domingo, 21 de março de 2021

Acesso aos ônibus está limitado a trabalhadores das atividades essenciais

 


 

Iniciativa, do Governo e Prefeituras da Região Metropolitana, é  inédita no País e determina que a partir da próxima terça-feira (23/03), apenas usuários cadastrados poderão utilizar serviço público nas faixas de maior demanda, em horário de pico. Medida sanitária busca reduzir aglomerações no transporte coletivo como forma de combate à Covid-19

 
 

Nos horários de pico da manhã (das 5h45 às 7h15) e da tarde (das 16h45 às 18h15), o acesso de passageiros aos ônibus, terminais e estações será controlado, por meio de um bloqueio eletrônico temporário de 90 minutos (Foto: Dia Online)

O transporte coletivo da Grande Goiânia terá embarque prioritário, nos horários de pico, para os trabalhadores de atividades essenciais a partir de terça-feira (23/03). A medida sanitária de enfretamento à Covid-19 foi discutida em uma videoconferência entre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RedeMob Consórcio), Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Ministério Público e os prefeitos dos municípios da Região Metropolitana.

“Vamos ter coragem para enfrentar essa situação. Vejo esse controle seletivo de ter um horário para os trabalhadores de serviços essenciais como sendo possível porque as empresas de ônibus têm um sistema altamente tecnológico, capaz de fazer com que o cartão daquela pessoa deixe de funcionar na hora determinada e volte a funcionar nas demais”, disse o governador aos prefeitos.

Nos horários de pico da manhã (das 5h45 às 7h15) e da tarde (das 16h45 às 18h15), o acesso de passageiros aos ônibus, terminais e estações será controlado, por meio de um bloqueio eletrônico temporário de 90 minutos, para que somente possam embarcar os trabalhadores vinculados aos serviços e atividades consideradas essenciais. Para isso, a CMTC, em acordo com as ações do governo do Estado e da Prefeitura de Goiânia, criará uma resolução para o Redemob Consórcio implantar um cadastro emergencial de usuários no sistema de bilhetagem. 

Quem não for dos segmentos elencados por decretos (estadual e municipal) como prioritários (saúde, alimentação, farmacêutico e industrial, entre outros) terá o embarque ou a integração liberada após o período. A validação do embarque, assim como o bloqueio temporário, será feita via cartão sitpass. 

Um levantamento feito pela RedeMob mostra que aproximadamente 60% dos trabalhadores que utilizam o transporte no horário de pico não fazem parte do grupo de serviços essenciais. A medida que restringe a quantidade de usuários nos intervalos de maior fluxo está amparada nos decretos do governo estadual de número 9.653 e municipal de Goiânia de número 1757, que restringem as atividades econômicas e sociais para frear o aumento de casos de Covid-19. 

A pesquisa foi destacada pelo secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, que articulou a ação junto ao sistema de transporte coletivo. “Isso nos dá uma segurança que realmente há espaço para essa restrição. É uma ação que não impedirá a pessoa de se locomover normalmente, ela só deverá fazer isso em outro [caso não seja trabalhador dos serviços essenciais].”

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, falou sobre a importância da restrição. “Todos nós sabemos que o transporte hoje é um gargalo que temos. Essa medida está mostrando o cuidado que temos com a nossa população. Sabemos que não agradamos a todos, mas estamos fazendo o nosso melhor, e esse melhor agora é a pessoa ficar em casa e não sair andando por aí se tiver sintomática.”

Como será

Somente terão acesso aos ônibus, nos horários restritos do pico da manhã e do pico da tarde, os passageiros vinculados aos serviços e atividades essenciais que tiverem feito previamente um cadastro emergencial pelo site www.rmtcgoiania.com.br\embarqueprioritario. O portal é acessível por computadores e celulares.  

Ao acessar o site, o trabalhador deve clicar na aba cadastro, digitar o número do CPF e escolher e escolher a atividade essencial que ele faz parte, com base nos decretos estadual ou municipal. Em seguida, o usuário deverá anexar/escanear o documento que comprove o trabalho na categoria definida. Valerá carteira de trabalho ou crachá. Quem não tiver o documento, poderá fazer uma justificativa. 

Por fim, basta clicar no termo de aceite, declarando que aquelas declarações são verdadeiras. O cadastro deve ser feito com pelo menos uma hora antes do embarque, para garantir a liberação nos validadores eletrônicos para embarques de passageiros, tanto nos ônibus quanto nos terminais e estações. A validação será feita por meio dos cartões de Sitpass, que já possuem previamente o CPF do usuário. 

Além dos trabalhadores dos serviços essenciais, também poderão se cadastrar as pessoas que estiverem em alguma atividade essencial, como por exemplo se dirigindo a uma unidade de saúde, desde que tenha feito o cadastro com uma hora de antecedência. A cobrança das passagens a bordo dos ônibus pelos motoristas, também nos acessos de solo nos terminais e estações, fica suspensa nos intervalos determinados.

Segurança

A ação conta com parceria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP). “Nós estamos parceiros totais dessa luta. Já determinei ao Batalhão de Eventos que deem apoio aos fiscais nos terminais”, disse o secretário da SSP, Rodney Miranda. Ele orientou a prefeitos e prefeitas que precisarem de apoio que procurem o comandante do batalhão do município. Não só em relação ao transporte coletivo, mas também para inibir festas e baladas.

Passo a passo do cadastro

1. Entrar no portal por computador ou celular
2. Preencher com os dados do CPF e o ramo de atividade essencial que deverá ser selecionado numa lista
3. Adicionar a imagem do documento de trabalho (carteira de trabalho, crachá ou declaração do empregador
4. Caso não tenha comprovação, o usuário deve escrever uma justificativa para o pedido
5. Aceita que leu e concorda com o termo de acesso e adesão
6. Clica em finalizar o cadastro
7. Uma hora depois seu cadastro será liberado para viajar nos horários de pico.

Fonte: Secom - Governo de Goiás

Militar do Corpo de Bombeiros recebe alta do HCamp de Goiânia

 


 

Após batalha contra a Covid-19, Ademar Ramalho que ficou internado durante 20 dias, nove deles em UTI, e teve pelo menos 75% dos pulmões comprometidos, teve alta hospitalar. Esposa do oficial, que também se infectou com o vírus, morreu em decorrência da doença

 
 

Major do CBMGO, Ademar Ramalho Filho, recebeu alta do HCamp de Goiânia e foi recepcionado por familiares, amigos e colegas da corporação

Um sábado de muita emoção. Balões e uma salva de palmas marcaram a saída do major do Corpo de Bombeiros, Ademar Ramalho da Silva Filho, de 43 anos, que recebeu alta do Hospital de Campanha de Goiânia (HCamp), após cerca de 20 dias em tratamento contra a Covid-19. 

Um corredor de homens da corporação, amigos e familiares saudaram o militar, que logo depois pôde dar um abraço na filha Gabriela Albernaz da Silva, de 19 anos. Um momento que marcou a superação de dias agoniantes de espera, preocupação e muito medo. Em seguida, o major foi recepcionado por vizinhos na porta do prédio onde reside, no Setor Nova Suíça, ao som de sirenes do Corpo de Bombeiros, em outro momento de grande comoção. 

Durante o período de internação, Ademar passou nove dias em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), intubado, com 75% dos pulmões comprometidos pela Covid-19. “A coisa não é brincadeira, temos que levar a sério”, alertou o militar. Ele considera que praticamente morreu nos dias em que passou na UTI, e, por isso, reforça que a doença é perigosa e que é preciso se precaver ao máximo. 

“Nós vamos superá-la, mas se a gente brincar, podemos não conseguir. Então, vamos levar a sério e enfrentar esse inimigo. Ele é perigoso, mas possível de ser vencido”, acrescentou. Ademar fez questão de ressaltar o tratamento e cuidado que recebeu no HCamp. Ele disse que ficou impressionado com o trabalho de toda equipe da unidade, “incansáveis em uma luta há tanto tempo contra uma doença desleal”, pontuou. 

A filha do militar, Gabriela Albernaz, afirmou que a família pegou o vírus ao mesmo tempo: ela, o irmão, a mãe e o pai. Infelizmente, Priscila Viana Albernaz faleceu em 09 de março por complicações da doença. “Ela (mãe) foi para a UTI, recebeu alta porque estava melhor, mas precisou voltar, ser intubada e não conseguiu melhorar após três paradas respiratórias”, relatou.

Apesar do luto pela mãe, Gabriela encontrou forças para recepcionar o pai da melhor forma possível. “Ele receber alta é muito importante pra gente. Isso foi um milagre, os médicos ficaram surpresos porque não imaginavam essa recuperação. Estamos muito felizes e não consigo explicar meu sentimento de gratidão, de felicidade dele voltar pra gente”, comemorou. 

Fotos: André Saddi

Fonte: Secretaria de Comunicação - Governo de Goiás

Adasa promove ações em comemoração ao Dia Mundial da Água

 


Com o conceito Quem tem água, cuida. O maior presente é ter água no futuro, as peças publicitárias incentivam a manutenção do consumo responsável

Em alusão ao Dia Mundial da Água, comemorado nesta segunda-feira (22), a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) lança campanha institucional com o objetivo de destacar a importância da água no cotidiano da população brasiliense.

Com o conceito Quem tem água, cuida. O maior presente é ter água no futuro, as peças publicitárias incentivam a manutenção do consumo responsável dos recursos hídricos no ambiente rural e urbano.

A motivação da campanha, que ocorre em meio a uma crise sanitária e humanitária no Brasil e no mundo, é trazer uma mensagem de esperança em relação às oportunidades de conservação da água

A motivação da campanha, que ocorre em meio a uma crise sanitária e humanitária no Brasil e no mundo, é trazer uma mensagem de esperança em relação às oportunidades de conservação da água. O conjunto de ações será divulgado em painéis luminosos instalados em rodovias, mídia em ônibus e metrô, rádio, redes sociais, sites, blogs e portais, até o dia 21 de abril.

Na quarta-feira (24), a Adasa realizará o lançamento virtual do Manual de Outorgas. O documento, que ficará disponível para consulta no site da instituição, é uma importante ferramenta para orientação e análise no processo de concessão de outorgas e contribuirá com a gestão sustentável dos recursos hídricos do Distrito Federal.

Durante a Semana da Água, a Agência ainda homenageará produtores rurais que participam do Projeto Produtor de Água na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Pipiripau.

Em reconhecimento pelo segundo lugar conquistado no início deste ano no concurso “Water ChangeMaker Awards (Produtores de Mudanças em Relação à Água), os agricultores serão agraciados com um diploma e sementes do cerrado que simbolizam as ações conservacionistas adotadas em suas propriedades.

*Com informações da Adasa


Bacias do DF têm destaque em pesquisa ambiental

 


Estudos de sustentabilidade serão apresentados nesta segunda (22), Dia Mundial da Água

Arte: Sema
“O trabalho será uma alavanca para as ações que a Sema e outros órgãos do governo já estão executando com o objetivo de proteger e recuperar o solo em áreas de nascentes”Sarney Filho, secretário do Meio Ambiente

A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Projeto Citinova lançam nesta segunda-feira (22), Dia Mundial da Água, os resultados da pesquisa Riscos e Sustentabilidade Hídrica no Distrito Federal: Uma visão do presente e do futuro. Elaborado pelo professor Henrique Marinho Leite Chaves, o trabalho abrange as bacias do Rio Paranoá (1.056 km2 ), a bacia do Rio Descoberto no DF (801 km2) e o Ribeirão Rodeador (113 km2), que é uma sub-bacia do Descoberto. Somente as duas primeiras são reguladas por reservatórios.

“Nossa pesquisa se baseou na análise de três itens: sustentabilidade hídrica, sustentabilidade integrada e risco hídrico”, explica o professor. O objetivo é apontar os gargalos existentes que precisam ser sanados para a construção de políticas públicas que garantam a segurança hídrica do DF, aumentando também sua sustentabilidade no futuro.

O secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, lembra que, além da radiografia obtida com o projeto, o mesmo poderá ser replicado em outras bacias do DF,  propondo ações de sustentabilidade. “O trabalho, com certeza, será uma alavanca para as ações que a Sema e outros órgãos do governo já  estão executando com o objetivo de proteger e recuperar o solo em áreas de nascentes, mananciais, reflorestamento de bacias, além da criação e proteção de áreas verdes, entre outras iniciativas”, destaca.

Para levantar a situação atual das bacias analisadas, o estudo aplicou modelos de sustentabilidade e de risco hídrico, tomando como base as vazões médias anuais no período de 1979 a 2017.

“Os cenários futuros do clima no Distrito Federal para os próximos 50 anos, resultantes de diferentes cenários de emissão de gases estufa, apontam para uma piora da disponibilidade hídrica regional”Henrique Chaves, coordenador dos estudos

“Com projeções a partir de modelos que o estudo propõe, acredito que a tomada de decisões para enfrentar eventuais crises hídricas, como a que atingiu o DF entre 2016/ 2017, seria facilitada”, avalia o professor Henrique Chaves, contratado pelo Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (Cirat) para coordenar os estudos.  Para ele, é fundamental que os órgãos de governo trabalhem junto aos comitês de bacia e a sociedade civil.

No mesmo estudo é feita uma projeção da sustentabilidade e do risco hídrico nessas bacias nos anos de 2040 e 2070, levando em conta dados sobre as mudanças do clima no DF, como temperatura e precipitação. A sub-bacia do Rodeador tem destaque como projeto-piloto nesse estudo.

“Os cenários futuros do clima no Distrito Federal para os próximos 50 anos, resultantes de diferentes cenários de emissão de gases estufa, apontam para uma piora da disponibilidade hídrica regional, ameaçando a segurança e a sustentabilidade das suas principais bacias e requerendo medidas efetivas de prevenção e adaptação”, ressalta o coordenador da pesquisa.

Ele alerta que não é apenas a quantidade de água que limita o equilíbrio das bacias, mas também a qualidade, bem como dimensões ambientais, humanas e de governança. “Nesse sentido, buscamos levantar as vulnerabilidades, as pressões e ameaças”, pontua.

Sustentabilidade integrada

No cenário atual (análise do período de 2015 a 2018), as bacias do Descoberto e do Paranoá apresentaram um nível médio de sustentabilidade integrada (0,66 e 0,68, respectivamente). Os fatores que limitaram a sustentabilidade nessas bacias foram a baixa disponibilidade per capita de água e a limitada capacidade de resposta às ameaças presentes.

O índice atual de sustentabilidade do Rodeador também é médio (0,58), mas, com as projeções utilizadas no estudo de precipitação e temperatura em 2040 e 2070, a capacidade de resposta às ameaças presentes cairia para valores inferiores a 0,2 (baixa) quanto ao clima e demanda de água.

O risco hídrico da Bacia do Ribeirão Rodeador passaria de 15,3%, no cenário atual, para valores entre 25% e 100% em 2040 e 2070, principalmente em função da redução das vazões na bacia, decorrente da diminuição da precipitação anual e do aumento da temperatura.

Variações no clima

A pesquisa cita ainda que, em função da impossibilidade de regularização de vazões, outras bacias de rios não regulados seriam mais afetadas pela variabilidade climática e pela demanda crescente de água do que as bacias reguladas, requerendo marcos regulatórios efetivos.

Uma dessas bacias é a do Ribeirão Pipiripau, que praticamente todo ano atinge uma situação de emergência hídrica durante o período de estiagem. Pipirirau já conta com projeto de recuperação do solo desenvolvido pela Reguladora de águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) com apoio de outros órgãos do DF, da Universidade de Brasília (UnB) e de outras instituições federais e distritais.

 

AGÊNCIA BRASÍLIA

Quer saber mais sobre a história de Brasília? A live do Planetário te conta

 


Astrônomo vai falar sobre a Missão Cruls, a demarcação do território para a escolha da nova capital e as curiosidades sobre a Pedra Fundamental

Ele chefiou a comissão que em 1892 demarcou o quadrilátero de 14,4 mil quilômetros quadrados considerado adequado para a construção da nova capital do Brasil. Belga e astrônomo, Luís Cruls deu nome à missão e corpo à construção da cidade que quase 100 anos depois foi tombada como patrimônio histórico e cultural da humanidade.

Para quem não sabe como tudo aconteceu até chegar em 21 de abril de 1960, a atração Missão Cruls: Astronomia e História de Brasília é um prato cheio

E é caracterizado desse personagem que o astrônomo e doutor em física Paulo Brito aparece nesta segunda-feira (22), às 19h, em uma live promovida pelo Planetário de Brasília para contar essas e outras histórias do nosso Quadradinho. Para quem não sabe como tudo aconteceu até chegar em 21 de abril de 1960, a atração Missão Cruls: Astronomia e História de Brasília é um prato cheio.

Na pele do astrônomo belga, o professor da Universidade de Brasília (UnB) irá dizer quem é ele, sua ligação com o Imperador D. Pedro II e como veio parar no Brasil até se tornar o diretor do Observatório Nacional. “Em 2019 visitei os quatro versas (NE, SE, NW e SW) do Quadrilátero Cruls e em um deles, em Poços de Abadia, estive caracterizado em pontos onde ele visitou. Foi muito interessante”, conta Brito.

Interação

Durante a live, “Cruls” irá conversar com algumas pessoas, responderá perguntas e contará fatos sobre a Pedra Fundamental que foi colocada em Planaltina em 7 de setembro de 1922. Lá foi inicialmente pensada a construção do Plano Piloto. As características de Brasília do ponto de vista astronômico e científico também farão parte dessa exposição. E não se acanhe se você não sabe nada do tema.

“A proposta é fazer uma apresentação da história para leigos, de forma leve e descontraída”, adianta o integrante da equipe científico-pedagógica do Planetário de Brasília João Kerginaldo. A transmissão da live será feita pelo Instagram @planetariodebrasilia.

 

AGÊNCIA BRASÍLIA

Comissão de Energia Nuclear avalia processo do PET-CT

 


O Núcleo de Medicina Nuclear do Hospital de Base vai usar o aparelho para melhorar o atendimento a pacientes oncológicos

O aparelho permitirá a realização de exames de imagens de alta definição para diagnósticos oncológicos | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF

O presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), Gilberto Occhi, assinou, nesta quinta-feira (18), toda a documentação para que a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) libere o início das atividades do equipamento PET-CT do Hospital de Base. Essa é a última etapa até que o aparelho possa ser utilizado por pacientes em tratamento de câncer na rede pública de saúde do Distrito Federal.

“O início da operação desse aparelho será um avanço no tratamento do câncer na rede pública”Gilberto Occhi, presidente do Iges-DF

A decisão de buscar acelerar o processo de aprovação do PET-CT é parte da missão recebida por Occhi do governador Ibaneis Rocha de trabalhar para que o Hospital de Base, que já é referência em saúde pública do DF, seja também referência para o Brasil. “O início da operação desse aparelho será um avanço no tratamento do câncer na rede pública”, avaliou o presidente do Iges-DF.

O aparelho permitirá a realização de exames de imagens de alta definição para diagnósticos oncológicos. A gerente de Engenharia Clínica do Iges-DF, Lívia Oliveira, esclareceu que, até entrar em operação, o aparelho terá que passar por três calibrações. A primeira já ocorreu. “As últimas duas calibrações precisam ser feitas com a anuência da Cnen, que é a etapa a ser cumprida agora”, explica.

Lívia Oliveira informou ainda que, posteriormente, serão usados materiais radioativos (radioisótopos) para abastecer o equipamento. Essa fase depende também de autorização da Cnen. “A equipe está trabalhando para que essa autorização saia o quanto antes”, reitera a gerente.

Medicina nuclear

O PET-CT será operado pelo Núcleo de Medicina Nuclear do Hospital de Base. Quando estiver em funcionamento, será o primeiro e único da rede pública de saúde do DF. O aparelho terá capacidade para processar diariamente entre 12 e 15 exames com qualidade, segundo o médico Rodrigo Guimarães Furtado, chefe do setor. “Mas isso sempre depende da disponibilidade de recursos humanos, insumos radioativos, materiais e manutenção de equipamentos”, ressalta.

Uma vantagem do PET-CT diz respeito à economia de recursos públicos. “A utilização do aparelho significa maior precisão no diagnóstico e na escolha das terapias a serem aplicadas”, destaca Guimarães. “Isso impacta diretamente os custos dos tratamentos.”

*Com informações do Iges-DF

AGÊNCIA BRASÍLIA

Em se plantando, tudo dá; GDF em defesa do meio ambiente

 


Com políticas públicas de conscientização e plantio de mudas típicas do cerrado, o GDF trabalha em prol da preservação da flora nativa local

Nas 84 unidades de conservação administradas pelo Instituto Brasília Ambiental, a vegetação nativa ganha tratamento especial, garantindo assim sua conservação | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Mesmo com uma área pequena para um país de dimensão continental como o Brasil, o Distrito Federal abriga uma vegetação muito diversificada em seus 5,8 mil quilômetros quadrados de extensão territorial. Aproximadamente 4,2 mil espécies de plantas terrestres, algas e fungos compõem a flora nativa local, riqueza protegida pelo GDF por políticas públicas ambientais.

A preservação da vegetação local passa por três órgãos do governo: o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que realizam um trabalho que envolve conhecimento e conscientização sobre as espécies nativas, além do plantio e replantio de mudas que compõem a flora do DF.

Educação ambiental como ferramenta

Nas 84 unidades de conservação administradas pelo Instituto Brasília Ambiental, a vegetação nativa ganha tratamento especial, garantindo assim sua conservação. Das matas de galeria às árvores retorcidas, passando pelas espécies arbustivas e de menor porte, os parques são um espelho da riqueza da flora do cerrado tipicamente candanga.

“Através das unidades de conservação, aproveitamos o máximo de cerrado possível e, assim, conseguimos proteger essas espécies”, explica Ana Paula de Morais Lira Gouvêa, engenheira florestal do Brasília Ambiental e mestre em Botânica pela Universidade de Brasília (UnB).

“Através das unidades de conservação, aproveitamos o máximo de cerrado possível e, assim, conseguimos proteger essas espécies”, explica Ana Paula de Morais Lira Gouvêa, engenheira florestal do Brasília Ambiental

Além disso, o instituto exalta a vegetação nativa por meio de ações de conscientização, trazendo informação aliada à preservação ambiental. Uma delas foi a campanha Flores do Cerrado, que retratou 120 espécies protegidas em unidades de conservação e parques do DF, divididas pelas cores das pétalas.

Em seu perfil no Instagram, todas as quartas o Brasília Ambiental também leva um pouco da vegetação nativa para as pessoas de maneira digital. A última postagem falou da Cambessedesia espora, um pequeno arbusto com flores amarelas típico do cerrado e que pode ser encontrado em locais como os parques Copaíbas (Lago Sul) e Boca da Mata (Taguatinga), além dos Monumentos Naturais Dom Bosco e do Descoberto.

No Parque Olhos d’Água, uma das unidades de conservação do instituto, os visitantes que caminham pelas trilhas encontram placas de identificação ao lado de diversas árvores e arbustos, contendo informações como nome científico e período de floração e frutificação | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No Parque Olhos d’Água, uma das unidades de conservação do instituto, os visitantes que caminham pelas trilhas encontram placas de identificação ao lado de diversas árvores e arbustos, contendo informações como nome científico e período de floração e frutificação.

“É um trabalho de conscientização dos frequentadores muito importante, sendo feita essa conexão com a vegetação”, ressalta Ana Paula.

Em se plantando, tudo dá

Outra maneira que o governo atua para preservar as espécies nativas é com o plantio e replantio em diversas áreas do Distrito Federal. Em seus dois viveiros, a Novacap produz, anualmente, cerca de 2,3 milhões de mudas de flores e 200 mil mudas de árvores nativas do cerrado para atender às demandas das secretarias e administrações regionais.

O plano de arborização da companhia é, entre o ano passado e este, plantar 100.000 mudas. “Os viveiros são os principais gestores de toda arborização do DF, pois de lá saem todas as mudas de árvores plantadas aqui desde a inauguração de Brasília”, explica o chefe do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva.

Por sua vez, a Sema executa três projetos para revitalizar áreas degradadas no DF, tendo como foco a recuperação de danos em áreas de preservação permanente (APPs) na orla do Lago Paranoá e a restauração de áreas de nascentes nas bacias dos rios Descoberto e Paranoá. Ao todo, nos 195 hectares cobertos pelas três iniciativas, a pasta pretende plantar cerca de 104 mil mudas de árvores e 300 mil semestres de espécies nativas do cerrado.

A subsecretária de Assuntos Estratégicos da Sema, Márcia Coura, explica o impacto ambiental que o plantio significa para o DF: “Preservamos a biodiversidade, tanto da flora quanto da fauna, protegemos as margens do Lago e realizamos a manutenção e recuperação dos aquíferos, protegendo as nascentes”.

AGÊNCIA BRASÍLIA