segunda-feira, 22 de março de 2021

Pelas mãos das mulheres que atuam na Caesb

 


Em março, companhia celebra o Dia Mundial da Água mostrando o trabalho das servidoras no tratamento e na distribuição dessa riqueza natural

9,3 mil kmExtensão da rede de água que abastece o DF

Há quase 30 anos, comemora-se em 22 de março o Dia Mundial da Água. Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a celebração visa reforçar o debate sobre a importância deste recurso imprescindível para a sobrevivência humana. Em Brasília, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) é responsável pelo fornecimento da água.

A companhia possui, atualmente, 1.084.098 consumidores abastecidos por uma rede de água de 9,3 mil quilômetros de extensão. Para garantir a qualidade, a empresa executa, mensalmente, cerca de 4 mil análises. A exemplo de outras ações – como a produção de 21.329.525 m3 de água em janeiro –, esse trabalho conta com o empenho de várias mulheres da Caesb. Elas representam 27,3% da força de trabalho da companhia e se esmeram para que o DF receba um serviço de excelência.

Neste mês em que também é comemorado o Dia Internacional da Mulher, a Caesb selecionou cinco servidoras para falar da importância do trabalho e da sensação de garantir um serviço essencial à população. Elas representam as mulheres presentes em todos os processos da companhia. Confira, abaixo, o perfil dessas profissionais.

Karina Bassan, engenheira química da equipe da Gerência de Gestão Ambiental Corporativa

“É gratificante estar envolvida em processos que permeiam praticamente todas as atividades da companhia e que me permitem ter um contato tão próximo com a comunidade. Falar sobre o ciclo do saneamento, de como fazemos parte disso enquanto cidadãos, observar o despertar da curiosidade sobre como tratamos a água bruta e a transformação do esgoto para retorno aos rios e lagos, é muito interessante. Nos damos conta de que é mais do que educação ambiental; trata-se de divulgação científica, de cidadania. Mostramos como isso contribui para o ciclo da água no cerrado. Apesar de estarmos em um território rico em nascentes, precisamos resgatar o elo com a natureza para que as pessoas se percebam como parte do ciclo da água. Como não amar o meu trabalho?”

Alessandra Momesso, gerente de Monitoramento da Qualidade da Água

Fotos: Divulgação/Caesb

“Sou engenheira química, mestre em Hidráulica e Saneamento, e trabalho na Caesb desde agosto de 1998. Atualmente, sou gerente de Monitoramento da Qualidade da Água. A rotina de trabalho é intensa, pois atendemos demandas legais, como coletas de amostras na rede de distribuição, no sistema produtor para a realização de análise de diversos parâmetros fisicoquímicos e bacteriológicos, e apoiamos outras áreas da Caesb, sempre com o objetivo de monitorar a qualidade da água distribuída e dos rios e lagos que abastecem o DF. Graças a uma equipe dinâmica e preparada, o trabalho é facilitado. Sinto muito orgulho de fazer parte de uma empresa como a Caesb, que se preocupa com o bem-estar da população, distribuindo água de qualidade, coletando e tratando esgoto doméstico e cuidando dos mananciais produtores de água.”

Ana Maria do Carmo Mota, superintendente de Operações e Tratamento de Esgotos

“Uma importante etapa do ciclo da água consiste no retorno desse recurso ao meio ambiente, após seu uso nas atividades antrópicas. Nesse contexto, o tratamento dos esgotos se destaca como um instrumento na preservação dos recursos hídricos. A compreensão da importância da água, como recurso vital para a humanidade e o meio ambiente, nos motiva a fazer parte da preservação desse bem precioso. Estar inserida em um processo onde nossa contribuição será um legado às futuras gerações é motivo de realização e satisfação. Tenho orgulho do que faço e de compor a equipe de profissionais da Caesb há 26 anos. Preservar os recursos hídricos não é apenas um dever, mas um ideal a ser transmitido às futuras gerações. Vale ressaltar que a Caesb possui um histórico de sucesso no que tange ao reconhecimento e utilização da força de trabalho feminina, destacando-se pela presença marcante de mulheres na chefia de unidades estratégicas.”

Cláudia Simões, coordenadora dos Sistemas Produtores Torto/Santa Maria e Lago Norte

“Trabalho na Caesb há 14 anos, e minhas atribuições buscam o perfeito funcionamento das unidades operacionais. Diariamente, acompanho os resultados, principalmente nas ETAs [estações de tratamento de água], garantindo que o consumidor final receba água dentro dos padrões de potabilidade. A água é a principal matéria-prima da Caesb, que é responsável pela captação, tratamento e distribuição da água potável. Após o consumo, somos responsáveis pelo tratamento e retorno dessa água para a natureza. Eu me sinto muito feliz em participar desse processo, captando, tratando e distribuindo água de excelente qualidade para a população do DF e Entorno. Entendo que nós não somos apenas prestadores de serviço, fazemos parte do sistema de saúde do Distrito Federal. Se não fizermos nosso trabalho bem-feito, todo o sistema fica sobrecarregado, hospitais lotados, as crianças deixam de ir para a escola, os pais faltam ao trabalho para cuidar dos filhos… enfim, fazemos um serviço essencial na Caesb. Sinto muito orgulho de fazer parte de uma atividade tão importante.”

Raquel Turcato de Oliveira, da equipe do Centro de Controle Operacional (Cecop) da Caesb, que monitora 24 horas todas as redes de água e esgoto do DF

“No Cecop, uma área que historicamente foi dominada por homens; hoje, já somos maioria. Isso é muito bom, já que as mulheres, por serem mais detalhistas, têm se destacado na área de controle operacional da empresa. Realizamos, com muita competência e amor, um trabalho essencial para a companhia e para a população do DF, todos os dias, 24 horas por dia: o monitoramento da água e do esgoto. A equipe Cecop Esgoto, da qual faço parte, trabalha monitorando 81 elevatórias de esgoto e 15 ETEs, verificando níveis, vazão, status das bombas, conferindo se está tudo funcionando de maneira adequada. Estamos sempre atentos para evitar problemas para a população e para o meio ambiente. A Caesb tem um papel fundamental no tratamento e fornecimento de água de alta qualidade e, também, na coleta e tratamento de esgoto. É uma alegria oferecer isso à população do DF.”

*Com informações da Caesb

AGÊNCIA BRASÍLIA

Qualidade da água é regular em 73% dos rios brasileiros, diz relatório

 


Relatório foi divulgado hoje pela Fundação SOS Mata Atlântica

Publicado em 22/03/2021 - 09:09 Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Uma análise feita nos rios brasileiros pela organização não governamental SOS Mata Atlântica mostrou que, nos 130 pontos monitorados no ciclo de 2020 a 2021, 95 (73,1%) apresentaram qualidade regular da água. Em 22 (16,9%) e qualidade é considerada ruim e 13 (10%) estão em boa condição. Não há pontos com qualidade de água ótima ou péssima.

Segundo o Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica, divulgado hoje (22), dos 95 pontos fixos de monitoramento, em que é possível fazer um comparativo com o período anterior (2019-2020), houve variações expressivas em 20 pontos.

Os dados mostram que a condição da qualidade da água melhorou em 10 pontos e manteve estabilidade nos indicadores, mesmo com variações climáticas intensas nos períodos de seca e chuva, em 75 pontos. No comparativo, também não foram encontrados pontos com condição ótima ou péssimo.

Segundo os analistas da SOS Mata Atlântica, é possível destacar a tendência de melhoria na qualidade ambiental de rios e córregos urbanos em 2020 devido aos índices de coleta e tratamento de esgoto e do isolamento social que resultou na redução de fontes de poluição.

De acordo com o coordenador do projeto Observando os Rios da Fundação SOS Mata Atlântica, Gustavo Veronesi, a situação de um rio é o espelho do comportamento da sociedade, e o processo de degradação de um corpo d’água, por lançamento de esgotos sem tratamento ou desmatamento de suas margens é rápido, mas, a recuperação pode demandar muitos anos.

“Por isso, os indicadores e dados mudam pouco, mas os rios têm, em geral boa capacidade de se recuperar, desde que não fiquemos parados. É preciso agir agora, mudar a nossa forma de gestão e governança e como consumimos a água”, disse.

O relatório mostra que a temperatura em alguns rios chegou a 30ºC ou mais, o que é considerado um sinal de alerta sobre os impactos das mudanças climáticas sobre a qualidade da água, já que as altas temperaturas reduzem o oxigênio na água e afetam sua qualidade. Segundo a SOS Mata Atlântica, as temperaturas adequadas nos pontos monitorados deveria ser entre 18ºC e 23ºC.

Para a diretora de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, as autoridades devem prestar uma atenção especial na qualidade da água e na proteção dos grandes rios na Mata Atlântica, para garantir a segurança hídrica. Segundo ela, é preciso enfatizar as ações voltadas às populações que vivem em situação de vulnerabilidade social e econômica e sem acesso ao saneamento básico.

“Também é preciso dar atenção aos que perderam moradia e passaram a viver nas ruas das cidades e em beira de rios ao longo da pandemia. Os indicadores levantados também reforçam que em áreas rurais há a necessidade de fiscalização e controle contra o uso intensivo de agrotóxicos e fertilizantes”, afirmou.

Água e floresta

O relatório indica que, dos dez pontos que melhoraram de condição alcançando o índice de qualidade de água boa, cinco estão próximos de áreas protegidas ou com mata nativa. Entre eles estão os rios Pratagy, em Alagoas, Biriricas, no Espírito Santo, o Córrego Bonito, na cidade de mesmo nome, em Mato Grosso do Sul.

Em pontos dos rios Tietê e Jundiaí, em São Paulo, o índice de qualidade da água foi considerado bom. Dos 14 pontos de monitoramento fixos, quatro apresentaram melhora. “O ponto do Tietê é na cidade de Salesópolis, onde fica sua nascente, e o Rio Jundiaí, no município de Salto. Os outros pontos com melhoria foram encontrados nos estados de Pernambuco, Sergipe e outros três em São Paulo. Estes últimos saíram de ruim para regular”, explicou Veronesi. O rio também saiu da condição ruim para regular nas cidades de Itu, Salto e Santana de Parnaíba.

O Ministério do Meio Ambiente e a Agência Nacional das Águas (ANA) foram procurados para comentar os resultados, mas ainda não deram retorno.

Em resposta a ANA disse que não comenta estudos de outras instituições.

*Matéria atualizada às 10h11min para acréscimo de informação.

Edição: Valéria Aguiar


Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Rio tem fevereiro com menor número de mortes violentas em 30 anos

 


Pesquisa é do Instituto de Segurança Pública do estado

Publicado em 22/03/2021 - 09:32 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O estado do Rio de Janeiro registrou em fevereiro deste ano o menor número de mortes violentas intencionais para o mês nos últimos 30 anos, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP).

De acordo com a pesquisa do órgão, vinculado ao governo estadual, houve 409 homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte), lesões seguidas de morte e mortes provocadas por policiais.

Além de ter sido o menor número para o mês, também foi 18,5% inferior ao registrado em fevereiro de 2020.

Considerando-se apenas as mortes provocadas por policiais, foram observados 147 casos em fevereiro deste ano, 10% abaixo do mesmo período do ano passado.

Outros crimes com redução foram roubo de carga (351 casos ou 16% a menos que fevereiro de 2020), roubo de rua (6.282 casos ou 31% a menos) e roubo de veículo (2.172 casos ou 26% a menos).

Edição: Kleber Sampaio


Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Ferroviária conquista bicampeonato da Libertadores Feminina

 


Time brasileiro supera America de Cali por 2 a 1 na decisão

Publicado em 21/03/2021 - 23:16 Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Ferroviária fez história na noite deste domingo (21), pois derrotou o America de Cali (Colômbia) por 2 a 1 e garantiu o título da Libertadores Feminina. Com a vitória no estádio José Amalfitani, casa do Vélez Sarsfield, em Buenos Aires, a Ferrinha conquistou o segundo título continental de sua história (o primeiro foi em 2015).

Além disso, o título da Ferroviária aumentou ainda mais o domínio do Brasil na Libertadores Feminina. Em 12 edições, são nove títulos de equipes brasileiras. Um grande personagem desta conquista é a técnica Lindsay Camila, pois, neste domingo, ela se tornou a primeira mulher a vencer a competição continental no papel de treinadora.

Vitória sofrida

A equipe colombiana começou melhor a partida, pressionando a saída de bola da Ferroviária, que, com o passar do tempo, conseguiu equilibrar as ações e abriu o placar aos 6 minutos. A camisa 7 Sochor cobrou falta da intermediária e a goleira Tapia vacilou na defesa, sofrendo um frango.

Porém, aos 37 minutos a arbitragem marcou pênalti quando a zagueira Yasmin derrubou Robledo, que partia livre para o gol. Catalina Usme cobrou bem e deixou tudo igual. Este foi um gol especial, pois com ele a atacante colombiana se tornou uma das maiores artilheiras da história da competição com 29 gols (ao lado da brasileira Cristiane).

O empate não desanimou a Ferroviária, que não demorou a ficar novamente na frente no placar. Aos 42 minutos quem teve uma cobrança de pênalti a seu favor foi o time brasileiro. Aline Milene foi para a cobrança e deslocou a goleira Tapia para fazer o gol do título.

Na etapa final o America de Cali assumiu o controle das ações, e ficou muito perto do gol em algumas oportunidades, inclusive com duas bolas na trave. Mas a Ferrovirária soube sofrer e segurou o placar até o apito final.

Vaga na próxima Libertadores

Com este título a Ferroviária garantiu, além do bicampeonato, uma vaga na próxima edição da Libertadores Feminina, que está programada para acontecer no final de 2021 no Chile.

Goleada do Corinthians

Antes da final da competição, o Corinthians garantiu a terceira posição da Libertadores Feminina após derrotar o Universidad de Chile por 4 a 0. Os gols do triunfo foram marcados por Adriana, Juliete e Vic Albuquerque (duas vezes).

Edição: Fábio Lisboa


Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

Governo qualifica três projetos de leilão de transmissão de energia

 


Primeiro leilão será no dia 30 de junho

Publicado em 22/03/2021 - 11:22 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Diário Oficial da União (DOU) publicou hoje (22) um decreto qualificando para o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) três leilões no setor de energia elétrica. 

Pelo edital ficam qualificados o primeiro e o segundo leilões de transmissão de energia elétrica de 2021, e um leilão para suprimento aos sistemas isolados. Com o decreto, o governo sinaliza que vai retomar a realização de dois certames por ano para o setor de transmissão. Em 2020, por causa da pandemia, o governo só fez um leilão de transmissão. Foi em dezembro.

O edital para o primeiro leilão de transmissão foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no início de fevereiro. O leilão, previsto para 30 de junho, será para a construção e manutenção de 515 quilômetros de linhas de transmissão, sendo dividido em cinco lotes.

Estados contemplados

Os empreendimentos contemplarão seis estados: Acre, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins. O prazo de conclusão das obras é de 36 a 60 meses. A expectativa de investimento é de R$ 1,3 bilhão.

Pelo edital, sairá vencedora a empresa que oferecer o maior deságio, ou seja, o menor valor em relação ao valor máximo fixado no leilão. O edital ainda tem que passar por análise do Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo a página do PPI na internet, o segundo leilão de transmissão ainda está em fase de estudos. A previsão é que o certame seja destinado a construção, operação e manutenção de instalações de transmissão na Bahia, Paraná e Pernambuco, totalizando 866 quilômetros de linhas de transmissão. A duração dos contratos será de 30 anos

O decreto também trata da realização de um leilão de suprimentos para os sistemas isolados, aqueles que não estão integrados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). No total, serão atendidas 23 localidades de 5 estados da Região Norte: Acre (3), Amazonas (5), Pará (10), Rondônia (2) e Roraima (3).

O início de suprimento está previsto para janeiro de 2023 e os prazos contratuais variam de 2 a 15 anos, a depender da previsão de interligação dessas localidades ao SIN.

 

Edição: Kleber Sampaio


Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 4,71% este ano

 


Estimativa é que a taxa Selic fique em 5% ao ano, diz BC

Publicado em 22/03/2021 - 09:48 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país) deste ano subiu de 4,60% para 4,71%. É a 11ª semana consecutiva de aumento. A estimativa está no boletim Focus de hoje (22), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,51%. Tanto para 2023 como para 2024 as previsões são de 3,25%.

O cálculo para 2021 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%.

Em fevereiro, o índice fechou em 5,20% no acumulado de 12 meses, pressionada pelo dólar e pela alta nos preços de alimentos e de combustíveis.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic de 2% para 2,75% ao ano, primeira alta desde julho de 2015. A decisão surpreendeu os analistas financeiros, que esperavam uma elevação para 2,50% ao ano e dividiu a opinião de entidades.

Em meio à alta da inflação de alimentos que começa a estender-se por outros setores, a expectativa do mercado financeiro é por novos aumentos para que a Selic encerre 2021 em 5% ao ano. Após a reunião do Copom, o Banco Central já adiantou que pretende elevar os juros em mais 0,75 ponto percentual no próximo encontro, em 4 e 5 de maio.

Para 2022, a estimativa das instituições financeiras é que a taxa básica suba para 6% ao ano. E a expectativa é que permaneça nesse patamar para o fim de 2023 e 2024.

A elevação da Selic, que serve de referência para as demais taxas de juros no país, ajuda a controlar a inflação, porque a taxa causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, contendo a demanda aquecida. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano variou de 3,23% para 3,22%. Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2,39%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

A expectativa para a cotação do dólar se mantém em R$ 5,30 ao final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,25.

Edição: Valéria Aguiar


Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Brasileiros acreditam que inflação será de 5,5% nos próximos 12 meses

 


Taxa é superior aos 5,3% registrados em fevereiro

Publicado em 22/03/2021 - 09:37 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Os consumidores brasileiros acreditam que a inflação no país ficará em 5,5% nos próximos 12 meses, segundo pesquisa realizada em março pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é superior aos 5,3% observados na pesquisa de fevereiro da FGV.

Essa é a sétima alta consecutiva da expectativa mediana de inflação dos consumidores brasileiros, que atingiu seu maior patamar desde novembro de 2018.

A pesquisa é feita com base em entrevistas com consumidores, que respondem à seguinte pergunta: na sua opinião, de quanto será a inflação brasileira nos próximos 12 meses?

De acordo com a economista da FGV Claudia Perdigão, o movimento de altas das expectativas de inflação está relacionado à trajetória dos preços de alimentos e bebidas, que sofre influência tanto da mudança de hábito de consumo provocada pela pandemia quanto pelo preço das commodities (produtos primários com cotação internacional). "Nesse cenário, o aumento dos preços tende a afetar de maneira mais intensa consumidores em faixas de renda mais baixas, em virtude da elevada participação de alimentos e bebidas na cesta de consumo desses indivíduos”, afirma a economista.

Edição: Graça Adjuto


 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Nascidos em maio podem atualizar dados no Caixa Tem

 


Procedimento pode ser feito totalmente pelo celular

Publicado em 22/03/2021 - 07:00 Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Às vésperas de retomar o pagamento do auxílio emergencial, a Caixa Econômica Federal convida os usuários do aplicativo Caixa Tem a atualizar os dados cadastrais no aplicativo. Clientes nascidos em maio podem fazer o procedimento a partir de hoje (22).

A atualização é feita inteiramente pelo celular, bastando o usuário seguir as instruções do aplicativo, usado para movimentar as contas poupança digitais. Segundo a Caixa, o procedimento pretende trazer mais segurança para o recebimento de benefícios e prevenir fraudes.

Ao entrar no aplicativo, o usuário deve acessar a conversa “Atualize seu cadastro”. Em seguida, é necessário enviar uma foto (selfie) e os documentos pessoais (identidade, CPF e comprovante de endereço).

O calendário de atualização seguirá um cronograma escalonado, conforme o mês de nascimento dos clientes. O cronograma começou no último dia 14 para os nascidos em janeiro e encerrará em 31 de março, para os nascidos em dezembro.

Confira o cronograma completo abaixo:

Mês de nascimento

Data de atualização

Janeiro

14/3 (domingo)

Fevereiro

16/3 (terça)

Março

18/3 (quinta)

Abril

20/3 (sábado)

Maio

22/3 (segunda)

Junho

23/3 (terça)

Julho

24/3 (quarta)

Agosto

25/3 (quinta)

Setembro

26/3 (sexta)

Outubro

29/3 (segunda)

Novembro

30/3 (terça)

Dezembro

31/3 (quarta)

No ano passado, a Caixa abriu mais de 105 milhões de contas poupança digitais, das quais 35 milhões para brasileiros que nunca tiveram contas em banco. Além do auxílio emergencial, o Caixa Tem foi usado para o pagamento do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm).

Uma lei sancionada no fim de outubro autorizou a ampliação do uso das contas poupança digitais para o pagamento de outros benefícios sociais e previdenciários. Desde dezembro, os beneficiários do Bolsa Família e do abono salarial passaram a receber por essa modalidade.

Edição: Graça Adjuto


Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Grupo de trabalho vai formular a Política Nacional de Cuidados

 


Resultado do trabalho deve ser apresentado em um ano

Publicado em 22/03/2021 - 10:43 Por Agência Brasil - Brasília

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos criou um grupo de trabalho com o objetivo de formular a proposta de criação da Política Nacional de Cuidados. De acordo com a portaria, a política deverá levar em conta estudos e projetos de lei que tenham, por objeto, a temática do cuidado e as informações relativas a ações e iniciativas em curso nessa área.

O grupo pretende encontrar soluções para problemas como o crescente abandono afetivo de idosos no Brasil, de forma a subsidiar a prática de acolhimento e a adoção de pessoas idosas em situação de vulnerabilidade ou abandono.

Com duração prevista de um ano, quando deverá ser apresentado um relatório final de suas atividades, o grupo será composto por representantes dos ministérios da Cidadania; da Educação; da Saúde; e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), além do próprio Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

As reuniões do grupo serão mensais, em caráter ordinário. Poderá se reunir, em caráter extraordinário, sempre que houver necessidade. Poderá também convidar representantes de outros órgãos e entidades e especialistas em assuntos relacionados às suas atribuições, mas não terão direito a voto.

Edição: Fernando Fraga


 Por Agência Brasil - Brasília

OMS: câncer de mama supera o de pulmão e já é o mais comum no mundo

 


Informação é da Agência Internacional para a Investigação do Câncer

Publicado em 22/03/2021 - 08:00 Por Agência Brasil* - Genebra

O número de novos casos de câncer de mama em 2020 representou 11,7% do total de todos os diagnósticos da doença no ano e superou o câncer de pulmão, que até então afetava o maior número de pessoas. No entanto, o câncer de pulmão continua a ser maior causa de mortes.

De acordo com a Agência Internacional para a Investigação do Câncer, da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020 foram diagnosticados mais de 2,2 milhões casos de câncer de mama, 11,7% do total, sendo o que mais pessoas atinge no mundo.

A diferença para o câncer de pulmão - que era o mais diagnosticado - não é muita, segundo a agência. 

Com 11,4% do total, o câncer de pulmão é o segundo mais encontrado, mas continua a ser aquele que mais pessoas mata. Em 2020 foi responsável pela morte de quase 1,8 milhão de pessoas, 18% do total de mortes por câncer. E se o da mama foi o mais diagnosticado em 2020, é apenas o quinto na lista dos que mais matam, depois do pulmão, colorretal, fígado e estômago.

Uma das razões para que o câncer de mama tenha se tornado de maior incidência pode estar relacionado, dizem os especialistas, a fatores sociais como o envelhecimento da população, a maternidade cada vez mais tardia ou outras situações como a obesidade, o sedentarismo, consumo de álcool ou dietas inadequadas. Essas informações foram dadas ao jornal El País pelo médico Álvaro Rodriguez-Lescure, presidente da Sociedade Espanhola de Oncologia. 

De acordo com os dados da OMS, é possível verificar que o câncer de próstata foi, no ano passado, o terceiro mais diagnosticado. 

A doença é, no entanto, a oitava em relação ao número de mortes. No ano passado perderam a vida com câncer de próstata 370 mil pessoas.

* Com informações da RTP - Rádio e Televisão de Portugal

Edição: -


Por Agência Brasil* - Genebra

Técnica inovadora corrige deformidades nas pernas de crianças e jovens

 


Cirurgia é feita pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia

Publicado em 22/03/2021 - 06:00 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Quésia Vitória, de 10 anos, foi a primeira paciente do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro, a ser submetida a uma cirurgia com técnica inovadora para corrigir deformidade nas pernas, provocada pela doença de Blount. Ela operou a primeira perna em julho do ano passado e a segunda em dezembro e se prepara para retirar o aparelho do lado direito na próxima quarta-feira (24). O Into é vinculado ao Ministério da Saúde

Pioneiro no Brasil, o procedimento garante um tratamento mais confortável às crianças e adolescentes, que estão entre os casos mais frequentes, e com maior controle das correções ortopédicas. A doença de Blount é um distúrbio de crescimento que se caracteriza pela alteração no desenvolvimento da tíbia (o osso da canela), levando à deformação progressiva das pernas.

De acordo com o instituto, Quésia desenvolveu a doença a partir dos três anos de idade, quando o encurvamento das duas pernas começou a se tornar mais grave. O pai da menina, Valdemir Carmo do Nascimento, relatou que a filha sentia muitas dores e tinha muita dificuldade para andar. “Nós procuramos um tratamento e, finalmente, encontramos esse no Into. Quando recebi a notícia de que a Quésia seria operada, eu chorei de felicidade”, contou Nascimento. Ele atestou a rapidez com que os resultados da cirurgia foram observados: “Em pouco tempo, as pernas da minha filha começaram a voltar para o lugar. Fiquei muito feliz porque o resultado foi muito rápido e satisfatório”.

Inovação

O chefe do Centro de Alongamento e Reconstrução Óssea do instituto e idealizador da técnica, Flávio dos Santos Cerqueira, afirmou que esse procedimento é um agente de transformação. Ele já foi aplicado até agora em quatro pacientes e já tem agendado mais um para a próxima semana.

O médico explicou à Agência Brasil que anteriormente, para corrigir essa deformidade, era usado um aparelho fixador circular, mais incômodo, mais volumoso, que dificultava a higienização do paciente. “O conforto para a criança fica pior. Aí, a gente conseguiu adaptar o aparelho monolateral, mais leve, mais confortável”.

Batizada de dupla osteotomia de abertura gradual e controlada, a técnica cirúrgica insere um fixador externo na perna do paciente para a realização de duas aberturas ósseas. Por realizar essas aberturas de maneira gradual, o novo procedimento é menos doloroso e reduz as chances de necrose da pele e de lesões dos tecidos encurtados, informou o Into, por meio de sua assessoria de imprensa. Além disso, a estrutura do aparelho utilizado na técnica é mais leve e menor, o que facilita os movimentos do paciente.

A deformidade provocada pela doença de Blount pode ser bilateral, ou seja, nas duas pernas, como foi o caso de Quésia, ou unilateral, em apenas uma das pernas. Flávio Cerqueira disse que a criança pode “fazer carga e fazer marcha”, ou seja, andar durante todo o tratamento. Mesmo com o aparelho na perna, essas crianças já andam. O aparelho permite a carga”.

Piora

O médico esclareceu que se essa deformidade não for operada, ela vai piorando e ocorrendo maior desgaste dessa articulação com o passar do tempo. A pessoa consegue andar, “mas é uma marcha completamente desajeitada”, mencionou. Segundo o especialista, a deformidade física se torna uma deformidade social, porque as crianças acabam não querendo mais ir à escola, brincar com os amigos, levar uma vida normal. A nova técnica “devolve a autoestima e a confiança da criança, melhorando sua qualidade de vida”, afirmou Cerqueira.

Ele explicou que a doença de Blount acontece na infância. Tem três estágios: Blount infantil, juvenil e da adolescência. Essa ocorre entre 9 e 11 anos de idade, mas pode ser operada até os 14 anos. “Como toda doença, tem alguns casos que são mais severos e outros menos severos. Mas, quanto antes você faz o diagnóstico e o tratamento, suas chances de sucesso e o prognóstico são melhores”.

Flávio Cerqueira disse que em torno de um mês a um mês e meio de operada, a deformidade é corrigida. Incluindo os meses que o aparelho permanece na perna do paciente até ser retirado, todo o processo é concluído em mais ou menos quatro meses.

Após a realização da cirurgia no hospital, o tratamento tem continuidade em casa, com a abertura manual realizada pelo responsável pela criança ou o adolescente e orientada pela equipe médica. Cerqueira disse que a nova técnica será publicada em abril próximo em revista científica americana de descrição de técnicas cirúrgicas. Depois da publicação, a técnica passa a ser reconhecida mundialmente.

Edição: Graça Adjuto


Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro