quinta-feira, 18 de março de 2021

Covid-19: Confederação de Atletismo suspende torneios em abril

 


Entidade havia acabado de dar início ao calendário nacional de 2021

Publicado em 18/03/2021 - 13:34 Por Lincoln Chaves - Repórter da Rádio Nacional e da TV Brasil - São Paulo

As edições 2021 da Copa Brasil de Fundo e Meio-Fundo e a Copa Brasil de Provas Combinadas foram adiadas. Inicialmente marcadas para os dias 10 e 11 de abril, no Centro Nacional de Desenvolvimento de Atletismo (CNDA), em Bragança Paulista (SP), elas "serão remarcadas oportunamente para novas datas e sedes", segundo a nota da Confederação Brasileira da modalidade (CBAt) divulgada nesta quinta-feira (18). A alteração se deve à evolução da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Conforme a CBAt, a decisão do Conselho de Administração da entidade, tomada durante reunião virtual na última quarta-feira (17), foi unânime. De acordo com dados apresentados pelo Ministério da Saúde na noite de quarta, 2.648 pessoas faleceram no país por decorrência do vírus em 24 horas. No mesmo período, 90.303 novos casos da doença foram confirmados. Ao todo, são 284.775 mil mortes por covid-19 e 11.693.838 registros de contaminação pelo coronavírus no Brasil.

No estado de São Paulo, onde fica o CNDA, foi adotada na última segunda-feira (15) uma fase emergencial, com restrição, inclusive, a atividades esportivas coletivas. O governo paulista informou que a taxa de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) no território estadual iniciou a semana em 90,5%.

O calendário nacional do atletismo foi aberto no último domingo (14) com a Copa Brasil de Marcha Atlética, realizada em um circuito de um quilômetro montado no estacionamento do Bragança Garden Shopping, em Bragança Paulista. Já classificado para a Olimpíada de Tóquio (Japão), Caio Bonfim sagrou-se campeão nos 20 quilômetros entre os homens. Nos 50 quilômetros, Max Batista dos Santos levou a melhor. No feminino, Viviane Santana Lyra (20 quilômetros) e Paula Raissa Paz (50 quilômetros) foram as vencedoras.

Edição: Carol Jardim



Por Lincoln Chaves - Repórter da Rádio Nacional e da TV Brasil - São Paulo

Duplas de Soares e Demoliner buscam vaga nas semifinais em Acapulco

 


Brasileiros, inclusive, podem se enfrentar se vencerem nesta quinta

Publicado em 18/03/2021 - 13:05 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Os dois representantes do tênis brasileiro na chave de duplas do ATP 500 de Acapulco (México), Bruno Soares e Marcelo Demoliner, estarão em quadra na noite desta quinta-feira (18) para brigar por vaga nas semifinais da competição. Eles, inclusive, podem se enfrentar caso suas parcerias vençam logo mais as partidas das quartas de final.

O primeiro a jogar será Bruno Soares, numero quatro quatro no ranking de duplas da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). O mineiro e o britânico Jamie Murray (19º) terão pela frente os irmãos Neal (27º) e Ken Skupski (62º) ambos também do Reino Unido. A partida será a segunda da quadra Grandstand Caliente.Mx, cuja rodada desta quinta começa às 21h (horário de Brasília). Campeões em 2017 e 2018, Soares e Murray buscam o terceiro título no México.

Na sequência, não antes das 23h40, o gaúcho Marcelo Demoliner (46º) e o mexicano Santiago Gonzalez (47º) entram em quadra para enfrentarem o britânico Joe Salisbury (12º) e o norte-americano Rajeev Ram (14º). Na última quarta (17), pelas oitavas de final, a parceria Brasil-México superou o neozelandês Artem Sitak (87º) e o alemão Dominik Koepfer (71º no ranking de simples e 215º nas duplas) por 2 sets a 1, com parciais de 7/5, 4/6 e 10/8 no match tie-break.

Demoliner e Gonzalez, a princípio, estreariam contra os canadenses Felix Auger-Aliassime (18º em simples, 90º nas duplas) e Milos Raonic (19º em simples, 406º nas duplas), mas Raonic desistiu de jogar após ser eliminado do torneio individual. Com isso, a organização convidou a parceria entre Koepfer - justamente quem superou o canadense - e Sitak, que foi derrotada na última rodada da fase classificatória para a chave principal de duplas.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues



Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Olimpíada: chefe de criação renuncia após comentário depreciativo

 


Sasaki usou a expressão "Olimporca" ao se referir à artista Watanabe

Publicado em 18/03/2021 - 11:17 Por Chris Gallagher e Ju-min Park - Tóquio (Japão)

Reuters

 O chefe de criação da Olimpíada de Tóquio, Hiroshi Sasaki, anunciou sua renúncia ao cargo depois de ter feito um comentário depreciativo sobre uma artista japonesa popular, a polêmica mais recente sobre comentários insensíveis sobre mulheres a atingir os organizadores do evento.

Faltando somente quatro meses para o início da Olimpíada, a saída do diretor-chefe das cerimônias de abertura e encerramento é mais um revés para os Jogos de 2020, que foram adiados por um ano devido à pandemia de covid-19.

O contratempo vem na esteira da renúncia de Yoshiro Mori da presidência do comitê organizador no mês passado depois de comentários sexistas que provocaram revolta.

Sasaki contou ter dito a um grupo de planejamento em uma conversa virtual que Naomi Watanabe poderia desempenhar um papel como "Olimporca".

"Houve uma expressão muito inadequada em minhas ideias e comentários", disse Sasaki em um comunicado emitido pelos organizadores dos Jogos nesta quinta-feira. "Peço desculpas sinceras a ela e às pessoas que se sentiram constrangidas por tais conteúdos."

A renúncia de Sasaki veio rapidamente depois que a revista semanal Shukan Bunshun noticiou ontem (17) seus comentários, o que provocou ondas de choque no Japão.

Watanabe expressou "surpresa" com os comentários.

"Na verdade, estou feliz com o formato do meu corpo", disse ela em um comunicado publicado no site de sua agência.

"Mas, como ser humano, espero sinceramente que o mundo se torne um lugar divertido e próspero onde possamos respeitar e reconhecer a individualidade e a maneira de pensar de cada indivíduo", acrescentou.


Por Chris Gallagher e Ju-min Park - Tóquio (Japão)

Reuters

Federação suspende rodada do Paulista e adia decisão de ir à Justiça

 


Estado vive fase emergencial por alta de casos e mortes por covid-19

Publicado em 18/03/2021 - 15:22 Por Lincoln Chaves - Repórter da Rádio Nacional e da TV Brasil - São Paulo

A quinta rodada do Campeonato Paulista, prevista para o fim de semana, está adiada. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (18) pela Federação Paulista de Futebol (FPF) em nota divulgada após uma reunião virtual da entidade com representantes dos clubes da Série A1 (primeira divisão) e dos sindicatos dos Atletas, dos Árbitros e dos Treinadores.

São Paulo está na Fase Emergencial no combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19) desde a última segunda-feira (15). Entre as restrições determinadas pelo governo paulista, atendendo a uma recomendação do Ministério Público Estadual, está a suspensão de eventos esportivos coletivos. A FPF contestou a decisão e se reuniu com o poder público e o MP, apresentando um protocolo sanitário mais rigoroso, mas não teve êxito na tentativa de manter a realização dos jogos durante os 15 dias de vigência da fase.

Na última terça-feira (16), federação e clubes informaram que não descartavam acionar a Justiça para garantir a manutenção do calendário, alegando "falta de argumentos científicos e médicos" que sustentem a paralisação. Segundo o comunicado desta quinta, porém, foi decidido "não ingressar neste momento com Mandado de Segurança".

A FPF vem tentando levar as partidas para fora de São Paulo e chegou a marcar o duelo entre São Bento e Palmeiras - que seria disputado na última quarta-feira (17) - para o estádio Independência, em Belo Horizonte. O governo mineiro, porém, proibiu a realização de eventos de outros locais e o embate foi suspenso. Conforme a nota, a FPF "permanece em contato com autoridades estaduais, municipais, federações e CBF [Confederação Brasileira de Futebol] para tentar viabilizar a realização dos jogos da próxima semana".

Nesta quinta-feira, a prefeitura da cidade de São Paulo confirmou a primeira morte de uma pessoa com covid-19 (um jovem de 22 anos, que tinha obesidade e apresentava desconforto respiratório) que não conseguiu ser atendida por falta de vagas em unidades de terapia intensiva (UTIs). Só na capital, de acordo com o secretario estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, 88% dos leitos estão ocupados. No estado, nove em cada dez vagas de UTI estão sendo utilizadas em decorrência da pandemia.

Edição: Carol Jardim



Por Lincoln Chaves - Repórter da Rádio Nacional e da TV Brasil - São Paulo

Governo lança nova versão de site para venda de imóveis da União

 


Objetivo é facilitar a busca e a aquisição de imóveis

Publicado em 18/03/2021 - 10:33 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O governo federal lançou uma nova versão de seu portal destinado à venda de imóveis da União. Entre as novidades estão funcionalidades que visam a facilitar a busca e a compra de apartamentos, casas, terrenos e prédios colocados à venda.

novo portal possibilita que os interessados se inscrevam para receber informações em newsletter, tendo por base o perfil de imóvel que desejam.

Por meio dele é possível fazer o download de toda a base de dados dos imóveis públicos federais, para apresentação da Proposta de Aquisição de Imóveis (PAI) – possibilidade regulamentada em outubro do ano passado, por meio da qual qualquer cidadão ou empresa pode apresentar uma proposta para compra de um imóvel federal.

“O direito de preferência é conferido ao cidadão que não tenha ofertado o maior lance pelo ativo, mas tenha apresentado PAI e providenciado a avaliação e homologação do laudo, dando direito à aquisição do imóvel em igualdade de condições com o vencedor do certame. A pessoa com preferência será convocada para participar da sessão pública e manifestar interesse em exercer ou não o direito de preferência, após definido o maior lance pela Comissão Permanente de Licitação”, informa o Ministério da Economia.

Atualmente o site oferece R$ 270,6 milhões em ativos, com preços variando entre R$ 303,8 mil e R$ 98 milhões.

Edição: Graça Adjuto



Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Índice que reajusta aluguel acumula inflação de 31,15% em 12 meses

 


Segunda prévia de março do IGP-M foi divulgada hoje pela FGV

Publicado em 18/03/2021 - 09:25 Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para o reajuste de contratos de aluguel, teve inflação de 2,98% na segunda prévia de março deste ano. A taxa ficou acima dos 2,29% observados na segunda prévia de fevereiro.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-M acumula taxa de 31,15% em 12 meses.

A alta de fevereiro para março foi puxada pelos preços no atacado, no varejo e na construção. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, subiu de 2,98% na prévia de fevereiro para 3,72% na prévia de março.

O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, passou de 0,29% para 0,89% no período. Já o Índice Nacional do Custo da Construção subiu de 1% para 1,31%.

Edição: Denise Griesinger


Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro


Nascidos em março podem atualizar dados no Caixa Tem

 


Procedimento pode ser feito totalmente pelo celular

Publicado em 18/03/2021 - 07:00 Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Às vésperas de retomar o pagamento do auxílio emergencial, a Caixa Econômica Federal convida os usuários do aplicativo Caixa Tem a atualizar os dados cadastrais no aplicativo. Clientes nascidos em março podem fazer o procedimento a partir de hoje (18).

A atualização é feita inteiramente pelo celular, bastando o usuário seguir as instruções do aplicativo, usado para movimentar as contas poupança digitais. Segundo a Caixa, o procedimento pretende trazer mais segurança para o recebimento de benefícios e prevenir fraudes.

Ao entrar no aplicativo, o usuário deve acessar a conversa “Atualize seu cadastro”. Em seguida, é necessário enviar uma foto (selfie) e os documentos pessoais (identidade, CPF e comprovante de endereço).

O calendário de atualização seguirá um cronograma escalonado, conforme o mês de nascimento dos clientes. O cronograma começou no domingo (14) para os nascidos em janeiro e encerrará em 31 de março, para os nascidos em dezembro.

Confira o cronograma completo abaixo:

Mês de nascimento

Data de atualização

Janeiro

14/3 (domingo)

Fevereiro

16/3 (terça)

Março

18/3 (quinta)

Abril

20/3 (sábado)

Maio

22/3 (segunda)

Junho

23/3 (terça)

Julho

24/3 (quarta)

Agosto

25/3 (quinta)

Setembro

26/3 (sexta)

Outubro

29/3 (segunda)

Novembro

30/3 (terça)

Dezembro

31/3 (quarta)

No ano passado, a Caixa abriu mais de 105 milhões de contas poupança digitais, das quais 35 milhões para brasileiros que nunca tiveram contas em banco. Além do auxílio emergencial, o Caixa Tem foi usado para o pagamento do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm).

Uma lei sancionada no fim de outubro autorizou a ampliação do uso das contas poupança digitais para o pagamento de outros benefícios sociais e previdenciários. Desde dezembro, os beneficiários do Bolsa Família e do abono salarial passaram a receber por essa modalidade.

Edição: Graça Adjuto


Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Bolsa Família começa a ser pago hoje a 14 milhões de lares

 


Mais 3 milhões de famílias serão incluídas na poupança digital

Publicado em 18/03/2021 - 10:31 Por Karine Mello – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Nesta quinta-feira (18), 14.524.150 famílias começam a receber a parcela de março do Bolsa Família. É a maior folha de pagamento já registrada pelo programa, com cerca de 300 mil novas concessões em relação a fevereiro. Hoje também começa a última fase de inclusão bancária na Conta Social Digital. Em março serão incluídas mais de 3 milhões de famílias.

"Atingimos neste mês o número expressivo e inédito de 14,52 milhões de famílias beneficiárias pelo Bolsa Família. Assim, o governo federal vem cumprindo o seu papel de, cada vez mais, proteger a população mais vulnerável e combater a pobreza e a desigualdade social no Brasil, especialmente neste momento delicado da pandemia que o país enfrenta", observou a secretária nacional de Renda de Cidadania do Ministério da Cidadania, Fabiana Rodopoulos.

Ouça na Radioagência

 

Desde abril de 2020, o número de famílias beneficiárias se mantém acima dos 14 milhões, a maior média da história do Bolsa Família. O valor total de repasses de março supera a cifra dos R$ 2,7 bilhões, com um benefício médio de R$ 186,49. Antes deste mês, maio de 2019 era o que figurava com maior número de famílias contempladas, com 14,33 milhões.

Confira as datas de pagamento do benefício em março:

Bolsa Família, Calendário

Poupança Social Digital

Também nesta quinta, começou a quarta e última fase de inclusão bancária na poupança digital. Neste mês, serão incluídas as famílias com final de NIS 1 e 2, além de povos e comunidades tradicionais como indígenas, quilombolas, extrativistas, população ribeirinha e pescadores artesanais. A estimativa é de que a ação alcance cerca de 3 milhões de famílias em março. Desde dezembro, quando foi lançada a iniciativa, 9 milhões de famílias foram incluídas.

Com a Poupança Social Digital, os beneficiários passam a contar com serviços bancários e digitais, tendo as opções de saques e de pagamentos de benefícios do programa ampliadas. Além de movimentar o benefício por aplicativo de celular, os beneficiários poderão continuar sacando os recursos por meio do Cartão Bolsa Família ou Cartão Cidadão.

"Essa conta representa mais segurança para os beneficiários e ainda vai facilitar a vida de quem tem algum problema de mobilidade ou vive longe das agências bancárias ou dos terminais lotéricos”, prossegue a secretária.

Não é preciso pagar tarifa de manutenção para a poupança digital, nem cadastrar uma nova senha. Um guia rápido com todas as informações sobre o acesso e o uso da Conta Social Digital está disponível na internet.

Nordeste

Na divisão por regiões, o destaque em março de 2021 é o Nordeste, com mais de sete milhões de famílias atendidas e três estados com mais de 1 milhão de contempladas: Bahia, com 1,8 milhão (maior número de beneficiários do país), Pernambuco (1,1 milhão) e Ceará (1 milhão). Na sequência aparecem o Sudeste, com 3,9 milhões, o Norte (1,79 milhão), o Sul (948 mil) e o Centro-Oeste (702 mil).

Como em todos os meses, os pagamentos terão início pelos beneficiários com o Número de Identificação Social (NIS) final 1, seguindo até o dia 31, conforme a tabela abaixo. Para receber o benefício, é preciso estar com informações consistentes e sem pendências no Cadastro Único do Governo Federal.

Edição: Denise Griesinger


Por Karine Mello – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Covid-19: Minas envia mais vacinas para municípios em situação crítica

 


Dez municípios irão receber 370 doses a mais de vacina

Publicado em 18/03/2021 - 17:50 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

O governo de Minas Gerais anunciou que enviará lotes extra de vacina para cidades em situação mais crítica. Serão disponibilizadas 370 doses a mais para 10 municípios. Com isso, cada secretaria de saúde poderá imunizar mais 185 pessoas na faixa de 75 a 79 anos.

A medida contemplou os seguintes municípios: João Monlevade, Varzelândia, Manhuaçu, Caputira, Mutum, Ipanema, Porteirinha, Ponte Nova, Guaraciaba e Araporã.

A escolha se baseou em indicadores definidos pela Secretaria de Saúde do estado, que incluem os índices de evolução dos casos e mortes e a capacidade de atendimento da rede de saúde de cada prefeitura, como a taxa de ocupação de leitos.

Até o dia 15 de março, o estado havia recebido 2,1 milhões de doses do Ministério da Saúde. Deste total, 838.176 pessoas receberam a 1ª dose e 376.214, a 2ª. Os imunizantes foram aplicados em idosos em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência institucionalizadas, populações indígenas e idosos acima de 80 anos.

Onda roxa

Desde ontem o governo estadual decretou a onda roxa para todas as regiões pelos próximos 15 dias. No início do mês, esta categoria de medidas mais restritivas havia sido aplicada somente em duas regiões: Noroeste e Triângulo Norte.

Na onda roxa, a circulação ficará restrita apenas para situações relacionadas aos serviços essenciais. Entre as atividades essenciais estão supermercados e outras empresas de alimentos, estabelecimentos de saúde, serviços de interesse público (água, esgoto, correios), conserto de equipamentos e carros, construção civil e indústrias relacionadas a esses setores.

Bares e restaurantes só poderão funcionar no sistema de entrega. O uso de máscara é obrigatório em espaços públicos e privados de uso coletivo. Ficam proibidos quaisquer eventos públicos ou privados que possam provocar aglomerações.

As pessoas que não respeitarem as regras serão inicialmente advertidas pelos policiais, mas podem ser responsabilizadas por desacato ou dentro das violações previstas no código de saúde do estado.

Os municípios nas duas regiões ficam obrigados a seguir as regras da quarentena. A medida impositiva é novidade, uma vez que até então o governo classificava as regiões nas ondas do plano Minas Consciente, mas as prefeituras tinham a opção de aderir ou não.   

Casos e mortes

Conforme o Informe Epidemiológico de hoje (18), Minas Gerais passou de 1 milhão de casos desde o início da pandemia, com 1.003.104. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 11.372 novos casos. As mortes acumuladas atingiram 21.303, colocando o estado como o 3º com mais vidas perdidas do país, atrás de Rio de Janeiro e São Paulo.

Edição: Aline Leal


 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Governo diz que pode faltar oxigênio em pequenos municípios

 


Assunto foi discutido na Comissão Temporária da Covid-19 do Senado

Publicado em 18/03/2021 - 15:46 Por Karine Melo - Repórter Agência Brasil - Brasília

O diretor de Logística do Ministério da Saúde, general Ridauto Fernandes, classificou nesta quinta-feira (18) como perigoso o cenário de abastecimento de oxigênio medicinal no país. Em audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19 do Senado, ele pediu apoio dos parlamentares para que o Congresso e o Ministério da Saúde se empenhem em uma mudança legislativa com urgência, para que as grandes empresas não se recusem a abastecer carretas de envasadores que atendem principalmente cidades do interior.

“O cenário atual é perigoso, podendo levar ao desabastecimento de oxigênio medicinal na ponta, especialmente em pequenos hospitais e municípios do interior”, alertou acrescentando que a expectativa da falta perigosa desse produto na ponta da linha, nos pequenos hospitais, é de poucos dias.

“Temos carretas de produtores da Amazônia que estão esperando numa planta [fabrica de oxigênio] do interior do Maranhão. Já está com a carreta parada lá há dias, e não é abastecida. Temos envasadores do Paraná que chegam às plantas também e não conseguem abastecer. Na hora que chega para envasar os cilindros, há muito mais cilindros para envasar, e ele não dá conta de envasar o que precisava. Aí o pequeno hospital fica com problemas”, explicou o diretor.

Para Fernandes, a solução é criar um dispositivo em lei que possibilite que as grandes produtoras recebam as carretas e não as recusem. “Temos de criar uma ferramenta para que a indústria não possa recusar a carreta que chega para ser enchida. Embora seja um concorrente, alguém que vá receber aquele oxigênio e revendê-lo, no momento, não temos estrutura, o grande não consegue chegar à ponta da linha. Então dependemos das carretas que estão na mão dos pequenos, dos envasadores, para poder fazer chegar à ponta da linha. Se não chegar à ponta, nas unidades de Pronto Atendimento e pequenos hospitais, teremos mais mortes”, avaliou.

Planejamento

Representantes de empresas de produção e distribuição do gás do país também participaram da audiência e responsabilizaram a falta de planejamento das secretarias de Saúde quanto à demanda do produto pela fabricação do material menor que a necessidade.

Aos senadores da Comissão Temporária da Covid-19, os empresários também ressaltaram a dificuldade em transportar o insumo e pediram que motoristas e técnicos entrem no grupo prioritário na fila de vacinação.

"Como fornecedor não temos a capacidade de prever a demanda, temos a condição de conhecê-la, prepará-la, mas os dados epidemiológicos são obtidos pelas secretarias dos estados", justificou o diretor executivo de negócios da produtora White Martins, Paulo César Gomes.

Já o representante da Air Liquid Brasil, Rafael Montagner, disse que a demanda dos hospitais aumentou 10 vezes acima do que estava previsto. "A dificuldade é a falta de previsibilidade para produção para que a empresa possa se organizar", reforçou acrescentando que outro problema da falta de planejamento é a falta estrutura de armazenamento do gás pelas unidades de saúde. "É um desafio de transporte e estocagem dos hospitais”.

Para otimizar o abastecimento, o presidente da Associação Brasileira de Indústria Química (Abiquim), Ciro Marino, cobrou que o Ministério da Saúde centralize essa logística, para que o setor produtivo se concentre apenas na produção. Para a Abiquim,  as empresas do ramo têm sido sobrecarregadas burocraticamente pelo assédio de secretarias, prefeituras, agências e órgãos em diversos níveis da administração pública, diante do quadro de incertezas.

“Temos pedido com veemência que o governo federal assuma o controle e centralização dessas informações perante autarquias, municípios, entidades e tudo, de forma que as empresas possam se concentrar nos seus negócios novamente. Que é produzir, organizar, expandir capacidades, de forma que o governo federal possa alimentar essas entidades e municípios com informações adequadas”,  disse Marino.

Sobre esse assunto, a diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Meiruze Freitas adiantou que mecanismos de centralização da gestão da logística relacionada ao oxigênio medicinal devem estar prontos em breve.

Transporte

Outro problema levantado na audiência foi a questão do transporte desse oxigênio. Para o representante do departamento de logística do Ministério da Saúde, Ridauto Lúcio Fernandes, não é uma operação simples. É preciso manter uma temperatura específica dos caminhões, processo "bastante trabalhoso". "Se não tiver nessa temperatura, ele pode imbuir e se perder", explicou.

Outra dificuldade apontada durante a audiência pública para abastecer os hospitais com oxigênio, foi a falta de mão de obra qualificada para o serviço. Para que o oxigênio chegue ao hospital é preciso treinar assistentes técnicos e motoristas que estão na linha de frente entregando o produto. “Os motoristas dos nossos caminhões, não são somente motoristas, mas também são operadores técnicos. Não é mão de obra fácil para ser contratada e treinada”, observou o representante da White Martins.

Novas audiências

O presidente do colegiado, senador Confúcio Moura (MDB-RO), informou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, falará na comissão no dia 25 sobre as ações do governo no combate à pandemia.

Edição: Valéria Aguiar


Por Karine Melo - Repórter Agência Brasil - Brasília