sexta-feira, 19 de março de 2021

Em Ceilândia, quase 400 imunizados, de 72 e 73 anos, em ação da Sejus

 


Sua Vida Vale Muito Vacinação chega a 5º edição na RA com um total de 1309 aplicações. O programa tem parceria com a Secretaria de Saúde.

Em um ambiente arejado e protegido, os idosos de Ceilândia foram vacinados em dois dias na ação da Sejus em parceria com a Saúde | Foto: Jhonatan Vieira/Sejus

Com foco na imunização de idosos de 72 e 73 anos, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), levou a quinta edição da ação Sua Vida Vale Muito Vacinação para a Praça dos Direitos, na QNN 13, em Ceilândia. A vacinação aconteceu durante dois dias, na quinta-feira, (18) e nesta sexta-feira (19), das 9h às 17h.

Reforçando a atenção que o momento atual exige, a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, enfatizou que a união do GDF faz toda diferença no enfrentamento à covid-19. “A cada pessoa imunizada, vamos avançando no combate ao coronavírus. As medidas tomadas pelo GDF são necessárias e o governador Ibaneis Rocha tem mostrado isso ampliando a vacinação dos idosos de forma célere. A Secretaria de Justiça e Cidadania está à disposição para trabalhar onde for necessário”.

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, elogiou o processo de vacinação pelo Programa Sua Vida Vale Muito. “Essa parceria tem dado certo e está sendo mantida porque tem trazido bons resultados para a vacinação desse público idoso, que precisa ser imunizado o quanto mais cedo possível”.

São momentos importantes assim que servem para salvar vidas”Júnia Canto de Macedo, 73 anos

Dona Francisca Alves de Campos, de 72 anos, foi imunizada. Ao lado da filha, a professora Daguimar Rodrigues Almeida, 49 anos, ela relatou o que vivenciou desde o início da pandemia. “Ficamos isoladas, tomamos todos os cuidados e evitamos ver até o noticiário. Meu psicológico não estava bem, causou ansiedade, era difícil ver o sofrimento das pessoas. Então, esse momento representa uma alegria imensa . A vacina vem para prolongar nossa vida”.

Quem também garantiu a vacina foi a senhora Júnia Angélica Neto Canto de Macedo, de 73 anos. “Após um período de apreensão, ansiedade, sem saber o que iria acontecer no dia de amanhã, finalmente chegou minha vez. São momentos importantes assim que servem para salvar vidas”, relatou feliz.

O tempo médio de espera da população prioritária para receber a primeira dose do imunizante foi de menos de meia hora. Trinta servidores da Sejus e 31 voluntários, entre profissionais e estudantes de medicina e enfermagem de instituições de ensino de Brasília, cadastrados no site do voluntariado, foram responsáveis por cuidar da logística e da recepção dos idosos. A Caesb foi parceira fornecendo água mineral ao público.

Não foi necessário agendamento para participar da ação itinerante, porém, foi preciso apresentar documento de identificação com foto.

*Com informações da Sejus

AGÊNCIA BRASÍLIA

Nota Legal faz sorteio de 12,6 mil bilhetes em 25 de maio

 


Com regras gerais publicadas no DODF desta sexta-feira, o primeiro sorteio de 2021 vai pagar prêmios entre R$ 100 até R$ 500 mil

Podem participar do sorteio os contribuintes inscritos no Nota Legal que não possuem débitos com o GDF | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O primeiro sorteio de 2021 do Programa Nota Legal da Secretaria de Economia (Seec) será realizado em 25 de maio. As regras gerais para concorrer aos prêmios foram publicadas em Instrução Normativa no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (19).

Ao todo, serão 12,6 mil bilhetes premiados com valores que vão de R$ 100 a R$ 500 mil. Aqueles contribuintes que optarem por não concorrer à premiação devem solicitar o cancelamento até o dia 31 deste mês, na área restrita do site Nota Legal.

Relação de contribuintes aptos a participarem do sorteio está disponível no site do Nota Legal até 5 de abril

De acordo com a instrução normativa, estão aptos a disputarem os prêmios os contribuintes inscritos no Nota Legal que não possuem débitos com o GDF. O limite é de 200 notas fiscais por mês, por participante. Serão considerados os documentos emitidos entre 1º de maio e 31 de outubro de 2020.

A relação dos contribuintes aptos a participarem do sorteio estará disponível no site do Programa Nota Legal até 5 de abril. Caso o contribuinte deseje contestar a sua não habilitação, terá até 12 de abril para abrir uma reclamação no site da Receita do GDF nos campos “Assunto: Nota Legal” e “Tipo de Atendimento: contestação de não habilitação a sorteio”.

Bilhetes eletrônicos

As notas emitidas entre maio e outubro de 2020 são transformadas em bilhetes eletrônicos, validados pela Secretaria de Economia. A relação dos bilhetes por consumidor poderá ser consultada na área restrita do site Nota Legal, após a publicação do arquivo no DODF.

Os prêmios do primeiro sorteio do Nota Legal de 2021 serão divididos da seguinte forma:

  • 1 prêmio de R$ 500 mil;
  • 2 prêmios de R$ 200 mil;
  • 3 prêmios de R$ 100 mil;
  • 4 prêmios de R$ 50 mil;
  • 10 prêmios de R$ 10 mil;
  • 30 prêmios de R$ 5 mil;
  • 50 prêmios de R$ 1 mil;
  • 500 prêmios de R$ 200;
  • 12 mil prêmios de R$ 100.

Após o sorteio, os premiados devem ficar atentos ao prazo de indicação da conta bancária para recebimento dos valores em dinheiro. Essa indicação é feita na área restrita do site do programa e deve ser postada até 21 de novembro deste ano. Caso o número da conta não seja fornecido, o valor do prêmio retorna para a conta única do Tesouro.

Sorteio em 2020

Em 2020, a Seec promoveu o sorteio do Nota Legal em 27 de outubro. Na ocasião, o maior prêmio, de R$ 500 mil, saiu para uma compra de R$ 213,80 feita em um pet shop da Asa Norte por um consumidor do Lago Norte.  Os dois prêmios de R$ 200 mil foram para consumidores do Riacho Fundo e de Taguatinga.

*Com informações da Secretaria de Economia


AGÊNCIA BRASÍLIA

Novos profissionais de saúde serão vacinados na próxima semana

 


Aplicação de imunizante nesses beneficiários será feita exclusivamente por meio de agendamento no site da Secretaria de Saúde

Serão atendidos os que atuam em consultórios, clínicas, laboratórios, farmácias, funerárias e no IML / Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF
“É uma determinação do governador Ibaneis Rocha porque esses profissionais continuam trabalhando e estão expostos, no dia a dia, ao novo coronavírus”Osnei Okumoto, secretário de Saúde

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal começa a vacinar, a partir da próxima semana, os profissionais que trabalham em consultórios, clínicas, laboratórios, farmácias, funerárias e no Instituto Médico Legal.

Será levado em conta, nesta primeira etapa, os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, odontólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biomédicos, farmacêuticos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, médicos veterinários e seus respectivos técnicos).

Para esses profissionais, a vacinação será exclusivamente por meio de agendamento pelo site vacina.saude.df.gov.br. Também ocorrerá de forma gradativa, levando em consideração o quantitativo de vacinas fornecidas pelo Ministério da Saúde semanalmente à Secretaria de Saúde, afirmou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto.

De acordo com o dirigente da pasta, o atendimento desses profissionais partiu da exposição a que eles ficam sujeitas por causa de suas atividades. “É uma determinação do governador Ibaneis Rocha porque esses profissionais continuam trabalhando e estão expostos, no dia a dia, ao novo coronavírus”.

*Com informações da Secretaria de Saúde 


AGÊNCIA BRASÍLIA

Saque do DF Sem Miséria liberado para 69.539 famílias

 


Também foi creditado o pagamento da Bolsa Alfa no valor total de R$ 960 para 32 beneficiários

Está liberado, a partir desta sexta-feira (19), o saque do benefício para as famílias assistidas pelo DF Sem Miséria. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), responsável pela gestão do programa, o valor total da folha de pagamento de março ficou em R$ 9.335.340, beneficiando 69.539 famílias em situação de vulnerabilidade social do Distrito Federal.

O DF tem, atualmente, 165.043 famílias no Cadastro Único. Desse total, 83.344 recebem o Bolsa Família, do governo federal, e 69.589 também têm direito ao DF Sem Miséria. O auxílio do Governo do Distrito Federal (GDF) é um adicional ao programa federal. Foi criado para adequar os valores recebidos ao custo de vida no DF.

“É uma forma de dar mais autonomia e ampliar as oportunidades para essas famílias saírem da extrema pobreza”Mayara Noronha Rocha, primeira-dama do Distrito Federal

Bolsa Alfa

Nesta sexta-feira, também foi liberado o pagamento da Bolsa Alfa, uma complementação de R$ 30 para beneficiários maiores de 18 anos, inscritos no Bolsa Família, e que estejam em processo de alfabetização na rede pública do DF, na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Foram pagos, no total, R$ 960 para 32 famílias beneficiárias do Bolsa Família.

Bolsa Alfa é uma forma de incentivar a alfabetização e a retomada dos estudos para adultos que não tiveram a oportunidade de frequentar à escola. “São dois programas que complementam a renda das pessoas em situação de vulnerabilidade social que vivem no DF. É uma forma de dar mais autonomia e ampliar as oportunidades para essas famílias saírem da extrema pobreza. No caso da Bolsa Alfa, é também um estímulo para inserir esses adultos no mercado de trabalho”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.

DF Sem Miséria

Têm direito ao DF sem Miséria as famílias residentes no DF, inscritas no Cadastro Único, que, após o receber os benefícios de transferência de renda, apresentarem renda per capita inferior a R$ 140.
Os valores suplementados podem variar de R$ 20 a R$ 960, conforme composição e renda de cada família, até que a renda familiar, somada aos valores recebidos pelo Bolsa Família, alcance os R$ 140 per capita.

A continuidade do programa DF Sem Miséria, mesmo durante o período de enfrentamento da pandemia da covid-19, está garantida pelo Decreto Nº 10.316, de 7 de abril de 2020.

*Com informações da Sedes


AGÊNCIA BRASÍLIA

“Como será Brasília aos 100 anos?” inscreve até domingo

 


Com fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, #BSB 2060 vai premiar 175 criadores com R$ 1.200

Como será Brasília aos 100 anos de idade? A pergunta é mote do projeto “#BSB 2060 – O Futuro é Agora” e provoca os artistas do Distrito Federal a pensar a capital centenária a partir de temas como equidade, educação, acessibilidade e igualdade social, criando assim uma agenda positiva em torno do 61° aniversário de Brasília.

As inscrições no edital estão abertas até 21 de março e o resultado será divulgado no dia do aniversário de Brasília, 21 de abril.

O projeto é um Termo de Fomento executado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa, com recursos de R$ 500 mil, gerando 27 empregos diretos e 350 indiretos. Ao todo, 175 propostas serão selecionadas e cada uma vai receber um cachê de R$ 1.200,00.

“Esse é um Termo de Fomento que impacta a cadeia criativa da cultura porque gera de imediato renda para a classe artística”, observa o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

“Do montante do projeto, 42% do recurso é destinado a auxiliar artistas e criadores do DF cujos trabalhos sofreram impacto ante a crise da covid-19”, completa Daniela Diniz, coordenadora do projeto executado pela Associação Traços de Cultura e Comunicação.

Objetivos sustentáveis

Baseadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, as propostas devem ser inéditas. Caso sejam selecionadas, serão hospedadas na plataforma virtual bsb2060.com, uma grande galeria que aceita múltiplos formatos de obras e contribuições.

Subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, Sol Montes, trabalha para que os Termos de Fomento executados pela Secec sejam uma frente de geração de empregos e renda para os trabalhadores e as trabalhadoras da cadeia de economia criativa do DF.

“Esse é o olhar que movimenta a Secec. Em 2020, injetamos R$ 18 milhões no setor só com Termos de Fomento. Neste ano, pretendemos superar esse montante, mostrando para a sociedade onde estão sendo investidos os recursos públicos e quais os impactos sociais desses investimentos, principalmente, nas regiões administrativas de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, aponta Sol.

TRÊS PERGUNTAS/DANIELA DINIZ

Qual a importância desse Termo de Fomento para o Distrito Federal?

#BSB2060 é realizado por meio do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC) e executado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF. Esse recurso é de fundamental importância, uma vez que a proposta do #BSB2060 tem objetivos alinhados a políticas públicas emergenciais e de fomento e à idealização de projetos por parte da comunidade cultural. Temos muita convicção do papel da sociedade civil na implementação e monitoramento dessas políticas públicas para a cultura, sobretudo, em momentos como esse em que estamos vivendo. Os projetos realizados pela Associação Traços de Cultura e Comunicação nos mostram resultados significativos nessa linha, à exemplo da Revista Traços.

É possível prever o impacto cultural e social do projeto?

Para além de gerar oportunidades de atuação e criação da cadeia produtiva da cultura, que se encontra há mais de um ano com trabalhos comprometidos devido à pandemia, o projeto se propõe a impactar o imaginário coletivo da cidade e a defender as utopias de uma Brasília menos desigual. Queremos que os artistas envolvidos suspendam o tempo e imaginem como seria a nossa Brasília em 2060. Nesse debate futurista, passa também um pensamento de integração entre as regiões da cidade e como o DF vai lidar com a exclusão crescente.

Como será o alcance do projeto?

O projeto estima inscrições de todas as RAs, adensando uma base de dados de criadores da cidade que nem sempre estão mapeados pelas métricas oficiais. É fundamental para nós que tenhamos representações da maior quantidade possível de RAs do DF, pois pensar em um tecido social tão complexo como o do DF implica ouvir, assim, as mais distintas vozes que emanam do nosso território. Em nosso Repositório de Sonhos, já aberto no site bsb2060.com, coletamos a opinião do público. Queremos saber o que se espera pra daqui a 40 anos, não só dos artistas, mas também da população.

Serviço – #BSB2060
Inscrições para o chamamento público até 21/3

Redes sociais
Instagram.com/bsb_2060
Twitter.com/bsb_2060
Tiktok: @bsb2060

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa


AGÊNCIA BRASÍLIA

Marquinhos: “Não estou velho. Mas Brasil precisa de renovação”

 


Ala do Flamengo, de 36 anos, busca última Olimpíada pela seleção

Publicado em 19/03/2021 - 08:00 Por Igor Santos - Repórter da TV Brasil - Rio de Janeiro

O ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro, recebe nesta sexta (19) e sábado (20) o Fim de Semana das Estrelas do NBB, evento que reúne os principais nomes da liga. Um deles é Marquinhos, ala do Flamengo, três vezes vencedor do prêmio de jogador mais valioso (MVP) do campeonato mais importante do basquete nacional, que ele venceu em cinco oportunidades. Nesta semana, Marquinhos conversou com o programa Stadium, da TV Brasil. Na entrevista, o jogador falou sobre diversos temas, inclusive o futuro da seleção brasileira. Para ele, a necessidade de renovação bate à porta.

Marquinhos teve o novo coronavírus (covid-19) no fim de 2020, mas defendeu os protocolos adotados pela LNB, liga que administra o NBB, que tem concentrado as partidas em um número restrito de sedes. Também falou sobre as expectativas com o Flamengo, atual líder da competição, além de estar invicto na Champions League Américas, o torneio continental da América do Sul. O jogador ainda tem planos de defender a seleção brasileira, pelo menos até a possível disputa dos Jogos de Tóquio. Para isso, o Brasil precisa vencer o Pré-Olímpico que acontece entre o fim de junho e o começo de julho em Split (Croácia).

No presente, ele pretende sair vencedor no Jogo das Estrelas, no próximo sábado (20). O evento terá um formato diferente: serão quatro equipes, cada uma com um capitão. Marquinhos é o líder de uma delas, formada apenas por atletas brasileiros. Alex, do Bauru, é o capitão de outro time, também apenas com jogadores conterrâneos. O americano Shamell, do São Paulo, é o capitão do Time Mundo, enquanto seu companheiro de equipe Georginho lidera a equipe Novas Estrelas, apenas com jovens de menos de 25 anos de idade. Os dois primeiros combinados se enfrentam no primeiro quarto da partida. No segundo quarto, se enfrentam os dois seguintes. Os perdedores disputam o terceiro lugar no terceiro quarto e os vencedores entram em quadra para o quarto final, valendo a vitória e a chance de destinar 70% dos valores arrecadados para uma instituição escolhida pelo capitão do time campeão. As instituições são: Creche Maria Ribeiro, em Bauru (SP), do Time Brabo (Alex), Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro (RJ), do Time Marquinhos, Hospital Infantil Darcy Vargas, em São Paulo (SP), do Time Shamell, e Hospital Santa Marcelina, em São Paulo (SP), do Time Georginho.

Marquinhos, flamengo, basquete
Marquinhos participará do Fim de Semana das Estrelas do NBB - João Pires/LNB/Direitos Reservados.

Stadium: Qual a importância de haver essa contribuição humanitária no Jogo das Estrelas?
Marquinhos: Estou feliz de participar do evento e, através dele, poder ajudar outras pessoas necessitadas, que é o nosso objetivo. É um jogo com caráter bem legal de poder contribuir para ajudar essas pessoas que estão hospitalizadas e não têm recursos. Durante o jogo, vamos tentar fazer uma grande partida para quem estiver assistindo e assim poder levar um pouco de felicidade nesse momento tão difícil.

Stadium: Você acredita que o novo formato dará mais emoção à partida principal?
Marquinhos: Assim ficou mais competitivo do que nos anos anteriores. Claro que, antes, podíamos dar mais show, com muitas bolas de três. Por outro lado, agora teremos a possibilidade de, mesmo jogando no máximo dois quartos, termos um objetivo. Pensamos em vencer a partida para poder ter a chance de disputar o último quarto e, assim, levar a vitória para a instituição que estamos representando. Assim, dá para manter a competitividade que estamos acostumados a ver no basquete.

Stadium: Como tem visto a temporada 2020/2021, tanto do clube quanto na sua performance individual?
Marquinhos: Acredito que estamos conseguindo administrar bem no NBB. Faltaram alguns jogadores em algumas partidas, ou por lesão, ou por covid, como foi meu caso. Tive uma primeira parte do campeonato muito abaixo do que podia render, mas, a partir do momento que começou o segundo turno e ganhamos o Super 8, cresci de produção. Desde então, venho fazendo uma segunda parte muito boa, liderando o time, colocando os companheiros em condições de converter arremessos. Defensivamente, melhorei bastante também. Vejo o Flamengo num momento muito bom.

Stadium: Aos 36 anos, vencedor de vários títulos e também premiações individuais na carreira, como você trabalha para se motivar?
Marquinhos: Quando isso não estiver mais motivando e não houver mais aquela vontade de levantar todo dia querendo treinar e melhorar, o atleta tem que buscar outro caminho. Parar, fazer outra coisa na vida. No meu caso, a motivação é diária. Temos um time competitivo e isso me motiva. Ainda não tenho um dos troféus que estamos disputando, o da Champions League, então venho treinando forte para levantar esse caneco. Sei a sensação que dá quando conseguimos ganhar um campeonato como esse e assim disputar o Mundial Interclubes.

Stadium: Essa motivação também inclui planos com a seleção?
Marquinhos: Sim, inclusive essa semana tive um bate-papo legal com o [Aleksandar] Petrovic [técnico croata da seleção brasileira masculina de basquete]. Ele perguntou qual seria meu interesse. Disse que sempre vou deixar as portas da seleção abertas. É claro que, como já estou numa idade um pouco avançada para a seleção brasileira, acho que tem que ter uma renovação. Petrovic me disse que conta comigo ainda, e que posso ajudar bastante. Não sei qual seria a minha função. Titular, vindo do banco, capitão, mas minha ideia é ajudar o time. O Brasil precisa vencer esse Pré-Olímpico para poder se classificar para a Olimpíada de Tóquio. Se conseguirmos, terei a oportunidade de jogar, talvez, a minha última Olimpíada.

Stadium: Você falou em idade avançada. Consegue se ver fazendo isso por quanto tempo ainda?
Marquinhos: Acho que o nível mundial é muito forte. Há grandes jogadores. Nesse sentido, precisa haver uma renovação. Por isso que falo que pode ser minha última Olimpíada, porque o Brasil precisa de novos jogadores. Georginho, Lucas Mariano, Lucas Dias. Precisa disso para estar sempre crescendo. Não me sinto muito velho, mas acho que, quando o assunto é essa lacuna seleção, cada um tem seu limite. Desejo passar mais tempo com minha família. Muita gente não sabe, mas o período de servir à seleção costuma bater com as férias do clube. Então, se você vai defender o Brasil você não tem férias do clube. Venho de inúmeras temporadas deixando de viajar com as minhas filhas, ter um tempo com a minha esposa, sabe? Está na hora de chegar e pensar um pouco menos nesse lado seleção e mais no lado Marquinhos, e essa renovação vai ser natural. Se falarem, ah, ele está velho. Não, não estou velho. Só me sinto na posição de deixar esse espaço aberto para outros jogadores.

Stadium: Após contrair covid-19, como você avalia as medidas tomadas para a realização da temporada do NBB, com jogos nas chamadas bolhas?
Marquinhos: Essa é uma questão muito particular e que envolve muito debate. Debato aqui em casa com minha esposa, no clube com meus amigos. No basquete nacional, muitos jogadores sustentam famílias inteiras. Acho que, dentro dessa realidade, o NBB fez um sistema o mais seguro possível. Alguns contraíram o vírus, como foi meu caso e de outros. Mas me sinto seguro sim. Na maioria das vezes, vamos para um hotel, ficamos lá e não saímos para nada. É do hotel para o jogo e do jogo para o hotel. No máximo, tem o retorno para casa. Voltamos muitas vezes em viagens de ônibus, e poucas vezes de avião. Então, considerando tudo que pode ser feito, podemos nos sentir seguros para continuar na nossa profissão.

Edição: Fábio Lisboa


Por Igor Santos - Repórter da TV Brasil - Rio de Janeiro