domingo, 21 de março de 2021

Defesa Civil Estadual está em Rio Maria atuando para reduzir impacto das fortes chuvas

 


Mais de 200 famílias sofrem as consequências da elevação do nível do rio que corta a área urbana

20/03/2021 21h10 - Atualizada em 20/03/2021 22h04
Por Giovanna Abreu (SECOM)

Para minimizar os impactos das fortes chuvas no município de Rio Maria, no Sul do Pará, que provocaram o aumento de 3,5 metros no nível do rio que corta a sede municipal, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil atua desde a última quinta-feira (18), quando técnicos foram para o município a pedido da Prefeitura, a fim de emitir parecer técnico acerca da situação.O nível do rio subiu mais de 3 metros e deixou dezenas de famílias desalojadasFoto: Divulgação

Desde sexta-feira (19) a situação vem se agravando. A Defesa Civil organizou uma força-tarefa com militares do grupamento do Corpo de Bombeiros do município de Redenção, próximo a Rio Maria, e agentes municipais para a operação de retirada das famílias que moram na área mais baixa da área urbana.A equipe estadual integra uma força-tarefa de apoio ao municípioFoto: Divulgação

Cerca de 240 famílias foram atingidas até o momento. “Estamos fazendo tudo para minimizar os impactos, atuando com a máxima brevidade possível, de forma incisiva, para garantir esse suporte num momento tão difícil”, assegurou o coordenador estadual adjunto da Defesa Civil, coronel Reginaldo Pinheiro. Ainda de acordo com a Defesa Civil, as estradas que estariam rompidas são vicinais, que ligam a zona rural à sede do município.

O coordenador adjunto informou ainda que a documentação está em fase preparatória para que seja decretada Situação de Emergência, e já está sendo viabilizada ajuda à população. A previsão é que no início da semana comecem a chegar cestas básicas para as famílias desalojadas pelas chuvas em Rio Maria.Estrada danificada pelas fortes chuvas em Rio MariaAGÊNCIA PARÁ 

Estado já transferiu 327 pacientes com a Covid-19 na região oeste estadual

 


Todas as transferências foram realizadas exclusivamente pela Central de Regulação da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa)

21/03/2021 08h45 - Atualizada hoje 08h53
Por Melina Marcelino (SESPA)

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) já transferiu 327 pacientes com a Covid-19 entre os dias 18 de janeiro e 20 de março, para conter o avanço da doença em 14 municípios da região Oeste, uma das mais afetadas nesta segunda onda da pandemia. Desse total de remoções, 313 ocorreram por via aérea e 14 por via fluvial. Todas as transferências foram realizadas exclusivamente pela Central de Regulação da Sespa.

 As remoções partiram de municípios do extremo Oeste, como Faro, Terra Santa, Oriximiná e Aveiro, para o Hospital 9 de Abril na Providência de Deus, em Juruti, e para os hospitais públicos regionais do Baixo Amazonas, em Santarém, e do Tapajós, em Itaituba. Além das transferências, o Estado providenciou insumos, como 542 cilindros de oxigênio e 287.751 equipamentos de proteção individual (EPIs).

Simultaneamente às remoções, a Sespa mantém a articulação constante com as secretarias municipais de Saúde, orientando e auxiliando sobre como continuar agindo para conter a crise provocada pela segunda onda de contágio pelo novo coronavírus. As medidas tomadas e as transferências realizadas pelo governo estadual são estratégias para manter funcionando o sistema de saúde dos municípios mais próximos ao estado do Amazonas.

“O governo do Estado, por meio da Sespa, continua fazendo o monitoramento diário da região, levando suporte aos municípios e atendendo à necessidade de insumos e de remoções, até que a situação se estabilize”, informa o secretário estadual de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho, reforçando que vem sendo garantida rápida assistência a pacientes mais graves, que são removidos de acordo com as possibilidades climáticas da região.

Municípios do Oeste também recebem os serviços do Barco Hospital Papa Francisco, que na quarta-feira (17) encerrou mais uma etapa em quatro municípios Almeirim, Prainha, Monte Alegre e Alenquer, contabilizando 766 consultas médicas, 1.173 exames laboratoriais e 327 exames de imagens. Durante oito dias, o total de procedimentos chegou a 23.157, incluindo ainda teste rápido, oferta de medicação, verificação de sinais vitais e atendimento em enfermagem.

Também no formato itinerante, a Policlínica chegou ao município de Placas na quinta-feira (18), para atender pessoas com sintomas leves e moderados de Covid-19. A unidade móvel ainda atenderá moradores de Rurópolis, Trairão, Itaituba e Uruará, com dois dias de atendimento em cada município. São 200 senhas diárias para consultas médicas.

Hospital de Campanha – O governo reabriu no dia 18 de fevereiro o Hospital de Campanha de Santarém (HCS). Agora, montada na Escola Estadual Maria Uchoa Martins, localizada no bairro Floresta, a unidade funciona a 800 metros do Hospital Regional do Baixo Amazonas, com 60 leitos clínicos, sete enfermarias - cada uma com sete leitos -; uma enfermaria com 16 leitos; uma sala de estabilização, com quatro leitos; posto de enfermagem; farmácia; almoxarifado; sala para médicos e profissionais de enfermagem; uma sala do Núcleo Interno de Regulação; necrotério; sala de paramentação; refeitório; cozinha; administrativo; vestiários femininos e masculinos; descanso equipe; faturamento; departamento pessoal; expurgo; psicossocial e resíduos.

 A medida desafoga a procura por leitos clínicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Hospital Regional do Baixo Amazonas, contribuindo para estabilizar o sistema de saúde da região. O Hospital de Campanha de Santarém recebeu 123 pacientes até o momento. Desses, 32 continuam internados em leitos clínicos e quatro em leitos de estabilização.

 Até o momento, o Governo do Pará distribuiu 85.971 doses de vacinas contra a Covid-19 na região Oeste, enviadas pelo Ministério da Saúde.

AGÊNCIA PARÁ 

sábado, 20 de março de 2021

Saúde do Distrito Federal é referência no atendimento às doenças raras

 


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma doença é considerada rara quando afeta 1,3 indivíduos em cada grupo de 2 mil pessoas

 

No DF atualmente são triadas 36 doenças raras, com previsão para chegar a 45, graças à Lei Distrital n° 6.382/2019 Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

O tratamento precoce e a prevenção são os melhores remédios para qualquer tipo de doença. Com aquelas denominadas raras isso não é diferente, e, aqui no Distrito Federal, a população dispõe de uma das melhores estruturas de atendimento.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma doença é considerada rara quando afeta 1,3 indivíduos em cada grupo de 2 mil pessoas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma doença é considerada rara quando afeta 1,3 indivíduos em cada grupo de 2 mil pessoas. Pelo menos 80% das patologias são de origem genética, enquanto as demais têm causas infecciosas, virais ou degenerativas. Estima-se que existam de seis a oito mil tipos de doenças raras.

No, DF atualmente são triadas 36 doenças raras, com previsão para chegar a 45, graças à Lei Distrital n° 6.382/2019. Sancionada pelo governador Ibaneis Rocha, a norma assegura a “todas as crianças nascidas nos hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes da rede pública de saúde do DF o direito ao teste do pezinho, na sua modalidade ampliada”. A cada ano, na capital, pelo menos 100 bebês são diagnosticados com doenças raras por meio do Teste do Pezinho.

“O recomendável é que o tratamento ocorra até os dois anos de idade, já que 80% das crianças vão a óbito se não forem tratadas. Por isso ampliamos nossa triagem e à medida em que vai surgindo o tratamento para uma doença rara, nós incluímos em nossa triagem neonatal”, explica Maria Teresinha Cardoso, coordenadora (RTD) de Doenças Raras da Secretaria de Saúde. “O tratamento precoce é o melhor remédio, a prevenção é o melhor remédio. É o que vai tornar o custo dessa doença baixo”, acrescenta a gestora.

Atendimento no DF

O Distrito Federal conta com dois dos 17 centros de referência em doenças raras credenciados pelo Ministério da Saúde: o Hospital de Apoio de Brasília (HAB) e o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ambos são distribuídos de acordo com os três pilares das doenças raras, que são as malformações congênitas e doenças de início tardio; a deficiência intelectual e erros inatos de metabolismo.

Os dados mais recentes apontam que, em 2019, o HAB realizou 5.296 mil consultas em doenças raras. Já o Hmib, em 2020, atendeu 1,2 mil crianças, mesmo em meio à pandemia. Dados que apontam o esforço e o comprometimento da rede pública do DF em atender esses pacientes

 

Os dados mais recentes apontam que, em 2019, o Hospital de Apoio de Brasília realizou 5.296 mil consultas em doenças raras Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

No Hmib, localizado na Quadra 608 da Asa Sul, a unidade de genética conta com 12 ambulatórios semanais para diagnóstico e acompanhamento de crianças de zero a dez anos e também de bebês que tenham malformações congênitas antes mesmo do nascimento. O atendimento aos casos de câncer ginecológico e infertilidade de casais também é ofertado.

No HAB, localizado no AENW 03, lote A, no Noroeste, os pacientes têm acesso ao Serviço de Referência em Triagem Neonatal Ampliada, único no país com capacidade para triar 36 doenças raras, com 100% de cobertura dos recém-nascidos nascidos em Sistema Público de Saúde (SUS). O HAB tem 18 ambulatórios semanais para recém-nascidos com teste de triagem neonatal ampliada positivo e pacientes de dez anos até a idade adulta para atender os três pilares da doença citados acima.

O HAB ainda conta com laboratórios especiais. Um deles é de triagem neonatal ampliada, que utiliza tecnologia de ponta, com aparelho de Espectrometria de Massa, o único no país em se tratando de SUS. Um outro laboratório de biologia molecular para diagnóstico avançado de doenças raras e um terceiro laboratório de citogenética de sangue periférico e medula óssea. Este, por sua vez, investiga malformações congênitas e faz o reconhecimento citogenético das leucemias dos pacientes.

Antes de acessar toda esta estrutura do Hmib e do HAB, os usuários da rede pública devem receber o encaminhamento de um médico da família. Estes profissionais atendem na Atenção Primária à Saúde, que é a porta de entrada para os tratamentos na rede pública.

As doenças raras não têm cura. No entanto, um tratamento adequado pode reduzir complicações e sintomas, bem como impedir o agravamento e evolução da doença. No geral, elas são crônicas, progressivas, degenerativas e podem levar à morte.


AGÊNCIA BRASÍLIA

Distrito Federal recebe mais 48.250 doses de vacinas contra a covid

 


Os lotes chegaram neste sábado (20). As marcas são: Coronavac e Astrazeneca

A Secretaria de Saúde informa que recebeu, na manhã deste sábado (20), o quantitativo de 48 mil doses da Coronavac e 250 da Astrazeneca, que já foram devidamente conferidas. O Comitê de Vacinação terá reunião extraordinária, na tarde de hoje, para definição dos novos grupos de idosos a serem contemplados.

Também serão incluídos, nesta semana, novos grupos de profissionais de saúde que trabalham em consultórios, clínicas, laboratórios, farmácias, funerárias e no Instituto Médico Legal (IML).

Esses profissionais serão vacinados exclusivamente por meio de agendamento feito no site vacina.df.gov.br. O agendamento só será disponibilizado depois que as entidades representativas das categorias encaminharem para a Secretaria de Saúde a lista dos beneficiados com os respectivos CPFs.

* Com informações da Secretaria de Saúde


AGÊNCIA BRASÍLIA

Pandemia: mais de 27 mil atendimentos odontológicos

 


Serviços de média e alta complexidade no Hospital de Santa Maria e no Hospital de Base foram prestados com o auxílio de 65 profissionais

A odontologia no Pronto-Socorro do Hospital de Base e do HRSM é voltada para pacientes em estado grave e com comprometimento dos ossos da face e da cavidade bucal, que precisam de intervenção de emergência ou urgência | Foto: divulgação Iges/DF

Com a marca de 27.466 atendimentos odontológicos, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) comemora neste sábado (20) o Dia Mundial da Saúde Bucal. O número foi alcançado de 1º de janeiro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021.

Os serviços são prestados no Hospital de Base (HB) e no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrados pelo Iges-DF, por 65 profissionais da área, ao todo.

Somente no ambulatório das unidades foram contabilizados 17.964 atendimentos (5.050 no HB e 12.914 no HRSM). Já no Pronto-Socorro Bucomaxilo, o total foi de 3.134 atendimentos (379 no HRSM e 2.755 no HB), além de 6.098 procedimentos no Pronto-Socorro Odontológico de Santa Maria. Nas cirurgias de alta complexidade, o Hospital de Base fez 270 cirurgias de urgência e eletivas.

“A falta de atendimento de pacientes graves pode gerar consequências irreversíveis, como a evolução de determinadas patologias e infecções”chefe de odontologia do HB, Ricardo de Pádua

Apesar dos desafios contínuos com a pandemia do coronavírus, os auxílios odontológicos não podem parar. É o que afirma o chefe de odontologia do HB, Ricardo de Pádua. “A falta de atendimento de pacientes graves pode gerar consequências irreversíveis, como a evolução de determinadas patologias e infecções”, explica Pádua.

Fluxo de atendimento

A odontologia no Pronto-Socorro do Hospital de Base e do HRSM é voltada para pacientes em estado grave e com comprometimento dos ossos da face e da cavidade bucal, que precisam de intervenção de emergência ou urgência.

O atendimento é feito pela cirurgia bucomaxilofacial, especialidade que trata dos traumas/fraturas, patologias ou tumores benignos, infecções na face e cavidade bucal. “Trata também de deformidades da face”, explica a dentista Thais Turatti.

Para o tratamento de deformidades faciais é demandado mais tempo, segundo a profissional. “O paciente é recebido e preparado pela Ortodontia, para alinhamento dos dentes por meio de aparelho. Só depois que pode fazer a cirurgia ortognática, para corrigir deformidades”, diz.

Além disso, internados no HB e no HRSM contam com a Odontologia Hospitalar e Intensiva, que atua no tratamento dos focos de infecção ou dor e permite ao paciente estabilizar doenças sistêmicas como hipertensão e hiperglicemia.

Na UTI os cirurgiões-dentistas intensivistas têm papel fundamental na remoção dos focos de infecção, no monitoramento da saúde bucal e na retirada do biofilme da placa bacteriana da cavidade da boca. Essa atuação ajuda a evitar pneumonia por ventilação mecânica nos pacientes intubados, no esforço de que bactérias presentes na boca não alcancem os pulmões. “Quando evitamos essa contaminação, o tempo de permanência do paciente na UTI é menor”, explica o dentista Túlio de Lucena.

Exclusivo do HRSM, o Iges também conta com um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), onde são atendidos pacientes em tratamento na atenção básica que necessitam de procedimentos das seguintes especialidades:

● Endodontia (tratamento de canal);
● Periodontia (trata as doenças gengivais);
● Cirurgia bucomaxilofacial (tratamento dos casos mais complexos de tumores benignos, remoção de dentes inclusos);
● Estomatologia (atua no diagnóstico de lesões da cavidade bucal e prevenção do câncer de boca);
● Disfunção temporomandibular (trata os problemas das articulações da mandíbula);
● Atendimento PCD (atendimento à pessoa com deficiência que não consegue ser tratada no ambulatório, sendo o HRSM a maior referência no Distrito Federal para esse perfil).

Já o Serviço de Radiologia Odontológica do HRSM presta assistência ao hospital, bem como a toda a Região Sul, com exames de imagem e laudos que permitem identificar afecções e agravos do complexo dento-maxilo-facial.

Cuidado com a boca

Há 40 anos, Anaíde Dalva de Medeiros entende a importância do cuidado com a boca. Isso porque ela faz acompanhamentos periódicos ao longo de todo esse período, para tratar das sequelas de um deslocamento na mandíbula, causado em um acidente de carro. A história teve início quando a mulher tinha 24 anos e morava na Paraíba. “Sofri um acidente de automóvel, e, após a colisão, o pneu de suporte saiu e acabou atingindo a minha nuca”, relembra.

Depois de 10 anos da reparação da mandíbula, já em Brasília, Anaíde começou a sentir dores muito fortes e a não conseguir abrir direito a boca. No Hospital de Base, em 1991, ela descobriu uma disfunção temporomandibular, doença chamada de ATM, e lá recebeu o tratamento necessário. O mesmo problema, porém, retornou no ano passado, e ela precisou voltar ao hospital.

“Cheguei ao Base com apenas 20% de abertura da boca e com fortes dores. Já não conseguia mais segurar alimentos na boca, de tão fraca que ela estava”, relata a paciente.

Após a cirurgia, em 2020, Anaíde continuou sendo acompanhada pela equipe de odontologia do HB, que ofereceu sessões a laser para estimular e fortalecer o músculo da boca ao longo de um ano. Esse cuidado é visto como uma forma de carinho e zelo, segundo a paciente. “Eles estão sempre avaliando minha evolução e acompanhando meu estado de saúde. Sou muito grata por essa atenção”, agradece.

Emergência nas UPAs

Para auxiliar nos atendimentos odontológicos, o Iges conta com o suporte das unidades de pronto atendimento (UPAs) de Ceilândia, São Sebastião e Sobradinho, exclusivamente para atendimentos de emergência.  De 1º de janeiro a 28 de fevereiro deste ano, foram prestados cerca de 3 mil atendimentos de emergência.

“São procedimentos que precisam ser resolvidos na hora, como drenagem de abscesso, extração de dente e aplicação de medicações”, explica a gerente da UPA de São Sebastião, Úrsula Naiara. Depois, os pacientes podem ser encaminhados para atendimento em uma unidade de saúde para o tratamento adequado.

*Com informações do Iges/DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

GDF e governo de Goiás unem esforços para combater a dengue

 


Servidores do DF estão ajudando no levantamento epidemiológico da região goiana para planejar ações em conjunto

O último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde no dia 12 de março, aponta que foram confirmados 21 casos de dengue com sinais de alarme no DF | Foto: arquivo Agência Brasília

Mesmo com o controle de casos de dengue no Distrito Federal, o GDF permanece em alerta para evitar a disseminação das arboviroses, doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. O último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde no dia 12 de março, aponta que foram confirmados 21 casos de dengue com sinais de alarme no DF esse ano, mas sem óbitos registrados.

Assim, o foco das ações do governo passou a ser o combate à infestação do mosquito Aedes aegypti nos municípios goianos vizinhos ao DF. “Se não ajudarmos a conter a transmissão no Entorno, a doença de lá cai toda aqui”, afirma o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero Martins.

“Os casos de dengue no DF caíram mais de 70%. Em contrapartida, a gente está tendo uma ascensão muito grande do Aedes aegypti em Goiás. Por isso, começamos a fazer os levantamentos e vamos ajudar o pessoal do entorno a conter a evolução do mosquito”subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero Martins

“Os casos de dengue no DF caíram mais de 70%. Em contrapartida, a gente está tendo uma ascensão muito grande do Aedes aegypti em Goiás. Por isso, começamos a fazer os levantamentos e vamos ajudar o pessoal do entorno a conter a evolução do mosquito”, explica. Segundo ele, Novo Gama, por exemplo, é separado por apenas uma rua de Santa Maria. “E, infelizmente, o mosquito não lê placa”, diz.

Por enquanto, o foco das ações são os municípios do Entorno Sul: Cristalina, Luziânia, Cidade Ocidental, Novo Gama, Valparaíso, Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas, Agentes de saúde do DF participam de reuniões técnicas com os servidores dos municípios goianos para auxiliá-los a fazer o correto levantamento de dados sobre a infestação do mosquito.

“Orientamos e executamos algumas ações. As equipes do DF são extremamente qualificadas e o DF tem muito mais estrutura e insumos do que a maioria dos municípios do entorno”, ressalta o subsecretário.

Infestação

A atuação conjunta do DF e de Goiás acontece desde fevereiro deste ano, quando foi publicada uma resolução no Diário Oficial do DF prevendo a união dos governos no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti | Foto: Breno Esaki / SES

Uma das taxas importantes a ser acompanhada é o índice de infestação predial dos imóveis vistoriados, que deve ser de no máximo 3%. Ou seja, a cada 100 casas visitadas, apenas 3 delas devem ter focos do mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

“Diminuir a população do mosquito para menos de 3%, significa dizer que os mosquitos que sobraram não *têm* número suficiente para abrir um processo de transmissão”, afirma Divino Martins.

Os municípios onde esse índice estiver subindo vão receber intervenções, como o fumacê, uma análise epidemiológica mais detalhada ou um exame laboratorial. As equipes estão fazendo o planejamento estratégico com ações previstas para o mês que vem.

Já foram realizados encontros com os técnicos de Valparaíso, Luziânia, Novo Gama e, na semana que vem, será realizada com servidores de Cidade Ocidental. As reuniões são acompanhadas pela superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Goiás, Flúvia Pereira Amorim da Silva.

A atuação conjunta do DF e de Goiás acontece desde fevereiro deste ano, quando foi publicada uma resolução no Diário Oficial do DF prevendo a união dos governos no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti.

O secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana, Manoel Gervásio, um dos objetivos da parceria é levar experiências positivas do DF para os municípios do entorno, como a sala de situação.

“Desde o ano passado, o GDF reúne vários órgãos do governo para monitorar a situação da dengue no DF e, graças a esse trabalho preventivo, os dados tiveram essa queda. Agora a sala de situação é interestadual e vamos levar essa experiência bem sucedida para Goiás”, afirma. “Não adianta fazer esse trabalho só aqui, o mosquito está circulando, até pela proximidade das fronteiras”, ressalta.

 AGÊNCIA BRASÍLIA