segunda-feira, 22 de março de 2021

Uma câmera na mão e uma série para compartilhar

 


Organizada em cinco capítulos, episódios mostram o cotidiano dos estudantes durante a pandemia de covid-19 e as políticas de distanciamento social

Companhia Elefante Branco produz teatro virtual e websérie durante a pandemia. Foto do grupo de teatro da escola Elefante Branco tirada em 2019 | Foto: Luís Tavares/ Ascom Educação

A paixão pelo palco foi decisiva para a trajetória do professor Marcello D´Lucas na rede pública de ensino do DF. Fundador da companhia artística do Centro de Ensino Médio Elefante Branco, Marcello coleciona prêmios. A partir da disciplina de Arte, criamos o Festival de Teatro para possibilitar uma abordagem pedagógica lúdica e diversificada. Posteriormente, os estudantes criaram núcleos, como o Laboratório de Cinema e passaram a vivenciar uma rotina de montagens, ensaios e gravações”, conta o professor.

Com as artes visuais na cabeça, o professor e a turma do Elefante Branco acabam de montar a websérie Memória & Saudade. Organizada em cinco capítulos, ela mostra o cotidiano dos estudantes durante a pandemia de covid-19 e as políticas de distanciamento social. Três dos episódios integraram a Seleção Oficial da Mostra Curta de Casa da Secretaria de Educação, em 2020.

O episódio Sobre viver agora teve locações em locais pitorescos do DF e suscita temas sensíveis aos jovens como a liberdade, solidão e esperança. Filmado em preto e branco, remete às angústias e vivências da protagonista e convida a refletir de modo poético sobre a juventude em tempos de distanciamento social.

Palco de estrelas

Para a universitária Briza Mantzos, a Companhia foi decisiva para sua trajetória profissional. Ela venceu como Melhor atriz, no Festival de Curtas das Escolas Públicas do DF, em 2019, e como premiação recebeu uma bolsa de uma faculdade privada para cursar Artes Cênicas. Além disso, venceu a Mostra Curta de Casa com o filme É tarde?

“A Companhia Elefante Branco apresenta a arte para estudantes da escola pública e nos incentiva a crescer. Influenciada pelos professores, desejo fazer e ensinar teatro às próximas gerações. Não seria quem eu sou hoje, sem a Companhia”, elogia Briza, que ainda mantém a parceria com o grupo.

Lirismo e subjetividade

“Em cada história, vemos a juventude percorrer caminhos que mostram que nenhuma dor pode nos tirar a força que precisamos para enfrentar os desafios. Com a pandemia, adaptamos as produções para o espaço virtual e surgiu a ideia da websérie”, conta Marcello

As produções da websérie foram gravadas respeitando o distanciamento e a manutenção das medidas preventivas. Todos os episódios contam apenas com um ator ou atriz para evitar aglomeração e os estudantes da companhia conduzem o trabalho de criação, montagem, direção, legendagem e interpretação.

Em cada história, vemos a juventude percorrer caminhos que mostram que nenhuma dor pode nos tirar a força que precisamos para enfrentar os desafios. Com a pandemia, adaptamos as produções para o espaço virtual e surgiu a ideia da websérie”, conta Marcello.

A companhia venceu o Prêmio Web 2020 (DF) nas categorias Festival de Teatro e Projeto/Iniciativa e teve nove curtas metragens escolhidos para a Seleção Oficial da I Mostra Curta de Casa da Secretaria de Educação.

Em 2019, o curta Oco foi considerado o melhor pelo júri popular. O desafio de adaptar os espetáculos para o ambiente virtual rendeu a menção de Atividade Exitosa no I Fórum de Troca de Experiências em Ensino Remoto, da Coordenação Regional do Plano Piloto.

Todos os episódios podem ser conferidos no Canal EducaDF, no Youtube, às 11h.

 Confira a programação:

22/3

Episódio 1 – O nome das coisas

A descoberta de que o nome das coisas surge de lugares improváveis ou meramente passageiros.

23/3

Episódio 2 – Sobre viver agora

E se em uma fração de segundos pudéssemos ser livres?

24/3

Episódio 3 – Como é que se explica?

Um trecho literário de Clarice Lispector suscita a reflexão: “Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento”.

25/3

Episódio 4 – História sem fim

Há uma certa angústia, quando o “Era uma vez” desponta. Não se sabe ao certo as personagens

* Com informações da Secretaria de Educação

AGÊNCIA BRASÍLIA

Motorresgate dos bombeiros recebe investimentos

 


GDF compra 40 motos, uniformes e capacetes ao custo de R$1,5 milhão. Serviço é essencial para dar agilidade aos primeiros-socorros prestados

O Grupamento de Atendimento Pré-Hospitalar (GAEPH) do CBMDF comprou 40 motocicletas e itens de uniforme para o serviço de Motorresgate | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Quando acontece um acidente e o número 193 que é acionado. A ligação cai direto na Central de Atendimento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) que se mobiliza imediatamente para o socorro. Enquanto uma ambulância pode levar 8 minutos e meio, no mínimo, para chegar ao local de uma ocorrência, a motocicleta faz o mesmo trajeto em apenas três.

São modelos Honda XRE 300cc e Honda CB 500 Trail e foram gastos R$ R$ 1.276.000,000

Em uma atividade em que tempo significa vida ou morte, a quantidade de veículos de duas rodas em operação por uma corporação também é fundamental para prestar um serviço de excelência para a comunidade. Pensando nisso, o Grupamento de Atendimento Pré-Hospitalar (GAEPH) do CBMDF comprou 40 motocicletas e itens de uniforme para o serviço de Motorresgate. Localizado na área especial da quadra QE 38, no Guará II, o grupamento atendeu, em 2020, 1.219 ocorrências.

São modelos Honda XRE 300cc e Honda CB 500 Trail e foram gastos R$ R$ 1.276.000,000. O GAEPH desembolsou também cerca de R$ 394 mil na compra de 56 conjuntos de calça e jaqueta, além de 43 capacetes, materiais que fazem parte do uniforme.

Vinte motocicletas do modelo Honda XRE 300cc, na cor branca, estão reservadas para treinamento. Elas serão utilizadas também nos cursos de formação de novos condutores de resgate. As outras 20 motocicletas (Honda CB 500 Trail), na cor vermelha, são destinadas ao atendimento efetivo das ocorrências de emergências. Esses veículos se somam a outros nove ainda em condições de uso.

Diminuição do tempo-resposta

“A chegada de uma motocicleta do Corpo de Bombeiros em uma ocorrência causa um certo conforto em quem precisa de atendimento emergencial. A pessoa percebe que o socorro chegou rapidamente e se sente mais aliviada”, explica o Sargento Abílio Sérgio Augusto Hamilton

O uso da motocicleta em atendimentos emergenciais apresenta vantagens. A redução no tempo é uma delas. Isso significa que em cima de duas rodas é possível vencer os mais diferentes obstáculos e estar, rapidamente, nos locais da ocorrência.

“A chegada de uma motocicleta do Corpo de Bombeiros em uma ocorrência causa um certo conforto em quem precisa de atendimento emergencial. A pessoa percebe que o socorro chegou rapidamente e se sente mais aliviada”, explica o Sargento Abílio Sérgio Augusto Hamilton, 51 anos, 27 deles na corporação.

O uso da motocicleta em atendimentos emergenciais apresenta vantagens. A redução no tempo é uma delas. Isso significa que em cima de duas rodas é possível vencer os mais diferentes obstáculos e estar, rapidamente, nos locais da ocorrência.

“A chegada de uma motocicleta do Corpo de Bombeiros em uma ocorrência causa um certo conforto em quem precisa de atendimento emergencial. A pessoa percebe que o socorro chegou rapidamente e se sente mais aliviada”, explica o Sargento Abílio Sérgio Augusto Hamilton, 51 anos, 27 deles na corporação.

Rotina

 

Fazer parte do GAEPH exige que o candidato seja bombeiro militar e habilitado para conduzir motos. E necessário também que ele passe pela formação nos cursos de Motociclista Operacional e de Atendimento Pré-Hospitalar | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

O socorro, por meio do serviço de Motorresgate, é feito sempre por duplas de militares, cada um em uma motocicleta. No baú de cada veículo ficam os materiais obrigatórios: colar cervical e talas, para imobilização ou estabilização em situações de traumas, aparelhos para a aferição de sinais vitais, gazes e atadura utilizadas em situações de hemorragias.

Os bombeiros também carregam a Bolsa Válvula Máscara (BVM), utilizada em paradas cardiorrespiratórias (quando se verifica a ausência das atividades cardíaca e respiratória) e em paradas respiratórias, que é a ausência de atividade respiratória, mas existe a atividade cardíaca. O Desfibrilador Externo Automático (DEA), equipamento usado em paradas cardiorrespiratórias, também não pode faltar.

Qualificação

Fazer parte do GAEPH exige que o candidato seja bombeiro militar e habilitado para conduzir motos. E necessário também que ele passe pela formação nos cursos de Motociclista Operacional e de Atendimento Pré-Hospitalar.

“No curso de Motociclista Operacional qualificamos o bombeiro militar. Ele vai aprender a pilotar em condições adversas, em áreas com obstáculos de difícil acesso e em locais não pavimentados. Também é aprimorada a pilotagem defensiva”, explica o Sargento Abílio Hamilton.

AGÊNCIA BRASÍLIA

DF busca o pioneirismo na compartimentação sanitária da suinocultura

 


O objetivo é preservar a produção de contrair uma ou mais doenças, adotando status e controles específicos

O protagonismo e pioneirismo pelo qual o DF tem lutado é um trabalho a várias mãos. A intenção é que o modelo seja adotado primeiramente na Granja Miunça, pertencente à Hartos Agropecuária Cenci, uma das grandes produtoras do país | Foto: divulgação Seagri-DF

O Distrito Federal trabalha para ser o pioneiro na compartimentação sanitária da suinocultura no país e, em toda a América Latina. A medida, que consiste em adotar um conjunto de regras sanitárias e de biosseguridade na produção de suínos, vai facilitar o comércio internacional e garantir a proteção genética, além de beneficiar produtores e possibilitar a geração de empregos e renda.

A compartimentação sanitária nada mais é do que preservar a produção de contrair uma ou mais doenças, adotando status e controles específicos. No Brasil, a prática já é consolidada na avicultura e o que se busca é adotá-la para a suinocultura. Uma granja compartimentada está livre de determinados tipos de doenças e, desta forma, autorizada a vender seus produtos mesmo que um surto atinja uma cidade, estado ou o Brasil inteiro e o comércio seja bloqueado ou suspenso por outros países e autoridades competentes.

O protagonismo e pioneirismo pelo qual o DF tem lutado é um trabalho a várias mãos. A intenção é que o modelo seja adotado primeiramente na Granja Miunça, pertencente à Hartos Agropecuária Cenci, uma das grandes produtoras do país.

O protagonismo e pioneirismo pelo qual o DF tem lutado é um trabalho a várias mãos. A intenção é que o modelo seja adotado primeiramente na Granja Miunça, pertencente à Hartos Agropecuária Cenci, uma das grandes produtoras do país | Foto: divulgação Seagri-DF

Nesta frente, a Secretaria de Agricultura (Seagri) tem feito a ponte entre a Hartos e o Ministério da Agricultura (Mapa) para que a empresa possa compartimentar sua produção, conforme preconiza a Instrução Normativa nº 44 de 2007, do Mapa. O trabalho ainda conta com o apoio da empresa DNA South América, especializada em melhoramento genético.

“O objetivo é proteger os locais de produção – desde o suíno jovem até o animal pronto para o abate. As unidades de produção devem obedecer a uma série de requisitos sanitários, como por exemplo o controle de entrada de pessoas, alimentação, desinfecção de veículos, para assim evitar a entrada de um microorganismo”, explica o diretor de Sanidade Agropecuária e Fiscalização da Seagri, Vinicius Campos.

“Tal situação evitaria o sacrifício desses animais nas emergências sanitárias e possibilitaria ao interessado manter as relações comerciais com clientes, inclusive de fora do país, sem nenhum embargo econômico”, completa.

Aprimoramento

O DF dispõe de 33 suinoculturas tecnificadas, seis abatedouros de grande porte e 157 mil animais alojados

Atualmente, o DF dispõe de 33 suinoculturas tecnificadas, seis abatedouros de grande porte e 157 mil animais alojados. Uma das produções de referência na técnica de bem-estar animal e Boas Práticas Agropecuárias é a Granja Miunça, localizada na região do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF).

Proprietário da Hartos Agropecuária Cenci, Alexandre Cenci aponta a necessidade de implementar a compartimentação. “Para nós, produtores rurais, ela é muito importante no sentido de blindar nosso sistema de produção para que ele permaneça ativo e em comercialização, seja os animais para genética ou os de corte.

É uma construção para obtermos esse certificado no médio prazo. Estamos iniciando esse caminho”, afirma, ao destacar o trabalho em conjunto com o Governo do Distrito Federal e o Ministério da Agricultura.

“Tudo isso está sendo possível graças à atenção que temos recebido do Mapa, da Superintendência Federal da Agricultura, do GDF, no sentido de cooperar na implementação destas normas junto a nós. Fica o agradecimento a todos os profissionais envolvidos neste pleito, que nos coloca na vanguarda da tecnologia e da inovação e da segurança sanitária”, acrescenta Cenci.

Proteção genética

Para o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSuin), Josemar Medeiros, a compartimentação sanitária vai ajudar e muito outros produtores| Foto: divulgação Seagri-DF

A lógica de proteção à genética é corroborada pela subsecretária de Defesa Agropecuária (SDA) do DF, Cristyanne Taques. Segundo ela, a medida é um grande fomento ao desenvolvimento da suinocultura porque garante a genética do DF e, consequentemente, do país.

“É uma medida que vai contribuir muito na geração de emprego e renda. Quando uma produção de suínos atinge um grau de desenvolvimento de genética, ela puxa outras. A Seagri trabalha para que a Granja Miunça se organize no que diz respeito aos procedimentos que precisam ser adotados junto ao Ministério da Agricultura para obter a compartimentação”, explica Cristyanne Taques.

“Essa certificação é uma forma de proteger o patrimônio genético brasileiro, bem como diminuir os impactos econômicos decorrentes de doenças emergenciais. Por exemplo, caso o Brasil venha a registrar focos de febre aftosa ou da peste suína clássica, a unidade com compartimentação mantém seu status como livre dessas doenças, tornando possível a comercialização direta com clientes de outros países”, reforça a subsecretária.

Para o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSuin), Josemar Medeiros, a compartimentação sanitária vai ajudar e muito outros produtores.

“Vemos com bons olhos essa iniciativa. Certamente funciona como espelho para os demais produtores do DF. Nossa produção é menor do que a de alguns estados, mas nosso padrão tecnológico é acima da média nacional. A compartimentação é uma iniciativa que pode colocar o Distrito Federal em outro patamar”, aposta.

Na visão de Josemar, outras grandes granjas da capital poderão, em breve, atingir o mesmo status, o que vai refletir na qualidade dos produtos e maior competição de preços com outros estados. “O primeiro resultado é a qualidade alimentar. A compartimentação vem primeiro para proteger a genética. E, com melhores produtos, teremos preços ainda mais competitivos”, finaliza.


Áreas rurais no DF são tema de reunião virtual

 


Tema será debatido na segunda sessão da série ‘Encontros para Pensar o Território’, aberta a toda a sociedade

A segunda reunião da série Encontros para Pensar o Território, promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), está agendada para esta quarta-feira (24), a partir das 18h30, em uma sessão pública virtual. Desta vez, o tema será “Quais as funções sociais das áreas rurais e como organizá-las de maneira equilibrada?”, assunto que faz parte do eixo temático “Ruralidades” – um dos oito eixos da revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), um instrumento essencial para a política territorial do DF.

O objetivo dos encontros é incentivar a participação popular na revisão do Pdot. Por isso, o evento será aberto a toda a população do Distrito Federal, sem necessidade de inscrição prévia.

Abaixo, confira a programação completa dos encontros.

Arte: Seduh

*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação 

AGÊNCIA BRASÍLIA

Adesão ao Refis é on-line e vai até 31 de março

 


Serviço está disponível no Portal da Receita para pessoas físicas e jurídicas. Há simuladores para verificar valores devidos e condições de pagamento

Pessoas físicas e jurídicas têm até o dia 31 de março para aderir ao Programa de Incentivo à Regularização Fiscal (Refis). Quem tiver débitos com o GDF pode simular valores e condições; negociar os débitos; e, gerar documentos para o pagamento de forma totalmente digital, sem sair de casa. Basta acessar o Portal de Serviços da Receita do Distrito Federal.

O acesso pode ser feito por pessoas jurídicas, mediante certificação digital; e, por pessoas físicas, por certificação digital ou mediante login/senha. No site, há também link para informações e dúvidas frequentes sobre o Refis.

No Atendimento Virtual, na opção Refis-DF 2020, o contribuinte pode tirar dúvidas sobre como aderir ao programa e ter auxílio para fazer as simulações, a adesão e a geração de documentos para pagamento. Esse atendimento pode ser acessado em qualquer horário.

Em 2020, pela primeira vez, o GDF concedeu descontos tanto no valor principal da dívida quanto em juros e multas, que chegaram a até 95%. No caso do desconto no valor principal, vale para débitos atualizados de até R$ 100 milhões, consolidados por CPF ou CNPJ.

Puderam ser renegociadas dívidas relativas a ICMS, Simples Candango, ISS, IPTU, IPVA, ITBI, ITCD, além débitos não tributários. Fica de fora dessa segunda etapa do Refis 2020 apenas a Taxa de Limpeza Pública (TLP).

Prazos

O contribuinte que, até 16 de dezembro de 2020, já tiver aderido ao Refis 2020 poderá requerer a migração para outra forma de pagamento nesta nova etapa até 24 de março de 2021.

Nos casos de confissão espontânea de débitos, migração de parcelamentos anteriores, compensação com precatório e desmembramento de auto de infração, o contribuinte deve utilizar o Atendimento Virtual, no Portal da Receita, e fazer seu pedido na opção Refis-DF 2020 até 24 de março.

Poderão ser incluídos no Refis 2020 os débitos de fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2018, assim como os saldos de parcelamentos referentes a fatos geradores ocorridos até a mesma data.

A adesão ao Refis é formalizada com o pagamento da dívida à vista ou da primeira parcela, quando a opção for o parcelamento. Após esse primeiro pagamento, o contribuinte pode retirar certidão positiva com efeito de negativa, desde que não haja outros débitos em atraso atribuídos ao mesmo CPF ou CNPJ. Sem certidões negativas da Receita do DF, ou positivas com efeito de negativas, instituições financeiras não liberam crédito às empresas, que também ficam impedidas de participar de licitações.

Nos casos de parcelamento, o valor de cada parcela não poderá ser inferior a R$ 400, quando se tratar de débito de pessoa jurídica, e a R$ 100, quando for débito de pessoa física.

Balanço

Entre 16 de novembro e 16 de dezembro de 2020, o Refis alcançou a expressiva marca de R$ 2,6 bilhões de débitos renegociados. A expectativa inicial de arrecadação era de R$ 500 milhões, meta que foi batida em apenas 11 dias.

Ao todo, 34.441 pessoas físicas e 8.803 pessoas jurídicas finalizaram seus processos de regularização tributária junto à Secretaria de Economia na etapa do Refis realizada no ano passado. Do total renegociado, mais de R$ 460 milhões já foram pagos ao governo por meio do que é considerado o Refis mais arrojado do tipo já feito no DF.

O Refis incentiva a regularização de débitos tributários e não tributários de competência do DF, mediante:

1. Redução do valor principal do imposto atualizado nas seguintes proporções:

a) 50% do seu valor para débitos inscritos em dívida ativa até 31 de dezembro de 2002;
b) 40% do seu valor para débitos inscritos em dívida ativa entre 1° de janeiro de 2003 e 31 de dezembro de 2008;
c) 30% do seu valor para débitos inscritos em dívida ativa entre 1° de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2012.

2. Redução de juros e multas, inclusive as de caráter moratório, nas seguintes proporções:

a) 95% do seu valor, para pagamento à vista ou em até 5 parcelas;
b) 90% do seu valor, para pagamento em 6 a 12 parcelas;
c) 80% do seu valor, para pagamento em 13 a 24 parcelas;
d) 70% do seu valor, para pagamento em 25 a 36 parcelas;
e) 60% do seu valor, para pagamento em 37 a 48 parcelas;
f) 55% do seu valor, para pagamento em 49 a 60 parcelas; e
g) 50% do seu valor, para pagamento em 61 a 120 parcelas.

O Refis 2020 aplica-se aos débitos relativos ao:

⇒ Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias (ICM) e ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);

⇒ Regime Tributário Simplificado do Distrito Federal (Simples Candango);

⇒ Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), inclusive o devido pelos profissionais autônomos e sociedades uniprofissionais de que tratam o artigo 90, parágrafos 1º e 3º, e o artigo 94 do Decreto-Lei nº 82, de 26 de dezembro de 1966;

⇒ Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);

⇒ Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);

⇒ Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis por Natureza ou Acessão Física e de Direitos Reais sobre Imóveis (ITBI);

⇒ Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis ou Doação de Bens e Direitos (ITCD);

⇒ Débitos não-tributários, na forma do regulamento, estabelecido do decreto regulamentador.

*Com informações da Secretaria de Economia

AGÊNCIA BRASÍLIA

Covid-19: projeto torna comprovante de vacinação obrigatório em serviço presencial

 


Da Redação | 22/03/2021, 10h05

O Senado aprecia projeto de lei que torna obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação contra covid-19 para a obtenção de serviços que necessitem atendimento presencial e em estabelecimentos públicos e privados passíveis de aglomeração. O PL 883/2021, de autoria do senador Jader Barbalho (MDB-PA), exige a comprovação de pessoas das faixas etárias em que a vacinação já tenha sido completada, seguindo a programação estabelecida pelo plano nacional do governo.

"Acredito que com tal obrigatoriedade e o aumento do rigor na cobrança da vacinação das pessoas que estão dentro da faixa etária estabelecida pelo Ministério da Saúde, aliados à disponibilização de vacina pelo governo federal, será possível atingir uma maior cobertura vacinal e evitar que as pessoas adoeçam e morram”, afirma o senador na justificativa. 

A medida prevê ainda multa para órgão ou empresa que não seguir a lei. Segundo o texto, todo o recurso arrecadado com a aplicação das multas será destinado exclusivamente para ações de enfrentamento da doença.

Jader destaca que o principal objetivo da proposta é proteger a coletividade, já que a desinformação e o preconceito com as vacinas têm levado, cada vez mais, pessoas a repassarem notícias falsas. Segundo ele, pesquisadores e autoridades de saúde temem que os ataques às vacinas e o aumento da circulação de fake news comprometam os esforços para imunizar a população e conter o avanço da pandemia. 

“No Brasil, uma pesquisa realizada pelo Datafolha revelou que pelo menos 9% da população não quer se vacinar contra a covid-19. É preciso que o governo federal repasse para a população brasileira que a vacina não é apenas um bem individual. Trata-se de um bem coletivo, pois uma pessoa que é vacinada pode deixar de repassar para outras ou mesmo ter a doença de forma branda, sem a necessidade de internação, deixando disponível leito para internação de paciente que esteja em pior situação de saúde."

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado