segunda-feira, 22 de março de 2021

Dia Internacional da Floresta quer maior consciência sobre recursos naturais

 


Governo do Pará combate o desafio histórico de crimes ambientais e promove o desenvolvimento socioeconômico a partir do Plano Estadual Amazônia Agora

21/03/2021 12h27 - Atualizada em 21/03/2021 22h25
Por Anna Paula Mello (SEMAS)

Plano Estadual Amazônia Agora, do Governo do Pará, atua no combate ao desmatamento e no desenvolvimento socioeconômicoFoto: Ascom Ideflor-BioO dia 21 de março é a data escolhida para celebrar o Dia Internacional da Floresta, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da preservação da cobertura verde no planeta. Nesse contexto, o Estado do Pará, na Amazônia, tem uma importante função na defesa da maior floresta tropical do mundo e que abriga um amplo mosaico de biodiversidade. Essa grandiosidade se reflete também em desafios históricos no combate aos crimes ambientais; promoção do desenvolvimento sócioeconômico, tratados, atualmente, pelo Governo do Estado, com base no Plano Estadual Amazônia Agora.

“O Plano traz uma visão global sobre meio ambiente, com foco na melhoria de vida das pessoas que vivem da floresta e dentro dela, sem esquecer da visão macro, pensando em uma economia sustentável, que reduza a emissão de gases do efeito estufa. Uma das metas do PEAA é alcançar o patamar de emissão líquida zero até 2036, por exemplo”, explica o Secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O`de Almeida.

Para colocar em prática essa estratégia, o Governo do Estado montou uma linha de ação dentro do PEAA, que trabalha quatro eixos: Comando e Controle (combate aos crimes ambientais), Regulariza Pará (regularização fundiária e ambiental), Territórios Sustentáveis (apoio à produção rural) e o Fundo da Amazônia Oriental (captação de recursos da iniciativa privada), este último é uma estratégia para que as ações tenham fôlego próprio e não dependam exclusivamente de recursos públicos.

Outra importante questão dentro desse plano, é a integração das Secretarias Estaduais, que trabalham de maneira coordenada dentro das próprias atribuições para dar vazão as demandas. Fazem parte da estrutura organizacional do PEAA: Semas, Iterpa, Sedeme, Emater, Ideflor Bio, Sedap, Adepará e Segup.

Segundo o titular da Semas, os primeiros passos do Plano Amazônia Agora, já apresentaram resultados expressivos com os instrumentos do Territórios Sustentáveis, por exemplo, que já realizou a regularização fundiária e ambiental de mais de 100 propriedades na região do Xingu e as ações da Força Estadual de Combate ao desmatamento, por meio da Operação Amazônia Viva: “A Amazônia Viva tem reduzido o desmatamento no Pará, com a presença constante das equipes integradas, compostas por policiais civis e militares, bombeiros, peritos e fiscais da Semas, que somando as nove operações já conseguiram colocar em proteção quase 140 mil hectares de terras e interditaram 44 garimpos ilegais. Para se ter idéia, nos dois últimos meses, janeiro e fevereiro, a redução no desmatamento foi superior a 90%, em relação ao mesmo período do ano passado”, acrescentou  Mauro O`de Almeida.

Apoio à produção rural é fundamental

Como a questão da degradação florestal não passa apenas pela capacidade repressiva, o diálogo e o apoio a produção rural tem importante destaque no Plano, com ações da Emater que tem já atende o público agricultor familiar, quilombola, pescador, indígena, extrativista, entre outros. O papel do órgão é fundamental para o desenvolvimento sustentável do Pará. São mais de 70 mil famílias atendidas regularmente, em todos os 144 municípios paraenses.

A partir dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), a Emater possibilita o acesso por parte do público atendido à capacitação, crédito rural e a várias políticas públicas disponíveis para o meio rural paraense, com ações inovadoras que contribuem para a melhoria da vida coletiva e das relações entre a natureza e a sociedade local.

“A Emater é o braço operacional do estado, estamos em todos os municípios, melhorando a produtividade, implantando novas tecnologias, injetando recursos através da internalização de projetos de créditos, trabalhando junto com a Semas a regularização ambiental seja na emissão de Cadastro Ambiental rural (CAR), e também no Programa de Recuperação de Áreas (PRA). O lema da empresa é o produzir sem desmatar, e produzir com qualidade”, enfatiza a presidente da Emater, Cleide Amorim.

Recuperar áreas degradadas é prioridade

Além de impedir a derrubada da floresta também é fundamental pensar na recuperação de áreas que já foram afetadas pela ação do homem. Por isso o PEAA também necessita da expertise do IDEFLOR-Bio, que é uma autarquia estadual cujas funções envolvem a gestão das florestas públicas estaduais, a recuperação de áreas florestais degradadas e o desenvolvimento de projetos de conservação da biodiversidade. De acordo com a presidente do Ideflor - Bio , Karla Bengtson em números, o Instituto faz a gestão de cerca de 24.676.569,82 milhões de hectares em áreas de floresta, o que equivale a aproximadamente 20% do território estadual.

Quanto as Unidades de Conservação – A maior parte desse território – 21,4 milhões de hectares, equivalentes a 18% do território paraense – são ocupados pelas 26 Unidades de Conservação estaduais, sendo 10 de proteção integral e 16 de uso sustentável explica a diretora de gestão e unidades de conservação Socorro Almeida.                                       

Restauração florestal e renda – 22 novos viveiros de mudas foram instalados em municípios paraenses, nos últimos tempos . Conforme o diretor de desenvolvimento da cadeia florestal , Kleber Perotes , os viveiros têm capacidade para a produção de mais de 1.876.225 milhões de mudas com destaque para: Açaí, Cacau, Cupuaçu, Pupunha, Muruci, Paricá, Andiroba, Cumaru, Maranhoto e atendem cerca de 700 agricultores familiares em todas as regiões de integração do Estado. Esses viveiros são parte de uma das missões do Ideflor-bio: a recuperação de áreas florestais degradadas ao longo do território estadual.

A utilização das mudas de Açaí e Cacau nos arranjos de Sistemas Agroflorestais vem materializando a contribuição do Instituto para expansão e verticalização dessas duas importantes cadeias produtivas no Estado, tanto que o Pará já se consolidou como o maior produtor de cacau do país, ultrapassando a Bahia, com 144 mil toneladas produzidas em 2020, o que corresponde a 52% do total produzido em todo o País.

“O caminho para alcançarmos a sustentabilidade é longo e luta contra uma cultura de desmatamento histórica, na qual o território amazônico era estigmatizado pela derrubada da floresta atrelada ao desenvolvimento econômico, mas com o trabalho que estamos fazendo, percebemos que é possível virar essa chave e entender que a floresta representa mais lucro às comunidades quando ela está de pé”, conclui o secretário Mauro O´de Almeida.

AGÊNCIA PARÁ 

Fiscalização ambiental apreende pescado na APA do Paytuna e Parque Monte Alegre

 


Ideflor-bio e uma rede de instituições parceiras apreenderam oito toneladas de pescado, 150 malhadeiras e duas espingardas no Baixo Amazonas

21/03/2021 12h05 - Atualizada em 21/03/2021 14h22
Por Patricia Madrini (IDEFLOR-BIO)

Redes malhadeiras apreendidas na APA de Paytuna e no Parque Estadual Monte Alegre, no Baixo Amazonas, durante o defeso na regiãoFoto: DivulgaçãoEm fiscalizações pelo período de defeso, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio) e uma rede de instituições parceiras apreenderam oito toneladas de pescado, 150 malhadeiras, duas espingardas com munições diversas e cinco geleiras, de 1º a 13 de março, na APA Paytuna e no Parque Estadual Monte Alegre, APA Paytuna, no Baixo Amazonas.

O Ideflor-bio atua nessas fiscalizações em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Polícia Militar, Comissão de Conservação de Lagos e Rios e Agentes Ambientais Comunitários (AAC), dentro de suas Unidades de Conservação.

Segundo a gerente da APA Paytuna e do Parque Monte Alegre, Patricia Messias, nos primeiros anos da ação de fiscalização, a comunidade não via a fiscalização com bons olhos, pois os geleiros contratam pescadores das próprias comunidades para abastecer as embarcações de pesca. As pessoas viam a pesca predatória como uma oportunidade de atividade financeira para elas. "Mas, permanecemos com as nossas ações ambientais, e fomos surpreendidos durante essa ação com o comportamento da comunidade, começando a enxergar as ações do Ideflor-Bio como algo benéfico, e o pescado na região aumentou", disse ela.     

"No meu ponto de vista é muito bom para a economia, pois uma  vez que se controla o estoque de oferta de alimentos, se garante a autonomia no médio e longo prazos, e isso é muito bom para sociedade", disse o economista do município de Monte Alegre, Ricardo Brás.

A presidente do Ideflor-bio, Karla Bengtson, ressaltou que as ações de fiscalização ambiental realizadas na região do Parque Estadual Monte Alegre e da APA Paytuna, apresentam excelentes resultados, já sentidos pelos usuários dos recursos naturais.

"É comum em reuniões com representantes da região receber notícias de que já é possível viver da pesca na região, graças ao trabalho que o Ideflor-Bio executa. Esse retorno é muito gratificante, uma vez que, quanto mais pessoas envolvidas nesse processo de conservação e proteção, mais aliados a gestão ambiental ganha”, destacou Karla Bengtson. 

agência pará 

Covid-19: senadores redigem moção mundial por vacinas para o Brasil

 


Da Redação | 22/03/2021, 13h27

Senadores redigiram uma moção de apelo internacional chamando a atenção do mundo para a necessidade de o Brasil obter vacinas contra a covid-19. Assinado por 65 parlamentares, o documento deve ser votado em Plenário nesta terça-feira (23).

Se for aprovada, a moção será encaminhada a todos os países membros do G20, organismos da Organização das Nações Unidas, especialmente a Organização Mundial da Saúde (OMS), países da OCDE, parlamentos europeu e inglês e Congresso americano, além de embaixadores do Brasil no mundo, embaixadores estrangeiros no Brasil, empresas produtoras de vacinas, todos os presidentes das comissões de Relações Internacionais dos principais países e imprensa nacional e internacional. 

A informação foi dada nesta segunda-feira (22) pela senadora Kátia Abreu (PP-TO), na reunião remota da Comissão Temporária da Covid-19. Presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, ela apresentou um relatório segundo o qual o Brasil precisa de 100 milhões de doses de vacinas contra a doença com urgência, para que um terço da população seja imunizada e a curva de infecção diminua.

No relatório apresentado aos senadores, Kátia menciona publicação da revista digital Science Magazine, segundo a qual 11 países compraram vacinas em número muito maior ao de habitantes, havendo assim cerca de 3 bilhões de doses que provavelmente não serão utilizadas, e uma parte desse montante poderia ser cedida para o Brasil.

Na sexta-feira (19), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pediu à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, autorização para que o Brasil compre vacinas contra a covid-19 estocadas pelos EUA e sem previsão de uso em solo americano.

A ideia dos senadores é obter as 100 milhões de doses, a fim de adiantar o cronograma de vacinações apresentado pelo Ministério da Saúde, sendo possível inclusive devolver as que sobrarem, para que outras nações também sejam beneficiadas.

— Essa moção de apelo é chamando a atenção para essa questão superimportante de que o Brasil precisa de vacina já. Como nós tivemos a 1ªGuerra, a 2ª Guerra Mundial, e o Brasil foi solidário em todas as duas (o mundo foi solidário, o mundo se uniu), nós estamos na 3ª Guerra Mundial: uma guerra sanitária que mata sem armas de fogo nem armas nucleares — declarou Kátia.

Apelo internacional

O relator da comissão, senador Wellington Fagundes (PL-MT), reforçou o apelo endereçado aos países que têm vacina em estoque pelo mundo, principalmente Estados Unidos, para que transfiram ao Brasil esses lotes excedentes. Para o parlamentar, a medida se configura num “legítimo e oportuno exercício de diplomacia”.

Wellington também ressaltou o papel do Senado nessa negociação, já que a Casa, conforme afirmou, detém um conjunto de prerrogativas “relevantes e insubstituíveis” na conduta da política externa.

— O país é governado pelo Poder Executivo, pelo Judiciário e também pelo Legislativo. Portanto, é oportuno, porque este é um gravíssimo momento da pandemia, marcado pelas ansiedades gerais quanto ao desenvolvimento do cronograma de vacinação, pelo colapso da capacidade hospitalar e também pela exaustão física e emocional das equipes de profissionais da saúde. Tudo isso coincide, infelizmente, com um vácuo diplomático derivado da aparente opção do Poder Executivo pelo isolamento internacional. É lamentável que tenhamos chegado a este ponto, e não foi por falta de avisos, de apelos, de alertas. Este Senado buscou, de todas as formas, o caminho da ciência e do conhecimento. Por isso nós, senadores da República, não podemos e nem vamos nos omitir. Pelo contrário, como temos agido ao longo de todo o tempo, desde o início da pandemia, vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para salvar a sociedade brasileira desta hora mais sombria — declarou. 

Para a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), a moção dos senadores é uma resposta à necessidade dos brasileiros. Ela criticou o desencontro de informações relacionadas à aquisição das vacinas pelo governo, mas disse que é hora de olhar para a frente e buscar soluções efetivas para a pandemia.

— A gente tem sempre dito que não adianta olhar para trás, porque não temos mais o que fazer com o que já aconteceu. O que a gente quer é resultado. É isso que o Senado Federal tem feito através de iniciativas como essa, buscando esse entendimento, e como esta aqui também por parte da comissão de acompanhamento da Covid: não basta acompanhar, mas buscar soluções.

Equação invertida

O senador Otto Alencar (PSD-BA) defendeu a iniciativa do Senado de buscar caminhos para adquirir vacinas por meio da relação com os países produtores. Ele observou que a Coreia do Sul pode fornecer o produto, enquanto o Brasil ainda não tem a capacidade de produção. E lamentou o fato de o país produzir 30 tipos de vacinas para bovinos e apenas duas qualidades de vacinas para humanos, conforme disse, por falta de investimentos em ciência.

— A equação está completamente invertida nesse sentido, então, a iniciativa de levar isso aos países, para buscar essas vacinas para suprimento do nosso povo, é muito importante, até porque até agora o Butantan, que produz a CoronaVac, é quem está dando suprimento, com previsão de entregar até agosto 100 milhões de vacinas para a imunização dos brasileiros — observou.

Para a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), o governo continua errando na condução do combate à pandemia.  Ela ressaltou que os números comparados pela senadora Kátia Abreu em relatório demonstram divergências nos dados do Executivo e das embaixadas ao redor do mundo.  

— Isso é preocupante. Não adianta a gente estar fazendo a nossa parte e o Ministério da Saúde dizer à Kátia que o que já foi comprado, os 37 milhões de doses da Sputnik, era só jogo de cena. Me preocupa que a gente alerte o mundo da necessidade de vender o excedente de vacinas e o governo brasileiro não aceitar. Daí a importância de a gente mostrar à sociedade que temos o diagnóstico, sabemos como podemos reverter a situação, reduzir mortes, mas que precisamos do Estado brasileiro. E quando falo em Estado, me refiro à Presidência da República, eu nem falo tanto no ministro, porque, se discordar, não é mais ministro. A gente não está aqui para culpar, mas a gente não tem como saber aonde queremos chegar se não soubermos como a gente chegou aqui.

Desarticulação

Líder do Democratas, o senador Marcos Rogério (RO) destacou a chamada dos senadores pela atenção da comunidade internacional. Para ele, a moção encabeçada por Kátia Abreu significa “um recado forte e que nos enche de esperança no momento em que o Brasil precisa desse socorro mundial”. O senador criticou o que considerou uma desarticulação entre os estados, afirmando que ações isoladas só têm servido para gerar pânico na população.

— Obviamente, esse é um problema global, um problema que atinge todos os países do mundo. Alguns saindo na frente em alguns aspectos e outros bastante atrasados em relação a dar respostas efetivas. O Brasil tem uma carência muito grande, os laboratórios brasileiros, tanto o Butantan quanto a Fiocruz, que são os nossos grandes parceiros na produção nacional, ainda não estão dando respostas efetivas, não têm condições para isso, para garantir o abastecimento nacional na escala, na dimensão que precisa. Por outro lado, a gente tem ações desarticuladas. A regra precisa ser clara, a regra precisa ser assertiva, não basta dar ordem, não basta fazer decreto proibindo, restringindo ou ampliando, ou guerra entre prefeitos e governadores.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto suspende julgamento de recursos contra candidaturas nos 20 dias anteriores à eleição

 


22/03/2021 - 11:25  

O Projeto de Lei 5639/20 suspende, no período de 20 dias antes da data de realização da eleição, os julgamentos de recursos eleitorais interpostos contra sentença que julgou improcedente a impugnação de registro de candidatura.

Em análise na Câmara dos Deputados, o texto altera a Lei Eleitoral.

Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Dep. Gilberto Abramo (REPUBLICANOS-MG)
Gilberto Abramo: candidatos são surpreendidos às vésperas das eleições

O deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG), autor da proposta, quer evitar a suspensão de candidaturas às vésperas das eleições.

“Diversos candidatos continuam surpreendidos às vésperas das eleições com o julgamento e publicação de recursos eleitorais que indeferem o registro de candidatura até então regular”, afirma.

Como exemplo, ele cita decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, nas eleições municipais de 2020, que, apenas três dias antes das eleições, deu provimento a recurso eleitoral contra candidatura, o que, na visão do deputado, causou desinformação na população e desequilíbrio das forças políticas em disputa.

Tramitação
A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário. O deputado Gilberto Abramo e outros apresentaram requerimento de urgência para a matéria.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Lara Haje
Edição – Cláudia Lemos

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto prevê acordo para viabilizar incorporação de novo medicamento no SUS

 


Pela proposta, o acordo será celebrado sempre que houver incertezas quanto ao custo do medicamento para o SUS e a efetividade do tratamento

22/03/2021 - 11:57  

O Projeto de Lei 667/21 permite que o Ministério da Saúde e empresas farmacêuticas assinem acordo para incorporação temporária de um novo medicamento ou tratamento ao Sistema Único de Saúde (SUS) para testes em condições reais, com objetivo de futura compra, caso as evidências comprovem os benefícios terapêuticos esperados.

Contratos desse tipo – chamados de acordo de compartilhamento de risco – existem em países com sistema universal de saúde, como Canadá e Inglaterra.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Tema: "Projeto institucional "Cidade Pacífica" de Pernambuco." Dep. Eduardo da Fonte (PP-PE)
Eduardo da Fonte espera agilizar a incorporação de novos tratamentos no SUS e reduzir a judicialização do acesso a medicamentos

O texto, que tramita na Câmara dos Deputados é do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e altera a Lei Orgânica da Saúde. Com o projeto ele espera agilizar a incorporação de novos tratamentos no SUS, principalmente para as doenças raras, que atingem hoje cerca de 13 milhões de brasileiros (dados do Ministério da Saúde).

“Atualmente, parte dessas enfermidades já conta com tratamento específico, mas a maioria dos medicamentos não está disponível no SUS”, disse Eduardo da Fonte. Para ele, a medida também contribuirá para reduzir a judicialização do acesso a medicamentos.

Regras contratuais
Pela proposta, o acordo será celebrado sempre que houver incertezas quanto ao custo do medicamento para o SUS e a efetividade do tratamento.

O contrato deverá prever, entre outras cláusulas, a redução de preço do medicamento, o prazo limite para a conclusão da incorporação provisória, parâmetros para medir a efetividade clínica, critérios de elegibilidade dos pacientes beneficiados e o número máximo de pacientes por ano que receberão a tecnologia com custeio do Ministério da Saúde.

Também deverá prever a forma de participação das entidades representativas da sociedade civil antes de qualquer decisão sobre o encerramento ou prorrogação do acordo.

Governança
O acordo de compartilhamento de risco dependerá de manifestação da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), do Ministério da Saúde. O órgão também selecionará os centros de referência onde os pacientes receberão o medicamento ou o tratamento.

Já o monitoramento dos pacientes e a avaliação dos resultados clínicos serão coordenados por instituição de pesquisa indicada pela secretaria.

As evidências produzidas pelo acordo serão submetidas à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão de assessoramento do Ministério da Saúde. Antes da decisão final sobre a incorporação ou não do medicamento ou tratamento, o ministério ouvirá os familiares e as entidades representativas da sociedade civil.

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Reportagem - Janary Júnior
Edição - Marcia Becker

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto regulamenta a caça esportiva de animais no Brasil

 


Hoje é permitida apenas a caça do javali, que é uma espécie invasora com grande poder reprodutivo

22/03/2021 - 12:31  

O Projeto de Lei 5544/20 regulamenta a prática da caça esportiva de animais no Brasil, envolvendo atos de perseguição, captura e abate. Segundo o texto, que tramita na Câmara dos Deputados, para atuar como caçador esportivo, o interessado deve ter mais de 21 anos, ser registrado como Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) e possuir licença de caça, que terá validade de três anos e será emitida por órgão federal de meio ambiente.

Atualmente, por ser espécie exótica, invasora e com grande poder reprodutivo, adaptativo e predatório, apenas o javali tem a caça permitida no Brasil.

Najara Araujo/Câmara dos Deputados
Dep. Nilson Francisco Stainsack (PP-SC)
Nilson Stainsack propõe um sistema de licenciamento para caça esportiva

“A proibição da caça no Brasil não parece oferecer ganhos práticos em relação à conservação das espécies e manutenção de habitats. A falta de regulamentação e a aversão ao tema, que é extremamente polarizado, retira a possibilidade do Estado brasileiro conhecer a realidade da fauna, suas limitações e possibilidades de manejo”, argumenta o autor, deputado Nilson F. Stainsack (PP-SC).

Licença
A taxa de licença será de, no mínimo, R$ 250 e os recursos arrecadados serão prioritariamente utilizados nos programas de conservação de espécies ameaçadas de extinção. Produtores rurais poderão ser autorizados a praticar a caça esportiva dentro da propriedade mediante a apresentação do certificado de registro de posse da arma de fogo.

O projeto de lei estabelece ainda que o órgão federal responsável pelas licenças deverá publicar em até 180 dias, após o inicio da vigência da nova lei, a relação das espécies permitidas para a caça com a delimitação de área; o período em que a caça será permitida, para cada espécie; e a cota diária de exemplares por caçador. As definições do órgão deverão ter como como base estudos técnicos e científicos sobre a fauna silvestre do País.

Punição
O texto proíbe expressamente a comercialização de qualquer produto oriundo da caça esportiva; a utilização de equipamentos em desacordo com regulamento; e qualquer ato que incorra em abuso ou maus-tratos de animais, ressalvando que não configuram maus-tratos eventuais lesões ocasionadas em cães envolvidos na atividade.

Quem praticar a caça em desconformidade com a nova lei, segundo a proposta, poderá ser punido com multa, pena de detenção e cassação da licença. A multa será aplicada por animal caçado irregularmente, variando entre R$ 1 mil a R$ 10 mil. A pena de detenção, de um a dois anos, será aplicada em caso de abate de animal ameaçado de extinção.

Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Finanças e Tributação; de Constituição e Justiça e de Cidadania; e depois pelo Plenário.

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Reportagem – Murilo Souza

Edição – Cláudia Lemos

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto cria Passaporte Digital de Imunização para aumentar controle sobre aglomerações

 


Novo documento será um mecanismo de controle sanitário e de acesso a espaços públicos e privados

22/03/2021 - 13:00  

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Deputado Felipe Carreras discursa no Plenário da Câmara.
O autor da proposta, deputado Felipe Carreras

O Projeto de Lei 959/21 altera a Lei de Vigilância Epidemiológica para criar o Passaporte Digital de Imunização – documento disponível em meio eletrônico que ateste a vacinação do portador contra doenças infecciosas. O objetivo é aumentar o controle sanitário sobre locais com aglomeração de pessoas. O texto tramita na Câmara dos Deputados.

O novo documento, segundo a proposta, deverá ser homologado pelo Ministério da Saúde e emitido pelo Ministério da Economia ou por empresas e entidades credenciadas.

Segundo o projeto, governos estaduais poderão utilizar o Passaporte Digital de Imunização como mecanismo de controle sanitário e de acesso a espaços públicos e privados, podendo determinar multas e penalidades.

“Tendo em vista o cenário de incertezas gerado pelo prolongamento da pandemia de Covid-19, precisamos de novas tecnologias que garantam a circulação segura de pessoas em espaços públicos. Por isso, sugerimos a substituição do Atestado de Vacinação impresso pelo Passaporte Digital de Imunização”, diz o autor, deputado Felipe Carreras (PSB-PE).

O documento digital poderá ser usado para autorizar a entrada do portador em eventos e locais públicos, meios de transporte ou qualquer local onde haja aglomeração de pessoas. Para preservar o direito de não compartilhar informações pessoais, o texto impede que o passaporte seja visualizado sem a concordância do portador.

Quando a emissão do Passaporte Digital de Imunização não for viável, o documento digital poderá ser substituído pelo Atestado de Vacinação impresso.

Vacina
Carreras ressalta que, apesar da discussão sobre a obrigatoriedade ou não da vacinação, ela é obrigatória no Brasil desde 1975, cabendo aos órgãos públicos determinarem as vacinas obrigatórias. No caso da Covid-19, acrescenta, a vacinação já está prevista na Lei 13.979/20, que define medidas de enfrentamento da pandemia.

"E, no dia 17 de fevereiro de 2020, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) também se manifestou pela obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19, com a ressalva de que as pessoas não sejam forçadas a se imunizar. Porém, as pessoas que se recusarem à vacinação poderão sofrer algumas sanções impostas pela União, estados e municípios”, concluiu o autor.

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Reportagem – Murilo Souza
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Relator-geral divulga parecer e faz ajustes na proposta de Orçamento

 


Congresso poderá analisar a proposta para 2021 nesta quarta

22/03/2021 - 09:02  

Pedro Guerreiro/Ag. Pará
Enfermeiras cuidam de pacientes que fazem hemodiálise
No parecer, recursos para saúde somam R$ 125 bilhões, para a educação, R$ 100 bilhões

O relator-geral, senador Marcio Bittar (MDB-AC), entregou neste domingo (21) a primeira versão do parecer final sobre a proposta orçamentária para 2021 (PLN 28/20). Ele fez vários ajustes no texto apresentado pelo Poder Executivo.

As receitas foram estimadas em R$ 4,324 trilhões, com acréscimo de R$ 32,2 bilhões em relação ao original do Executivo. A equipe econômica não enviou atualização dos parâmetros macroeconômicos – que servem para estimar a arrecadação tributária, então isso está sendo feito agora pelo Poder Legislativo.

As despesas, fora o refinanciamento da dívida e as empresas estatais, foram fixadas em mais de R$ 2,576 trilhões. O teto dos gastos é de R$ 1,486 trilhão – ou, de forma mais exata, R$ 1,480 trilhão, pois há dispêndios do ano passado a serem quitados neste ano, e outros previstos para 2021 que ficarão para 2022.

Em relação ao texto do Executivo, os acréscimos líquidos pelo lado dos gastos elevaram as despesas correntes (R$ 22,2 bilhões) e os investimentos (R$ 11,8 bilhões). Para isso, o relator-geral reduziu a reserva de contingência – dotação global cujos recursos servirão para abertura de créditos adicionais em 2021.

Os recursos para educação somam R$ 100,0 bilhões, ante o valor mínimo de R$ 55,6 bilhões determinado pela Constituição. A complementação da União para o Fundeb é de R$ 19,6 bilhões. Ações e serviços públicos de saúde contam com R$ 125,0 bilhões, pouco acima do piso constitucional (R$ 123,8 bilhões).

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional deve se reunir nesta semana para analisar o parecer de Bittar e os destaques. A tramitação está atrasada – pela Constituição, deveria ter sido aprovado em dezembro.

“Regra de ouro”
Nesta versão do parecer final, o relator-geral baixou para R$ 451,1 bilhões o montante das despesas condicionadas no Orçamento deste ano a uma proposta de crédito suplementar para contornar a chamada “regra de ouro”. São R$ 2,6 bilhões a menos do que no texto do Executivo (R$ 453,7 bilhões).

O valor poderá cair mais se o governo fizer uso de outras fontes para cobrir essas despesas. De qualquer forma, pelo terceiro ano consecutivo a proposta orçamentária sairá do Congresso com despesas condicionadas, e o montante vem crescendo. Em 2019, foi de R$ 249,9 bilhões; em 2020, R$ 343,6 bilhões.

A Constituição proíbe que operações de crédito (emissão de títulos públicos) excedam as despesas de capital (investimentos e amortizações). A “regra de ouro” só pode ser contornada por meio de créditos adicionais com finalidade específica aprovados por, pelo menos, 257 deputados e 41 senadores.

De maneira simplificada, é como alguém pegar dinheiro no banco para pagar o aluguel, já que o artifício pressupõe contrair endividamento para quitar despesa do dia a dia. Como nos anos anteriores, a maior parte das despesas condicionadas refere-se a aposentadorias, pensões e despesas com pessoal.

 

 

Emendas parlamentares
O relator-geral da proposta orçamentária para 2021 incorporou quase R$ 19,2 bilhões oriundos de 7.133 emendas parlamentares à despesa. A maior parte das sugestões (88%) serão impositivas, de execução obrigatória pelo Executivo.

Das emendas individuais impositivas, mais de R$ 8,3 bilhões são de deputados e mais de R$ 1,3 bilhão de senadores. Somadas, as 27 bancadas estaduais terão R$ 7,3 bilhões em emendas impositivas – Marcio Bittar corrigiu o valor para cima em razão de recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU).

As emendas reservadas ao relator-geral representam pouco mais de R$ 3,0 bilhões. Marcio Bittar alocou mais de R$ 1,1 bilhão (37%) em ação orçamentária para apoio a projetos de desenvolvimento sustentável local, mas também reservou R$ 70 milhões para reforço do combate à pandemia do novo coronavírus.

Visão geral
A proposta orçamentária para 2021 sugere melhora no Produto Interno Bruto (PIB) – um crescimento de 3,2% com base em dados de novembro. Com a pandemia, a economia encolheu 4,1% em 2020, o pior resultado em 25 anos.

A meta fiscal é um déficit de R$ 247,1 bilhões para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência), ante o recorde de R$ 743,1 bilhões em 2020, devido à crise sanitária. O resultado primário está no vermelho desde 2014.

Reportagem - Ralph Machado
Edição - Natalia Doederlein

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Dados sobre vacinas são desencontrados, diz Kátia Abreu à Comissão da Covid-19

 


Da Redação | 22/03/2021, 11h41

O Brasil precisa de 100 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 com urgência, para que um terço da população seja imunizada e a curva de infecção diminua. O alerta foi feito nesta segunda-feira (22) pela senadora Kátia Abreu (PP-TO) na reunião remota da Comissão Temporária da Covid-19. Presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), ela fez um levantamento junto à Fiocruz, ao Instituto Butantan e a produtoras de vacinas estrangeiras, além dos embaixadores do Brasil na Rússia, Índia, União Europeia e Estados Unidos. E ressaltou que, apesar do esforço de todos para a reunião dos números, as informações sobre a aquisição das doses pelo país ainda são desencontradas.

Segundo Kátia Abreu, 576 milhões de doses são o resultado da soma dos números divulgados pelo Poder Executivo referentes a vacinas já contratadas e aquelas ainda por contratar. A senadora afirmou, no entanto, que os documentos de compras aos quais teve acesso se referem a apenas 476 milhões de doses adquiridas de diversas empresas ao redor do mundo. A parlamentar disse que não conseguiu encontrar, em relatório enviado a ela pelo governo, a compra das 100 milhões de doses necessárias para imunizar pelo menos um terço da população. 

— Não é fácil porque as informações são bastante desencontradas, e eu, sinceramente, não consegui encontrar essa compra. Não estou dizendo que o governo não tenha comprado, mas, de todo o levantamento que eu fiz, o restante das informações está correto. No item da Fiocruz recebendo a AstraZeneca/Oxford, no entanto, são declaradas 210 milhões de vacinas, mas eu encontrei apenas 110 milhões. Às vezes há Fiocruz que vai receber AstraZeneca da China e também da Índia, então, os pacotes estão muito picados, na verdade. 

Kátia mencionou publicação da revista digital Science Magazine, segundo a qual, 11 países compraram vacinas em número muito maior aos de seus habitantes havendo, assim, cerca de 3 bilhões de doses que provavelmente não serão utilizadas. A senadora informou que uma moção de apelo internacional foi assinada por 65 senadores, chamando a atenção mundial para a necessidade de o Brasil ter vacinas. 

— Estamos numa guerra sanitária, que mata sem armas de fogo ou nucleares. Queremos [a atenção de] países do G-20, OCDE, Parlamento Europeu, Congresso Americano, embaixadores brasileiros no mundo, empresas produtoras de vacinas, presidentes de comissões de relações internacionais e imprensa. 

Mais informações a seguir

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Comitê sugere o bloqueio de sete obras com irregularidades graves

 


Parecer deverá atualizar a proposta de Orçamento para 2021

22/03/2021 - 09:33  

O Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves (COI), coordenado pelo deputado Ruy Carneiro (PSDB-PB), recomendou o bloqueio de sete obras e serviços na proposta orçamentária para 2021 (PLN 28/20). O texto poderá receber emendas até terça-feira (23).

Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Obras e serviços com indícios de irregularidades graves do PLOA 2021. Dep. Ruy Carneiro (PSDB - PB)
Deputado Ruy Carneiro, coordenador do Comitê de Obras com Indícios de Irregularidades

Cabe ao COI, um dos colegiados internos da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, analisar informações enviadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e propor, se for o caso, o eventual bloqueio da execução física, orçamentária e financeira de obras e serviços.

O parecer deste ano prevê o bloqueio da adequação de trecho da BR-116 na Bahia; a construção da BR-040 no Rio de Janeiro; a ampliação da BR-290 no Rio Grande do Sul; a construção do Canal do Sertão em Alagoas; a implantação do BRT em Palmas (TO); os investimentos na Ferrovia Transnordestina; e a construção do sistema adutor do Ramal do Piancó, na Paraíba.

O parecer do COI deve ser votado pela CMO nos próximos dias. Da lista, as quatro primeiras obras aparecem no relatório do TCU encaminhado neste ano com sugestão para bloqueio. Todas foram analisadas em audiências públicas realizadas pelo COI nos dias 10 e 17, como parte da elaboração do Orçamento.

Conforme relatado por representantes dos ministérios da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional e dos órgãos envolvidos, as obras analisadas, devido aos entraves, não recebem recursos orçamentários. Algumas estão concluídas, faltando compensações nos contratos, e outras estão em discussão na Justiça.

 

 

Próximos passos
Pelo cronograma da CMO, no próximo dia 24 o relatório final do Orçamento, que incluirá o parecer do COI, deverá ser analisado pelo Congresso. O texto está atrasado – pela Constituição, deveria ter sido aprovado em dezembro.

A proposta orçamentária para 2021 sugere melhora no Produto Interno Bruto (PIB) – um crescimento de 3,2% com base em dados de novembro. Com a pandemia, a economia encolheu 4,1% em 2020, o pior resultado em 25 anos.

A meta fiscal é um déficit de R$ 247,1 bilhões para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência), ante o recorde de R$ 743,1 bilhões em 2020, também devido à Covid-19. O resultado primário está no vermelho desde 2014.

Reportagem - Ralph Machado

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Fórum do Artesanato segue até sexta (26)

 


A importância da atividade dos artesãos para o turismo é o tema central do evento, que ocorre em formato virtual

Arte: Setur

“Nosso governo está trabalhando em conjunto para manter viva a economia criativa do DF, fomentando, cada vez mais, ações para a promoção de emprego e renda”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo

Seja como propulsor de geração de emprego e renda, seja como estímulo ao empreendedorismo social, o artesanato tem o poder de transformar realidades, com produtos que revelam a cultura e a história de um lugar. Para ampliar as possibilidades de capacitação para o setor, a Secretaria de Turismo (Setur) promove, até sexta-feira (26), o I Fórum do Artesanato do DF. Com painéis transmitidos em tempo real pelo canal da secretaria no YouTube, o evento é todo em formato virtual, seguindo os protocolos de segurança de prevenção à covid-19.

Quem abriu a semana foram as autoras do livro Artesanato: Tradição e Permanência, Mercês Parente e Malba Aguiar. Elas apresentaram a palestra A importância do Artesanato no Turismo. “O artesanato fortalece a diversidade do que é oferecido pelo trade do turismo”, resume Mercês. Especialista em projetos voltados a geração de renda e autossustentabilidade, Malba ressalta a importância do papel das pessoas envolvidas na produção artesanal:  “O artesão precisa se reconhecer como profissional integrante da cadeia produtiva responsável pelo fomento econômico e social, e não apenas da sua comunidade”.

Na terça (23), às 10h, a coordenadora de promoção do artesanato na Setur, Ana Beatriz Ellery, inicia o bate-papo com o tema Artesanato, cultura e empreendedorismo. N sequência, às 11h, a pesquisadora Ana Cláudia Oliveira, da Incubadora de Tecnologia Social do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB), abordará a importância do artesanato como instrumento de empreendedorismo social.

R$ 1,4 milhãorenda aproximada gerada por ações do GDF de incentivo ao artesanato nos dois últimos anos

A secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, destaca que o artesanato tem papel relevante na consolidação de um destino. “O turismo ganha com o artesanato”, pontua. “A venda dessas peças, verdadeiras obras de arte, encanta nossa população e visitantes, que levam a cultura da nossa cidade para o mundo, movimentando a economia local, gerando emprego e renda, não só para a família do artesão como também para toda a comunidade”.

Qualificação

Estimular a qualificação da produção artesanal no DF, afirma a secretária, é medida prioritária da atual gestão e ação contínua capaz de contemplar diretamente mais de 11 mil artesãos cadastrados pela pasta. Nos últimos dois anos, iniciativas promovidas pelo GDF por meio da Setur geraram R$ 1.375.660,47 em vendas e beneficiaram mais de 5 mil famílias.

“Sobretudo no contexto atual, é hora de mobilização e integração”, lembra Vanessa Mendonça. “Nosso governo está trabalhando em conjunto para manter viva a economia criativa do DF, fomentando, cada vez mais, ações para a promoção de emprego e renda, oferecendo sempre a essas famílias perspectivas de um futuro melhor”.

Até quinta-feira (25), o I Fórum do Artesanato do DF segue com painéis virtuais com especialistas, representantes do GDF e entidades parceiras. Na sexta (26), o evento será encerrado às 17h, com o lançamento do Catálogo do Artesanato de Brasília. O acervo virtual reúne obras de 35 profissionais e será distribuído a lojistas, embaixadas, setor hoteleiro e formadores de opinião da capital federal.

I Fórum do Artesanato no DF – Programação

  • Terça-feira (23): painel Artesanato, cultura e empreendedorismo
    * 10h: palestra Entendendo a base conceitual do artesanato, com Ana Beatriz Ellery, coordenadora de promoção do artesanato na Setur.
    * 11h: palestra Empreendedorismo social e artesanato, com Ana Cláudia Oliveira, pesquisadora na Incubadora de Tecnologia Social do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB).
    * 12h: vídeo com depoimento do aprendiz artesão Carlos.
  • Quarta (24): painel Previdência Social do artesão e microcrédito.
    * 10h: palestra Direitos e deveres do artesão na Previdência Social, com Gláucio Souza, auditor fiscal da Receita Federal/Ministério da Economia.
    * 11h: palestra Microcrédito para o artesão, com Fabiane Otávia dos Santos, gerente de Área de Microcrédito do Banco de Brasília (BRB).
    * 12h: Vídeo com depoimento da artesã Eliana Teixeira.
  • Quinta (25): painel Mídias sociais.
    * 11h: palestra A importância das mídias sociais na comercialização do artesanato, com representante do Sebrae a ser definido.
  • Sexta (26): às 17h, lançamento do Catálogo do Artesanato de Brasília.

*Com informações da Setur

AGÊNCIA BRASÍLIA