quarta-feira, 24 de março de 2021

Revezamento da tocha olímpica de Tóquio deixa população dividida

 


Evento começa amanhã, dando início à contagem regressiva para os Jogos

Publicado em 24/03/2021 - 10:27 Por Ju-min Park, Kiyoshi Takenaka, Elaine Lies e Chris Gallagher - Fukushima e Toquio (Japão)

Reuters

Quando Shusaku Sagi tinha 19 anos, viu seu centro de treinamento de futebol da Vila-J de Fukushima ser convertido em uma base de trabalhadores encarregados da desativação da usina nuclear próxima depois que o terremoto de 2011 a avariou e levou milhares de pessoas a fugirem.

Amanhã (25), o complexo esportivo abrigará a cerimônia de largada do revezamento da tocha olímpica, iniciando a contagem regressiva para os Jogos de Tóquio - o primeiro a ser organizado durante uma pandemia mortal.

"Grandes eventos esportivos, como a Olimpíada, podem energizar as pessoas e enviar uma mensagem para o mundo não esquecer Fukushima", disse Sagi, hoje com 29 anos, que organiza torneios de futebol para jovens na Vila-J.

Integrantes da seleção feminina de futebol do Japão usarão a chama olímpica, enviada de avião da Grécia, para acender a tocha. Mas a cerimônia, planejada originalmente para milhares de torcedores como uma comemoração da recuperação japonesa, será fechada ao público.

Alguns moradores não compartilham o entusiasmo de Sagi e se ressentem dos esforços do governo para destacar Fukushima.

Vastas áreas ao redor da usina continuam interditadas, os temores da radiação persistem e muitos que partiram se estabeleceram em outros locais. A desativação levará até um século e custará bilhões de dólares.

Takayuki Yanai, que trabalha em uma cooperativa de peixarias de Iwaki, 50 quilômetros ao sul da usina, disse que o conceito de "Olimpíada da Reconstrução" não é amplamente endossado pelos moradores.

"A pesca no litoral de Fukushima ainda é cerca de 20% do que era", disse Yanai. "Temo que tenhamos sido meio deixados de fora da reconstrução".



Por Ju-min Park, Kiyoshi Takenaka, Elaine Lies e Chris Gallagher - Fukushima e Toquio (Japão)

Reuters

Flamengo enfrenta Botafogo em busca da liderança do Carioca

 


Rádio Nacional transmite, ao vivo, partida disputada no Nilton Santos

Publicado em 24/03/2021 - 07:00 Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

Botafogo e Flamengo realizam nesta quarta-feira (24), a partir das 21h35 (horário de Brasília) no estádio Nilton Santos, o clássico da 5ª rodada da Taça Guanabara do Campeonato Carioca. Para o Rubro-Negro, uma vitória representa a liderança da classificação, enquanto para o Alvinegro vencer garante a entrada no G4.

Mesmo com o grupo principal treinando há aproximadamente 10 dias, o Flamengo segue na competição com o mesmo plantel que participou do último jogo, a vitória por 4 a 1 sobre o Resende. Dessa forma, entram em campo os garotos do sub-20 com o reforço do goleiro Hugo Souza, dos zagueiros Leo Pereira e Bruno Viana, dos laterais Matheuzinho e Renê, dos meio-campistas Hugo Moura, Pepê e Gomes e dos atacantes Michael, Vitinho e Pedro.

Com estas peças, o técnico Maurício Souza (que ainda atua no lugar de Rogério Ceni), deve mandar a campo a seguinte formação: Hugo; Matheuzinho, Bruno Viana, Léo Pereira e Renê; Hugo Moura, Gomes e Pepê; Michael, Vitinho e Pedro.

Do lado do Botafogo, a tendência também é de manutenção de time. O técnico Marcelo Chamusca cogita colocar em campo a mesma equipe que empatou com o Vasco, por 1 a 1, em São Januário. Assim o time deve ter a seguinte formação: Douglas Borges; Jonathan, Marcelo Benevenuto, Kanu e PV; José Welison, Rickson e Matheus Frizzo; Warley, Marcinho e Matheus Babi.

Na história do clássico, os dois times já se enfrentaram 373 vezes. São 137 vitórias do Flamengo, 112 do Botafogo e 124 empates.

Transmissão da Rádio Nacional

Rádio Nacional transmite Botafogo e Flamengo ao vivo com a narração de Rodrigo Campos, os comentários de Waldir Luiz, as reportagens de Maurício Costa e o plantão de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional, que começa às 21h, aqui:


Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

ONU: mais de 30 milhões de pessoas estão a um passo da fome extrema

 


Relatório é da FAO e do Programa Alimentar Mundial

Publicado em 24/03/2021 - 07:21 Por Cristina Sambado - Repórter da RTP - Nova York

Reuters

A fome extrema deve aumentar em mais de 20 países nos próximos meses, alerta a Organização das Nações Unidas (ONU). Em algumas regiões do Iêmen, do Sudão do Sul e no norte da Nigéria, famílias estão morrendo de fome, revela relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Programa Alimentar Mundial (PAM).

A situação de fome extrema é agravada por conflitos internos, alterações climáticas e pela pandemia de covid-19. Em alguns locais, é também agravada pela praga de gafanhotos.

A FAO e o PAM acrescentam que mais de 34 milhões de pessoas no mundo “lutam com níveis alarmantes de fome extrema”. Esse número pode aumentar drasticamente nos próximos meses se a assistência internacional não for ampliada, acrescenta o relatório, de 37 páginas, divulgado pelas duas agências que têm sede em Roma.

Apesar de a maioria dos países afetados ser africana, a fome pode aumentar vertiginosamente na maioria das regiões do mundo, incluindo o Afeganistão, a Síria, Líbia, o Haiti e a América Latina.

“O sofrimento é alarmante”, alerta o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, em comunicado. “Temos a responsabilidade de agir agora e rapidamente para salvar vidas, salvaguardar meios de subsistência e prevenir que a situação se agrave”.

O representante da FAO lembra que “em muitas regiões, a época do cultivo está começando e devemos correr contra o relógio para não deixar fugir essa oportunidade de proteger e até mesmo aumentar a produção local de alimentos”.

“Uma catástrofe ocorre perante os nossos olhos”, afirma o diretor da WFP, David Beasley. “A fome – impulsionada por conflitos e alimentada por alterações climáticas e pela pandemia de covid-19 – bate à porta de milhões de famílias”.

Para David Beasley, há três formas de impedir que “milhões morram de fome: a suspensão dos combates; o maior acesso às comunidades vulneráveis e o aumento das doações”.

No início do mês, a FAO e o PAM pediram US$ 5,5 bilhões para evitar a fome, por meio da assistência alimentar humanitária e intervenções urgentes de subsistência.

O relatório conclui que “a América Latina vai ser a mais atingida pelo declínio econômico e a recuperação será mais lenta. Já o Oriente Médio, Iêmen, a Síria e o Líbano são fortemente afetados pela desvalorização da moeda e pela inflação vertiginosa”.

Mais de 7 milhões de pessoas no Sudão do Sul deverão enfrentar níveis de insegurança alimentar aguda durante o período de abril a julho, acrescenta o relatório. E mais de 16 milhões de iemenitas vão passar por altos níveis de insegurança alimentar aguda até junho, 3 milhões a mais do que no ano passado.

Burkina Faso, o Afeganistão, a República Democrática do Congo, Etiópia, o Sudão e a Síria são também países identificados entre os piores focos de fome.



Por Cristina Sambado - Repórter da RTP - Nova York

Reuters

INSS deixa de considerar benefícios para cálculo de renda per capita

 


Decisão está publicada no Diário Oficial de hoje

Publicado em 24/03/2021 - 09:19 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Portaria publicada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)  no Diário Oficial da União de hoje (24) retira do cálculo que define o valor da renda per capita (por habitante) familiar benefícios concedidos a idosos e a pessoas com deficiência.

Segundo a medida, os benefícios previdenciários de até um salário mínimo (R$ 1.100) ou os de prestação continuada concedidos a idosos com idade acima dos 65 anos ou a pessoas com deficiência não deverão mais compor o cálculo que define qual é o valor da renda per capita de uma família.

A renda per capita familiar é utilizada como referência para a inclusão ou não de uma pessoa em programas sociais do governo federal, como é o caso do auxílio emergencial, do Bolsa Família e de programas sociais - entre eles, os voltados à habitação.

Edição: Kleber Sampaio


Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Nascidos em julho podem atualizar dados no Caixa Tem

 


Procedimento pode ser feito totalmente pelo celular

Publicado em 24/03/2021 - 06:30 Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Às vésperas de retomar o pagamento do auxílio emergencial, a Caixa Econômica Federal convida os usuários do aplicativo Caixa Tem a atualizar os dados cadastrais no aplicativo. Clientes nascidos em julho podem fazer o procedimento a partir de hoje (24).

A atualização é feita inteiramente pelo celular, bastando o usuário seguir as instruções do aplicativo, usado para movimentar as contas poupança digitais. Segundo a Caixa, o procedimento pretende trazer mais segurança para o recebimento de benefícios e prevenir fraudes.

Ao entrar no aplicativo, o usuário deve acessar a conversa “Atualize seu cadastro”. Em seguida, é necessário enviar uma foto (selfie) e os documentos pessoais (identidade, CPF e comprovante de endereço).

O calendário de atualização seguirá um cronograma escalonado, conforme o mês de nascimento dos clientes. O cronograma começou no último dia 14 para os nascidos em janeiro e encerrará em 31 de março, para os nascidos em dezembro.

Confira o cronograma completo abaixo:

Mês de nascimento

Data de atualização

Janeiro

14/3 (domingo)

Fevereiro

16/3 (terça)

Março

18/3 (quinta)

Abril

20/3 (sábado)

Maio

22/3 (segunda)

Junho

23/3 (terça)

Julho

24/3 (quarta)

Agosto

25/3 (quinta)

Setembro

26/3 (sexta)

Outubro

29/3 (segunda)

Novembro

30/3 (terça)

Dezembro

31/3 (quarta)

No ano passado, a Caixa abriu mais de 105 milhões de contas poupança digitais, das quais 35 milhões para brasileiros que nunca tiveram contas em banco. Além do auxílio emergencial, o Caixa Tem foi usado para o pagamento do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm).

Uma lei sancionada no fim de outubro autorizou a ampliação do uso das contas poupança digitais para o pagamento de outros benefícios sociais e previdenciários. Desde dezembro, os beneficiários do Bolsa Família e do abono salarial passaram a receber por essa modalidade.

Edição: Graça Adjuto


Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Famílias em situação de insegurança alimentar receberão cesta básica

 


Portaria, publicada hoje no Diário Oficial, prevê a distribuição

Publicado em 24/03/2021 - 09:01 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Localidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal poderão receber, via Ministério da Cidadania, cestas de alimentos destinadas a famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional. A portaria ministerial que prevê essa possibilidade foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (24).

A “Ação de Distribuição de Alimentos” garantirá o acesso a alimentos desde que a situação de emergência e o estado de calamidade pública tenham sido decretados pelo ente federativo e reconhecidos pelo governo federal.

A portaria apresenta uma lista de procedimentos e documentos que deverão ser apresentados pelos entes federativos para que sejam atendidos com a ação de distribuição de alimentos, que será coordenada pela Secretaria Nacional de Inclusão Social e Produtiva.

“Com a finalidade de otimizar tempo de resposta e logística para o atendimento das demandas por cestas emergenciais, o Ministério da Cidadania dividiu o país em sete regiões e 55 municípios-polos onde serão entregues as cestas emergenciais doadas pelo ministério”, informa a portaria ao indicar as localidades onde deverão ser retirados os alimentos pelos entes federativos solicitantes das cestas.

 

Edição: Valéria Aguiar


Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira prêmio estimado em R$ 22 milhões

 


A aposta mínima, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50

Publicado em 24/03/2021 - 05:15 Por Agência Brasil - Brasília

A Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira (24) um prêmio estimado de R$ 22 milhões.

As seis dezenas do concurso 2.355 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

 A aposta mínima, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

Edição: Aécio Amado



Por Agência Brasil - Brasília

Operação da PF apura falsificação de alvarás de soltura no Rio

 


Operação Camaleão.com cumpre mandados também em Belo Horizonte

Publicado em 24/03/2021 - 09:22 Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) cumprem hoje (24) quatro mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão contra acusados de falsificar documentos para a liberação indevida de presos no Rio de Janeiro. A operação Camaleão.com está cumprindo mandados nos municípios fluminenses de Niterói, São Gonçalo, São João de Meriti e Rio de Janeiro, além de Belo Horizonte.

Segundo o Ministério Público Federal, o grupo é acusado de falsificar documentos públicos, como alvarás de soltura, certidões e decisões judiciais. Esses documentos falsificados eram apresentados ao sistema penitenciário fluminense para garantir a liberação de presos.

Os alvos da ação de hoje são investigados pelos crimes de organização criminosa, falsificação de documento público, uso de documento falso e fuga de pessoa presa. Também investiga-se se houve a corrupção de agentes públicos.

Os presos serão conduzidos para a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde prestarão depoimento.

Edição: Denise Griesinger



Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Força-tarefa da AGU vai atuar por mais um ano em defesa da Amazônia

 


Prorrogação começa a valer a partir desta quarta-feira

Publicado em 24/03/2021 - 08:28 Por Agência Brasil - Brasília

A Força-Tarefa da Advocacia-Geral da União (AGU) em Defesa da Amazônia vai atuar por mais um ano em ações na defesa da região. A portaria com a medida está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (24) e diz que prorrogação começa a valer a partir de hoje.

A força-tarefa foi instituída em setembro de 2019 para atuação nas demandas judiciais que tenham por objeto a defesa de políticas públicas ambientais prioritárias da União, do Ibama e ICMBio nos estados que integram a Amazônia Legal.

Na sua última atuação, a força-tarefa ajuizou um bloco de 28 ações civis públicas na cobrança de R$ 398,6 milhões de desmatadores. Foi o quinto lote de processos ajuizados em Defesa da Amazônia da AGU contra infratores ambientais. A medida tem o objetivo de garantir a recuperação das áreas degradadas.

Essas ações tiveram como alvo 56 pessoas acusadas de desmatar 17,8 mil hectares de floresta nativa, nos estados do Amazonas, de Rondônia, Mato Grosso, do Pará, Maranhão e e de Roraima. Os processos, em sua maioria, envolvem madeireiras e pessoas que transportaram, armazenaram e negociaram madeira ilegalmente, sem licença ambiental.

Até o momento, a força-tarefa cobra o montante de R$ 3,11 bilhões de infratores ambientais, para garantir a recuperação de 151,7 mil hectares da Amazônia Legal.

Edição: Aécio Amado


Por Agência Brasil - Brasília

Pandemia reduz avanços no combate à tuberculose, diz especialista

 


Para o epidemiologista Paulo Viana, situação da doença é preocupante

Publicado em 24/03/2021 - 06:00 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

No Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lembrado hoje (23), o epidemiologista Paulo Victor Viana, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), disse à Agência Brasil que a situação da doença tem gerado bastante preocupação desde o ano passado, devido à pandemia de covid-19. O combate à tuberculose apresentou avanços na última década no país, com redução do número de casos e da incidência, além da diminuição da proporção de abandono ao tratamento.

O dia 24 de março foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para celebrar o combate à tuberculose, em alusão à data em que Robert Koch anunciou a descoberta do Mycobacterium tuberculosis, agente causador da doença, em 1882. Neste dia de mobilização global, são intensificadas as ações contra a doença, de informação e conscientização da população sobre os efeitos negativos para a saúde e também na área socioeconômica.

Lotado no Centro de Referência Professor Hélio Fraga, da Fiocruz, considerado referência para pesquisas, tratamento e diagnóstico da tuberculose, Paulo Victor Viana avaliou que todas as medidas restritivas, de lockdown, isolamento social, de certa forma podem ter desencorajado alguns pacientes a seguir o tratamento, com medo de contágio pela covid-19. Os dados sobre o comportamento da tuberculose na pandemia devem ser divulgados pelo Ministério da Saúde, adiantou.

Ele afirmou que em outros países já existem sinais evidentes de que houve diminuição grande de pacientes que iniciaram tratamento para tuberculose e não continuaram, por causa das medidas de distanciamento. “Isso é muito preocupante, porque são pessoas que estão com a tuberculose ativa e podem transmitir na comunidade. Se não receberem o tratamento adequado no tempo oportuno, podem até vir a falecer, por complicações da doença”, enfatizou. Uma questão que está sendo investigada, segundo o pesquisador, é como a covid-19 afetou os pacientes de tuberculose.

Campanha

De acordo com a OMS, houve redução de 25% de testes diagnósticos para tuberculose. Como os exames de escarro e broncofibroscopia (BFC) foram suspensos em função do risco de infecção, a estimativa de aumento da mortalidade é de 13%. A campanha de combate à tuberculose deste ano, promovida pela OMS, tem como tema “O tempo está passando”. A campanha pede mais comprometimento dos líderes governamentais e da iniciativa privada por meio de ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e incentivo à pesquisa para erradicar a doença até 2030, informou a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

No cenário atual, diz o pesquisador, essa meta foi considerada pouco provável de ser atingida. Como profissionais de saúde que atendiam pacientes com tuberculose foram deslocados para atendimento à covid-19, Viana comentou que a tuberculose ficou descoberta. “É um desafio muito grande.É muito improvável conseguir atingir essa meta de acabar com a doença até 2030”. Segundo ele, isso se deve aos avanços que foram perdidos, à falta de investimentos em medicamentos e vacinas eficazes. “A vacina que temos hoje, a BCG, é uma vacina de 100 anos atrás, que só protege contra formas graves de tuberculose. Nada de novo foi criado para tuberculose”, afirmou. Também a questão econômica que afeta vários países, entre eles o Brasil, terá efeitos no controle da tuberculose.

Dados de 2019 revelam que a infecção atinge em torno de 10,4 milhões de pessoas por ano no mundo e quase 490 mil têm tuberculose multirresistente aos medicamentos. No Brasil, a doença é considerada muito prevalente, em especial nos estados do Amazonas e Rio de Janeiro. O pesquisador explicou que isso se deve ao fato de esses dois estados apresentarem características semelhantes de população, com desigualdades socioeconômicas grandes. “E a tuberculose está intimamente ligada a isso, à pobreza, às péssimas condições de moradia. É um ambiente propício para o desenvolvimento da tuberculose. Nesses dois estados, isso é muito marcante”.

Em 2019, foram detectados 77 mil casos novos no Brasil, com registro de 4,5 mil mortes por tuberculose, segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.

Sintomas semelhantes

As pessoas têm de ficar atentas aos sintomas da tuberculose que podem ser confundidos com os da covid-19. “São duas doenças respiratórias transmitidas pelo ar, uma por bactéria e outra por vírus”. Quando uma pessoa é contaminada por uma dessas duas doenças, acaba tendo sintomas semelhantes: febre, dor no peito, tosse persistente por mais de três semanas, desconforto respiratório, cansaço.

Viana lembrou que a doença tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “É uma doença evitável, tem medicamento. Se o paciente seguir à risca os seis meses de tratamento, é uma doença que tem cura em 95% a 97% dos casos”.

A recomendação é que as pessoas que suspeitam estar com a tuberculose e aquelas que têm a doença procurem o diagnóstico e conversem com os profissionais de saúde, tomando todas as precauções, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento.

Estratégia

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) apoia a estratégia da OMS para acabar com a tuberculose até 2030. Essa estratégia inclui diagnosticar e tratar 40 milhões de pessoas com tuberculose em 2022, abrangendo 3,5 milhões de crianças e 1,5 milhão de pacientes com a doença multirresistente; oferecer programas de prevenção para as 24 milhões de famílias de pessoas que contraíram a infecção; e investir cerca de US$ 13 bilhões por ano nos esforços para conter a tuberculose, incluindo US$ 2 bilhões para a pesquisa. 

Edição: Graça Adjuto


Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

MS pede à Anvisa liberação de 20 milhões de doses da Covaxin

 


Processo aguarda documentos exigidos pela agência

Publicado em 24/03/2021 - 09:33 Por Karine Melo - Repórter Agência Brasil - Brasília

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa) vai analisar um pedido de autorização para que o Brasil importe  20 milhões de doses da vacina Covaxin/ BBV152, fabricada na Índia, onde o imunizante tem autorização para uso emergencial. A solicitação foi feita na última segunda-feira (22) pelo Ministério da Saúde.

“Na análise da documentação, a Anvisa verificou a ausência de documentos requeridos pela resolução, os quais foram solicitados ao Ministério da Saúde na mesma data do recebimento do pleito pela Agência. No entanto, mesmo após resposta do Ministério, ainda restam pendentes, além de esclarecimentos pontuais, a apresentação de documentos necessários à análise pela Anvisa”, informou a agência lembrando que o prazo de análise fica suspenso até o envio das informações solicitadas.

Na lista de pendências estão o relatório técnico da avaliação da vacina emitido ou publicado pela autoridade sanitária indiana, certificados de liberação dos lotes a serem importados, além de licenciamento de importação.

Segundo a Anvisa, o pedido será analisado de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa 476/2021, que estabelece os procedimentos e requisitos para submissão de pedidos de autorização excepcional e temporária para importação e distribuição de medicamentos e vacinas contra a covid-19.

A norma estabelece que o relatório técnico de avaliação da vacina deve ser capaz de comprovar que o produto atende aos padrões de qualidade, de eficácia e de segurança estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde, pelo Comitê Gestor do Conselho Internacional de Harmonização de Requisitos Técnicos para Registro de Medicamentos de Uso Humano e pelo Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica,  o que também não foi apresentado até o momento.

Edição: Valéria Aguiar


 Por Karine Melo - Repórter Agência Brasil - Brasília

Confira fala de chefes de Poderes após reunião no Alvorada

 


O tema da reunião, realizada nesta manhã, foi o combate à covid-19

Publicado em 24/03/2021 - 10:47 Por Agência Brasil - Brasília

O presidente Jair Bolsonaro, chefes dos outros Poderes da República e governadores fizeram pronunciamento, no Palácio da Alvorada, após reunião para definir estratégia conjunta de combate à covid-19.

De acordo com a Presidência, o objetivo do encontro foi “fortalecer o ambiente de união nacional para prevenção e combate ao vírus da covid-19, além de ser um espaço para discussão de ações institucionais conjuntas”.

Participaram da reunião os presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco; da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; e do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, bem como o procurador-geral da República, Augusto Aras. Também estiveram presentes o vice-presidente Hamilton Mourão, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, outros integrantes da equipe ministerial e governadores das cinco regiões do país.

Confira o pronunciamento:

 

Edição: Kelly Oliveira



 Por Agência Brasil - Brasília