quinta-feira, 18 de março de 2021

Todas as delegacias envolvidas no combate ao coronavírus

 


Diariamente, as 31 unidades policiais e uma centena de servidores fiscalizam e orientam a população sobre as medidas restritivas contra a covid-19

Os agentes estão orientados a fiscalizar o funcionamento de estabelecimentos comerciais que também tiveram as atividades suspensas, independentemente do horário estabelecido pelo decreto | Foto: Divulgação SSP-DF

Somente nesta quarta-feira (17), 408 pessoas e 76 veículos foram abordados por agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por meio da força-tarefa criada no último dia 8 para fiscalizar a suspensão de atividades comerciais – exceto aquelas consideradas essenciais – e a circulação de pessoas entre 22h e 5h. A ação é coordenada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF) e reúne ainda as demais forças de segurança – polícias Militar e Civil, Detran-DF e Corpo de Bombeiros –, além da Vigilância Sanitária, Brasília Ambiental, Procon e as das secretarias DF Legal, de Mobilidade (Semob), de Agricultura (Seagri) e de Economia (Seec).

“Diariamente, agentes das 31 delegacias de área são empregados nessa ação, a partir das 22h. Uma média de cem policiais fiscaliza e orientam a população sobre as medidas restritivas do Decreto editado para conter a propagação da covid-19”Vicente Paranahiba, diretor do Departamento de Polícia Circunscricional

De acordo com o diretor do Departamento de Polícia Circunscricional, Vicente Paranahiba, todas as unidades policiais da instituição estão envolvidas na ação do Governo do Distrito Federal (GDF). “Diariamente, agentes das 31 delegacias de área são empregados nessa ação, a partir das 22h. Uma média de cem policiais fiscaliza e orientam a população sobre as medidas restritivas do Decreto editado para conter a propagação da covid-19”, afirma.

Além disso, os agentes estão orientados a fiscalizar o funcionamento de estabelecimentos comerciais que também tiveram as atividades suspensas, independentemente do horário estabelecido pelo decreto que orienta que não haja movimentação de pessoas no período noturno.

“Durante as rondas realizadas nas regiões administrativas, todos os policiais estão observando também se estabelecimentos sem autorização estão funcionando. Todas as delegacias estão orientadas a priorizar o atendimento em situações ligadas à operação Toque de Recolher, para dar mais celeridade à finalização do registro e para que policiais militares e servidores da DF Legal possam continuar nas ruas para fiscalização”, completa o delegado.

A Secretaria DF Legal e PMDF, num esforço concentrado para a fiscalização de todas as medidas, dividiram-se em dezesseis frentes de trabalho para executar vistorias a estabelecimentos comerciais. Juntos, realizaram 14.707 vistorias em todo o Distrito Federal nesta quarta-feira (17). Do total, 411 foram abordadas, nove multas aplicadas e 24 interdições por descumprimento dos decretos de combate à covid-19. Além disso, 678 quiosques foram vistoriados e 57 abordados, além da retirada de 76 ambulantes.

Três pessoas foram multadas por descumprirem o toque de recolher. Nenhuma pelo não uso de máscara.

Nos pontos de bloqueio da PM mais de 100 veículos foram abordados, mas não houve registro de descumprimento do decreto| Foto: Divulgação SSP-DF

A PMDF montou pontos de bloqueio na via Estrutural (DF-095), EPIA Norte e Sul, Planaltina, Taguatinga, Samambaia e Lago Sul no final de semana. Ao todo, 103 veículos foram abordados. Não houve nenhum registro de desrespeito ao toque de recolher. Não houve registro de descumprimento ao decreto.

Militares do CBMDF realizaram ações nas Asas Sul e Norte, Gama, SOF Ceilândia, SIA, Taguatinga, Brazlândia, área central de Brasília, Candangolândia, Sobradinho e Núcleo Bandeirante. Foram empregados 56 bombeiros e 12 viaturas.

Já o Detran-DF realizou 285 abordagens pela Operação Toque de Recolher. As equipes de fiscalização montaram pontos de bloqueio e fizeram patrulhamento com abordagens no Riacho Fundo II, Recanto das Emas, São Sebastião, Sudoeste e Samambaia. Foram flagrados sete condutores embriagados e outros seis não possuíam habilitação para dirigir.

*Com informações da SSP-DF

AGÊNCIA BRASÍLIA

Audiência pública vai debater sobre a Avenida das Cidades

 


Orçado em R$ 2,9 bilhões, projeto vai gerar até 10 mil empregos; encontro sobre o tema será transmitido ao vivo no canal da Semob no YouTube

Nova via trará benefícios a todas as regiões ao longo de seu percurso | Arte: Divulgação/Semob

26 kmExtensão da Avenida das Cidades, que ligará o Plano Piloto a Samambaia, Taguatinga, Arniqueira, Park Way, Guará e Águas Claras

Os interessados em contribuir para o aprimoramento do projeto de construção da Avenida das Cidades terão oportunidade de conhecer e debater o empreendimento em audiência pública. O encontro será realizado nesta segunda-feira (22), às 10h, no auditório do DER, com previsão de duas horas de duração. Além da reunião presencial, a audiência será transmitida em tempo real pela internet, com recebimento de contribuições por WhatsApp durante o debate.

De acordo com o projeto, a Avenida das Cidades terá 26 quilômetros de extensão. Será uma nova via de ligação entre o Plano Piloto e as regiões administrativas (RAs) do Guará, Arniqueira, Águas Claras, Park Way, Samambaia e Taguatinga. Em consulta pública desde 19 de fevereiro, quando a Semob passou a receber contribuições da sociedade, o empreendimento, mesmo depois da audiência pública, prossegue na mesma condição até o dia 31 deste mês.

O complexo urbanístico vai contribuir para a criação de novos centros de negócios, lazer e habitação na região. Com um custo estimado em R$ 2,9 bilhões e capacidade para gerar 100 mil empregos, a obra será executada por meio de Parceria Público-Privada (PPP).

O projeto da Avenida das Cidades (antiga Via Transbrasília) vai melhorar a infraestrutura de transporte e mobilidade urbana, ampliando a oferta de serviços públicos ao longo da via. Além da integração e conexão com o sistema viário existente, a obra contemplará grandes áreas verdes, ciclovias, pontes e viadutos.

Além disso, há previsão de construção de empreendimentos imobiliários ao longo da via. A expectativa é que a região vivencie o desenvolvimento socioeconômico sustentável, com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Como participar

Desde 19 de fevereiro, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) está recebendo as contribuições para o aprimoramento dos estudos de modelagem técnica, econômico-financeira e jurídica, bem como das minutas de edital e contrato da obra. Os interessados podem continuar enviando sugestões até o dia 31 deste mês.

Na audiência pública, que será presencial, a Semob apresentará o projeto e ouvirá as sugestões dos participantes que se inscreverem no local ou enviarem mensagens via WhatsApp. A participação do público se dará de acordo com o protocolo de combate ao coronavírus, com uso obrigatório de máscaras de proteção facial, distanciamento seguro entre os assentos e aferição de temperatura.

A entrada na sessão, que terá 16 vagas, será por ordem de chegada. O endereço eletrônico de transmissão da audiência para a interação popular será divulgado no dia do evento, na página da Semob.

Audiência pública: projeto Avenida das Cidades

  • Dia 22 (segunda), às 10h, no auditório do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER): Edifício Sede do DER-DF, SAM – Bloco C – Setor Complementares, Brasília-DF.
  • Vagas: 16 assentos reservados para quem for acompanhar presencialmente (o acesso será por ordem de chegada).
  • Transmissão: canal da Semob no YouTube.
  • Participação on-line: WhatsApp (61) 99233-2726, mediante identificação.
  • Contribuições por escrito: consulta.avenidadascidades@semob.df.gov.br.

*Com informações da Semob 

AGÊNCIA BRASÍLIA

Manutenção em 3 regiões do DF para melhoria do serviço

 


Nesta sexta (19), CEB suspende fornecimento no Gama, Sol Nascente e Lago Sul para realização de serviços na rede elétrica

 

Por segurança, será necessário desligamento programado durante a execução dos trabalhos | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Gama, Sol Nascente e Lago Sul receberão equipes da CEB Distribuição, nesta sexta-feira (19), para serviços que irão melhorar o fornecimento de energia à população. Por segurança, será necessário desligamento programado em alguns endereços durante a execução dos trabalhos. 

Consumidores podem tirar dúvidas pelo telefone 116, que funciona 24 horas

No Lago Sul, de 8h40 às 16h30, a interrupção no fornecimento de energia será necessária para substituição dos condutores elétricos que transportam a energia de rede de baixa tensão por outros condutores com maior capacidade. Serão afetados os conjuntos A (lotes 1 a 12), B (lotes 1 a 23) e C (lotes 1 a 36) do Condomínio Lago Sul e as chácaras Tapera Grande e Paranoá I, no Altiplano Leste. 

Alta tensão

]No mesmo horário, haverá desligamento nas chácaras 1 a 48, 64 e 68 do Sol Nascente, para que a CEB Distribuição faça a extensão da rede de alta tensão. No Gama, o desligamento programado ocorrerá em razão de poda de árvores, deixando sem energia o Núcleo Rural Alagado, chácaras 17, 17-A, 17-B, 17/18 e 18.

Em caso de dúvida, a população pode entrar em contato pelo telefone 116. A ligação é gratuita e está disponível 24 horas.

 AGÊNCIA BRASÍLIA

Soluções para a ocupação urbana informal em debate

 


Temática foi abordada em dinâmica de grupo na primeira reunião do “Encontros para Pensar o Território”

Soluções para as causas e consequências da ocupação urbana informal no Distrito Federal foram debatidas por cerca de 230 participantes da sociedade civil organizada, durante a primeira reunião da série “Encontros para Pensar o Território”. O evento foi promovido de forma virtual pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), na noite desta quarta-feira (17).

Os participantes apontaram os principais reflexos da ocupação desordenada do território, como a grilagem de terras e o desequilíbrio ambiental, e as possíveis saídas para resolver isso. Entre elas, avaliaram desde a criação de novas centralidades fora do Plano Piloto, com uma oferta maior de empregos, renda, mobilidade e moradias formais, até o modelo de habitação de interesse social como melhor alternativa à população de baixa renda.

Encontro virtual com 230 pessoas tratou de habitação e regularização. Outros temas serão tratados até maio

O objetivo do debate foi incentivar a participação popular na revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), que é um instrumento essencial para a política territorial do Distrito Federal. O tema da ocupação informal foi escolhido por voto aberto e faz parte do eixo temático “Habitação e Regularização”, um dos oito abordados na revisão proposta pela Seduh.

Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira, destacou a importância de a população se aproximar das problemáticas de cada eixo temático, para a construção coletiva da revisão do Pdot. “Passados mais de 10 anos da sua aprovação, em 2009, existem questões que precisam ser atualizadas, a fim de facilitar a gestão territorial e adequar o zoneamento aos novos desafios que se apresentam”, ponderou.

Os participantes foram divididos em grupos, onde discutiram a seguinte situação: como encontrar o imóvel mais adequado para uma família?

Para o secretário, há uma crescente necessidade de o planejamento urbano dar respostas aos inúmeros problemas enfrentados pela população do DF e, mais do que isso, direcionar a ocupação do território de maneira justa, coordenada e sustentável. “Por isso, a revisão do Pdot torna-se prioritária para o atual governo”, reforçou.

Dinâmica

A dinâmica do encontro começou com um vídeo que mostrava informações sobre o que é o Plano Diretor de Ordenamento Territorial e qual a sua importância para o DF. Logo depois, os participantes foram divididos em grupos, onde discutiram a seguinte situação: como encontrar o imóvel mais adequado para uma família?

Foram apresentadas como exemplos as necessidades de moradia de quatro famílias com médias salariais diferentes. Em cada situação, foram abordadas questões como: proximidade do centro, do lazer, acesso à transporte público, tamanho do imóvel, acessibilidade, escrituração, entre outros.

Cada grupo tinha que escolher o local com base na situação da família, que poderia ser de baixa, média ou alta renda, com uma ou mais pessoas. As escolhas tinham que levar em consideração as preferências da família, que poderiam ser desde estar perto do trabalho ou de uma creche a melhor acessibilidade.

Dilemas

Em algumas situações, os participantes escolheram pela moradia não escriturada, por apresentar um peso menor na renda da família

Logo os participantes se viram em dilemas encontrados por muitos habitantes do Distrito Federal. Como ter que optar por morar longe por causa do valor do aluguel, mesmo levando mais tempo no trânsito. Em algumas situações, os participantes escolheram pela moradia não escriturada, por apresentar um peso menor na renda da família.

“Este é o dilema de boa parte das famílias brasileiras. Não poder escolher o mais adequado, mas o que pode viabilizar. As pessoas compram o não escriturado, torcendo que um dia seja regularizado. Essa dinâmica foi uma forma original que a Seduh escolheu para discutir um tema tão importante como o imóvel”, elogiou Dionyzio Klavdianos, um dos participantes e presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF).

Para o subsecretário de Política e Planejamento Urbano da Seduh, Vicente Lima, a dinâmica serve como reflexão e mostra como muitos assuntos interagem dentro dos eixos temáticos do Pdot. “São vários desafios no eixo da Habitação, como centralidade, mobilidade, meio ambiente, gestão social, o valor da terra. Tudo está interligado e o objetivo do exercício é vislumbrar essas interações”, afirmou.

Houve muitas contribuições e perguntas que foram consideradas e respondidas pela equipe da Subsecretaria de Políticas e Planejamento Urbano e disponibilizadas no site do Pdot.

Próximo encontro

O próximo encontro está agendado para o dia 24 de março, quando será abordado o tema “Quais as funções sociais das áreas rurais e como organizá-las de maneira equilibrada?”. O assunto está dentro do eixo temático “Ruralidades”.

As reuniões serão sempre virtuais, à noite, e abertas a toda a população, com um link de acesso disponibilizado dias antes no portal do Pdot. Os encontros serão realizados semanalmente.

Confira a programação completa, com as datas de cada encontro.

*Com informações da Seduh


AGÊNCIA BRASÍLIA

GDF Saúde reforça o combate à covid-19 no DF

 


Com seis hospitais gerais na rede credenciada, plano de saúde dos servidores disponibiliza 152 leitos de UTI para pacientes com o coronavírus

| Imagem: Reprodução

Em pouco mais de três meses de atividade efetiva, o GDF Saúde, plano de assistência suplementar à saúde para os servidores distritais e seus dependentes, está ajudando o Governo do Distrito Federal no combate à pandemia de covid-19. Esta semana, o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do DF (Inas) anunciou a contratação de mais dois hospitais para a rede conveniada ao plano de saúde.

17,4 milNúmero de atendimentos realizados pelo GDF Saúde desde 1º de dezembro

Com o credenciamento do Hospital Águas Claras e da Maternidade Brasília, o GDF Saúde agora possui seis hospitais gerais e 10 especializados à disposição dos seus mais de 20 mil beneficiários. Juntas, todas essas unidades são responsáveis pela disponibilização de 288 leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI), sendo 152 exclusivos para pacientes com a covid-19.

Apesar dos leitos não serem exclusivos do convênio GDF Saúde – eles atendem também às demandas do Sistema Único de Saúde (SUS) -, a oferta deles gera um impacto significativo na rede de saúde do DF, como explica o presidente do Inas, Ney Ferraz: “São mais de 20 mil vidas que podem contar com os serviços destes hospitais e clínicas particulares, portanto são milhares de pessoas a menos no SUS”.

“São mais de 20 mil vidas que podem contar com os serviços destes hospitais e clínicas particulares, portanto são milhares de pessoas a menos no SUS”Ney Ferraz, presidente do Inas

De 1º de dezembro de 2020 até 15 de março deste ano, mais de 17,4 mil atendimentos foram realizados nas unidades de saúde conveniadas ao GDF Saúde entre consultas ambulatoriais e de pronto socorro, internações e exames, como os de detecção para o coronavírus (RT-PCR) e os testes sorológicos para identificar se a pessoa já teve covid-19 (IgM/IgG).

“Quanto maior a adesão dos servidores ao plano de saúde, maior é a quantidade de atendimentos”, ressalta Ney Ferraz. “Fizemos estudos em todas as regiões administrativas e descobrimos que 70% dos servidores não tinham plano de saúde, muitos por não terem condições de pagar por um. Por isso, buscamos oferecer um plano com serviços de qualidade e com mensalidades menores”.

Atualmente, 1.965 estabelecimentos aceitam do GDF Saúde, entre hospitais gerais e especializados, clínicas, laboratórios e consultórios médicos. Se você é beneficiário do plano e quer saber mais sobre a rede credenciada, clique aqui.

Outro objetivo do GDF Saúde é, além da expansão das unidades de saúde conveniadas, também aumentar o número de beneficiários do plano. “Estamos trabalhando juntamente com a Secretaria de Segurança Pública e a de Economia para que, em breve, os servidores da Polícia Civil também possam ser atendidos”, compartilha o presidente do INAS.

Para mais informações sobre como aderir ao GDF Saúde, clique aqui.

AGÊNCIA BRASÍLIA

DF vai colher 8 mil toneladas de goiaba este ano

 


Período principal da safra segue até o final do mês; produtividade local é maior que a média brasileira

Goiaba da variedade Paluma cultivada em Brazlândia, pronta para comercialização | Foto: Divulgação/Emater

R$ 10 milhõesReceita bruta dos produtores de goiaba no DF

Os produtores de goiaba do Distrito Federal vão colher 8 mil toneladas da fruta neste ano, mantendo a média dos últimos três anos. A safra principal vai até o final do mês – o segundo período de colheita, a “safrinha”, ocorre de setembro a outubro. O DF tem cerca de 100 produtores, com uma área total de quase 300 hectares plantados da fruta – 22,7% da área de plantio destinada à fruticultura na capital.

A principal região produtora é Brazlândia, concentrando 98% da área de cultivo. Segundo o coordenador do programa de fruticultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), Felipe Camargo, a produção representa uma receita bruta de mais de R$ 10 milhões aos produtores da fruta e gera subprodutos apreciados pelo mercado. A goiaba pode ser consumida, além de fresca, em polpa, sucos, néctar, geleia, sorvetes, doces e até desidratada.

Produtores locais colhem cerca de 27,5 toneladas por hectare; média no país é de 26,4 toneladas

Dados de 2019 mostram que, das 3.957 toneladas de goiaba comercializadas nas Centrais de Abastecimento (Ceasa), 3.098 toneladas eram de produtores do DF. Para comparar, das 15 mil toneladas de banana-prata comercializadas em 2020 na Ceasa, apenas 336 toneladas eram de produtores locais.

“Além da Ceasa, os produtores comercializam diretamente a consumidores, mercearias, mercados, lanchonetes ou em feiras”, afirma o gestor. “Como o que acontece na Ceasa é um retrato do que acontece no DF, podemos dizer que somos autossuficientes na produção de goiaba. O que produzimos atende o mercado interno.”

“Eu conheci pés de goiaba de 27 anos, então você não precisa estar plantando toda hora”Assis Rosário, produtor

No DF, a produtividade da fruta é maior do que a média nacional. Os produtores locais colhem 27,5 toneladas por hectare, enquanto a média do país é de 26,4 toneladas por hectare. Segundo Felipe Camargo, a produtividade do DF é maior graças a tecnologias adotadas pelos produtores locais.

“Cerca de 95% das áreas plantadas são irrigadas”, explica. “Além da irrigação, as podas de frutificação contínua permitem que o produtor colha da fruta quase o ano todo. Temos ainda produtores que dividem a área de plantio em talhões para fazer o manejo da poda. Assim, na mesma propriedade, haverá áreas com plantas florindo e áreas já sendo colhidas.”

A goiaba é uma planta perene e, com o manejo adequado, pode ser colhida durante o ano inteiro. O produtor rural Assis Rosário começou há um ano o seu primeiro plantio e já produz hortaliças, como tomate, pimentão e brócolis. Mas sua expectativa é, em breve, ficar apenas com a goiaba. “Eu conheci pés de goiaba de 27 anos, então você não precisa estar plantando toda hora”, conta.

Entusiasmado com a produção, Assis visitou o plantio da variedade Cortibel, no Espírito Santo. “Cortibel segura uma semana sem ser refrigerada e não fica com cheiro forte, além de ter muita massa, ideal para consumo in natura”, ensina o produtor.

“Promete ser mais produtiva (a variedade Cortibel), resistente a pragas e doenças, ter maior tempo de prateleira e melhor digestão ao ser consumida, mas os plantios no DF ainda são recentes”Felipe Camargo, coordenador do programa de fruticultura da Emater

A formação

Atualmente, as goiabeiras de Assis não estão produzindo fruto porque ele está priorizando a formação da planta. “Ela já floriu três vezes, mas eu derrubei os frutos”, explica. O agrônomo plantou 1,2 mil pés de goiaba e pretende fazer o manejo para colher a fruta o ano todo. “A goiabeira floresce de acordo com a poda, então eu sempre vou ter um talhão produzindo”.

Segundo o coordenador de fruticultura da Emater, a variedade de goiaba Cortibel ainda é novidade no DF. “As variedades mais plantadas no DF são Pedro Sato e Paluma”, explica. “O produtor do DF, ao escolher a variedade de goiaba para o plantio, leva em consideração alguns aspectos como produtividade, época de produção, tamanho e formato de fruto, coloração da polpa e destinação da produção, se é para indústria ou para consumo in natura”, explica.

A Cortibel, informa ele, foi desenvolvida em Linhares (ES). “Promete ser mais produtiva, resistente a pragas e doenças, ter maior tempo de prateleira e melhor digestão ao ser consumida, mas os plantios no DF ainda são recentes”, afirma o especialista.

Os principais obstáculos para quem planta esse tipo de goiaba, situa ele, são ácaro, ferrugem e nematóide. “Difícil mesmo é o preço dos insumos, que estão cada vez mais caros, mas na hora de vender o produto, é o mercado que dita o preço”, destaca. Se tudo der certo, seu plantio de goiaba vai levar quatro anos para cobrir os custos e começar a dar lucro.

Onde comprar

Para escoar a produção e divulgar a produção da fruta nesta época do ano, o principal canal era a Festa da Goiaba, na Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag), em Brazlândia. Entretanto, o evento está suspenso devido à pandemia do novo coronavírus. Porém, quem quiser comprar a fruta, doces, polpas e outros derivados, pode encontrar produtores e agroindústrias no site Põe na Cesta.

*Com informações da Emater


AGÊNCIA BRASÍLIA