domingo, 21 de março de 2021

Bananeira pode ser usada na alimentação, artesanato, remédio e até adubação

 


É possível utilizar folhas, caule e ‘coração’; Emater-DF incentiva o uso integral da bananeira de diversas formas

O aproveitamento mais comum é da fruta, que pode ser consumida crua, assada, frita, desidratada, em farinha, em purê, em doces e de diversas outras formas | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

Abundante na área rural, a bananeira é uma planta que pode ser aproveitada integralmente – fruta, folhas, tronco e até o “umbigo” (ou “coração”) podem ser usados na produção de artesanato, doces, alimentos para humanos e animais e até como remédio veterinário natural.

No dia a dia no campo, a Emater-DF incentiva o uso integral da bananeira de diversas formas.

A área de cultivo de banana no DF só fica atrás da destinado ao plantio de goiaba. Em 2020 foram produzidas no Distrito Federal 3.951,70 toneladas de bananas em 196,8 hectares.

Segundo o coordenador do Programa de Fruticultura da Emater, Felipe Camargo, a banana é amplamente plantada no DF, em todas as regiões e só perde em área para o plantio de goiaba.

“É uma cultura de fácil manejo, exige correções no solo para plantio, em especial o teor de potássio. Escolhendo boas variedades e adquirindo mudas de qualidade, é possível produzir bem”, conta.

O aproveitamento mais comum é da fruta, que pode ser consumida crua, assada, frita, desidratada, em farinha, em purê, em doces e de diversas outras formas.

Mas a planta tem mais usos possíveis do que a exploração apenas da banana (veja quadro abaixo).

“A bananeira é uma planta incrível, porque pode ser aproveitada por completo. Por ser versátil, cria alternativas de uma alimentação diversificada, agrega valor com a possibilidade da fabricação de vários produtos e com isso pode ser uma oportunidade de melhoria de renda e qualidade de vida para as pessoas, principalmente para a agricultura familiar”, diz a extensionista da Emater-DF Selma Tavares.

A bananeira, por ter folhas grandes, flexíveis, impermeáveis e antiaderentes, é utilizada na culinária como embrulho para cozinhar ou assar

Por ter folhas grandes, flexíveis, impermeáveis e antiaderentes, é utilizada na culinária como embrulho para cozinhar ou assar. Um exemplo está na culinária de Minas Gerais, com a Cubu, uma broinha assada na folha de bananeira. Também há pratos em que peixes são embrulhados na folha e levados ao forno. A folha também é usada como decoração em arranjos em vasos, como forro de mesas e em pratos.

Na alimentação animal é usada para controle natural de endoparasitas. Segundo o médico-veterinário da Emater-DF Pedro Ivo Passos, a bananeira também pode ser usada integralmente na alimentação animal, de aves e suínos, por exemplo. Mas como a fruta normalmente é priorizada para consumo humano, usa-se o caule e as folhas picados para fornecer para aos animais.

“É um vermífugo preventivo, servindo para o controle de parasitas, mas não substitui a vermifugação convencional em casos mais severos de verminose”, explica Passos.

Fruta e ‘umbigo’

A banana é uma fruta rica em amido, vitaminas e nutrientes. Pode ser consumida madura in natura e processada: assada, em forma de vitamina, sorvete, farofa, licor, bolos, pães e em variados pratos. Quando ainda verde, pode ser feita banana chips ou ser cozida para preparar a biomassa usada em mingaus, bolos, pudins, docinhos e outros preparos. Já a casca madura pode ser consumida como bife, em docinhos, bolos e farofa, por exemplo.

O “umbigo” da bananeira, também conhecido como “coração” (a parte vermelha na extremidade dos cachos de banana) é utilizado popularmente no preparo de xarope

O “umbigo” da bananeira, também conhecido como “coração” (a parte vermelha na extremidade dos cachos de banana) é utilizado popularmente no preparo de xarope e na alimentação em forma de refogados, farofas, tortas e guisados (veja acima duas receitas feitas a partir da casca de banana e do umbigo da bananeira).

A nutricionista da Emater-DF Danielle Amaral diz que as partes menos conhecidas podem ser usadas no combate à fome e ao desperdício de alimentos.

“As cascas das diversas frutas apresentam em geral uma maior quantidade de nutrientes quando comparadas as suas partes comestíveis. Os nutrientes presentes na casca, muitas vezes, superam a respectiva polpa, a exemplo das fibras, dos minerais, das vitaminas e dos compostos antioxidantes. Portanto, devem ser consideradas como fonte alternativa de nutrientes, evitando o desperdício de alimentos”, explica.

De acordo com ela, a casca e o umbigo de bananeira têm uma alta quantidade de fibras em sua composição nutricional e o consumo dessas partes aumenta o aporte de fibras na alimentação.

Pseudocaule

Pouca gente sabe que, da bananeira, além do cacho, podem ser extraídas cinco fibras  diferentes provenientes do tronco (pseudocaule), o que a caracteriza como uma matéria-prima bastante versátil e que tem gerado renda e qualidade de vida para mulheres rurais com a produção de artesanato.

Selma Tavares explica que, após a colheita do cacho de banana pode ser aproveitado de várias formas. “Por ter fibras de variados tipos de maciez, são usados no artesanato em forma de trançados, cestarias, bolsas, pufes, papel artesanal, tapete e outros itens”, conta Selma.

No final de 2020, o grupo “Mulheres de Fibra”, do assentamento Pequeno Willian (Planaltina), e mulheres rurais de São Sebastião participaram de um curso de 105 horas organizado pela Emater-DF com o consultor contratado João de Fibra, que ensinou como colher o pseudocaule, como retirar as fibras, como identificar as diferentes formas de fibras, fazer tramas, tingir e confeccionar peças usando também outros recursos naturais.

No final de 2020, o grupo “Mulheres de Fibra”, do assentamento Pequeno Willian (Planaltina), e mulheres rurais de São Sebastião participaram de um curso de 105 horas organizado pela Emater-DF | Foto: divulgação Emater-DF

A produtora Adriana Fernandes, do assentamento Pequeno Willian, conta que a capacitação foi fundamental para reorganizar o grupo de mulheres e qualificá-las nas técnicas do artesanato com fibra.

“Em decorrência desse curso, tivemos produtoras que usaram o Pronaf para plantar mais bananeiras de forma orgânica, visando também obter matéria-prima para o artesanato. Usar produtos como a bananeira, que conseguimos aproveitar cem por cento, que não demandam muito investimento e dão retorno financeiro, são importantes para nós”, conta.

Já Alana Cutrim, de São Sebastião, conta que sempre gostou de artesanato e trabalhos manuais. “Faço costuras criativa, pães, licores e geleias caseiras. Já havia feito um curso de fibras de bananeira há um tempo e gostei muito, porém esse veio com propostas novas e trouxe novas expectativas para nós mulheres da área rural, de nos mostrar novos caminhos, novas possibilidades e perspectivas de crescimento profissional e pessoal. Só tenho a agradecer a Emater por ter nos proporcionado essa oportunidade”, diz Alana.

Além do curso, o João de Fibra vem feito o acompanhamento do trabalho desenvolvido e a evolução das mulheres na confecção de peças. Entretanto, por conta da pandemia, as visitas aos grupos estão suspensas temporariamente.

Além do artesanato, o tronco também pode ser cortado em pedaços pequenos e deixado sobre o solo para decomposição e usado na adubação. Com a decomposição natural do material orgânico, o solo ganha nutrientes, beneficiando o cultivo de novas plantas.

Quer saber mais sobre o cultivo da bananeira? Confira aqui:

Cultura da bananeira: informações básicas de cultivo

Caderno Tecnológico 2019

* Com informações da Emater-DF

AGÊNCIA BRASÍLIA

21 de março: Dia internacional da síndrome de down

 


DF possui um dos centros de referência no acompanhamento de Down, criado em 2013, no Hran

É possível obter atendimento nos CERs de Taguatinga, do Hospital de Apoio, da Asa Norte (CEAL) e no Ambulatório de Saúde Funcional  Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Neste domingo, 21 de março, é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma alteração genética ocorrida ainda na fase de formação fetal, que pode resultar em comprometimento intelectual e motor além de algumas características peculiares aos pacientes da doença, como olhos oblíquos, rosto arredondado.

A rede de Cuidado da Pessoa com Deficiência do DF também conta com o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown), que assiste bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos, e faz o acompanhamento dos casos com maior complexidade

A data faz alusão a síndrome que é causado quando há uma divisão celular anormal que resulta em material genético extra, ou seja, em um terceiro alelo do cromossomo 21. Na estrutura da Secretaria de Saúde, a pessoa com síndrome de Down é assistida primeiramente na Atenção Primária.

Após o acolhimento e acompanhamento realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS), o quadro do paciente é avaliado pela equipe de saúde e, se necessário, é encaminhado para a atenção secundária, onde recebe atendimento em reabilitação, nos Ambulatórios de Saúde Funcional e os Centro Especializado em Reabilitação (CER).

A rede de Cuidado da Pessoa com Deficiência do DF também conta com o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown), que assiste bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos, e faz o acompanhamento dos casos com maior complexidade.

A Referência Técnica Distrital (RTD) de Terapia Ocupacional, Angela Sacramento, explica o processo de reabilitação se estrutura na metodologia de atendimento e acompanhamento desta população nas demandas e necessidades funcionais, cognitivas e sociais. “Trabalhamos com uma perspectiva de estimular o desenvolvimento do paciente de Down, proporcionando a estimulação do domínio cognitivo das crianças, dos aspectos motores, da linguagem e da socialização do paciente, aproveitando as janelas de oportunidades de desenvolvimento presentes em cada fase da infância e juventude”, esclarece.

CrisDown no Hran

O CrisDown foi criado em março de 2013, no Hran. Os atendimentos no centro contam com equipes interdisciplinares compostas por terapeuta ocupacionais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas

O CrisDown foi criado em março de 2013, no Hran. Os atendimentos no centro contam com equipes interdisciplinares compostas por terapeuta ocupacionais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas. Em um cenário anterior à pandemia do novo coronavírus, cerca de 400 atendimentos eram realizados por semana.

Atualmente, os atendimentos grupais dos ambulatórios de saúde funcional, CER e CrisDown estão suspensos e os atendimentos restritos aos casos mais críticos. Os profissionais de saúde realizam um acompanhamento semanal, monitoramento por telefone aos pacientes para evitar desassistência. O CrisDown também atende mulheres com diagnóstico da trissomia do cromossomo 21 durante a gestação.

Expectativa de Vida

Ao longo dos anos, alguns avanços tecnológicos e terapêuticos têm possibilitado o aumento da expectativa de vida de pessoas com síndrome de Down, o que direciona novas estratégias e serviços voltados à melhoria das condições de vida desta população, como explica a terapeuta ocupacional, Deidmaia Lima Silva.

“Essas estratégias são traçadas levando-se em conta a necessidade de estimular cognição, percepção, linguagem, autonomia, independência nas atividades de vida diária e instrumentais do cotidiano, bem como a socialização. Fator esse observado com declínio importante, devido uma baixa diversidade de contextos sociais do adulto com SD e a sua dependência em relação a seus pais”.

É possível obter atendimento nos CERs de Taguatinga, do Hospital de Apoio, da Asa Norte (CEAL) e no Ambulatório de Saúde Funcional

Embora seja uma referência no acompanhamento à síndrome, o CrisDown do Hran não é a única unidade de atendimento aos pacientes  com  Down na rede de cuidado da pessoa com deficiência. É possível obter atendimento nos CERs de Taguatinga, do Hospital de Apoio, da Asa Norte (CEAL) e no Ambulatório de Saúde Funcional.

Em relação aos ambulatórios de saúde funcional  que  apresentam reabilitação infantil para pessoas com Síndrome de Down são:  Ambulatório de Saúde Funcional de  Ceilândia, de Samambaia, de Sobradinho e do Paranoá.

* Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA

Mercado procura supervisor de operações elétricas

 


São 15 vagas com salários de até R$ 4,5 mil e estão disponíveis nesta segunda-feira (22)

Dentre as ofertas de emprego há vagas para açougueiros | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

A semana começa com 336 vagas de emprego abertas nas agências do trabalhador. Nesta segunda-feira (22), 41 profissões estão sendo requisitadas. Os salários variam entre R$ 32 ao dia, oferecidos em 10 oportunidades para pedagogos, e R$ 4,5 mil mensais, pagos a supervisores de operações elétricas (15).

No comércio, 31 vagas estão distribuídas entre açougueiros, churrasqueiros, garçons, subgerente de lojas e vendedor pracista. As remunerações oferecidas variam entre R$ 1,1 mil e R$ 1.939,26, mais benefícios. A maioria das oportunidades é para profissionais com nível fundamental de escolaridade.

Vinte e oito oportunidades são para técnicos de enfermagem, para profissionais de nível médio. Os salários são de R$ 1,5 mil em 15 vagas e de R$ 1.246 no restante. Não é preciso experiência para se candidatar.

As vagas de emprego poderão ser acessadas pelo aplicativo do Sine Fácil

Entre as vagas pouco frequentes na tabela estão mecânico de ar-condicionado e refrigeração (2), auxiliar mecânico de ar-condicionado (1) e operador de câmera (1). As remunerações oferecidas são de R$ 1,7 mil e R$ 1,3 mil, mais benefícios.

Para se candidatar a qualquer uma das vagas e, também, como microemprendedor individual, basta ir a uma das 15 agências do trabalhador em funcionamento no DF, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Elas seguem funcionando normalmente durante o período de medidas restritivas.

No entanto, a Secretaria do Trabalho orienta quanto ao uso do serviço remoto para todos os cidadãos e, em especial às pessoas do grupo de risco, não havendo a necessidade de um atendimento presencial. As vagas de emprego poderão ser acessadas pelo aplicativo do Sine Fácil.

A Secretaria do Trabalho também disponibiliza o número de telefone para atendimento em caso de dúvidas referentes a qualquer um dos serviços prestados pela pasta, responsável pelas agências do trabalhador: (61) 99209- 1135

Empreendedores que desejam buscar profissionais também podem utilizar os serviços das agências do trabalhador. Além do cadastro de vagas, é possível usar os espaços físicos para seleção dos candidatos encaminhados. Para isso, basta acessar o site da Secretaria do Trabalho e preencher o formulário na aba empregador.

AGÊNCIA BRASÍLIA

Após decreto que antecipou feriado, Piauí registra maior isolamento do Brasil

 


O Governador Wellington Dias comemorou, nesta sexta- feira (19), o resultado do isolamento social feito a partir das medidas restritivas e da […]

O Governador Wellington Dias comemorou, nesta sexta- feira (19), o resultado do isolamento social feito a partir das medidas restritivas e da antecipação do feriado do Dia do Piauí para a quinta-feira (18). Foi registrado um efeito positivo no índice de isolamento social da população, que atingiu 44,90%, o maior percentual do Brasil. Em segundo lugar, ficou o estado do Pará, com 43,03%, seguido do Amapá, com 41,98%.

Os dados são da startup In Loco, empresa que faz levantamento por meio do georeferenciamento das pessoas via satélite. As medidas restritivas têm como objetivo conter a segunda onda da doença, diminuir a transmissibilidade e, consequentemente, o adoecimento e a procura por leitos clínicos e de UTIs.

O governador Wellington Dias agradeceu a população, o setor público e privado, os municípios por terem aderido ao isolamento proposto e disse que os resultados serão vistos. “A antecipação do feriado do Dia do Piauí, aprovado em lei para antecipação para 18 de março de 2021, com o apoio do nosso povo, deu resultado e foi de ajuda para conter o coronavírus. Pela In Loco, há um acréscimo de mais 10 pontos percentuais para regiões com elevada população rural como o Piauí, o que significa que devemos ter alcançado 54,9% da população fora de circulação. Já temos redução na transmissibilidade e esperamos, na próxima semana, cair, não só transmissibilidade, mas também adoecimento, internações e óbitos no Piauí”, projeta o chefe do executivo piauiense.

 Governo do Piauí 

Secretário de Educação anuncia investimento de R$ 60 milhões para compra de tablets e notebooks

 


O secretário de Estado da Educação, Ellen Gera, usou as redes sociais para anunciar novos investimentos em tecnologia e conectividade na rede […]

O secretário de Estado da Educação, Ellen Gera, usou as redes sociais para anunciar novos investimentos em tecnologia e conectividade na rede estadual de Educação e criticar o veto do presidente e a falta de apoio do governo federal em relação a facilitar o acesso à internet para estudantes e professores de todo o país. A manifestação se dá após Jair Bolsonaro vetar integralmente o Projeto de Lei (PL) 3.477/2020 que previa o repasse de aproximadamente R$ 3,5 bilhões para a qualificação do acesso à internet em escolas públicas. O projeto previa que a União repassasse recursos para que estados e o Distrito Federal pudessem garantir o acesso à internet de alunos e professores durante a pandemia de covid-19, em razão da suspensão das aulas presenciais e adoção do ensino remoto. O Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) emitiu uma nota pública demonstrando perplexidade e solicitando que o Congresso Nacional faça a derrubada do veto.

“A conectividade é, sem dúvida, o grande desafio da Educação desde o início da pandemia. O veto do presidente ao projeto, que garantiria acesso gratuito à internet para estudantes e professores de escolas públicas, mostra a insensibilidade desse governo aos reais problemas da Educação do nosso país. Em 2020, as redes estaduais e municipais não contaram com liderança do MEC para implementar o ensino remoto e híbrido. Estados e municípios procuraram operadoras e firmaram parcerias para garantir internet aos estudantes e tentar diminuir desigualdades”, publicou.

“Na contramão do Governo Federal, continuaremos com a nossa política de mais conectividade, garantindo chips de dados para estudantes e professores. Além disso, vamos equipar as escolas com tablets e notebooks para apoiar as aulas remotas e o modelo híbrido. Investiremos mais de 60 milhões para conectar estudantes e professores da nossa rede estadual de educação”, anunciou Ellen Gera.

O Secretário detalhou que, inicialmente, serão adquiridos 10 mil tablets e 15 mil notebooks que serão distribuídos entre as 658 escolas da rede. “Iniciamos o ano letivo de 2021 distribuindo 180 mil chips para estudantes matriculados na rede. Nossa meta agora é adquirir chips para os professores. Além disso, iniciamos uma licitação para comprar tablets e notebooks que serão distribuídos para escolas. A ideia é repassar os tablets para estudantes e os notebooks para os professores em regime de comodato e, após a conclusão dos estudos ou fim das atividades remotas, os equipamentos permaneçam nas escolas e possam continuar sendo usados como material de apoio às atividades pedagógicas”, explicou.

Governo do Piauí 

Piauí recebe vacinas para iniciar imunização de quilombolas e pessoas acima de 70 anos

 


O Estado do Piauí recebe, neste sábado (20), 85 mil doses de vacinas contra a Covid-19, que permitirão o início da vacinação […]

Fotos: Regis Falcão

O Estado do Piauí recebe, neste sábado (20), 85 mil doses de vacinas contra a Covid-19, que permitirão o início da vacinação da população quilombola e de idosos de 70 a 74 anos. Os imunizantes são a CoronaVac, do Instituto Butantan, e a Covishield, oriunda da parceria da Fiocruz com a Oxford/AstraZeneca.

“Com a chegada dessa nova remessa, vamos aumentar nosso público de vacinados. Agora, entramos na etapa de vacinação da população quilombola e de idosos a partir de 70 a 74 anos”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.

As vacinas vão contemplar 100% da população quilombola, 78% do grupo de 70 a 74 anos , dar continuidade a Imunização dos idosos de 75 a 79 com mais 40% e 3,7 % para o grupo de trabalhadores da Saúde.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da coordenação de Imunização, inicia a entrega às Regionais de Saúde, na segunda (22). “O Governo do Piauí vem trabalhando para que possamos vacinar nossa população o mais célere possível e assim conseguirmos vencer essa pandemia”, ressalta Florentino Neto.

No Piauí, 172.582 pessoas já receberam a vacina contra a Covid-19. Sendo 130.069 a primeira dose e 42.515, a segunda. A vacinação de cada município pode ser acompanhada no site da Sesapi.   

Governo do Piauí 

Após reunião com COE Ampliado, governador mantém restrições até o próximo domingo (28)

 


O governador Wellington Dias reuniu, na tarde deste sábado (20), o Comitê de Operações Emergenciais (COE) Ampliado para avaliar a situação atual […]

O governador Wellington Dias reuniu, na tarde deste sábado (20), o Comitê de Operações Emergenciais (COE) Ampliado para avaliar a situação atual do Piauí em relação à pandemia da Covid-19. O chefe do executivo estadual também ouviu sugestões dos integrantes – que representam diversos setores da sociedade: trabalhadores da Saúde, empresários, judiciário, entre outros – a respeito da adoção de medidas que contribuam para a diminuição da crise causada pelo novo coronavírus.

No encontro, ficou acertado que as medidas adotadas no decreto n.º 19.529, de 14 de março de 2021, continuarão vigentes conforme novo decreto que será publicado neste domingo (21). Dentre elas estão: suspensão de atividades que envolvam aglomerações, funcionamento do comércio até as 17h e shopping centers das 12h às 20h; proibição da circulação de pessoas das 21h às 5h, salvo exceções.

A alteração será a antecipação das medidas restritivas válidas para o fim de semana e serão implantadas na sexta-feira (26), tais como: suspensão de todas as atividades econômico-sociais, com exceção das atividades consideradas essenciais, conforme o decreto.

“Concluímos a reunião com a presença de vários membros da sociedade onde foi apresentada uma dura situação. Ontem (19), tivemos esse crescimento brusco para 38 óbitos (por Covid-19). Infelizmente, há uma fila para vagas de UTI e leitos clínicos e ainda uma situação que afeta o Brasil inteiro na área do abastecimento hospitalar (de medicamentos que compõem o chamado kit intubação). Aprovamos a prorrogação de medidas até o próximo domingo (28) com medidas mais restritivas na sexta, sábado e domingo para ver se a gente consegue colher bons resultados na redução da transmissibilidade, adoecimento internações e óbitos para salvar vidas no Piauí”, declarou Wellington Dias.

A presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Miriam Parente, integrante do COE Ampliado, apoia a decisão e manutenção das medidas restritivas. “A gente entende que a transmissibilidade só vai diminuir se a gente, de fato, aumentar as medidas de restrição. Esse é o posicionamento do conselho e nos manifestamos junto com a OAB e outros conselhos”, declarou.

O vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Teresina (Sinduscon), Guilherme Fortes elogiou a medida. “Ouvir a sociedade é muito importante, que é o que está fazendo agora. A sugestão de parar na sexta, que podemos fazer local, é importante. Se nós fecharmos um lockdown semanal, não vamos conseguir. As polícias têm outros focos, não dá pra fazer a fiscalização geral, teremos desobediência. A ideia de parar na sexta é a mais acertada no momento”, avaliou.

Situação do Piauí
No início da reunião com o COE Ampliado, o governador Wellington Dias traçou um panorama da atual situação do estado em relação à Covid-19. Segundo o gestor, há questões graves como o estoque de medicamentos que são necessários para os pacientes que estão em UTIs (chamado kit intubação), a quantidade de pessoas contaminadas que precisam de um leito de Terapia Intensiva, e a dificuldade de abrir novos leitos, tanto pela falta de profissionais qualificados quanto por equipamentos e infraestrutura. Ele ressalta, contudo, que o Estado está fazendo um grande esforço para melhorar essa situação.

“Nos hospitais, temos estoque destes medicamentos para dez dias e, no depósito, para outros dez. Porém, estamos agilizando um sistema de compra e tivemos uma agenda ontem (19) com a equipe técnica do ministério para garantir a compra. Fizemos contato com os fornecedores, que são produtores diretos, credenciados no Ministério da Saúde e prometeram nos fornecer para sairmos dessa linha de risco”, explicou Dias.

“Em relação ao isolamento, o governador disse que o Piauí evoluiu nos últimos dias. “O Piauí chegou a um índice de 2.8. Agora, em março, ficamos em torno de 1.5 e na última semana chegou a 1.3. No nosso melhor período, chegamos a 0.54-0.70 que é um bom parâmetro. Estamos trabalhando para derrubar essa transmissibilidade. O objetivo é ir para abaixo de 1”, relatou. O governador também ressaltou que os laboratórios do Butantan e Fiocruz regularizaram e aumentaram a produção de vacinas e, nas próximas semanas, deve haver a adição de imunizantes como a Sputinik russa, além do esforço de ex-presidentes e de conversas com países como EUA, Coréia do Sul e Reino Unido a fim de obter mais doses para o Brasil.

A coordenadora da Central de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Luciane Formiga, apresentou dados, durante a reunião, que mostram um forte crescimento no número de pacientes em fila de espera para leitos de UTI ou clínicos. No dia 1º de março, eram 12 pacientes; no dia 19, eram 162. “Por mais que se amplie leitos, não temos insumos, equipes e equipamentos que deem conta de uma demanda desta, que cresceu mais de 12 vezes. Não temos como ampliar a rede nesta mesma proporção. É impossível. São pacientes graves que dependem de um alto fluxo de oxigênio”, ponderou.

O governador Wellington Dias assegurou que o Estado ampliou os leitos ao máximo. “Não há pessoal. Não há profissionais. Só é possível abrir leitos onde há profissionais. Nas unidades onde havia dez leitos (de UTI), ampliamos para 20. Eu chamo atenção e é importante alertar aquelas pessoas que pensam que a saída é mais leitos. Essa saída não existe nem no aqui, nem em qualquer lugar do Brasil. Em dado momento, a gente até poderia abrir uma chamada e vinham profissionais de outros estados. Agora, nem isso mais, porque esgotou geral. É um drama que queria destacar”, explicou.

O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, reforçou a necessidade de evitar mais contaminações para desafogar o sistema e profissionais de saúde. “A gente não tem condição de dizer que vai existir novos leitos. Os leitos que estão surgindo são da extrema capacidade dos nossos diretores. Precisamos ter o corte da transmissão. O caminho é o da ciência para cortar a transmissibilidade”, acrescentou.

Governo do Piauí 

Adepará investe no potencial competitivo e sustentável da agricultura paraense

 


As políticas públicas de defesa e inspeção vegetal são decisivas para fomentar a produção, abrir mercados e gerar emprego e renda

20/03/2021 11h25 - Atualizada em 20/03/2021 19h07
Por Manuela Viana (ADEPARÁ)

Uma das práticas mais antigas da humanidade, a agricultura tem uma data especial – 20 de Março -, instituído como Dia Mundial da Agricultura. Para que a produção agrícola ocorra de forma sustentável, a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) desenvolve políticas públicas de defesa e inspeção vegetal, voltadas ao crescimento do setor no Estado.

O Brasil é um dos maiores fornecedores mundiais de produtos agrícolas. No cenário nacional, o Pará desempenha um papel relevante para o agronegócio, sendo o maior produtor de açaí, cacau, abacaxi e dendê, além de aparecer entre os maiores no cultivo de citros, banana e coco.O Pará se destaca na produção agrícola nacional, principalmente com grãos e a fruticulturaFoto: Alex Ribeiro - Ag. Pará

A Agência de Defesa Agropecuária atua na área vegetal em duas frentes. A primeira ocorre por meio da certificação e inspeção nos estabelecimentos que processam produtos de origem vegetal - polpa de frutas, farinha e derivados da mandioca -, atuando na certificação e autorização pra comercialização. Com esse trabalho, a Agência garante a oferta de alimentos adequados à saúde humana nos estabelecimentos comerciais, e assegura padrões de qualidade e procedimentos de elaboração dos alimentos, com ênfase na higiene e qualidade. Daí a importância da aquisição de produtos com o selo da Agência.

A outra frente de trabalho está relacionada às propriedades rurais de produção vegetal, nas quais são realizadas atividades rotineiras de inspeção e monitoramento de pragas, com vistas à proteção e sanidade das lavouras e garantindo mercado e competitividade à produção paraense.

Dessa forma, o trabalho de fiscalização e inspeção realizado periodicamente pela Adepará se reflete diretamente no crescimento agropecuário do Estado e no interesse de grandes investidores na produção de grãos, carnes, leite, ovos e pescado. Por meio dos trabalhos realizados pela Agência, o Pará mantém dois polos citrícolas, com status de área livre de cancro cítrico. 

Fiscalização e inspeção - Lucionila Pimentel, diretora de Defesa e Inspeção Vegetal da Adepará, destaca a importância deste trabalho realizado periodicamente pela Agência. "A Adepará, como órgão responsável pela defesa agropecuária, tem o compromisso de manter a sanidade das lavouras. Assim, fazemos a fiscalização do vazio sanitário e a inspeção de pragas da soja, para a proteção desta importante cadeia produtiva. Também inspecionamos as áreas de citrus para manutenção das áreas livres de pragas da citricultura durante todo o ano, além de ações pontuais e atendimentos a emergências fitossanitárias, quando há alguma necessidade. A implantação da GTV - Guia de Trânsito Vegetal do Açaí, iniciada a partir do cadastramento dos agricultores e extrativistas, é mais uma atividade essencial dentro da Defesa Agropecuária", enfatiza a diretora.A manutenção das áreas de cultivo livres de pragas é outra prioridade da AdeparáFoto: Divulgação

A Adepará trabalha para alinhar suas ações aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), garantindo a segurança alimentar e a melhoria da nutrição, por meio da promoção de uma agricultura sustentável.

Qualidade da produção - O trabalho no campo é indispensável à vida dos moradores das zonas urbanas. A Adepará prossegue, mesmo em tempo de pandemia, com suas ações regulares. Entre os programas permanentes na área vegetal estão: atividades de monitoramento da mosca-da-carambola em todo o Estado - controle e erradicação do foco em no distrito de Monte Dourado, em Almeirim, e no município de Gurupá (Marajó); inspeções nas áreas de citrus, para manutenção do Status de Área Livre; levantamento de detecção de pragas dos citrus, monilíase do cacaueiro (causada pelo fungo Moniliophthora roreri) e inspeções de pragas nas lavouras de soja.

Entre as ações destaca-se ainda a Investigação Epidemiológica, trabalho desenvolvido pela Adepará que assegura a sanidade aos produtos, para que estejam sempre aptos à comercialização.

As ações periódicas de fiscalização fixa e móvel são necessárias para manter a regularização dos produtos e subprodutos de origem vegetal. Esse trabalho é considerado essencial e continua sendo realizado mesmo durante a pandemia de Covid 19, para garantir alimentos saudáveis ao consumidor e fomentar o crescimento agropecuário do Estado.

Prioridades - O diretor-geral da Adepará, Jamir Paraguassu Macedo, destaca que apesar de a Agência ser um órgão fiscalizador, a prioridade não é autuar, mas sim prevenir e impedir a entrada de novas doenças e pragas, controlar ou erradicar as existentes, proteger o parque industrial agropecuário com rastreabilidade e combater a produção clandestina. 

“Trabalhamos em todas as frentes com a proposta de fortalecer a economia do Pará, fortalecendo a cadeia produtiva, gerando empregos e renda para a população. Ademais, a produção clandestina promove a agressão ao meio ambiente, não gera emprego, não gera divisas econômicas e põe em risco a saúde pública, principalmente neste momento de pandemia”, ressalta.

Educação sanitária - O bom desempenho das atividades é resultado da integração entre a Adepará e o produtor. Investimentos em educação sanitária, por exemplo, são fundamentais para instruir o produtor sobre o manejo das plantações e notificações de doenças que possam atingir as lavouras.

Por isso, a educação sanitária é outro trabalho desenvolvido de forma regular pela Adepará, levando ao público ações educativas desenvolvidas com as comunidades e entidades representativas de produtores rurais, além de escolas do meio urbano, feiras agropecuárias, universidades e outros eventos do setor. Essas ações geralmente são elaboradas e executadas em parceira com as comunidades, valorizando a integração.O trabalho educativo da Adepará garante a sanidade da produção agrícolaFoto: Divulgação

Para a produtora Sandra da Silva, o trabalho de orientação é fundamental para garantir a qualidade e comercialização da produção. “Depois que comecei a trabalhar com a Adepará, que a minha empresa foi legalizada, ficou muito melhor. A gente consegue vender mais, chegar numa lanchonete e as pessoas não têm medo de comprar, porque sabe que é legalizado. Senti muita diferença, porque o cliente fica sabendo que tá comprando algo de qualidade”, enfatiza Sandra da Silva, que há cinco anos trabalha com polpas de frutas.

“São 11 sabores de polpa de fruta, que são legalizadas pela Adepará, entre acerola, maracujá, goiaba, abacaxi, muruci, taperebá, açaí, cacau e laranja. Vendo para o Moju, Belém e Acará. Antes, eu oferecia e não compravam, porque não tinha o selo da Adepará. Eu tinha muita vontade de legalizar. Estou muito feliz em renovar minha certificação. E nunca deixo atrasar, porque sabemos que é algo do trabalho”, ressalta.

Fomento - Entre os atuais destaques da Adepará está a implementação da Guia de Trânsito Vegetal (GTV) Açaí. Em fase de implantação, a Guia está temporariamente isenta da cobrança da taxa de emissão para qualquer volume de carga, informa Lucionila Pimentel. Cargas do fruto precisam estar acompanhadas da Guia, em todo o território paraense, desde 4 de março deste ano.

A implementação da nova GTV de Açaí fortalecerá a cadeia produtiva do fruto no Pará, proporcionando a abertura de novos mercados, a agregação de valor, a garantia da qualidade e a possibilidade de novos convênios. Assim, a nova GTV Açaí significa ainda mais segurança para o consumidor e o produtor, pois como instrumento de rastreabilidade é imprescindível para a identificação de todos os processos da cadeia produtiva, além da origem e destino. O banco de dados formado a partir do cadastramento disponibilizará aos gestores informações para planejar e executar políticas públicas mais assertivas para o setor.

"Atualmente, nosso maior desafio é a implantação da GTV Açaí, que vai organizar, fortalecer a cadeia produtiva e proporcionar condições para que a defesa agropecuária atue em emergência fitossanitária, controlando e erradicando focos de pragas em tempo hábil, para a mitigação dos prejuízos econômicos e sociais que ocorrem com a entrada de pragas. Além de proteger nosso patrimônio genético, agregaremos valor ao produto, garantindo a qualidade dos frutos e a saúde pública, evitando a contaminação alimentar", ressalta a diretora Lucionila Pimentel.

Serviço: A Agência de Defesa Agropecuária está presente nos 144 municípios paraenses. Depois de cadastrado, o produtor pode emitir a GTV nas unidades da Adepará ou acessando o Siapec (Sistema de Integração Agropecuária).

No site da Adepará - www.adepara.pa.gov.br - há os endereços dos escritórios em todos os municípios.

AGÊNCIA PARÁ 

Pará aplica a primeira dose de vacina em agentes de segurança pública

 


Em acordo com o Ministério Público, o governo do Estado decidiu começar a imunizar um dos segmentos da linha de frente no enfrentamento à Covid-19

20/03/2021 13h26 - Atualizada em 20/03/2021 17h50
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Diariamente nas ruas em ações de fiscalização e de combate à criminalidade, agentes de segurança começam a ser vacinados no ParáFoto: Alex Ribeiro - Ag. ParáO Pará é o primeiro estado do Brasil a vacinar os agentes de segurança pública que, assim como os profissionais de saúde, estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus. A vacinação começou neste sábado (20) em cinco pontos instalados nos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, na Região Metropolitana. A vacinação para esse segmento, que também se expõe diariamente na rotina de trabalho nas ruas, tem a anuência do Ministério Público do Estado (MPE).

Já estão sendo vacinados com a primeira dose policiais militares e civis, agentes de trânsito, militares do Corpo de Bombeiros, servidores do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), além de guardas municipais e agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF) que atuam na Região Metropolitana. Cinco mil doses estão disponibilizadas para esse segmento. O segundo dia de imunização para os profissionais da segurança pública da linha de frente será na segunda-feira (22).A medida adotada pelo governo do Estado inclui os policiais do sistema penitenciárioFoto: Alex Ribeiro - Ag. Pará

Nos polos de vacinação montados em Belém a meta é começar a imunizar 2.789 policiais militares. Em um deles, no Comando-Geral do Corpo de Bombeiros, 1.630 servidores estavam sendo aguardados. Para a cabo PM Kelen Matos, a vacinação mais cedo do que esperava é uma surpresa positiva. "Nós esperamos por este momento desde o ano passado, porque a gente trabalha com um público grande e presenciamos vários amigos nossos acometidos com a doença. Nós precisávamos muito dessa vacinação. Eu pensei que fosse ser vacinada somente muito mais tarde, lá para julho, por conta da idade, mas graças a Deus chegou bem antes", disse a policial militar.

Na maior sede administrativa da corporação, na Avenida Augusto Montenegro, policiais militares do Comando de Policiamento da Capital I, profissionais do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e agentes do Departamento de Trânsito (Detran) receberam a primeira dose da vacina.Militares do Corpo de Bombeiros também receberam a primeira dose da Coronavac/SinovacFoto: Alex Ribeiro - Ag. Pará

Todos os policiais vacinados foram devidamente identificados em uma listagem repassada à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e verificados no momento da vacinação, como forma de promover o controle do efetivo e a transparência do atendimento.

Fim da espera - Para o cabo João de Araújo Lima, que atua no 27º Batalhão e foi um dos primeiros PMs a receber a primeira dose da vacina, a imunização representa uma vitória. "É um privilégio. Esperei tanto por essa vacina. Para nós, que trabalhamos no dia a dia combatendo o inimigo invisível, é um prazer estar tendo essa oportunidade", frisou o policial.

No Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), complexo operacional da PM, no bairro do Marco, a vacinação contemplou militares que atuam no Comando de Policiamento da Capital II, Corpo Militar de Saúde, Comando de Missões Especiais e três unidades do Comando de Policiamento Especializado - Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), Companhia Independente de Polícia Turística (Ciptur) e Companhia Independente de Polícia Escolar (Cipoe).A aplicação da primeira dose de vacina nos agentes de segurança pública prossegue no dia 22 de marçoFoto: Alex Ribeiro - Ag. Pará

Os agentes de segurança pública que estão sendo imunizados atuam nos cinco municípios da RMB que estão em lockdown, com o bandeiramento preto. Nestes locais estão sendo permitidas somente atividades essenciais, mas os agentes de segurança trabalham diariamente, atuando na linha de frente nas fiscalizações em estabelecimentos comerciais e pontos de bloqueios para evitar a saída de casa sem a necessidade comprovada, a fim de reduzir a proliferação do novo coronavírus.

Reconhecimento - "Muito feliz em termos a melhor polícia do Brasil em 2020 sendo reconhecida e sendo a primeira no País a ser vacinada contra a Covid-19. A segurança nunca se ausentou e sempre esteve, e ainda está, na linha de frente, salvando vidas. Isso era o mínimo que a nossa tropa merecia. O Pará é o primeiro estado do Brasil em que profissionais de segurança estão inclusos no plano de vacinação. Todos os dias vemos a exposição que eles possuem com o intuito de ajudar a sociedade e, por este motivo, precisam ser imunizados também", ressaltou o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado. 

Para o policial rodoviário federal João Pereira Filho, que atua na BR-316, a sensação é de alívio. "Receber a vacina trará mais tranquilidade para atuar na segurança pública do cidadão. O Governo do Pará ajudou bastante todas as forças de segurança pública, tanto as estaduais, federais e municipais, e isso vai beneficiar toda a população", afirmou. 

Cesar Santos, guarda municipal em Belém, atuando no Grupamento de Ações Táticas, ressaltou o reconhecimento àqueles que não podem parar. "A gente está em uma profissão que não tem opção. A gente precisa estar no combate, nas ruas, e poder ter a tranquilidade da imunização dá um conforto não só no momento em que estamos trabalhando, mas também para quem está no nosso convívio familiar", afirmou.

“Os policiais que estão sendo vacinados hoje compõem a tropa que está na linha de frente, no combate à criminalidade e fazendo cumprir o decreto do lockdown. Nós ficamos muito felizes com esse reconhecimento por parte do governo do Estado, por priorizar os membros dos órgãos que compõem o Sistema de Segurança Pública, que depois dos profissionais de saúde são os que estão mais propícios a serem contaminados com esse vírus”, afirmou o comandante-geral da PM, coronel Dilson Júnior.Ansiedade e gratidão: sentimentos manifestados por quem começa a receber a tão sonhada vacina contra a Covid-19Foto: Alex Ribeiro - Ag. Pará

As vacinas são aplicadas por uma equipe da Sesma devidamente qualificada. “Fizemos um treinamento prévio e sentimos que todos estão preparados para a missão. Foi muito gratificante, porque não tivemos nenhuma dificuldade em relação à administração de vacinas. Todos foram muito solícitos, inclusive a acolhida aqui no quartel”, garantiu a coordenadora do Programa Municipal de Imunizações, Nazaré Athayde.

Segundo o diretor do Corpo Militar de Saúde da PM, coronel Mauro Matos, “o secretário de Segurança está em tratativas com a Sespa para que a imunização dos servidores da segurança pública ocorra de forma gradativa, conforme elas (vacinas) sejam liberadas pela Sesma, a fim de atender todo o efetivo que está no combate diário”.

Prevenção continua – A decisão do governo estadual de vacinar profissionais da área de segurança também já beneficiou 231 agentes do Departamento de Trânsito com a primeira dose da vacina Coronavac/Sinovac. A vacinação iniciou às 09 h, com prazo de encerramento às 16 h.

Dentre as orientações aos vacinados estão: não poder massagear o local onde recebeu a vacina; caso haja dor na área da aplicação a recomendação é administrar uma compressa de gelo, e evitar o consumo de álcool pelos próximos 30 dias, por precaução, pois o álcool é um componente que pode comprometer a eficácia completa da vacina no organismo. 

Mesmo tomando a primeira dose é fundamental manter as medidas de proteção e combate ao vírus, com o uso de máscara e álcool em gel, além do distanciamento social.

Para a agente de fiscalização Bárbara Moreira, o momento representa mais que uma simples vacina. "Eu me sinto privilegiada por receber essa primeira dose. Não apenas eu, e sim todos os profissionais da segurança pública. Estou na rua, atuando nas barreiras sanitárias nesse período de lockdown, dando suporte para a população. É, sem dúvida, um alívio muito bom. Confesso que tive vontade de chorar na hora", contou.

Ansiedade - De acordo com a agente Maria de Lourdes, a emoção foi tanta que ficou difícil segurar a ansiedade no dia anterior à vacinação. "Pensei a noite toda o quanto que eu esperei por essa vacina. Foi um pouco difícil dormir na noite passada. Realmente, foi algo muito esperado por todo esse contexto que estamos vivendo. É um sentimento de gratidão gigantesco. Agradecer ao Ministério Público e ao governo do Estado, que reconhecem o nosso trabalho perante a população. Estou muito feliz por receber a minha primeira dose", ressaltou a agente.

Na segunda-feira (22), a vacinação prossegue em Ananindeua; no Ginásio Poliesportivo de Marituba, e no Centro de Formação Aperfeiçoamento e Especialização (CFAE) do Corpo de Bombeiros, na Cidade Nova 07, SN-24, das 09 às 16 h.

Para se vacinar é preciso apresentar documento de identificação, crachá institucional e a carteira de vacinação do SUS (Sistema Único de Saúde). (Com informações de Taiane Figueiredo – Ascom/PM, e Eduardo Vilaça e Celso Junior – Ascom/Detran).

AGÊNCIA PARÁ