terça-feira, 23 de março de 2021

Demora na vacinação traz maior impacto econômico, aponta relatório da IFI

 


Da Redação | 22/03/2021, 20h38

Quanto mais tempo o governo demorar a vacinar a população, maior será o impacto econômico. O alerta está no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) do mês de março, divulgado nesta segunda-feira (22) pela Instituição Fiscal Independente (IFI). De acordo com o texto, cada mês de isolamento social, necessário para conter o avanço pandemia, significa um ponto percentual a menos no crescimento do produto interno bruto (PIB).

“O quadro fiscal continua a ser o nó a desatar para o médio prazo. Mas, como vimos, as perspectivas de recuperação da economia (e das receitas, consequentemente) estão diretamente associadas ao sucesso no combate à pandemia. A vacina é o passo zero ainda não dado para valer”, apontou o diretor-executivo da IFI, Felipe Salto.

A vacinação em massa como forma de retomar a confiança no Brasil foi defendida no último domingo pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Em uma live na internet, ele admitiu que a vacinação é a melhor política fiscal, a mais barata e a de maior impacto sobre a oferta.

O relatório do IFI aponta risco de recessão técnica no primeiro semestre. O texto diz que, caso o PIB registrasse variação nula em todos os trimestres de 2021, a atividade econômica ainda apresentaria crescimento de 3,6% no ano, graças à “forte herança estatística positiva” do último trimestre de 2020. Mesmo assim, segundo o RAF, a projeção atual é menor e está em 3%.

Como o primeiro semestre do ano deve ter desempenho fraco, a estimativa depende de uma recuperação no segundo semestre, que, por sua vez, depende da vacinação. O recrudescimento da crise sanitária, segundo o IFI, pode provocar rodada de revisões baixistas para o PIB. “Dessa forma, é possível que a atual projeção de crescimento econômico da IFI, de 3%, possa se transformar, rapidamente, em patamar máximo para 2021”.

Recuo

O recuo do PIB em 2020 foi de 4,1% em 2020, com desaceleração no quarto trimestre influenciada pela redução do auxílio emergencial. Segundo o relatório, a aceleração da inflação e o avanço da pandemia contribuíram a diminuição do consumo. O resultado ficou acima da estimativa apresentada no RAF de fevereiro, de -4,5%, e poderia ter sido pior sem o auxílio emergencial.

“Não fosse o impulso gerado pelo pagamento do auxílio emergencial, cujo gasto somou R$ 293,1 bilhões entre abril e dezembro do ano passado (montante equivalente a 4% do PIB), o impacto negativo sobre o PIB decorrente da retração do consumo das famílias teria sido ainda mais expressivo”, aponta o estudo.

Taxa de juros

O relatório também trata da elevação da taxa Selic em 0,75 ponto percentual em 17 de março, de 2% para 2,75% ao ano. Segundo o texto, a redução da percepção do risco fiscal, a condução responsável do país na pandemia e a aceleração da imunização da população poderiam contribuir para atenuar as pressões sobre a taxa de câmbio e a elevação dos juros.

Desemprego

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 13,9% da força de trabalho no quarto trimestre de 2020, três pontos percentuais acima do registrado no mesmo período do ano anterior. Esse resultado, segundo o IFI, reflete o declínio da força de trabalho e da população ocupada. A taxa só não foi maior, como aponta o relatório, porque parte das pessoas que perderam o emprego deixaram a força de trabalho. “A pandemia tem afetado a demanda (contratações) e a oferta (participação)”, diz o texto.

Em termos absolutos, a população ocupada diminuiu em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, passando de 94,6 milhões no trimestre encerrado em dezembro de 2019 para 86,1 milhões no mesmo período de 2020, 8,9% a menos. Apesar de o rendimento médio real ter subido 2,7% (de R$ 2.440 para R$ 2.507), a massa salarial registrou variação de -6,5% no período, em razão do número menor de pessoas empregadas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Covid: corpos são deixados por horas no chão no DF, diz associação

 DF

Corpo de vítima de covid-19 em corredor de hospital no Distrito Federal



Corpo de vítima de covid-19 em corredor de hospital no Distrito Federal   Imagem: Arquivo pessoal

Em meio ao caos nos hospitais públicos do Distrito Federal, funcionários de funerárias denunciam que pacientes contaminados com o coronavírus que morreram estão sendo deixados nos corredores e no chão por horas, até a chegada do serviço de remoção.Imagens feitas pelos servidores mostram os cadáveres ensacados, no chão do necrotério ou apenas cobertos por lençóis brancos. As imagens foram feitas no final de semana nos Hospitais Regionais de Ceilândia e do Guará, ambos a poucos quilômetros do centro.Segundo a Associação das Funerárias do Distrito Federal, alguns cadáveres não estão sendo devidamente ensacados e identificados pelo hospital, por isso, os trabalhadores têm se recusado a removê-los.
A presidente da entidade, Tânia Batista, afirma que a categoria está correndo sérios riscos de contaminação. "Hoje há um número bem maior de cadáveres e aqueles que estão contaminados precisam ficar em um necrotério isolado. Só que muitos contêineres foram desativados e não tem espaço para todos os corpos. Quando a gente chega para recolher o corpo, alguns não estão identificados e nem ensacados", explica, em entrevista ao UOL.

Esse foi o problema que ocorreu, segundo a associação, com o cadáver de um homem de 45 anos que era obeso. Quando a equipe chegou para removê-lo, ele estava apenas enrolado em um lençol no corredor, sem qualquer identificação. Batista diz que o corpo ficou 24 horas em uma maca no corredor até o problema ser resolvido.

O secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, afirmou hoje que se trata de um problema pontual. "O paciente pesava mais de 200 quilos. No momento em que a funerária foi buscá-lo, não tinha o invólucro grande o suficiente para colocá-lo. Por isso ele ficou mais tempo lá", explicou.
A Secretaria de Saúde do DF rebateu a declaração de Tânia Batista e negou que houve desativação dos contêineres. "Essa afirmação é absolutamente improcedente. A SES nunca desativou qualquer câmara mortuária (fria). As câmaras continuam funcionando nos hospitais da rede pública e atendendo as necessidades adequadamente", explicou o órgão.

Em relação aos cadáveres aguardando remoção no Hospital Regional do Guará, a secretaria afirmou que "segue o preconizado no protocolo específico de preparo e armazenamento dos corpos de vítimas de Covid-19". A pasta afirmou ainda que, quando não há espaço, os corpos não são deixados em contato direto com o chão, mas sim em cima de um tablado de madeira enquanto aguardam transição para o serviço funerário.


Pandemia no DF

Os hospitais do Distrito Federal operam com a capacidade máxima desde o início do mês — são ao todo 861 leitos de UTI exclusivos para covid-19, contando a rede privada, e todos eles estão ocupados. A lista de espera está com 423 pessoas. Cerca de 300 delas estão com covid-19.O governador Ibaneis Rocha prometeu montar três hospitais de campanha na capital, mas a previsão de início do atendimento é só para 14 de abril.

Por Nathalia Zôrzo  Colaboração para o UOL, em Brasília











Hospitais do DF têm corpos no chão e fila de 400 pessoas

DF

Sistema de saúde no Distrito Federal está em situação de calamidade pública



Imagem de corpo em corredor no Hospital de Ceilândia

Foto: Reprodução / Estadão

Com o sistema de saúde em situação de calamidade pública no Distrito Federal, corpos de vítimas de covid-19 tem ficado à espera de deslocamento em corredores de hospitais e até dispostos no chão. Imagens gravadas por servidores de unidades localizadas no Guará e em Ceilândia, regiões do entorno de Brasília, mostram um corpo ensacado no piso. Em outra situação, há uma vítima da doença já sem vida enrolada em panos, sobre uma maca.

A rede de atendimento está esgotada. Números atualizados pelo governo do Distrito Federal mostram que, na tarde de segunda-feira, 22, há 411 pacientes que aguardam uma vaga de UTI para tratamento contra o coronavírus. A rede de 432 leitos de atendimento intensivo de hospitais privados está quase toda tomada, com apenas cinco vagas disponíveis. A pressão recai sobre os 409 leitos de covid-19 da rede pública.

A reportagem questionou a Secretaria de Saúde do DF a respeito dos corpos dispostos no corredor e no chão nos hospitais públicos. Sobre o caso ocorrido em Ceilândia, a secretaria de Saúde afirmou que o corpo ficou no corredor porque "houve, sim, um atraso no procedimento em função do volume corporal e a indisponibilidade, naquele momento, de invólucro compatível com as dimensões do corpo".

Segundo a Secretaria de Saúde, o corpo foi transferido para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), "até a remoção pela funerária em uma urna compatível com o volume corporal".

A respeito do corpo colocado no chão no Hospital Regional do Guará, a direção do hospital informou que os corpos que aparecem na imagem não estariam no chão, mas sim "sobre um tablado de madeira enquanto aguardavam transição para o serviço funerário".

"São casos isolados e precisam ser vistos dessa forma para que não sejam divulgadas informações equivocadas para a população do DF", declarou a Secretaria de Saúde.

Na sexta-feira, 19, o governador do DF, Ibaneis Rocha, prorrogou por mais uma semana as medidas de restrição de funcionamento de atividades não essenciais na capital federal. As medidas que tiveram início no dia 28 de fevereiro tinham validade até esta segunda-feira, 22. Agora, segundo o governador, serão estendidas até o dia 29 de março.

O governo do DF, ao lado do Rio Grande do Sul e Bahia, teve a sua decisão questionada diretamente pelo presidente Jair Bolsonaro, que recorreu ao Supremo Tribunal Federal contra aquilo que ele definiu como "estado de sítio" determinado pelas unidades da federação.

Fonte:  Terra / André Borges


Homem morre após infartar em fila de vacinação contra a covid-19 no DF

PANDEMIA

Soldados da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) socorreram o homem de 69 anos, que recebeu massagem de ressuscitação cardiopulmonar, mas não resistiu. Vítima não tinha problemas de coração, segundo a família

Um idoso de 69 anos morreu após sofrer um infarto, na tarde desta segunda-feira (22/3), enquanto aguardava para ser vacinado na fila do drive-thru em frente ao Shopping Iguatemi, no Lago Norte. A identidade da vítima não foi divulgada.  

Soldados da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) socorreram o homem, que recebeu massagens cardíacas para ser reanimado, nas não resistiu e morreu no local. "O atendimento durou aproximadamente 50 minutos. Ele estava acompanhado da filha, que chamou a polícia", informou a corporação, por meio de nota.

O delegado da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), Jônatas Silva, afirma que a filha do idoso registrou ocorrência na unidade. "Ele não tinha problemas cardíacos. Essa ocorrência foi registrada como óbito natural. Então, vamos aguardar a chegada do laudo médico para ver a causa morte", afirmou o investigador.


FONTE: CORREIO BRAZILIENSE


segunda-feira, 22 de março de 2021

Avenida das Cidades será construída por concessão administrativa

 


 A um custo de quase R$ 3 bilhões, empreendimento vai gerar 100 mil empregos no DF

Projeção da Avenida das Cidades atravessando Samambaia: melhorias em todo o percurso | Arte: Semob

R$ 2,9 bilhõesCusto estimado da obra

Uma nova via com 26 quilômetros de extensão, que passa por sete regiões administrativas, será construída no Distrito Federal por meio de Parceria Público-Privada (PPP), na modalidade de concessão administrativa. O projeto da Avenida das Cidades foi debatido com a sociedade, nesta segunda-feira (22), em audiência pública realizada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob).

O empreendimento será concedido em licitação nacional, pelo prazo de 28 anos. Prevista para ser construída em 11 anos, a obra tem custo estimado em R$ 2,9 bilhões e capacidade para gerar cerca de 20 mil empregos na fase de implantação. A execução dos serviços deve durar 18 anos, com a previsão de que sejam criados cerca de 80 mil empregos na fase de operação, totalizando 100 mil postos de trabalho no projeto.

Pelo acordo de compensação ambiental, serão plantadas 700 mil árvores

A nova avenida tem o conceito de via urbana com a ligação viária entre o Plano Piloto e as regiões do Guará I e II, Arniqueira, Águas Claras, Park Way, Samambaia e Taguatinga. A obra vai permitir a integração entre as cidades, que hoje são separadas pelas linhas de transmissão de energia. Será necessário fazer o enterramento das linhas de transmissão desde a Subestação Brasília Geral até a Subestação de Samambaia. Serão enterrados cerca de 534 km de cabos elétricos.

Desenvolvimento regional

A Avenida das Cidades vai criar condições de desenvolvimento regional. O complexo urbanístico contribuirá para a geração de novos centros de negócios, lazer e habitação na região. O projeto engloba também o conceito de via verde e prevê a compensação florestal por meio da criação e reforma de oito parques, com o plantio de 700 mil árvores.

O projeto vai melhorar a infraestrutura de transporte e mobilidade urbana, ampliando a oferta de serviços públicos ao longo da via. Além disso, há previsão de construção de empreendimentos imobiliários ao longo da via. A expectativa é que a região experimente o desenvolvimento socioeconômico sustentável, com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

“A avenida não será um corredor de transporte com uma via expressa; será para pequenos deslocamentos, desafogando o trânsito em vias como a EPNB e a EPTG”, explica o subsecretário de Parcerias e Concessões, Henrique Oliveira Mendes. “Será também uma via de integração com o metrô, incentivando o transporte público”. Segundo o gestor, a obra compreende ainda a implantação de 200 quilômetros de ciclovias e 900 mil metros quadrados de calçadas. É um investimento com foco na mobilidade ativa.

Contribuições continuam

Durante a audiência pública, a Semob recebeu contribuições em participações presenciais e por mensagens on-line. O projeto segue em discussão, e os interessados ainda podem enviar sugestões até o dia 31 deste mês.

A consulta pública tem por objetivo receber contribuições para o aprimoramento dos estudos de modelagem técnica, econômico-financeira e jurídica, bem como das minutas de edital e contrato da obra. Após essa fase técnica, o projeto será encaminhado para análise no Tribunal de Contas do DF.

As contribuições escritas devem ser enviadas ao e-mail consulta.avenidadascidades@semob.df.gov.br. Quem preferir pode enviar por Correio para o endereço Setor de Áreas Isoladas Norte (SAIN) – Estação Rodoferroviária Sobreloja Ala Sul – CEP: 70631-900, Brasília-DF.

*Com informações da Semob

AGÊNCIA BRASÍLIA

Diminui tempo de espera por cateterismo na rede pública

 


Redução também contempla pessoas que aguardam por angioplastia coronariana; exames são agendados em até 72 horas após o pedido

Arte: Agência Saúde

“Trabalhamos para que as pessoas tenham na rede pública toda celeridade possível no atendimento”Hamilton Silva Júnior, gerente de Regulação Ambulatorial

A rede pública de saúde do Distrito Federal conseguiu reduzir a fila de espera por cateterismo e angioplastia coronariana. Em dezembro de 2020, havia 1.192 pacientes aguardando por cateterismo e 80 por uma angioplastia. Hoje, a demanda reprimida está em 467 e 44 pessoas, para os respectivos procedimentos. Atualmente, o paciente internado tem seu exame agendado para até 72 horas após o pedido.

Durante todo o mês de fevereiro, foram agendados pela Central de Regulação Ambulatorial (Cera) 238 pacientes para fazer o cateterismo e 35 para angioplastia. O gerente de Regulação Ambulatorial, Hamilton José da Silveira Júnior, esclarece que a redução nos índices ocorreu graças a um aumento na oferta desses procedimentos no Hospital Universitário de Brasília (HUB), que tem contrato com a Secretaria de Saúde (SES), e também com a melhoria na performance de algumas unidades, como o Hospital de Base (HB).

“É extremamente importante que o paciente tenha a garantia de atendimento, especialmente aqueles com doenças cardíacas, oncológicas e transplantados, ou candidatos a transplantes”, explica o gestor. “Trabalhamos para que as pessoas tenham na rede pública toda celeridade possível no atendimento.”

Cirurgias eletivas

No momento, as cirurgias eletivas estão suspensas na rede de saúde como forma de ampliar a oferta de leitos de UTI e UCI disponíveis à população, no momento em que o DF atravessa um novo pico da pandemia. Até o momento, segundo Hamilton, não há perspectiva de paralisação ou mesmo de redução desses procedimentos, o que pode significar uma redução ainda maior nas filas de espera.

“Como os procedimentos de cirurgias cardíacas, oncológicas e os transplantes permanecem funcionando e muitos pacientes necessitam realizar o cateterismo para fazer algumas cirurgias, não há essa sinalização”, assegura o gerente de Regulação Ambulatorial.

*Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA

Senado discute nesta quarta ações do Itamaraty para obtenção de vacinas

 


Da Redação | 22/03/2021, 16h54

O Senado fará nesta quarta-feira (24), às 16h, uma sessão remota com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para a prestação de informações sobre a atuação dessa pasta na obtenção de vacinas contra a covid-19. A reunião atende a requerimento (RQS 1.006/2021) do senador Fabiano Contarato (Rede-ES). O parlamentar disse no Twitter que o ministro tem de explicar "o fiasco das relações com outros países para comprar vacina [contra a covid-19]”.

Em seu requerimento, o senador afirma que a escassez de vacinas no país está relacionada a uma série de erros, omissões e atropelos do governo federal.  “Não apenas o Ministério da Saúde tem responsabilidade direta pela crise sanitária que o Brasil vive. O Ministério das Relações Exteriores também tem desempenhado um papel aquém da sua história e das suas possibilidades, prejudicando o fornecimento de vacinas na quantidade que o país necessita. Neste momento em que a cooperação internacional é fundamental, o ministro Ernesto de Araújo queima pontes e joga contra os esforços que poderiam trazer mais vacinas para o Brasil mais rapidamente”, argumenta.

Como exemplo, Contarato cita os problemas entre Brasil e China que, de acordo com ele, resultaram no atraso do envio do insumo farmacêutico ativo (IFA) das vacinas CoronaVac e Oxford/Astrazeneca. Ele também critica a ida de uma delegação chefiada pelo ministro a Israel para tomar conhecimento sobre um spray nasal antiviral desenvolvido naquele país. O medicamento está em fase de testes e, por isso, segundo o senador, levaria meses ou até anos, para ser utilizado. “O próprio criador do spray recomenda que a principal arma contra a covid-19 é a vacina. Assim, questiona-se qual foi o resultado da missão diplomática enviada a Israel”, critica Contarato.

Já o ministro, também pelo Twitter, defendeu a postura do Executivo. “A verdade sobre as vacinas: o presidente Jair Bolsonaro e seu governo trabalham desde o início da pandemia pela saúde do povo brasileiro.” 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Políticas públicas mais intensas para mulheres da cultura

 


GDF se empenha em prol das trabalhadoras nos editais, projetos e termos de fomento

A equidade de gênero ganha força e destaque como instrumento de fomento à cultura no Distrito Federal. Com o objetivo de vencer as desigualdades e estabelecer condições para a construção de políticas públicas direcionadas à mulher, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) tem desenvolvido um trabalho célere em prol do aumento da participação feminina em editais, termos de fomento e projetos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC).

No Distrito Federal, o crescimento de mulheres em segmentos culturais é evidente, mas ainda não representa um mercado de trabalho equilibrado. Nesse sentido, a Secec se empenha em aumentar a participação feminina no campo das artes, com projetos que reforcem seu papel de destaque e contribuam para a autonomia e empoderamento feminino. Fruto de uma visão estratégica, o trabalho desenvolvido pela pasta considera a grande diversidade existente entre as mulheres, para atendê-las de modo justo e igualitário.

“Temos uma equipe de mulheres atentas que estudam e apontam caminhos para conseguirmos aumentar as oportunidades de trabalho e geração de renda para as trabalhadoras da cultura”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

“Nossa expectativa é que aumente o número de mulheres selecionadas nos editais voltados para a arte urbana”Érica Lewis, subsecretária de Economia Criativa

Editais inclusivos

Os editais que são publicados buscam a política de equidade de gênero, como foi o caso do Planaltina Arte Urbana e Encontro do Grafite. Nesse último, a Secretaria garantiu a reserva de vagas femininas, em consonância com o Art. 5º do Decreto nº 38.933/2018 (Fomento à Cultura) e a Portaria nº 58 de 2018, que institui a Política de Equidade de Gênero na Cultura.

“Nossa expectativa é que aumente o número de mulheres selecionadas nos editais voltados para a arte urbana”, afirma a subsecretária de Economia Criativa, Érica Lewis, que viu esse dado se refletir na visibilidade de mulheres no grafite.

Em outros, como o FAC Visual Periférico e o Aldir Blanc Gran Circular, foram criadas pontuações extras para o gênero feminino e mulheres negras, índias e quilombolas.

Embora 2020 tenha sido marcado pela crise sanitária ainda enfrentada atualmente, houve aumento da participação feminina entre agentes culturais e profissionais de economia criativa do DF

“Acredito que a vontade de ver mais mulheres exercendo papéis de liderança na cultura é o que nos motiva a trabalhar em prol da equidade de gênero. Como mulheres, precisamos exercer não só a sororidade, mas também exaltar a pluralidade e a diversidade cultural existente na população feminina do DF”, destaca a subsecretária de Difusão e Diversidade e Cultural, Sol Montes.

Políticas femininas

Embora 2020 tenha sido marcado pela crise sanitária ainda enfrentada atualmente, houve aumento da participação feminina entre agentes culturais e profissionais de economia criativa do DF. No Fundo de Apoio à Cultura (FAC), uma das mais importantes linhas de fomento da Secec, a contemplação feminina totalizou 36% nos editais lançados no ano passado, caso do apresentações On-lineRegionalizado e o grande destaque, Prêmio FAC Brasília 60.

Contemplada no edital emergencial FAC Prêmios, a atriz e produtora cultural Clara Camarano, 37 anos, destaca o poder da mobilização feminina e a importância das artistas mulheres para a cultura do DF. Sobre a ampliação de políticas públicas, ela afirma que a busca por igualdade cresce a cada ano e tem orgulho em fazer parte da representatividade cultural feminina no DF.

“Minha carreira como atriz foi construída por meio da união de mulheres dedicadas a contribuir com sua arte, sua especialidade, seu olhar e suas ações. Me sinto lisonjeada e amparada por ter ganho este prêmio, em forma de reconhecimento e amparo em um momento que estamos longe das salas de espetáculos, apenas com trabalhos virtuais”, apontou.

Na política de execução de Termos de Fomento, executados pelo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), a seleção de projetos foi feita com o foco em capacitação de agentes culturais e formação de novas profissionais da cultura. Com cerca de R$890 mil injetados em projetos exclusivos para mulheres, foram oferecidos diversos cursos on-line de capacitação.

*Com informações da Secec

AGÊNCIA BRASÍLIA