos de acidentes contam com a estrutura da Unidade de Trauma do HB para que, mesmo em tempos de pandemia, consigam atendimento rápido e eficiente. Foi o caso do motoboy Carlos Alberto de Souza, de 33 anos, que mora em Luziânia e faz entrega por aplicativo em Brasília.

Na semana passada, ao fazer mais uma entrega, Carlos sofreu um acidente de trânsito na W3 Sul. Fraturou uma costela e lesionou o baço. Socorrido, recebeu atendimento no Hospital de Base, onde o tratamento foi preciso e não consumiu muito tempo. Na terça-feira (23), Carlos já estava de alta. “Eu tinha grandes chances de precisar de cirurgia, mas, como recebi o tratamento adequado e de forma rápida, não foi necessário”, comemora.

O médico Renato Lins reforça que Carlos Alberto não precisou fazer cirurgias porque o Trauma do Hospital de Base tem equipamentos e profissionais qualificados para prestar o atendimento exigido para cada paciente. “Temos um time de trauma 24 horas, uma unidade de suporte avançado ao trauma e um banco de sangue 24 horas, além de realizarmos exames laboratoriais e de imagem 24 horas”, destaca. “Estamos prontos para essas emergências.”


AGÊNCIA BRASÍLIA

Rafael Fonteles apresenta ações do Investe Piauí para empresários na ZPE de Parnaíba

 


O objetivo é atrair investidores para desenvolver áreas estratégicas e fortalecer a geração de emprego e renda no estado.

O coordenador do PRO Piauí e secretário de Estado da Fazenda, Rafael Fonteles, esteve, nessa quarta-feira (24), em Parnaíba, para conversar com empresários e visitar obras que serão impulsionadas pelo programa Investe Piauí, que é um segmento do PRO Piauí voltado para a atração de investimentos privados em todas as regiões do estado, visando à geração de emprego e renda.

Os empresários conheceram diversas oportunidades de investimentos no litoral do Piauí, inclusive na Zona de Processamento de Exportação de Parnaíba (ZPE Parnaíba). Rafael Fonteles fez uma apresentação sobre a Investe Piauí, destacando as principais vantagens para os investidores. Na ocasião, já foram anunciados investimentos.

O coordenador do PRO Piauí esteve com empresário espanhol José Jimenez, da empresa J&C Indústria de Materiais Esportivos, que anunciou a instalação de uma fábrica de kitesurf na ZPE. “A ideia é que ele monte uma indústria de produção de material para o kitesurf na área da ZPE, a qual terá também um parque empresarial adjacente com foco no mercado nacional. Essa indústria vai exportar também para vários países. Estamos aqui acertando os últimos detalhes desse protocolo de intenção, para que a fábrica comece os trabalhos ainda neste ano”, destaca Rafael Fonteles.

O presidente da Agência de Atração de Investimentos Estratégicos do Piauí (Investe Piauí), o economista Victor Hugo Saraiva de Almeida, acrescentou que Parnaíba vai sediar a única fábrica de kitesurf fora da Ásia. Portanto, nos próximos anos será a referência como centro de produção de kitesurf e de material de esportes aquáticos de todo continente americano.

O empresário agradeceu o apoio que tem recebido do Governo do Estado para instalação da indústria. “A gente está muito agradecido com a ajuda que todos estão dando, só temos palavras de agradecimento e tomara que a gente consiga retribuir com trabalho e emprego para ajudar as pessoas”, afirma José Jimenez.

Investe Piauí

A Investe Piauí tem como missão a atração de investimentos estratégicos que irão fortalecer a nossa economia com iniciativas, a exemplo da ZPE Parnaíba, do Porto de Luís Correia, de Parques Empresariais a serem implantados nas nas cidades-polo do estado e o Distrito Tecnológico e Criativo de Teresina.

A ZPE Parnaíba apresenta diversas características interessantes aos investidores, como incentivo fiscal, apoio logístico, fiscal e estrutural, além de uma excelente localização geográfica no contexto do comércio internacional. “Estamos estreitando esse contato com os empresários que acreditam no potencial econômico do nosso litoral piauiense e estão interessados em conhecer essas oportunidades de investimentos”, comenta Victor Hugo.

Governo do Piauí 

PPP da Transcerrados é apresentada a investidores na Bolsa de Valores

 


Objetivo foi divulgar a PPP para o mercado, esclarecer dúvidas e atrair empresas e consórcios para participarem do leilão da rodovia, que será realizado em maio.

A safra de grãos no Piauí bateu recorde no período de 2020/2021, produzindo mais de 5 milhões de toneladas, sendo 2,8 milhões delas apenas na cultura de soja. E a perspectiva é que essa produção seja dobrada com a concessão da Rodovia Transcerrados, cujo projeto de Parceria Público-Privada (PPP) foi apresentado a potenciais investidores nessa quarta-feira (24), em evento organizado pela Bolsa de Valores (B3), com apoio do Governo do Piauí, por meio da Superintendência de Parcerias e Concessões do Piauí (Suparc).

O roadshow da PPP da Transcerrados foi realizado de forma virtual em razão da pandemia da Covid-19, com transmissão pelo site da B3, e está disponível para acesso no link tvb3.com.br. O objetivo do evento foi divulgar a PPP para o mercado, esclarecer dúvidas e atrair empresas e consórcios para participarem do leilão da rodovia, que será realizado em maio.

“É um dia importante para o maior projeto de infraestrutura rodoviária do Piauí, a PPP da Transcerrados. Tivemos esse encontro com o mercado para falar um pouco sobre a estrada que vai reposicionar o nosso estado no setor agrícola e que também tem grande importância para a população da área, sendo em um eixo de transformação econômica e social do nosso estado. São 25 cidades abrangidas neste projeto e que serão impactadas positivamente, tanto com a geração de emprego e renda, mas também com a possibilidade de incremento de novos serviços”, enfatizou Viviane Moura, superintendente da Suparc.

A Transcerrados compreende as rodovias PI-397 e PI-262 (estrada da Palestina) e é peça chave no escoamento de soja, milho e outros grãos produzidos na Matopiba, território que reúne os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a nova fronteira agrícola nacional.

O governador Wellington Dias fez uma participação no evento e comentou que a Transcerrados tem um grande potencial para investimentos e fomentar a economia piauiense. “A região da Matopiba é a que mais cresce do ponto de vista econômico. Ela tem uma grande expansão anual de área plantada e de produtividade, que só não é mais acelerada por dificuldades de infraestrutura. Estamos trabalhando para realizar ações de mobilidade em regiões do Piauí economicamente importantes. Essa rodovia vai melhorar a questão de transporte na região, também com a interligação com a ferrovia Transnordestina em direção ao Ceará e Pernambuco, que está em obras”, disse o gestor.

O diretor-executivo da Aprosoja-PI, Rafael Maschio, destacou que a rodovia é muito aguardada pelo setor do agronegócio no Cerrado piauiense pela contribuição que dará para a produção de grãos e fibras. “O ano de 2020/2021 teve uma safra recorde no estado, produzindo cerca de 5,3 milhões de grãos. E é importante frisar que o Piauí é o maior produtor de milho do Nordeste, um produto da cesta básica que é muito comercializado na região. A perspectiva é que o número dobre com a implantação da Transcerrados, então é incontestável a geração de emprego e renda para o estado que essa estrada vai trazer”, explicou o empresário.

Esta é a primeira licitação do Piauí na Bolsa de Valores. A B3 é um dos maiores articuladores de integração entre os projetos do poder público e o interesse da iniciativa privada, especialmente no setor de estradas. Alguns dos projetos licitados com assessoria da B3 foram concessões rodoviárias da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) e diversas concessões estaduais, entre elas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

O superintendente de Processos Licitatórios da B3, Guilherme Peixoto, foi o mediador do roadshow e também falou sobre o cronograma da licitação, destacando os prazos das etapas do processo e medidas a serem adotadas pela B3 durante o leilão. “A B3 entende o seu papel institucional de contribuir com a agenda de infraestrutura, que tanto ajuda e muda a vida das pessoas. Os projetos que assessoramos são aqueles em que acreditamos, que têm governança e toda a estruturação adequada. Temos muita confiança e tranquilidade de trazer esse projeto aos nossos investidores e somos gratos ao Piauí pela oportunidade”, destacou Guilherme.

A empresa vencedora da licitação da Transcerrados ficará responsável pelos serviços públicos de conservação, recuperação, construção, manutenção, implantação de melhorias e operação de uma área com extensão de 276,8 km. O contrato de concessão será de 30 anos e a previsão é de investimentos superiores a R$ 800 milhões.

Governo do Piauí 

Adapi confirma dois focos de peste suína em Demerval Lobão

 


Os casos foram notificados à Organização Mundial da Saúde Animal pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), confirmou a ocorrência de dois focos de peste suína clássica (PSC) no estado. Os focos foram confirmados no dia 22 de março, em dois criatórios de suínos para subsistência no município de Demerval Lobão.

Em ambos os estabelecimentos, onde foram confirmados os focos, os suínos doentes apresentaram conjuntivite, tosse, diarreia, apatia e febre, associados à morte de leitões. As propriedades foram interditadas pela equipe da Adapi (Serviço Veterinário Estadual) desde o primeiro atendimento. Após as interdições, 11 suínos foram sacrificados na quarta-feira (24) e foi feita a desinfecção das instalações e vazio sanitário.

Os casos foram notificados à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a equipe da Adapi segue monitorando a região para rastrear possíveis vínculos epidemiológicos no município.

“Estamos articulando a criação de um Comitê de Monitoramento da Peste Suína em Demerval Lobão, composto pela Adapi, Ministério da Agricultura, por meio da Superintendência do Piauí, Secretaria de Estado do Agronegócio, prefeitura do município e a iniciativa privada. O objetivo é monitorar a região e as criações para que a peste não se espalhe. Estamos hoje indo a Demerval Lobão e iniciaremos uma ação enérgica para conter os casos”, disse o superintendente do Ministério da Agricultura no Piauí, Germano Coelho.

O estado do Piauí faz parte da zona não reconhecida como livre de peste suína clássica, com outros 10 estados: Alagoas, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco). A ocorrência, portanto, não altera a situação sanitária da zona livre de PSC reconhecida pela OIE, não justificando restrições ao comércio internacional de suínos e seus produtos. Além disso, a doença não é transmitida para seres humanos, não impactando a saúde pública.

Governo do Piauí 

Indústria de material esportivo confirma instalação na ZPE Parnaíba

 


A J & C Industria de Materiais Esportivos Ltda deve iniciar a produção industrial de pranchas e outros equipamentos para kitesurf ainda neste primeiro semestre de 2021.

Mais dois grupos empresariais foram recebidos em Parnaíba, nesta quarta-feira (24), interessados na implantação de negócios industriais na região do litoral piauiense, incluindo as adjacências do porto marítimo de Luís Correia, onde será implantado o Parque Empresarial Complexo Portuário, e a ZPE Parnaíba. As novas plantas industriais serão viabilizadas pelos incentivos do programa Investe Piauí, um segmento do PRO Piauí, criado pelo Governo do Estado para promover desenvolvimentos setoriais em todas as regiões do estado.

O receptivo aos investidores foi coordenado pelo secretário de Estado da Fazenda e coordenador do PRO Piauí, Rafael Fonteles, acompanhado do presidente do Investe Piauí e da ZPE Parnaíba, Victor Hugo Saraiva, e do vice-presidente da ZPE, Paulo Roberto Cardoso. O ex-deputado federal do Ceará Antônio Balhmann Cardoso, um dos responsáveis por grandes projetos de desenvolvimento daquele estado, entre eles a ZPE do Pecém, também estava presente. Ele, atualmente, faz parte do esforço do Governo do Piauí para desenvolver o PRO Piauí.

O encontrou resultou na confirmação de que a organização J & C Industria de Materiais Esportivos Ltda se instalará em local já estruturado pelo Governo do Estado na área da ZPE Parnaíba para iniciar a produção industrial de pranchas e outros equipamentos para kitesurf, ainda neste primeiro semestre de 2021. A produção será destinada aos mercados nacional e internacional.

O empresário espanhol Jose Jimenez esteve reunido com a comitiva liderada pelo secretário de Estado da Fazendo, Rafael Fonteles, quando fez uma explanação a respeito do potencial e dos canais que a empresa detém tanto no mercado nacional quanto internacional. Ele falou ainda da possibilidade de agregar à atividade da indústria projetos de responsabilidade social para beneficiar a comunidade local em diversas modalidades esportivas.

Para Rafael Fonteles, os investimentos privados a serem implementados na região terão como principal efeito a geração de emprego, renda e melhoria da qualidade de vida das populações locais. Nesse sentido, ele reafirmou o apoio do governador Wellington Dias para que a ZPE Parnaíba esteja, em breve, funcionando na sua capacidade plena de receber grandes indústrias, conforme os encaminhamentos já feitos. Atualmente, a zona que passará a ser uma das subsidiárias do Investe Piauí já tem duas indústrias produzindo regularmente e exportando.

Governo do Piauí

CMO vota Orçamento 2021 nesta quinta-feira

 


A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deve concluir nesta quinta-feira (25) pela manhã a votação da proposta orçamentária deste ano (PLN 28/2020).  Mais tarde, o Congresso Nacional se reunirá por meio remoto para votar o Orçamento 2021.

O relator-geral do Orçamento, senador Marcio Bittar (MDB-AC), apresentou no domingo (21) seu relatório final. Ele ainda pode fazer alterações e suprimir trechos antes de submetê-lo à votação na CMO. É o parecer da CMO sobre o relatório que o Congresso analisará. 

Nesta quarta-feira (24), pela manhã, a reunião da CMO foi suspensa após a oposição decidir obstruir a votação do relatório. Com isso, os líderes partidários passaram a buscar um acordo e a reunião foi transferida para esta quinta, às 10 horas.

Os parlamentares da oposição e até mesmo da base de apoio questionaram vários pontos do relatório de Bittar. Eles pediram mais recursos para a saúde, a educação, a ciência e tecnologia, a infraestrutura, a segurança e o turismo, além de ações para combate às drogas e à violência contra mulheres. Um dos pontos mais criticados foi a retirada de 90% dos recursos que seriam destinados ao IBGE para a realização do Censo Demográfico. Já para a presidente da CMO, deputada Flávia Arruda (PL-DF), e para o líder do governo na CMO, deputado Claudio Cajado (PP-BA), o relatório é “justo e realista”.

PIB

A proposta orçamentária para 2021 prevê crescimento de 3,2% do produto interno bruto (PIB),com base em dados de novembro de 2020. Com a pandemia, a economia encolheu 4,1% em 2020, o pior resultado em 25 anos.

A meta fiscal é um déficit de R$ 247,1 bilhões para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência), ante o recorde de R$ 743,1 bilhões em 2020, também devido à covid-19. O resultado primário está no vermelho desde 2014.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senadores lamentam 300 mil mortes por covid-19 e criticam atuação do governo

 


Da Redação | 24/03/2021, 20h16

Nesta quarta-feira (24) o Brasil chegou a 300 mil mortes confirmadas por covid-19 desde o início da pandemia. Nas redes sociais, senadores lamentaram o fato e muitos deles atribuíram o número — o segundo maior do mundo — à inação do governo federal no enfrentamento à doença.

Líder da oposição, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) cobrou uma apuração judicial da condução do presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a pandemia. Ele também destacou que o Ministério da Saúde estabeleceu nesta quarta-feira (24) uma mudança na forma de contagem das mortes, o que reduz o número oficial de vítimas da covid-19.

“Mudar a forma de contagem não altera o número de mortes, não consola as famílias, não evita que mais milhares morram. A vacina, que o governo tanto negou, é que evita mais mortes. A história cobrará, mas a justiça deve cobrar agora”, escreveu Randolfe.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), lamentou a marca “terrível e triste” e reforçou a urgência de trazer vacinas para o Brasil.

“É um momento da vida nacional em que a dor individual é coletiva. Precisamos trabalhar em um grande pacto nacional para garantir vacina para todos. O Parlamento brasileiro fez e continuará fazendo a sua parte”, afirmou Alcolumbre.

Aglomerações e fake news

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) enumerou atitudes do governo federal que, segundo ela, contribuíram para o alto número de vidas perdidas. Entre elas estão a promoção de aglomerações por Jair Bolsonaro e a negação da gravidade da doença.

“300 mil vidas perdidas, não só pelo vírus, mas pela atuação do presidente que, intencionalmente, espalhou fake news sobre efeitos da vacina, desestimulou o uso de máscaras, fez propaganda de medicamentos ineficazes, foi à justiça contra medidas restritivas de circulação, chamou de ‘mimimi’ a dor das famílias enlutadas”, apontou Zenaide.

O senador Humberto Costa (PT-PE) acusou Bolsonaro de mentir com a nova metodologia de contagem de mortes e disse que o presidente tenta disfarçar a crise.

“Omissão, descaso, negacionismo, irresponsabilidade. Diante do recorde de mortes, o governo Bolsonaro adota como medida esconder os dados. O combate à Covid pelo governo se dá assim: mentindo sobre o número de vítimas. Ridículo!”, protestou.

Já o senador Cid Gomes (PDT-CE) pediu o afastamento de Bolsonaro da condução dos assuntos referentes à pandemia. Para ele, o Congresso deve substituir o presidente nesse papel de liderança.

“Bolsonaro é o grande culpado por esta tragédia. Dele, não se espera mais nada. A sociedade brasileira deve tomar para si o combate ao coronavírus. Precisamos reunir as forças políticas, empresariais, religiosas e tantas outras para criarmos um projeto nacional de enfrentamento à pandemia.  Que deve ser liderado pelo Congresso, pois é ele o depositário do voto popular”, escreveu.

Comitê nacional

Ainda nesta quarta foi criado um um comitê nacional para definir ações de enfrentamento à pandemia de covid-19, que reunirá o governo federal, o Senado, a Câmara dos Deputados, governadores e prefeitos. Nas redes sociais, os parlamentares também falaram sobre o fato, destacando que a medida pode representar união e organização no combate à pandemia, que a medida pode representar.

O senador Dário Berger (MDB-SC) ponderou que o estabelecimento de uma coordenação nacional para atravessar a crise chega com atraso, mas, mesmo assim, é uma “excelente notícia”.

“Com ações integradas, sem politização, união e foco na vacinação é que venceremos essa guerra”, escreveu ele.

O senador Jorginho Mello (PL-SC) disse que acompanhou “com otimismo” a reunião no Palácio da Alvorada, nesta quarta, que anunciou a criação do comitê, e elogiou a presença dos três poderes no encontro.

“Temos que remar para o mesmo lado para que o Brasil avance na vacinação e não falte remédio, insumos e leitos”.

Já o senador Rogério Carvalho (PT-SE) expressou ceticismo com a postura do governo federal, mas salientou que o papel do comitê será importante.

“É urgente para o Brasil que haja efetividade nas ações desta comissão de trabalho entre os poderes para impedir que mais vidas sejam perdidas”.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também criticou a demora em se estabelecer um núcleo integrado de ações, e mencionou que o Brasil ultrapassou a marca das 300 mil mortes por covid-19. Para ela, Bolsonaro precisa indicar uma mudança de rumo.

“Mesmo tarde, [Bolsonaro] começa a entender que só com a cooperação de todos a crise será contida. Chega de politizar essa doença! Precisamos de racionalidade”

Alguns dos senadores que comentaram a reunião afirmaram que ela teve o propósito de ser uma mera distração. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) classificou o comitê como um “embuste”.

“Só uma estratégia para dividir desgastes. Aceleração da vacinação, mais leitos de UTI e insumos? Nada, só enrolação”.

Líder da minoria, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) também manifestou descrença, avaliando que o maior problema do país para enfrentar a crise é próprio presidente Jair Bolsonaro e suas atitudes “negacionistas”. 

”Qualquer pacto contra a covid que não contemple uma profunda mudança de postura do presidente e até do governo será apenas um pacto para salvar Bolsonaro, nunca um plano para salvar a população. É preciso que ele faça uma autocrítica pública de seu boicote às medidas sanitárias e da negligência com a compra de vacinas, medicamentos e insumos” — declarou Jean Paul Prates.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Para senadores, falta de diplomacia do governo prejudica a aquisição de vacinas

 


Da Redação | 24/03/2021, 22h17

Em sessão remota nesta quarta-feira (24), senadores apontaram a responsabilidade do Itamaraty pelo atraso no acesso a vacinas e insumos vindos de outros países para o Brasil. Eles cobraram do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, gestões diplomáticas para acelerar a obtenção de imunizantes contra a covid-19 e pediram a renúncia do ministro.

Autor do requerimento para a sessão, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) apontou diversas falhas na condução da política externa durante a pandemia, com declarações ofensivas contra outros países por parte de integrantes do governo. Ele questionou o ministro sobre o motivo de descumprir seu papel constitucional e atuar contra interesses do Brasil “com viés ideológico e contrário às recomendações diplomáticas e da ciência”.

— Perdoem-me por ter sido, talvez, contaminado com a emoção, mas quando se fala de vida, estou falando de história, de relações, de famílias dilaceradas pela covid-19, mas que tem a digital inegável do presidente da República, do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Saúde — lamentou o senador.

A presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senadora Kátia Abreu (PDT-TO), classificou o quadro diplomático como “desastroso”. Ela apontou recorrentes problemas com parceiros comerciais relevantes do país, como China e Estados Unidos, e tratamento descortês com o presidente da Organização Mundial de Saúde (OMS), que estaria impedindo o acesso do Brasil um excedente de vacinas controlado pela organização.

— Esse é o meu questionamento: o senhor se sente à vontade para ter sucesso nessa empreitada, que é a maior que nós temos hoje? Nós precisamos vacinar um terço da população, nós precisamos vacinar 70 milhões de brasileiros para conter a desgraça que estamos vivendo. Nós teremos essa vacina, senhor chanceler? — questionou a senadora.

Mal entendido

Em resposta aos senadores, o chanceler negou ter hostilizado representantes de outros países e afirmou que o Brasil não tem problemas diplomáticos que estejam dificultando a obtenção de imunizantes. Ele destacou conversas com Estados Unidos, Reino Unido e Índia para a aquisição de diferentes vacinas.

Segundo o ministro, somente a partir da estratégia traçada pelo Ministério da Saúde, o Itamaraty entra para participar das negociações internacionais. Ernesto Araújo disse que nenhuma questão política está impedindo a importação de vacinas e de insumos.

— Vossas Excelências estão alegando que há uma deficiência no trabalho do Itamaraty na questão das vacinas, isso é absolutamente improcedente. Tenho aqui todos os elementos para mostrar que nós temos conseguido obter tudo aquilo que está dentro da estratégia do plano de vacinação brasileiro. Como eu digo, novamente reitero, nós somos um braço de relacionamento externo desse programa de vacinação. O Itamaraty não define o programa de vacinação, o Itamaraty não define as vacinas a serem compradas — disse o ministro.

Patentes

Ao abrir a sessão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a Casa não poderia se furtar de discutir temas como o posicionamento do Brasil em fóruns internacionais, inclusive na questão das patentes.

— Todos sabemos que essa tem sido uma das mais relevantes questões nas negociações multilaterais no que concerne à pandemia — lembrou

O ministro foi questionado por senadores sobre a posição contrária do Itamaraty à quebra de patentes das vacinas apoiada por outros países emergentes, como a Índia e a África do Sul. Os defensores da medida alegam que, com as patentes suspensas temporariamente, os imunizantes seriam produzidos em sua versão genérica em larga escala, possibilitando o acesso de maneira mais rápida e com custo menor para os governos.

Zenaide Maia (Pros-RN) e Paulo Paim (PT-RS) defenderam a suspensão da propriedade intelectual como forma de produzir vacinas em número suficiente para ajudar a diminuir a crise humanitária em todo o mundo. Para Paim, há um “apartheid de vacinas” no mundo.

— Enquanto falamos, o povo está morrendo. Sabemos que a vacinação para todos é a única solução na guerra contra o vírus, cada vez mais letal. Há quase 130 países, onde vivem em torno de 2,5 bilhões de pessoas, praticamente nenhuma vacina chegou. Essa é uma pandemia global. Precisamos de uma resposta global, que inclua a vacinação em todo o planeta — alertou Paim.

Em resposta aos senadores, o ministro afirmou não ter nada contra a proposta de quebra feita pela Índia, mas disse acreditar que a medida não é necessária porque o sistema de propriedade intelectual tem flexibilidade e já permite a quebra de patentes para a produção local. Ele disse, ainda, que o Brasil não teria condições de produzir algumas das vacinas.

— A nossa ideia é a de que isso não resolveria, necessariamente, o problema agora e poderia criar problemas depois, para a pesquisa e desenvolvimento de novas vacinas que virão a ser necessárias para novas variantes ou para outras pandemias no futuro — disse o chanceler. Ele afirmou estar disposto a trabalhar junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) em defesa do que chamou de uma “terceira via” na questão das patentes.

Israel

Os senadores Daniella Ribeiro (PP-PB) e Marcelo Castro (MDB-PI), ex-ministro da Saúde, questionaram Ernesto Araújo sobre a ida de uma comitiva brasileira chefiada por ele a Israel. O objetivo era fazer um acordo sobre o spray nasal EXO-CD24, ainda sem eficácia comprovada. De acordo com a senadora, o acordo assinado pelo ministro obriga o Brasil a testar o medicamento.

— Esse documento está classificado como reservado, mas o Senado tem condições de solicitar. O documento obriga que os brasileiros sejam testados sem que haja, por parte da 'Anvisa de Israel', nenhuma certificação de que esse medicamento tenha comprovação científica — acusou a senadora.

Também ex-ministro da Saúde, o senador Humberto Costa (PT-PE) citou a denúncia de que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, teria feito pressão para que o Brasil não comprasse a vacina Sputnik V, da Rússia. O ministro disse não ter conhecimento desse fato.

Demissão

Vários senadores se disseram insatisfeitos com as respostas do ministro. Alguns deles se dirigiram ao chanceler pedindo que ele renuncie ao cargo. Foi o caso Tasso Jereissati, que classificou o chanceler de "dificultador" da relação do Brasil com outros países e fez um apelo para que ele se afaste.

— Esse momento seu é ruim para o país. Em nome do país e desses que podem morrer daqui para lá, renuncie e bote um diplomata — peça ao seu amigo presidente — que tenha acesso fácil, que tenham uma visão difícil, que tem amizades até em todas essas instâncias internacionais.

A senadora Simone Tebet, por sua vez, disse que o gesto da exoneração do ministro seria uma redenção do Brasil perante a China e os Estados Unidos, o que facilitaria a obtenção de vacinas desses dois países.

Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Rose de Freitas (MDB-ES) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) pediram consciência por parte de Ernesto Araújo da importância do cargo que ocupa. Para eles, a questão não é pessoal e o ministro precisa pensar nas vidas que estão sendo perdidas.

— Por favor, chanceler, ponha a cabeça no travesseiro, pense com consciência, se não valeria a pena o senhor abrir mão desse cargo. (...) Eu tenho certeza de que agora, para o Brasil, é melhor sem o senhor. Peça para sair e durma com a consciência tranquila, que o senhor vai ajudar a salvar vidas — pediu Mara Gabrilli.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pacheco determina apuração de gesto de assessor do Planalto durante sessão do Senado

 


Da Redação | 24/03/2021, 22h38

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou ao Plenário que determinou à Secretaria Geral da Mesa que apure gesto feito por Filipe Martins, assessor Internacional do presidente da República, Jair Bolsonaro. O gesto foi denunciado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ainda durante a sessão desta quarta-feira (24). Martins estava acompanhando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, na sala de transmissão da sessão temática remota do Plenário do Senado. O ministro havia sido chamado para falar das ações da pasta na compra de vacinas contra o coronavírus.

De acordo com Rodrigo Pacheco, a Secretaria da Mesa colherá as informações necessárias sobre o ocorrido e as encaminhará à Policia Legislativa.

O assessor do Planalto estava um pouco atrás de Pacheco enquanto este abria a sessão, e repetiu gestos com os dedos da mão direita. O senador Jean Paul Prates (PT-RN) lamentou o ocorrido e disse que o Senado “não é lugar pra fazer gracinha ou pagar aposta com alguém”.

— Aliás, continuo perturbado pela presença do assessor que fez esses gestinhos, aí atrás do Presidente do Senado. Não sei nem que gesto importa tanto, se é um neofascista, se é uma ofensa depreciativa, o fato é que aqui não é local, nem momento para fazer gracinha, pagar aposta para ninguém. Não sei o que é isso aí, mas vai ser investigado. 

Em sua conta no Twitter, Martins alegou que estava apenas mexendo na lapela de seu paletó. O tweet foi encaminhado à Secretaria Geral da Mesa pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) como mais um elemento para apuração do episódio.

Ao comunicar aos senadores a decisão de apurar a conduta de Martins, o presidente do Senado acrescentou que não fará pré-julgamentos e que haverá respeito ao devido processo legal, à ampla defesa e à presunção de inocência. 

"Deboche"

Durante a sessão, Randolfe apontou os gestos de Martins, que tiveram repercussão nas redes sociais, e entendeu que o próprio presidente do Senado estava sendo desrespeitado. Para ele, foi uma ofensa a Rodrigo Pacheco e ao Plenário do Senado. Por meio de uma questão de ordem, Randolfe pediu que Martins se explicasse ou que fosse conduzido pela Polícia Legislativa para fora das dependências do Senado. O senador chegou a pedir a suspensão da sessão. Os gestos foram classificados por Randolfe como "obscenos" e de "deboche".

— Ele estava ironizando a fala do presidente da nossa Casa. Isso é inaceitável e intolerável. Basta o desrespeito que esse governo está tendo com mais de 300 mil mortos [na pandemia] — declarou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado