quinta-feira, 25 de março de 2021

Para senadores, falta de diplomacia do governo prejudica a aquisição de vacinas

 


Da Redação | 24/03/2021, 22h17

Em sessão remota nesta quarta-feira (24), senadores apontaram a responsabilidade do Itamaraty pelo atraso no acesso a vacinas e insumos vindos de outros países para o Brasil. Eles cobraram do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, gestões diplomáticas para acelerar a obtenção de imunizantes contra a covid-19 e pediram a renúncia do ministro.

Autor do requerimento para a sessão, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) apontou diversas falhas na condução da política externa durante a pandemia, com declarações ofensivas contra outros países por parte de integrantes do governo. Ele questionou o ministro sobre o motivo de descumprir seu papel constitucional e atuar contra interesses do Brasil “com viés ideológico e contrário às recomendações diplomáticas e da ciência”.

— Perdoem-me por ter sido, talvez, contaminado com a emoção, mas quando se fala de vida, estou falando de história, de relações, de famílias dilaceradas pela covid-19, mas que tem a digital inegável do presidente da República, do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Saúde — lamentou o senador.

A presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senadora Kátia Abreu (PDT-TO), classificou o quadro diplomático como “desastroso”. Ela apontou recorrentes problemas com parceiros comerciais relevantes do país, como China e Estados Unidos, e tratamento descortês com o presidente da Organização Mundial de Saúde (OMS), que estaria impedindo o acesso do Brasil um excedente de vacinas controlado pela organização.

— Esse é o meu questionamento: o senhor se sente à vontade para ter sucesso nessa empreitada, que é a maior que nós temos hoje? Nós precisamos vacinar um terço da população, nós precisamos vacinar 70 milhões de brasileiros para conter a desgraça que estamos vivendo. Nós teremos essa vacina, senhor chanceler? — questionou a senadora.

Mal entendido

Em resposta aos senadores, o chanceler negou ter hostilizado representantes de outros países e afirmou que o Brasil não tem problemas diplomáticos que estejam dificultando a obtenção de imunizantes. Ele destacou conversas com Estados Unidos, Reino Unido e Índia para a aquisição de diferentes vacinas.

Segundo o ministro, somente a partir da estratégia traçada pelo Ministério da Saúde, o Itamaraty entra para participar das negociações internacionais. Ernesto Araújo disse que nenhuma questão política está impedindo a importação de vacinas e de insumos.

— Vossas Excelências estão alegando que há uma deficiência no trabalho do Itamaraty na questão das vacinas, isso é absolutamente improcedente. Tenho aqui todos os elementos para mostrar que nós temos conseguido obter tudo aquilo que está dentro da estratégia do plano de vacinação brasileiro. Como eu digo, novamente reitero, nós somos um braço de relacionamento externo desse programa de vacinação. O Itamaraty não define o programa de vacinação, o Itamaraty não define as vacinas a serem compradas — disse o ministro.

Patentes

Ao abrir a sessão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a Casa não poderia se furtar de discutir temas como o posicionamento do Brasil em fóruns internacionais, inclusive na questão das patentes.

— Todos sabemos que essa tem sido uma das mais relevantes questões nas negociações multilaterais no que concerne à pandemia — lembrou

O ministro foi questionado por senadores sobre a posição contrária do Itamaraty à quebra de patentes das vacinas apoiada por outros países emergentes, como a Índia e a África do Sul. Os defensores da medida alegam que, com as patentes suspensas temporariamente, os imunizantes seriam produzidos em sua versão genérica em larga escala, possibilitando o acesso de maneira mais rápida e com custo menor para os governos.

Zenaide Maia (Pros-RN) e Paulo Paim (PT-RS) defenderam a suspensão da propriedade intelectual como forma de produzir vacinas em número suficiente para ajudar a diminuir a crise humanitária em todo o mundo. Para Paim, há um “apartheid de vacinas” no mundo.

— Enquanto falamos, o povo está morrendo. Sabemos que a vacinação para todos é a única solução na guerra contra o vírus, cada vez mais letal. Há quase 130 países, onde vivem em torno de 2,5 bilhões de pessoas, praticamente nenhuma vacina chegou. Essa é uma pandemia global. Precisamos de uma resposta global, que inclua a vacinação em todo o planeta — alertou Paim.

Em resposta aos senadores, o ministro afirmou não ter nada contra a proposta de quebra feita pela Índia, mas disse acreditar que a medida não é necessária porque o sistema de propriedade intelectual tem flexibilidade e já permite a quebra de patentes para a produção local. Ele disse, ainda, que o Brasil não teria condições de produzir algumas das vacinas.

— A nossa ideia é a de que isso não resolveria, necessariamente, o problema agora e poderia criar problemas depois, para a pesquisa e desenvolvimento de novas vacinas que virão a ser necessárias para novas variantes ou para outras pandemias no futuro — disse o chanceler. Ele afirmou estar disposto a trabalhar junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) em defesa do que chamou de uma “terceira via” na questão das patentes.

Israel

Os senadores Daniella Ribeiro (PP-PB) e Marcelo Castro (MDB-PI), ex-ministro da Saúde, questionaram Ernesto Araújo sobre a ida de uma comitiva brasileira chefiada por ele a Israel. O objetivo era fazer um acordo sobre o spray nasal EXO-CD24, ainda sem eficácia comprovada. De acordo com a senadora, o acordo assinado pelo ministro obriga o Brasil a testar o medicamento.

— Esse documento está classificado como reservado, mas o Senado tem condições de solicitar. O documento obriga que os brasileiros sejam testados sem que haja, por parte da 'Anvisa de Israel', nenhuma certificação de que esse medicamento tenha comprovação científica — acusou a senadora.

Também ex-ministro da Saúde, o senador Humberto Costa (PT-PE) citou a denúncia de que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, teria feito pressão para que o Brasil não comprasse a vacina Sputnik V, da Rússia. O ministro disse não ter conhecimento desse fato.

Demissão

Vários senadores se disseram insatisfeitos com as respostas do ministro. Alguns deles se dirigiram ao chanceler pedindo que ele renuncie ao cargo. Foi o caso Tasso Jereissati, que classificou o chanceler de "dificultador" da relação do Brasil com outros países e fez um apelo para que ele se afaste.

— Esse momento seu é ruim para o país. Em nome do país e desses que podem morrer daqui para lá, renuncie e bote um diplomata — peça ao seu amigo presidente — que tenha acesso fácil, que tenham uma visão difícil, que tem amizades até em todas essas instâncias internacionais.

A senadora Simone Tebet, por sua vez, disse que o gesto da exoneração do ministro seria uma redenção do Brasil perante a China e os Estados Unidos, o que facilitaria a obtenção de vacinas desses dois países.

Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Rose de Freitas (MDB-ES) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) pediram consciência por parte de Ernesto Araújo da importância do cargo que ocupa. Para eles, a questão não é pessoal e o ministro precisa pensar nas vidas que estão sendo perdidas.

— Por favor, chanceler, ponha a cabeça no travesseiro, pense com consciência, se não valeria a pena o senhor abrir mão desse cargo. (...) Eu tenho certeza de que agora, para o Brasil, é melhor sem o senhor. Peça para sair e durma com a consciência tranquila, que o senhor vai ajudar a salvar vidas — pediu Mara Gabrilli.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pacheco determina apuração de gesto de assessor do Planalto durante sessão do Senado

 


Da Redação | 24/03/2021, 22h38

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou ao Plenário que determinou à Secretaria Geral da Mesa que apure gesto feito por Filipe Martins, assessor Internacional do presidente da República, Jair Bolsonaro. O gesto foi denunciado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ainda durante a sessão desta quarta-feira (24). Martins estava acompanhando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, na sala de transmissão da sessão temática remota do Plenário do Senado. O ministro havia sido chamado para falar das ações da pasta na compra de vacinas contra o coronavírus.

De acordo com Rodrigo Pacheco, a Secretaria da Mesa colherá as informações necessárias sobre o ocorrido e as encaminhará à Policia Legislativa.

O assessor do Planalto estava um pouco atrás de Pacheco enquanto este abria a sessão, e repetiu gestos com os dedos da mão direita. O senador Jean Paul Prates (PT-RN) lamentou o ocorrido e disse que o Senado “não é lugar pra fazer gracinha ou pagar aposta com alguém”.

— Aliás, continuo perturbado pela presença do assessor que fez esses gestinhos, aí atrás do Presidente do Senado. Não sei nem que gesto importa tanto, se é um neofascista, se é uma ofensa depreciativa, o fato é que aqui não é local, nem momento para fazer gracinha, pagar aposta para ninguém. Não sei o que é isso aí, mas vai ser investigado. 

Em sua conta no Twitter, Martins alegou que estava apenas mexendo na lapela de seu paletó. O tweet foi encaminhado à Secretaria Geral da Mesa pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) como mais um elemento para apuração do episódio.

Ao comunicar aos senadores a decisão de apurar a conduta de Martins, o presidente do Senado acrescentou que não fará pré-julgamentos e que haverá respeito ao devido processo legal, à ampla defesa e à presunção de inocência. 

"Deboche"

Durante a sessão, Randolfe apontou os gestos de Martins, que tiveram repercussão nas redes sociais, e entendeu que o próprio presidente do Senado estava sendo desrespeitado. Para ele, foi uma ofensa a Rodrigo Pacheco e ao Plenário do Senado. Por meio de uma questão de ordem, Randolfe pediu que Martins se explicasse ou que fosse conduzido pela Polícia Legislativa para fora das dependências do Senado. O senador chegou a pedir a suspensão da sessão. Os gestos foram classificados por Randolfe como "obscenos" e de "deboche".

— Ele estava ironizando a fala do presidente da nossa Casa. Isso é inaceitável e intolerável. Basta o desrespeito que esse governo está tendo com mais de 300 mil mortos [na pandemia] — declarou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto cria Programa de Valorização dos Profissionais de Segurança Pública

 


Da Redação | 25/03/2021, 08h38

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou um projeto que cria o Programa de Valorização dos Profissionais de Segurança Pública. O PL 721/2021 institui uma série de ações e diretrizes, nos âmbitos federal, estadual e municipal, de valorização das carreiras desses profissionais. São contemplados policiais federais, rodoviários e ferroviários federais, civis, militares e penais federais e estaduais, além de bombeiros e guardas municipais.

Um dos objetivos é possibilitar melhorias salariais, além da criação de auxílios inerentes às atividades desses profissionais. Devem ser banida todas as formas de punição envolvendo maus tratos, tratamento cruel, desumano ou degradante, tanto no cotidiano funcional como em atividades de formação e treinamento. O texto também garante atendimento médico e psicológico a todos os profissionais envolvidos diretamente em ocorrências que resultarem em morte ou ferimento grave no cotidiano de suas atividades.

Como diretriz, o programa prevê que todos os atos decisórios de superiores hierárquicos que disponham sobre punições e seus recursos, escalas, lotação, transferências e promoções na carreira sejam devidamente motivados, fundamentados e publicados. Também deve ser proporcionada assistência jurídica visando ao recebimento de seguros, pensões, auxílios ou outros direitos de familiares em caso de morte do profissional.

O programa assegura o fornecimento de equipamentos de proteção individual, em quantidade e qualidade adequados, garantindo a reposição permanente, considerando-se o desgaste e o prazo de validade. Incluem-se entre esses equipamentos a chamada câmera corporal de uso individual. Os veículos utilizados no exercício profissional e as instalações em todas as instituições devem ter adequação e manutenção.

Na atenção à saúde, o projeto estabelece a realização de avaliações em saúde multidisciplinar, inclusive psiquiátrica e psicológica, anualmente. Também deve ser priorizado o acesso a atendimentos em saúde mental para enfrentamento de depressão, estresse e outras alterações psíquicas; o desenvolvimento de programas de acompanhamento e tratamento de profissionais envolvidos em ações com resultado letal ou alto nível de estresse; a implementação de políticas de prevenção, apoio e tratamento de alcoolismo, tabagismo ou outras formas de drogadição e dependência química; o desenvolvimento de programas de prevenção ao suicídio; e o estímulo à prática regular de exercícios físicos, permitindo o cômputo das horas de atividade física como parte da jornada semanal de trabalho.

Pelo texto, o Ministério da Justiça e Segurança Pública terá a obrigação regular de divulgar dados envolvendo mortes, lesões e doenças graves sofridas pelos profissionais no exercício ou em decorrência da atividade laboral.

O programa deve viabilizar mecanismos de readaptação de profissionais e deslocamento para novas funções, como alternativas ao afastamento definitivo e à inatividade, em decorrência de acidentes de trabalho, ferimentos ou sequelas.

A União e os estados serão incentivados a regulamentar os auxílios pelo trabalho de profissionais da segurança em situações de risco à vida, insalubres ou noturnos.

Nas academias de formação, deve ser assegurado o ensino de matérias relativas a direitos humanos, com destaque para o combate ao racismo e outras formas de discriminação, reforçando nos cursos que os profissionais devem agir como promotores desses direitos e precisam ser vistos dessa forma pela comunidade.

O projeto também determina que caberá à União pagar despesas de enterro no caso de profissionais federais de segurança vítimas de crimes violentos, em casos de morte em serviço ou fora dele. A União ainda auxiliará estados e municípios a pagarem essas despesas nos casos idênticos envolvendo profissionais dessas esferas.

Justificativas

Randolfe argumenta que os trabalhadores da segurança pública arriscam diariamente suas vidas para proteger a vida e os direitos dos cidadãos. Por isso, "merecem ser valorizados e ter melhores condições de atuação profissional".

O senador acrescenta que, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 172 policiais civis e militares foram assassinados em 2019. Desse total, 62 foram mortos em serviço e 110 fora. Além disso, 91% desses policiais morreram por disparos de arma de fogo. Randolfe explica que são "números das secretarias estaduais de segurança pública, que não incluem policiais federais e bombeiros".

O parlamentar também informa que houve pelo menos 91 casos de suicídios entre policiais da ativa no país em 2019. E que a taxa de suicídios entre policiais militares e civis no Brasil, de 17,4 por 100 mil habitantes, é o triplo da verificada entre a população em geral.

"Não é possível pensar em resolver a questão da violência no Brasil sem melhorar as condições de trabalho desses profissionais. A ausência de uma legislação específica com esse fim é uma grave lacuna do nosso ordenamento jurídico, que coloca em risco os valorosos profissionais de segurança pública", conclui o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pacheco prorroga quatro MPs, entra elas a que destina R$ 20 bilhões para vacinas

 


Da Redação | 25/03/2021, 10h40

O presidente da Mesa do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, prorrogou por 60 dias medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 20 bilhões, em favor do Ministério da Saúde, para a compra de vacinas e para a imunização da população brasileira contra a covid-19 (MP 1.015/2020). O ato foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (25).

Ainda que precise de aprovação do Congresso Nacional, a medida entrou em vigor imediatamente após sua publicação e a verba já está disponível para a compra de imunizantes, seringas, agulhas e para logística e comunicação necessários para a vacinação.

Os prazos de outras três MPs também foram prorrogados, entre elas a medida que reduz os tributos sobre as antenas de banda larga via satélite de pequeno porte (Vsat, na sigla em inglês), como uma forma de incentivar a diversificação dos meios de acesso à conexão de alta velocidade (MP 1.018/2020). O objetivo é ampliar o acesso a banda larga nas áreas rurais.

Dívidas

Pacheco também estendeu o prazo da MP 1.016/2020, que permite que empreendedores renegociem dívidas com os Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO).

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, o FNO, o FCO e o FNE acumulam mais de R$ 9,1 bilhões em dívidas, abrangendo mais de 300 mil pessoas físicas e jurídicas. Aproximadamente 87% dos débitos são de até R$ 20 mil.

Com a MP, poderão ser renegociadas operações cuja contratação original tenha ocorrido há, no mínimo, sete anos, ou dez anos contados da última renegociação e que tenham sido integralmente provisionadas há pelo menos um ano ou lançadas totalmente em prejuízo nas demonstrações financeiras dos fundos constitucionais. 

Outra medida prorrogada, a MP 1.017/2020, define regras para a quitação e renegociação de dívidas em debêntures (títulos de dívida emitidos por empresas) com o Fundo de Investimento da Amazônia (Finam) e com o Fundo de Investimento do Nordeste (Finor).

Segundo o Executivo, o índice de inadimplência das carteiras de debêntures chega a 99% em consequência da complexidade do sistema, da alta carga moratória de juros e da insegurança jurídica causada por várias mudanças legais, principalmente entre 1991 e 2000. A dívida de empreendedores com os dois fundos chega a R$ 49,3 bilhões.

As medidas aguardam análise da Câmara dos Deputados. Se aprovadas serão votadas pelo Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

CAE pode ouvir autoridades ligadas ao setor de petróleo

 


Da Redação | 25/03/2021, 10h56

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) se reúne na segunda-feira (29), às 14h, quando deverá votar dois requerimentos do presidente, senador Otto Alencar (PSD-BA), que tratam de convites às principais autoridades do país ligadas ao setor do petróleo para participarem de audiências públicas no colegiado. Uma delas é o presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Rodolfo Henrique de Saboia, a ser convidado para falar do "suposto cartel formado entre as distribuidoras de combustíveis que dominam o mercado", segundo as palavras de Otto.

Também devem ser convidados o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Na pauta, a anunciada venda da refinaria de Mataripe (BA). Castello Branco está no final de sua gestão à frente da Petrobras. Deverá ser substituído a partir de 12 de abril pelo general Joaquim Silva e Luna, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.

A reunião da CAE será remota.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Guedes não descarta auxílio de R$600, mas pede venda de empresas públicas

 


Da Redação | 25/03/2021, 11h38

Diante de questionamentos de senadores sobre a possibilidade de aumentar o valor do auxílio emergencial para R$ 600, patamar que chegou a ser pago no ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (25) que não descarta um benefício mais alto, mas que isso dependeria de contrapartidas como a venda de empresas públicas que dão prejuízo.

— O estado está financeiramente quebrado, mas cheio de ativos. Vimos que é possível aumentar o valor, mas tem que ser em bases sustentáveis. Se aumentar o valor sem por outro lado ter as fontes de recursos corretas, traz a superinflação ou a inflação de dois dígitos como era antigamente. O resultado final é desemprego em massa e o imposto mais cruel sobre os mais pobres que é a inflação — disse o ministro.

A fala de Guedes veio em reposta a questionamentos de Wellington Fagundes (PL-MT), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Zenaide Maia (Pros-RN). Styvenson registrou que governadores de 16 estados divulgaram carta para pressionar o Congresso a aumentar o valor do auxílio emergencial para R$ 600. Os atuais valores giram em torno de R$ 150 a R$ 375. Segundo o grupo, o momento atual da pandemia exige segurança de renda à população associada às medidas de distanciamento social.

No início da reunião, Paulo Guedes afirmou que o benefício garantiu a proteção dos 68 milhões de brasileiros mais frágeis. Ele manifestou apoio às medidas de distanciamento social e afirmou que sempre usou máscara. Também defendeu a vacinação como caminho para a retomada da economia. A posição de Guedes foi manifestada após Wellington perguntar sobre sua avaliação a respeito de uma carta de mais de 500 economistas, empresários e banqueiros em defesa de medidas de isolamento e vacinação:

— Estamos todos de acordo em acelerar as vacinas. Sobre distanciamento social: estou há um ano sem ir ao Rio de Janeiro, que é a minha casa. Entendo que os invisíveis se não trabalharem não conseguem o pão de cada dia, daí a necessidade do auxílio emergencial — afirmou.

Mais informações a seguir

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Programa Saúde na Escola alcança 100% de adesão dos municípios na Bahia

 

O Programa Saúde na Escola (PSE) chegou a 100% de adesão dos municípios baianos. Ou seja, as 417 cidades do Estado aderiram ao programa nacional que, na Bahia, é coordenado pelas secretarias estaduais da Educação e da Saúde (Sesab). O Programa tem duração de 24 meses e contempla as escolas públicas do município, independentemente da esfera administrativa (estadual, municipal e/ou federal), tendo como objetivo principal a atenção integral à saúde dos educandos da rede pública.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o programa beneficiará 2.192.313 milhões estudantes em todo o Estado, vinculados a 11.216 mil escolas pactuadas, sendo que 649 são da rede estadual de ensino, envolvendo 366.857 estudantes. O coordenador de Educação Ambiental e Saúde da Secretaria da Educação do Estado, Fábio Barbosa, destacou que “o sucesso da adesão é resultado de uma forte parceria estabelecida entre Secretaria da Educação, Sesab, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME/BA) e Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (COSEMS/BA)”.

O coordenador explica que o Saúde na Escola visa a aproximação entre as unidades escolares, na perspectiva de uma atenção integral à saúde das crianças, dos adolescentes e jovens e dos adultos do ensino público.  “As ações prioritárias continuam sendo as elencadas na Portaria Interministerial n° 1.055/2017, acrescida da Prevenção à Covid-19. “A orientação que estamos transmitindo é que, neste ciclo que se inicia, a nova ação seja a primeira a ser realizada nessa parceria entre unidades escolares e unidades de Saúde,  considerando todo o cenário pandêmico que estamos vivendo”. 

O planejamento do PSE no município deve contemplar as seguintes ações: prevenção à Covid-19; combate ao mosquito Aedes aegypti; promoção das práticas corporais, da atividade física e do lazer nas escolas; prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas; promoção da cultura de paz, cidadania e direitos humanos; prevenção das violências e dos acidentes; identificação de educandos com possíveis sinais de agravos de doenças em eliminação; promoção e avaliação de saúde bucal e aplicação tópica de flúor; verificação e atualização da situação vacinal; promoção da alimentação saudável e prevenção da obesidade infantil; promoção da saúde auditiva e identificação de educandos com possíveis sinais de alteração; direito sexual e reprodutivo e prevenção de IST/AIDS; e promoção da saúde ocular e identificação de educandos com possíveis sinais de alteração. BA

Governo do Estado prorroga toque de recolher até o dia 5 de abril na Bahia

 


Toque de Recolher
Foto: Fernando Vivas/GOVBA

O Governo do Estado prorrogou até o dia 5 de abril o toque de recolher em todo o território baiano, ficando determinada a restrição de locomoção noturna das 18h às 5h. O decreto que determina as medidas está publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (25) e proíbe a qualquer indivíduo a permanência e o trânsito em vias, equipamentos, locais e praças públicas no horário estabelecido.

Também fica vedada, em todo o território baiano, a prática de quaisquer atividades esportivas coletivas amadoras até o dia 5 de abril. Serão permitidas as práticas individuais, desde que não gerem aglomerações.

Seguem suspensos eventos e atividades, em todo o estado, independentemente do número de participantes, ainda que previamente autorizados, que envolvam aglomeração de pessoas, tais como: eventos desportivos coletivos e amadores, cerimônias de casamento, eventos recreativos em logradouros públicos ou privados, circos, eventos científicos, solenidades de formatura, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica, até o dia 5 de abril. BA

190 mil contribuintes do Simples Nacional na Bahia ganham novo prazo de recolhimento do ICMS

 


O Governo da Bahia vai prorrogar por quatro meses e parcelar em duas vezes, em função dos efeitos da pandemia, o prazo para recolhimento do ICMS apurado no âmbito do Simples Nacional, com prazos de pagamento previstos para os meses de abril, maio e junho para 190 mil micro e pequenas empresas. A prorrogação vale também para 300 mil contribuintes inscritos como Microempreendedor Individual (MEI). As parcelas prorrogadas serão escalonadas e só terminarão de ser pagas em dezembro.

A prorrogação será feita mediante decreto do governador Rui Costa, após a medida sugerida pelos estados por meio do Comitê dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) ter obtido, nesta quarta (24), o aval do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN). Na Bahia, o impacto da medida será de R$ 90 milhões.

O imposto que seria recolhido em abril fica prorrogado para pagamento em duas parcelas, em julho e agosto. O recolhimento previsto para maio será pago em setembro e outubro, e o previsto para junho, em novembro e dezembro.

Esta nova iniciativa soma-se a medida similar já adotada na semana passada pelo governo baiano que também beneficiou empresas do Simples Nacional. Em meio a um pacote de iniciativas de cunhos econômico e social reunidas no programa Estado Solidário, a Bahia prorrogou por três meses, e parcelou por mais três, o pagamento do ICMS normal e da antecipação tributária a vencer nos meses de março e abril para 60 mil varejistas localizados em áreas do estado sob o efeito das medidas restritivas em função da pandemia. O impacto desta medida será de R$ 125 milhões.

Prorrogações somam R$ 215 milhões

Juntas, as prorrogações dos pagamentos do ICMS normal e da antecipação tributária e do Simples Nacional representam um impacto de R$ 215 milhões sobre a arrecadação estadual nos próximos meses. “São medidas complementares que trazem alívio aos segmentos mais atingidos pela pandemia”, afirma o secretário da Fazenda do Estado, Manoel Vitório.

O governo baiano ainda disponibilizou R$ 100 milhões em linha de crédito especial da Desenbahia destinada a 25 mil microempreendedores formais e informais de todo o estado, e manteve por mais 30 dias as certidões negativas de tributos estaduais para permitir que os empresários baianos, nesta fase de dificuldades econômicas, mantenham o perfil regular, caso já estivessem nesta condição antes das medidas restritivas adotadas em março, e preservem assim o acesso ao crédito.

BA

Governador sanciona leis que garantem bolsa a estudantes e isenção no pagamento da conta de água

 

Conta - Embasa
Foto: Carla Ornelas/Arquivo GOVBA

O governador Rui Costa divulgou no Twitter, na tarde desta quarta-feira (24), que sancionou dois projetos de leis aprovados pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Os projetos aprovados são o Bolsa Presença e o de isenção de pagamento das contas de água fornecida pela Embasa.

O Bolsa Presença é voltado para estudantes da rede estadual de ensino e faz parte do programa Estado Solidário. Com investimento anual previsto de mais de R$ 231 milhões, será pago o valor de R$ 150 para cada família com aluno matriculado na rede estadual de ensino. O benefício será concedido aos estudantes que tiverem frequência superior a 85% nas atividades escolares. O percentual de estudantes beneficiados corresponde a cerca de 37% dos matriculados na rede estadual de ensino.

Aprovada por unanimidade, a isenção do pagamento da conta de água beneficia cerca de 1 milhão de pessoas. São 233 mil famílias de baixa renda, afetadas pela pandemia, em diversos municípios baianos. O Estado investiu R$ 17 milhões nesta iniciativa e a isenção será pelo período de três meses para famílias cadastradas no núcleo social da Embasa e que consumirem até 25 metros cúbicos de água por mês.

“Sancionei duas leis aprovadas na Assembleia: uma isenta contas de água e esgoto para as pessoas na pobreza e extrema pobreza. A outra estabelece a Bolsa Presença no valor de R$ 150 para 292 mil estudantes. Mais do que nunca, é hora de responsabilidade e cuidado com as pessoas”, afirmou o governador.

Repórter: Jairo Gonçalves BA

Governo do Estado inaugura Laboratório de Classificação Sensorial de Café no Sudoeste baiano

 


A Cooperativa dos Cafeicultores de Barra do Choça e Região (Cooperbac) passa a contar, a partir desta quinta-feira (25), com o Laboratório de Classificação Sensorial de Café, em sua agroindústria de beneficiamento, localizada no município de Barra do Choça. A solenidade de inauguração acontece de forma virtual, a partir das 10h, pela plataforma digital Google Meet.

A construção do laboratório integra um conjunto de intervenções do Governo do Estado da Bahia, por meio do projeto Bahia Produtiva, da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). No total, estão sendo aplicados na Cooperbac recursos da ordem de R$ 4,4 milhões, em ações para a melhoria de todo o processo produtivo e escoamento da produção. 

O ato virtual contará com as presenças do secretário de Desenvolvimento Rural (SDR), Josias Gomes, do chefe de Gabinete da SDR, Jeandro Ribeiro, do diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, do prefeito de Barra do Choça, Oberdan Rocha, do secretário municipal Cresio Lima, além de Regina Dantas e Vanderlei, da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes-Bahia) e da presidente da Cooperbac, Joahra Oliveira.

A Cooperbac trabalha com a produção e comercialização de grãos crus e torrados e café a vácuo. Possui quatro marcas de café, desde uma mais popular, o Tia Rege, até o Premium, um café gourmet para consumidores mais exigentes. Em fase inicial, uma marca de café orgânico, sem qualquer aditivo químico, já está entrando no mercado.

Serviço:

O quê: Inauguração do Laboratório de Classificação Sensorial da Cooperbac

Quando: Quinta-feira, 25 de março de 2021, às 10h

Onde: Por meio de acesso à Plataforma digital Google Meet BA

Combate a incêndio na Chapada Diamantina recebe apoio aéreo do Bahia Sem Fogo

 

Bahia Sem Fogo
Foto: Paula Fróes/GOVBA

Na noite de terça-feira (23), o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) e técnicos do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) receberam um alerta de incêndio florestal na Serra da Mandassaia, localizada no município de Lençóis, no Parque Nacional da Chapada Diamantina. Atuam no combate bombeiros florestais das bases de Itaberaba e Lençóis, brigadistas do ICMBio e a Brigada Voluntária de Lençóis (BVL) e de Resgate Ambiental de Lençóis (BRAL).

Para realizar o apoio aéreo, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema), por meio do Programa Bahia Sem Fogo, encaminhou duas aeronaves Air Tractor, com capacidade de armazenamento de dois mil litros de água.

O uso das aeronaves reduz o tempo de combate na operação já que o lançamento da água é administrado por um computador que ajusta a descarga nos focos de incêndio, controlando assim as chamas em determinados locais. Além disso, os aviões facilitam o combate em pontos de difícil e arriscado acesso para os bombeiros militares e brigadistas. Ainda não há informações sobre a extensão do fogo e área atingida.

Bahia Sem Fogo

Criado em 2010 para tornar mais efetivas as ações de prevenção, combate e monitoramento a incêndios no estado, oferecendo infraestrutura e logística adequadas. O Bahia Sem Fogo é coordenado pela Sema, que integra e coordena o Comitê Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Bahia.

Canais de denúncia

A qualquer sinal de incêndio, a população deve ligar para o 193. As denúncias de queimadas ilegais e outros crimes ambientais podem ser feitas pelo telefone 0800 071 1400 ou pelo e-mail denuncias@inema.ba.gov.br, diretamente nos balcões do Inema, na sede ou nas Unidades Regionais do órgão.

Fonte: Ascom/Sema BA

Governador assina carta pedindo auxílio emergencial de R$ 600

 


O governador Rui Costa e outros 15 governadores de todas as regiões do Brasil assinaram, nesta quarta-feira (24), uma carta em apoio à iniciativa das 300 organizações que compõem a “Campanha Renda Básica que Queremos”. No documento, eles pedem aos presidentes da Câmara e do Senado esforços para que o auxílio emergencial deste ano seja igual ao do ano passado, no valor de R$ 600, e concedido sob os mesmos critérios.

De acordo com os governadores, somente com renda básica aliada às medidas sanitárias será possível enfrentar a situação da pandemia da covid-19. “Entendemos que a redução dos valores do auxílio emergencial é inadequada para a eficácia da proteção da população. Enquanto a vacinação não acontecer em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável”, diz trecho da carta.

No documento, os governadores pedem que o Congresso Nacional disponibilize os recursos necessários e defendem que essas medidas são extraordinárias, com objetivo específico de mitigar os efeitos da crise e não devem ser entendidas como um afastamento do país da responsabilidade fiscal. “Logo à frente precisaremos voltar a uma trajetória de ajustamento fiscal que compatibilize os necessários programas sociais com um financiamento responsável dos mesmos”, finaliza o texto.

Além de Rui Costa, assinam a carta os governadores de Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

BA