domingo, 21 de março de 2021

Em se plantando, tudo dá; GDF em defesa do meio ambiente

 


Com políticas públicas de conscientização e plantio de mudas típicas do cerrado, o GDF trabalha em prol da preservação da flora nativa local

Nas 84 unidades de conservação administradas pelo Instituto Brasília Ambiental, a vegetação nativa ganha tratamento especial, garantindo assim sua conservação | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Mesmo com uma área pequena para um país de dimensão continental como o Brasil, o Distrito Federal abriga uma vegetação muito diversificada em seus 5,8 mil quilômetros quadrados de extensão territorial. Aproximadamente 4,2 mil espécies de plantas terrestres, algas e fungos compõem a flora nativa local, riqueza protegida pelo GDF por políticas públicas ambientais.

A preservação da vegetação local passa por três órgãos do governo: o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que realizam um trabalho que envolve conhecimento e conscientização sobre as espécies nativas, além do plantio e replantio de mudas que compõem a flora do DF.

Educação ambiental como ferramenta

Nas 84 unidades de conservação administradas pelo Instituto Brasília Ambiental, a vegetação nativa ganha tratamento especial, garantindo assim sua conservação. Das matas de galeria às árvores retorcidas, passando pelas espécies arbustivas e de menor porte, os parques são um espelho da riqueza da flora do cerrado tipicamente candanga.

“Através das unidades de conservação, aproveitamos o máximo de cerrado possível e, assim, conseguimos proteger essas espécies”, explica Ana Paula de Morais Lira Gouvêa, engenheira florestal do Brasília Ambiental e mestre em Botânica pela Universidade de Brasília (UnB).

“Através das unidades de conservação, aproveitamos o máximo de cerrado possível e, assim, conseguimos proteger essas espécies”, explica Ana Paula de Morais Lira Gouvêa, engenheira florestal do Brasília Ambiental

Além disso, o instituto exalta a vegetação nativa por meio de ações de conscientização, trazendo informação aliada à preservação ambiental. Uma delas foi a campanha Flores do Cerrado, que retratou 120 espécies protegidas em unidades de conservação e parques do DF, divididas pelas cores das pétalas.

Em seu perfil no Instagram, todas as quartas o Brasília Ambiental também leva um pouco da vegetação nativa para as pessoas de maneira digital. A última postagem falou da Cambessedesia espora, um pequeno arbusto com flores amarelas típico do cerrado e que pode ser encontrado em locais como os parques Copaíbas (Lago Sul) e Boca da Mata (Taguatinga), além dos Monumentos Naturais Dom Bosco e do Descoberto.

No Parque Olhos d’Água, uma das unidades de conservação do instituto, os visitantes que caminham pelas trilhas encontram placas de identificação ao lado de diversas árvores e arbustos, contendo informações como nome científico e período de floração e frutificação | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No Parque Olhos d’Água, uma das unidades de conservação do instituto, os visitantes que caminham pelas trilhas encontram placas de identificação ao lado de diversas árvores e arbustos, contendo informações como nome científico e período de floração e frutificação.

“É um trabalho de conscientização dos frequentadores muito importante, sendo feita essa conexão com a vegetação”, ressalta Ana Paula.

Em se plantando, tudo dá

Outra maneira que o governo atua para preservar as espécies nativas é com o plantio e replantio em diversas áreas do Distrito Federal. Em seus dois viveiros, a Novacap produz, anualmente, cerca de 2,3 milhões de mudas de flores e 200 mil mudas de árvores nativas do cerrado para atender às demandas das secretarias e administrações regionais.

O plano de arborização da companhia é, entre o ano passado e este, plantar 100.000 mudas. “Os viveiros são os principais gestores de toda arborização do DF, pois de lá saem todas as mudas de árvores plantadas aqui desde a inauguração de Brasília”, explica o chefe do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva.

Por sua vez, a Sema executa três projetos para revitalizar áreas degradadas no DF, tendo como foco a recuperação de danos em áreas de preservação permanente (APPs) na orla do Lago Paranoá e a restauração de áreas de nascentes nas bacias dos rios Descoberto e Paranoá. Ao todo, nos 195 hectares cobertos pelas três iniciativas, a pasta pretende plantar cerca de 104 mil mudas de árvores e 300 mil semestres de espécies nativas do cerrado.

A subsecretária de Assuntos Estratégicos da Sema, Márcia Coura, explica o impacto ambiental que o plantio significa para o DF: “Preservamos a biodiversidade, tanto da flora quanto da fauna, protegemos as margens do Lago e realizamos a manutenção e recuperação dos aquíferos, protegendo as nascentes”.

AGÊNCIA BRASÍLIA

População denuncia quase três crimes por hora

 


Em 2021, já foram 4.555 casos registrados. Tráfico de drogas e maus-tratos a animais lideram ranking

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O canal preferido da população é o telefone 197, com quase metade dos registros (45,75%). O WhatsApp é a segunda forma mais utilizada pela população. Corresponde a 23,42% | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Diariamente a população do Distrito Federal denuncia pelo menos 68 supostos crimes à Polícia Civil (PCDF). Números que fazem com que esse contato popular seja considerado “olhos da polícia” para a elucidação de casos importantes. São denúncias que vão desde maus-tratos a animais até tráfico de drogas e infrações de medidas sanitárias.

Até o dia 8 deste mês, 4.555 casos foram registrados junto aos canais da corporação, uma média de quase três registros (2,83) por hora. O tráfico de drogas lidera o ranking de denúncias em 2021, com 1.514 casos. Em seguida, vêm os de maus-tratos a animais (1.121); violência doméstica (505); infrações de medidas sanitárias (442) – entre elas denúncias de descumprimento de decretos – ; violência contra idosos (386); maus-tratos a crianças (188) e foragidos e procurados (185).

“A população acaba sendo os olhos da polícia, já que não podemos estar em todos os lugares. Eles visualizam o crime e nos encaminham muitas fotos e vídeos de casos de tráfico de drogas, por exemplo. Eles também ajudam quando o rosto de um foragido é divulgado”Josafá Leite Ribeiro, diretor da Divisão de Controle de Denúncias, do Departamento de Inteligência e Gestão da

Ceilândia lidera os registros, com 16,22%, seguida por Samambaia (8,61%) e Taguatinga (7,71%). O canal preferido da população é o telefone 197, com quase metade dos registros (45,75%). O WhatsApp é a segunda forma mais utilizada pela população. Corresponde a 23,42%. No ano passado foram feitas 23.450 denúncias à PCDF, uma média de 64 registros por dia. Dados que a Polícia Civil considera essenciais para prender os criminosos e encaminhar os casos à Justiça.

“A população acaba sendo os olhos da polícia, já que não podemos estar em todos os lugares. Eles visualizam o crime e nos encaminham muitas fotos e vídeos de casos de tráfico de drogas, por exemplo. Eles também ajudam quando o rosto de um foragido é divulgado”, assegura Josafá Leite Ribeiro, diretor da Divisão de Controle de Denúncias, do Departamento de Inteligência e Gestão da Informação (DGI).

As denúncias recebidas pela PCDF são registradas em um sistema on-line. Em seguida, os policiais fazem um resumo detalhado de tudo o que foi passado pelo denunciante e dão prosseguimento à investigação.

Como denunciar

A PCDF dispõe de quatro canais para recebimento de denúncias: além do 197 Denúncia On-line, o telefone 197 opção 0 (zero), o e-mail e o WhatsApp (61) 98626-1197. Além desses canais, a PCDF também acolhe as denúncias feitas pelo Disque 180 (Canal de Atendimento à Mulher) e Disque 100 (Direitos Humanos), ambos do governo federal.

Por esses canais é possível manifestar situações de foragidos da justiça e crimes que já ocorreram, que estão em andamento ou que se saiba que o planejamento. Não é necessário se identificar e o sigilo é absoluto.

Para facilitar as investigações, a PCDF pede que o denunciante forneça o maior número possível de informações, como: endereço completo, ponto de referência, nomes, apelidos, características físicas, placas de veículos, vídeos, fotos, etc. É possível até anexar fotos ou vídeos no caso das denúncias on-line. Na ficha de descrição do site, o denunciante deve colocar o local/endereço onde ocorreu o crime, estado, cidade, bairro, o tipo de crime e se o autor é menor de idade ou não.

AGÊNCIA BRASÍLIA


Alerta vermelho: aumento de jovens em UTIs traz preocupação

 


Variantes do vírus criam perfil epidemiológico entre os mais novos no DF; com mais de 80 mil casos, faixa etária até 29 anos dispara no contágio

De acordo com a Secretaria de Saúde, houve um aumento de 2.800% de internados com menos de 24 anos – número que saltou de 1 em janeiro para 30 em março | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

O aumento do número de jovens infectados pelo novo coronavírus em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) tem alarmado as autoridades de saúde do Distrito Federal. O registro de adolescentes e adultos contaminados com até 29 anos de idade ultrapassa 84,06 mil – e esbarra na faixa etária recordista de casos, de 30 a 39 anos, que tem 84,05 infectados.

Os efeitos da covid-19, que vinham sendo destemidos por essa parcela jovem da população, têm causado efeitos mais graves e contabilizando a superlotação dos hospitais no tratamento da doença. Até a última atualização do Painel Covi-19 desse sábado (20), o número de jovens entre 20 e 24 anos contaminados pelo novo coronavírus (53,13 mil) é superior ao de cidadãos entre 50 e 59 anos (47,03) e o de idosos com 60 anos ou mais (42,26 mil).

De acordo com a Secretaria de Saúde, houve um aumento de 2.800% de internados com menos de 24 anos – número que saltou de 1 em janeiro para 30 em março. A doença que antes assustava mais a terceira idade, vem reduzindo cada vez mais na faixa etária de alta complexidade. No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência no tratamento da covid no DF, a média de idade de pacientes internados já é de 47 anos.

Só nas UTIs públicas do Distrito Federal neste domingo (21) haviam 16 jovens com menos de 29 anos internados: dois com 23 anos, um com 24, dois com 25, dois com 26 anos, três com 27, quatro com 28, e um com 29 anos. Já na faixa etária entre 30 e 35 anos são mais 17 pessoas. Vale lembrar que, apesar de ter alguns leitos do Estado em unidades particulares, esse recorte não inclui as internações da rede privada.

Mesmo apresentando menos risco de desenvolverem doenças graves do que os idosos, os jovens têm sido acometidos pelas variações das novas cepas do vírus – e os casos, que antes eram poucos, se acumulam em volume e complicações. Nos Estados Unidos, esse grupo representa 20% da covid-19 com alta complexidade.

Novos hábitos

“Quando o vírus vai passando por mutações, ele reage de maneiras também variadas, de acordo com as características genéticas de cada um. A agressividade das cepas é grande”, explica a médica infectologista do Controle de Infecção Hospitalar do Hran Joana D’Arc Gonçalves

Especialistas alertam que a mudança de comportamento é fundamental na contenção do contágio. Não aglomerar é a principal delas, fazer a frequente assepsia das mãos e usar corretamente a máscara. Deixá-las em cima da mesa, do banco do carro ou no pescoço para comer, por exemplo, e depois voltar a colocá-la na boca, ajuda o vírus a proliferar.

“Quando o vírus vai passando por mutações, ele reage de maneiras também variadas, de acordo com as características genéticas de cada um. A agressividade das cepas é grande”, explica a médica infectologista do Controle de Infecção Hospitalar do Hran Joana D’Arc Gonçalves. “Além da agressão ao sistema imunológico, temos observado que essas pessoas com menos idade ficam ainda mais tempo internadas, o que faz com que mais leitos fiquem indisponíveis.”

Secretário-adjunto de assistência à Saúde do DF, Petrus Sanchez reforça que a presença de uma nova cepa variante nesta segunda onda da pandemia no Brasil tem afetado mais os jovens e os levando à intubação nas UTIs. “Temos aí um perfil epidemiológico distinto em um momento em que o idosos se recolhem em casa e os mais novos circulam, muitas vezes até de maneira ilegal, em horários proibidos, sem medo da doença.”

Desobediência às regras

A multa para o dono do estabelecimento ou promotor de festa clandestina é de R$ 10 mil, enquanto cada participante paga R$ 2 mil pelo não uso de máscara e R$ 1 mil por aglomerar

Com bares fechados e festas proibidas, muitos adolescentes têm se reunido em parques, campos de futebol e quadras esportivas para se socializar após o toque de recolher, o que é proibido. Além do decreto restringindo a livre circulação de pessoas nas ruas das 22h às 5h, a venda de bebidas alcóolicas após as 20h e o funcionamento do comércio e de serviços não essenciais, o GDF reforçou a fiscalização a partir desta semana.

Por determinação do governador Ibaneis Rocha, 110 agentes da Secretaria de Transporte e Mobilidade, da Vigilância Sanitária, do Procon e do Brasília Ambiental (Ibram) se somam à equipe de 625 fiscais da Secretaria DF Legal.

Com o apoio da Polícia Militar, a pasta tem autuado estabelecimentos comerciais e festas que promovem aglomerações, principalmente de jovens. Na noite de sexta-feira (19), uma distribuidora de bebidas no Sol Nascente foi interditada com mais de 50 pessoas.

A multa para o dono do estabelecimento ou promotor de festa clandestina é de R$ 10 mil, enquanto cada participante paga R$ 2 mil pelo não uso de máscara e R$ 1 mil por aglomerar. Talonários eletrônicos, que emitem os autos de infração em menos de dois minutos, acompanham as operações. “Na verdade, essa força tarefa é uma ação salva vidas e a gente vai endurecer as fiscalizações”, avisa o secretário da DF Legal, Cristiano Mangueira.


 AGÊNCIA BRASÍLIA

Bananeira pode ser usada na alimentação, artesanato, remédio e até adubação

 


É possível utilizar folhas, caule e ‘coração’; Emater-DF incentiva o uso integral da bananeira de diversas formas

O aproveitamento mais comum é da fruta, que pode ser consumida crua, assada, frita, desidratada, em farinha, em purê, em doces e de diversas outras formas | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

Abundante na área rural, a bananeira é uma planta que pode ser aproveitada integralmente – fruta, folhas, tronco e até o “umbigo” (ou “coração”) podem ser usados na produção de artesanato, doces, alimentos para humanos e animais e até como remédio veterinário natural.

No dia a dia no campo, a Emater-DF incentiva o uso integral da bananeira de diversas formas.

A área de cultivo de banana no DF só fica atrás da destinado ao plantio de goiaba. Em 2020 foram produzidas no Distrito Federal 3.951,70 toneladas de bananas em 196,8 hectares.

Segundo o coordenador do Programa de Fruticultura da Emater, Felipe Camargo, a banana é amplamente plantada no DF, em todas as regiões e só perde em área para o plantio de goiaba.

“É uma cultura de fácil manejo, exige correções no solo para plantio, em especial o teor de potássio. Escolhendo boas variedades e adquirindo mudas de qualidade, é possível produzir bem”, conta.

O aproveitamento mais comum é da fruta, que pode ser consumida crua, assada, frita, desidratada, em farinha, em purê, em doces e de diversas outras formas.

Mas a planta tem mais usos possíveis do que a exploração apenas da banana (veja quadro abaixo).

“A bananeira é uma planta incrível, porque pode ser aproveitada por completo. Por ser versátil, cria alternativas de uma alimentação diversificada, agrega valor com a possibilidade da fabricação de vários produtos e com isso pode ser uma oportunidade de melhoria de renda e qualidade de vida para as pessoas, principalmente para a agricultura familiar”, diz a extensionista da Emater-DF Selma Tavares.

A bananeira, por ter folhas grandes, flexíveis, impermeáveis e antiaderentes, é utilizada na culinária como embrulho para cozinhar ou assar

Por ter folhas grandes, flexíveis, impermeáveis e antiaderentes, é utilizada na culinária como embrulho para cozinhar ou assar. Um exemplo está na culinária de Minas Gerais, com a Cubu, uma broinha assada na folha de bananeira. Também há pratos em que peixes são embrulhados na folha e levados ao forno. A folha também é usada como decoração em arranjos em vasos, como forro de mesas e em pratos.

Na alimentação animal é usada para controle natural de endoparasitas. Segundo o médico-veterinário da Emater-DF Pedro Ivo Passos, a bananeira também pode ser usada integralmente na alimentação animal, de aves e suínos, por exemplo. Mas como a fruta normalmente é priorizada para consumo humano, usa-se o caule e as folhas picados para fornecer para aos animais.

“É um vermífugo preventivo, servindo para o controle de parasitas, mas não substitui a vermifugação convencional em casos mais severos de verminose”, explica Passos.

Fruta e ‘umbigo’

A banana é uma fruta rica em amido, vitaminas e nutrientes. Pode ser consumida madura in natura e processada: assada, em forma de vitamina, sorvete, farofa, licor, bolos, pães e em variados pratos. Quando ainda verde, pode ser feita banana chips ou ser cozida para preparar a biomassa usada em mingaus, bolos, pudins, docinhos e outros preparos. Já a casca madura pode ser consumida como bife, em docinhos, bolos e farofa, por exemplo.

O “umbigo” da bananeira, também conhecido como “coração” (a parte vermelha na extremidade dos cachos de banana) é utilizado popularmente no preparo de xarope

O “umbigo” da bananeira, também conhecido como “coração” (a parte vermelha na extremidade dos cachos de banana) é utilizado popularmente no preparo de xarope e na alimentação em forma de refogados, farofas, tortas e guisados (veja acima duas receitas feitas a partir da casca de banana e do umbigo da bananeira).

A nutricionista da Emater-DF Danielle Amaral diz que as partes menos conhecidas podem ser usadas no combate à fome e ao desperdício de alimentos.

“As cascas das diversas frutas apresentam em geral uma maior quantidade de nutrientes quando comparadas as suas partes comestíveis. Os nutrientes presentes na casca, muitas vezes, superam a respectiva polpa, a exemplo das fibras, dos minerais, das vitaminas e dos compostos antioxidantes. Portanto, devem ser consideradas como fonte alternativa de nutrientes, evitando o desperdício de alimentos”, explica.

De acordo com ela, a casca e o umbigo de bananeira têm uma alta quantidade de fibras em sua composição nutricional e o consumo dessas partes aumenta o aporte de fibras na alimentação.

Pseudocaule

Pouca gente sabe que, da bananeira, além do cacho, podem ser extraídas cinco fibras  diferentes provenientes do tronco (pseudocaule), o que a caracteriza como uma matéria-prima bastante versátil e que tem gerado renda e qualidade de vida para mulheres rurais com a produção de artesanato.

Selma Tavares explica que, após a colheita do cacho de banana pode ser aproveitado de várias formas. “Por ter fibras de variados tipos de maciez, são usados no artesanato em forma de trançados, cestarias, bolsas, pufes, papel artesanal, tapete e outros itens”, conta Selma.

No final de 2020, o grupo “Mulheres de Fibra”, do assentamento Pequeno Willian (Planaltina), e mulheres rurais de São Sebastião participaram de um curso de 105 horas organizado pela Emater-DF com o consultor contratado João de Fibra, que ensinou como colher o pseudocaule, como retirar as fibras, como identificar as diferentes formas de fibras, fazer tramas, tingir e confeccionar peças usando também outros recursos naturais.

No final de 2020, o grupo “Mulheres de Fibra”, do assentamento Pequeno Willian (Planaltina), e mulheres rurais de São Sebastião participaram de um curso de 105 horas organizado pela Emater-DF | Foto: divulgação Emater-DF

A produtora Adriana Fernandes, do assentamento Pequeno Willian, conta que a capacitação foi fundamental para reorganizar o grupo de mulheres e qualificá-las nas técnicas do artesanato com fibra.

“Em decorrência desse curso, tivemos produtoras que usaram o Pronaf para plantar mais bananeiras de forma orgânica, visando também obter matéria-prima para o artesanato. Usar produtos como a bananeira, que conseguimos aproveitar cem por cento, que não demandam muito investimento e dão retorno financeiro, são importantes para nós”, conta.

Já Alana Cutrim, de São Sebastião, conta que sempre gostou de artesanato e trabalhos manuais. “Faço costuras criativa, pães, licores e geleias caseiras. Já havia feito um curso de fibras de bananeira há um tempo e gostei muito, porém esse veio com propostas novas e trouxe novas expectativas para nós mulheres da área rural, de nos mostrar novos caminhos, novas possibilidades e perspectivas de crescimento profissional e pessoal. Só tenho a agradecer a Emater por ter nos proporcionado essa oportunidade”, diz Alana.

Além do curso, o João de Fibra vem feito o acompanhamento do trabalho desenvolvido e a evolução das mulheres na confecção de peças. Entretanto, por conta da pandemia, as visitas aos grupos estão suspensas temporariamente.

Além do artesanato, o tronco também pode ser cortado em pedaços pequenos e deixado sobre o solo para decomposição e usado na adubação. Com a decomposição natural do material orgânico, o solo ganha nutrientes, beneficiando o cultivo de novas plantas.

Quer saber mais sobre o cultivo da bananeira? Confira aqui:

Cultura da bananeira: informações básicas de cultivo

Caderno Tecnológico 2019

* Com informações da Emater-DF

AGÊNCIA BRASÍLIA

21 de março: Dia internacional da síndrome de down

 


DF possui um dos centros de referência no acompanhamento de Down, criado em 2013, no Hran

É possível obter atendimento nos CERs de Taguatinga, do Hospital de Apoio, da Asa Norte (CEAL) e no Ambulatório de Saúde Funcional  Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Neste domingo, 21 de março, é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma alteração genética ocorrida ainda na fase de formação fetal, que pode resultar em comprometimento intelectual e motor além de algumas características peculiares aos pacientes da doença, como olhos oblíquos, rosto arredondado.

A rede de Cuidado da Pessoa com Deficiência do DF também conta com o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown), que assiste bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos, e faz o acompanhamento dos casos com maior complexidade

A data faz alusão a síndrome que é causado quando há uma divisão celular anormal que resulta em material genético extra, ou seja, em um terceiro alelo do cromossomo 21. Na estrutura da Secretaria de Saúde, a pessoa com síndrome de Down é assistida primeiramente na Atenção Primária.

Após o acolhimento e acompanhamento realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS), o quadro do paciente é avaliado pela equipe de saúde e, se necessário, é encaminhado para a atenção secundária, onde recebe atendimento em reabilitação, nos Ambulatórios de Saúde Funcional e os Centro Especializado em Reabilitação (CER).

A rede de Cuidado da Pessoa com Deficiência do DF também conta com o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown), que assiste bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos, e faz o acompanhamento dos casos com maior complexidade.

A Referência Técnica Distrital (RTD) de Terapia Ocupacional, Angela Sacramento, explica o processo de reabilitação se estrutura na metodologia de atendimento e acompanhamento desta população nas demandas e necessidades funcionais, cognitivas e sociais. “Trabalhamos com uma perspectiva de estimular o desenvolvimento do paciente de Down, proporcionando a estimulação do domínio cognitivo das crianças, dos aspectos motores, da linguagem e da socialização do paciente, aproveitando as janelas de oportunidades de desenvolvimento presentes em cada fase da infância e juventude”, esclarece.

CrisDown no Hran

O CrisDown foi criado em março de 2013, no Hran. Os atendimentos no centro contam com equipes interdisciplinares compostas por terapeuta ocupacionais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas

O CrisDown foi criado em março de 2013, no Hran. Os atendimentos no centro contam com equipes interdisciplinares compostas por terapeuta ocupacionais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas. Em um cenário anterior à pandemia do novo coronavírus, cerca de 400 atendimentos eram realizados por semana.

Atualmente, os atendimentos grupais dos ambulatórios de saúde funcional, CER e CrisDown estão suspensos e os atendimentos restritos aos casos mais críticos. Os profissionais de saúde realizam um acompanhamento semanal, monitoramento por telefone aos pacientes para evitar desassistência. O CrisDown também atende mulheres com diagnóstico da trissomia do cromossomo 21 durante a gestação.

Expectativa de Vida

Ao longo dos anos, alguns avanços tecnológicos e terapêuticos têm possibilitado o aumento da expectativa de vida de pessoas com síndrome de Down, o que direciona novas estratégias e serviços voltados à melhoria das condições de vida desta população, como explica a terapeuta ocupacional, Deidmaia Lima Silva.

“Essas estratégias são traçadas levando-se em conta a necessidade de estimular cognição, percepção, linguagem, autonomia, independência nas atividades de vida diária e instrumentais do cotidiano, bem como a socialização. Fator esse observado com declínio importante, devido uma baixa diversidade de contextos sociais do adulto com SD e a sua dependência em relação a seus pais”.

É possível obter atendimento nos CERs de Taguatinga, do Hospital de Apoio, da Asa Norte (CEAL) e no Ambulatório de Saúde Funcional

Embora seja uma referência no acompanhamento à síndrome, o CrisDown do Hran não é a única unidade de atendimento aos pacientes  com  Down na rede de cuidado da pessoa com deficiência. É possível obter atendimento nos CERs de Taguatinga, do Hospital de Apoio, da Asa Norte (CEAL) e no Ambulatório de Saúde Funcional.

Em relação aos ambulatórios de saúde funcional  que  apresentam reabilitação infantil para pessoas com Síndrome de Down são:  Ambulatório de Saúde Funcional de  Ceilândia, de Samambaia, de Sobradinho e do Paranoá.

* Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA

Mercado procura supervisor de operações elétricas

 


São 15 vagas com salários de até R$ 4,5 mil e estão disponíveis nesta segunda-feira (22)

Dentre as ofertas de emprego há vagas para açougueiros | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

A semana começa com 336 vagas de emprego abertas nas agências do trabalhador. Nesta segunda-feira (22), 41 profissões estão sendo requisitadas. Os salários variam entre R$ 32 ao dia, oferecidos em 10 oportunidades para pedagogos, e R$ 4,5 mil mensais, pagos a supervisores de operações elétricas (15).

No comércio, 31 vagas estão distribuídas entre açougueiros, churrasqueiros, garçons, subgerente de lojas e vendedor pracista. As remunerações oferecidas variam entre R$ 1,1 mil e R$ 1.939,26, mais benefícios. A maioria das oportunidades é para profissionais com nível fundamental de escolaridade.

Vinte e oito oportunidades são para técnicos de enfermagem, para profissionais de nível médio. Os salários são de R$ 1,5 mil em 15 vagas e de R$ 1.246 no restante. Não é preciso experiência para se candidatar.

As vagas de emprego poderão ser acessadas pelo aplicativo do Sine Fácil

Entre as vagas pouco frequentes na tabela estão mecânico de ar-condicionado e refrigeração (2), auxiliar mecânico de ar-condicionado (1) e operador de câmera (1). As remunerações oferecidas são de R$ 1,7 mil e R$ 1,3 mil, mais benefícios.

Para se candidatar a qualquer uma das vagas e, também, como microemprendedor individual, basta ir a uma das 15 agências do trabalhador em funcionamento no DF, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Elas seguem funcionando normalmente durante o período de medidas restritivas.

No entanto, a Secretaria do Trabalho orienta quanto ao uso do serviço remoto para todos os cidadãos e, em especial às pessoas do grupo de risco, não havendo a necessidade de um atendimento presencial. As vagas de emprego poderão ser acessadas pelo aplicativo do Sine Fácil.

A Secretaria do Trabalho também disponibiliza o número de telefone para atendimento em caso de dúvidas referentes a qualquer um dos serviços prestados pela pasta, responsável pelas agências do trabalhador: (61) 99209- 1135

Empreendedores que desejam buscar profissionais também podem utilizar os serviços das agências do trabalhador. Além do cadastro de vagas, é possível usar os espaços físicos para seleção dos candidatos encaminhados. Para isso, basta acessar o site da Secretaria do Trabalho e preencher o formulário na aba empregador.

AGÊNCIA BRASÍLIA