quarta-feira, 17 de março de 2021

Equipe do Ministério da Saúde vai ao Acre para apoiar ações de controle das arboviroses

 DENGUE


Força-tarefa do Acre vai traçar estratégias de controle do Aedes aegypti diante do aumento de casos de dengue no estado
Publicado em 17/03/2021 17h50 Atualizado em 17/03/2021 17h53

Uma equipe do Ministério da Saúde está no Acre para ações emergenciais de controle das arboviroses no estado. A força-tarefa do Acre vai traçar estratégias de controle do vetor Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Mais de 20 profissionais de controle vetorial, cedidos pelo Governo do Distrito Federal, farão visitas técnicas. As ações começaram no último dia 15 e terminam no dia 29/3. 

A ação está focada em municípios com maior incidência das doenças, principalmente a dengue, com aumento de casos no estado em 2021.  As equipes se concentrarão na capital Rio Branco e nos municípios da Região do Alto Acre - Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri. O critério para escolha dessas cidades se baseou no cenário epidemiológico, como a incidência de casos e risco de ocorrência de surtos e epidemias. 

A força-tarefa conta também com apoio de dois técnicos da Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia (SES/RO). Além disso, o estado emprestou duas máquinas de UVB pesado, conhecido como “fumacê”, para intensificar as ações emergenciais do controle da dengue no Acre. 

“O Ministério da Saúde está aqui para dar todo o apoio que o estado precisa nesse momento de crise”, destacou a coordenadora de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde, Noely Moura, que está na comitiva. 

Noely destacou ainda a importância do papel da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde nesta articulação. “Esta é uma ação integrada do Ministério da Saúde, estados, municípios e Opas para apoiar e orientar as equipes locais no enfrentamento das arboviroses, contribuindo assim para a diminuição no número de casos”. 

AÇÕES CONTRA DENGUE

Para apoiar o Acre nas ações de controle das arboviroses, o Ministério da Saúde irá doar equipamentos de aplicação de inseticidas e de proteção individual (EPI). A doação está prevista para chegar ao estado até abril.  

O Ministério da Saúde distribuiu, neste ano, para o Acre, 520 sachês do inseticida residual Fludora, (totalizando 52 kg do produto), 4 mil litros do inseticida Cielo, e 400 kg do larvicida Pyriproxyfen para tratamento dos criadouros. Esses insumos serão usados na ação emergencial da Força Tarefa do estado. 

As ações realizadas no Acre são fruto de um trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde do Acre, as Secretarias Municipais de Saúde de Rio Branco, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-Acre) e a Organização Pan Americana de Saúde (Opas). 

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO ACRE 

Atualmente, o estado está em uma situação crítica devido ao aumento no número de casos de dengue. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, dos 22 municípios do estado, 20 estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti. A situação se agravou ainda mais por conta da cheia de rios, da pandemia de Covid-19 e da crise migratória. 

Até o dia 27/2, semana epidemiológica 8 de 2021, foram registrados 9.326 casos prováveis, representando um acréscimo de 187% (3.249), em comparação ao mesmo período do ano anterior (SE 8 de 2020). 

Foram confirmados 14 casos de dengue com sinais de alarme nos municípios de Rio Branco (10), Cruzeiro do Sul (2), Acrelândia (1) e Manoel Urbano (1). Até o momento, o estado não registrou óbitos pela doença.

O município de Tarauacá apresentou a maior incidência do estado, com 5.191,07 casos por 100 mil habitantes, seguido de Xapuri (2.291,28 casos/100 mil hab.), Assis Brasil (2.150,25 casos/100 mil hab.), Brasiléia (1.449,33 casos/100 mil hab.), Bujari (1.103,65 casos/100 milhab.), Senador Guiomard (1.054,40 casos/100 mil hab.), Rio Branco (1.000,44 casos/100 mil hab.), Porto Acre (887,17 casos/100 mil hab.) e Acrelândia (826,34 casos/100 mil hab.).

Mais informações podem ser acessadas no Boletim Epidemiológico nº 8. 

DICAS DE PREVENÇÃO 

Em menos de 15 minutos é possível fazer uma varredura em casa, realizando toda a higiene e limpeza necessárias para evitar a proliferação do mosquito. Para isso, é preciso eliminar os recipientes com água parada – ambiente propício para procriação do Aedes aegypti. 

É importante lembrar de tampar os tonéis e caixas d’água, manter calhas sempre limpas, deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo, limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia, manter lixeiras bem tampadas e ralos limpos e com aplicação de tela, além de manter lonas para materiais de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água. 

Ministério da Saúde
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Saúde contrata 330 pontos de acesso à internet para melhorar comunicação entre indígenas

 SAÚDE INDÍGENA


Antenas estão sendo instaladas de norte a sul do país, utilizando crédito extraordinário previsto por meio do Programa Conecta Brasil
Publicado em 17/03/2021 19h10

OMinistério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), está instalando mais de 330 pontos de acesso de internet para ofertar aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Até o momento, 254 antenas já estão em funcionando nas sedes DSEIs, Polos Base e Casas de Saúde Indígena (Casai). 

O valor será abatido do total do crédito extraordinário, de R$ 6,3 milhões, que foram destinados ao Programa Conecta Brasil – projeto que permitirá a instalação de pontos de internet banda larga em hospitais, unidades de saúde ou outros lugares a serem indicados pelo Ministério da Saúde, no âmbito do programa Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão – GESAC. A Telebrás é responsável pela instalação e manutenção do programa em todo Brasil e permitirá acesso ilimitado à internet a qualquer hora do dia, com velocidade de até 20 megabits. 

A primeira antena foi instalada no DSEI Mato Grosso do Sul em 29 de janeiro e, desde então, já existem pontos em 25 estados, além do Distrito Federal. “O Governo Federal está avançando e essa conexão é fundamental. Acreditamos que, com isso, vamos poder prestar um serviço cada vez melhor”, disse o secretário Especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva. 

Em Tabatinga (AM), cidade em que está localizada a sede do DSEI Alto Rio Solimões, quatro antenas já foram instaladas e estão em pleno funcionamento. O coordenador do Distrito, Weydson Gossel Pereira, verificou a melhoria na transmissão de dados entre o DSEI e a SESAI. “Centralizei toda a internet do GESAC para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e melhorou bastante. Também participei de uma videoconferência com a Sesai e coordenadores da região Norte. Consegui falar e as pessoas me entenderam”, comentou. Antes do GESAC essa realidade não era possível, segundo ele. 

A melhora também é percebida no DSEI Guamá-Tocantins, que tem a sede em Belém (PA). O coordenador do Distrito, Stanney Everton Nunes, acredita que a internet melhorou 90% a comunicação. “Tivemos uma melhora significativa nos atendimentos, repasse de documentos, produção e, inclusive, no Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI), que é lançado via internet dos Polos para o DSEI”, explicou.

 

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Saúde e Vigilância Sanitária

Ministro Pazuello e Queiroga recebem primeiras doses da vacina da AstraZeneca/Oxford produzidas na Fiocruz

 BRASIL IMUNIZADO


Primeiro lote contém mais de 1 milhão de doses do imunizante fabricado no Brasil com matéria-prima importada
Publicado em 17/03/2021 16h15 Atualizado em 17/03/2021 18h24
Ministro Pazuello e Queiroga recebem primeiras doses.jpeg

Foto: Aurélio Pereira/MS

Oministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o médico cardiologista Marcelo Queiroga, indicado à pasta, receberam, na manhã desta quarta-feira (17/03), as primeiras doses da vacina contra a covid-19 produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. O lote contém 1.080.000 doses do imunizante da AstraZeneca/Oxford fabricado no Brasil com matéria-prima importada: 500 mil serão disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) nesta quarta e outras 580 mil até sexta (19/03). A previsão é de que o lote seja enviado aos estados e Distrito Federal nos próximos dias. 

“Essa entrega é muito simbólica. Por isso estamos aqui. Até o momento, estávamos apenas com uma produção nacional, a do Butantan, e agora estamos iniciando na Fiocruz. Até o fim do mês, serão 3,8 milhões de doses entregues e, a partir de abril, serão produzidas 1 milhão de doses diárias”, disse Pazuello em seu discurso. 

Pazuello também lembrou que o Ministério da Saúde já possui mais de 562 milhões de doses de vacinas contratadas e que serão distribuídas para todo o Brasil em 2021. 

“Esse não é um projeto pequeno, é muita dedicação da equipe, é foco na missão, e nós vamos vacinar metade da população vacinável do nosso País até julho e a outra metade até fim do ano. Vamos controlar essa pandemia ainda no segundo semestre. Para isso, nós precisamos das vacinas, e temos vacinas contratadas de um leque de sete laboratórios diferentes para que não haja risco de interrupção da vacinação”, disse.   

Queiroga destacou a força do Programa Nacional de Imunizações (PNI) na coordenação de campanhas de vacinação no Brasil e ressaltou que o enfrentamento à pandemia de covid-19 passa pela união e pela ajuda de todos. 

“Somente com a união de todos, de todos os brasileiros, nós, os gestores do sistema público de saúde, teremos as condições de dar as respostas que a sociedade brasileira quer ouvir”, afirmou. 

De posse das doses, o Ministério da Saúde organiza o cronograma de distribuição para os estados e Distrito Federal de forma proporcional e igualitária, juntamente com as orientações sobre a vacinação dos grupos prioritários segundo o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 (PNO). 

NOVOS LOTES DA FIOCRUZ 

Em março, o cronograma disponibilizado pela Fiocruz ao Ministério da Saúde prevê a entrega de 3,8 milhões de doses da vacina. A expectativa é de que, até o fim do mês, sejam fabricadas cerca de 1 milhão de doses por dia, com o aumento da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos após o início da operação de uma segunda linha de produção na última semana. 

“A partir de abril, estamos escalonando essa produção, na ordem de mais de 20 milhões de doses por mês, com entregas semanais acordadas com o PNI. Dessa forma, estaremos contribuindo com essa vacina que se soma a outras vacinas que estão disponíveis”, destacou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. 

A previsão é de que, até julho, sejam entregues 100,4 milhões de doses da vacina da Fiocruz, produzida com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado, conforme acordo de encomenda tecnológica firmado com a AstraZeneca. Para o segundo semestre, com a incorporação da tecnologia de fabricação do insumo e da vacina, um total de 110 milhões de doses, com produção 100% nacional, serão destinadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Foto: Aurélio Pereira/MS

DISTRIBUIÇÃO 

Nesta semana, o Ministério da Saúde está coordenando a oitava distribuição de vacinas às Unidades Federativas (UFs): desde terça-feira (16/03) e ao longo desta quarta (17/03), 4,5 milhões de doses da vacina produzida no Brasil pelo Instituto Butantan estão sendo enviadas para todo o País

Até o momento, o Governo Federal já distribuiu mais de 24,5 milhões de doses desde o dia 18 de janeiro, início da campanha de vacinação.

 

Marina Pagno
Ministério da Saúde
(61) 3315-3580 / 2351

Continua a testagem para covid-19 nas unidades básicas de saúde

 


Pacientes com sintomas por mais de três dias devem procurar a UBS mais próxima de sua residência

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF
A taxa de transmissibilidade do coronavírus está em 0.99 – o que significa que 100 pessoas transmitem o vírus para outras 99 – e as unidades de saúde trabalham próximas ao seu limite de capacidade de atendimento | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

O Distrito Federal vive um período crítico no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, com alta taxa de internação hospitalar e aumento no número de casos. O grande desafio de se controlar a taxa de transmissão da covid-19 continua impondo dificuldades às autoridades governamentais e sanitárias. Além das medidas restritivas adotadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF), uma das armas para o combate ao vírus é o diagnóstico antecipado da doença, que pode ser obtido por meio da testagem.

“A média geral para entregar o resultado do exame ainda está em 24 horas. Houve um aumento na demanda, mas estamos conseguindo atendê-la. Recebemos – via Ministério da Saúde – alguns funcionários, além dos plantões que a Secretaria de Saúde nos autorizou a fazer, agora o Lacen funciona 24 horas”Grasiela Araújo, diretora do Lacen

Os testes para detectar a doença são realizados em todas as Regiões de Saúde. Nesta quarta-feira (17), já haviam sido analisadas 216.789 amostras de testes do tipo RT-PCR pelo Laboratório Central (Lacen). Destas, 15.986 foram processadas, até o momento, neste mês de março. Na intenção de somar esforços às ações de testagem, a Secretaria de Saúde segue movimentando esforços para ampliar ainda mais a testagem no DF.

Demanda

Tosse seca, febre, perda do olfato e paladar, dores no corpo e cansaço são os principais sintomas da covid-19. Ao notar qualquer um desses sintomas por mais de três dias, o paciente deve se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua região onde, após passar por uma avaliação da equipe multiprofissional, será submetido à testagem.

“Dependendo do tempo que o cidadão apresente esse sintoma ele será elegível para o RT-PCR ou para o teste rápido, que é para medir os anticorpos que ele já adquiriu”, explica o subsecretário de Assistência Integral à Saúde, Alexandre Garcia. Em todas as UBS, as equipes multiprofissionais estão realizando a coleta swab. Após receber as amostras, o Lacen tem um prazo de 72 horas para entregar o resultado do exame. Apesar do aumento na demanda, o laboratório tem conseguido se antecipar a esses prazos, como explica a diretora do Lacen, Grasiela Araujo.

“A média geral para entregar o resultado do exame ainda está em 24 horas. Houve um aumento na demanda, mas estamos conseguindo atendê-la. Recebemos – via Ministério da Saúde – alguns funcionários, além dos plantões que a Secretaria de Saúde nos autorizou a fazer, agora o Lacen funciona 24 horas. Além disso, a movimentação interna também tem contribuído; os funcionários estão se mobilizando para conseguimos atender essa demanda todos os dias”, explica Grasiela.

Atualmente, a taxa de transmissibilidade do coronavírus está em 0.99 – o que significa que 100 pessoas transmitem o vírus para outras 99 – e as unidades de saúde trabalham próximas ao seu limite de capacidade de atendimento. Ainda assim, as UBSs mantêm o atendimento de porta, por demanda espontânea, para acolher pessoas com suspeita de covid-19.

O coordenador de Atenção Primária, Fernando Erick Damasceno, reforça a importância das UBSs neste momento crítico da pandemia no DF. “Nós estamos percebendo um aumento significativo de casos que estão chegando à atenção primária. O mais importante é reforçar que somos a porta de entrada do sistema, que estamos mobilizando esforços para otimizar a eficiência do acesso dessas pessoas ao Sistema de Saúde, inclusive com melhor retaguarda e conexão com os hospitais, policlínicas e Upas”, afirma Damasceno.

 

*Com informações da Secretaria de Saúde


AGÊNCIA BRASÍLIA

Segurança lança programa para proteger as mulheres

 


Também anuncia a disponibilização de estudo mensal que monitora homicídios e feminicídios

Mulheres vítimas de violência poderão acionar o DMPP sempre que se sentirem em perigo | Foto: André Feitosa/SSP

O programa Mulher Mais Segura foi lançado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF), nesta quarta-feira (17). Com transmissão ao vivo por meio das redes sociais do Governo do Distrito Federal (GDF), a cerimônia ocorreu no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). O programa reúne medidas, iniciativas e ações de enfrentamento aos crimes de gênero e fortalecimento de mecanismos de proteção desse público.

Durante a transmissão, o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, apresentou o Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP) e anunciou a disponibilização do estudo qualificado de feminicídios realizado mensalmente pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídio e Feminicídio (CTMHF).

Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa

A partir da determinação do judiciário local, mulheres vítimas de violência receberão o DMPP que poderá ser acionado sempre que se sentir em perigo. Uma tornozeleira eletrônica será instalada no agressor. Ambos serão monitorados de forma simultânea, 24h por dia, diretamente do Ciob.

A integração entre os órgãos do governo para enfrentar a violência contra a mulher foi citada como estratégica pelos secretários

Prevenção

A partir do Mulher Mais Segura, as ações para enfrentamento da violência de gênero terão como foco principal a prevenção. “Esse talvez seja um dos maiores avanços que tivemos a partir do estudo qualificado feito pela CTMHF, pois os feminicídios são crimes de fácil solução, mas de difícil prevenção. Eles ocorrem, em sua maioria, dentro de casa, com o uso de arma branca. Por isso a importância do fortalecimento de nossas campanhas, como a #MetaAColher, pois precisamos que a população esteja conosco e ajude a denunciar os casos de violência”, ressaltou o secretário.

Curso

A SSP também disponibilizará, a partir deste mês, o curso “Enfrentamento a Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres”. De acordo com Torres, o curso vai capacitar vítimas de violência e também toda a população que tenha interesse em conhecer as formas de violência e como agir nesses casos, de forma ampla e gratuita.

“Adotamos um sistema de Metas, Monitoramento e Avaliação (MMA) e a partir dele estamos constantemente analisando nossas açõesAnderson Torres, secretário de Segurança

Durante a cerimônia, o secretário falou ainda da importância da proximidade de instituições religiosas por meio da Aliança Distrital – Instituições Religiosas no enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar no combate à violência doméstica. “No dia do lançamento desse projeto, em fevereiro, já percebemos a importância de estarmos próximos dessas entidades, quando muitos deles chegaram até nós para compartilhar que vivenciaram situações semelhantes às que mostramos e que não sabiam o que fazer. A partir da adesão, que é voluntária, essas pessoas serão capacitadas para estarem aptas a fazer a orientação correta ou mesmo buscar ajuda, quando necessário”, finalizou o secretário.

E mais

O titular da pasta falou também de outras ações já implementadas, como o Viva Flor, o Maria da Penha On-Line, o Provid, as Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) e a reformulação da estratégia de divulgação dos vídeos de combate à violência de gênero da Turma da Mônica.

“Adotamos um sistema de Metas, Monitoramento e Avaliação (MMA) e a partir dele estamos constantemente analisando nossas ações. A partir dos resultados alcançados ano passado, mesmo diante de uma pandemia, conseguimos reduzir os feminicídios em 46,8% e o de violência doméstica em 5,4%. Se levarmos em consideração os meses de pandemia, a redução é ainda maior, de 57%, o que nos mostra que estamos no caminho certo, mas que iremos fortalecer ainda mais nossas ações”, ressaltou o secretário.

Aproveito para parabenizar a Segurança Pública do DF por focar não apenas na punição, mas principalmente na prevenção de crimes”Ericka Filippelli, secretária da Mulher

A importância de se integrar as forças de segurança e demais órgãos  também foi citada. “Desde o início desta gestão, o foco é a integração. Portanto, agradeço a todos os envolvidos, pois esta é uma causa de governo, e, principalmente, ao governador Ibaneis pela confiança em nosso trabalho, pois este é, sem dúvida, um dos motivos de continuarmos avançando em nossas conquistas”.

A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, reforçou a importância da parceria entre as pastas. “Só vamos conseguir a garantia de direitos e a proteção da mulher com a integração de todos os órgãos. Aproveito para parabenizar a Segurança Pública do DF por focar não apenas na punição, mas principalmente na prevenção de crimes”.

De acordo com a secretária, o estudo da Câmara Técnica contribuiu com programas como Mulheres Hiper Criativas e Oportunidade Mulher. “A partir desses dados verificamos que precisamos fazer a busca ativa das mulheres vítimas de violência, pois os dados apontam subnotificação desses casos, já que a maior parte das vítimas de feminicídio não buscaram ajuda antes do crime ser consumado, e que muitas delas dependiam financeiramente de seus companheiros”, argumenta Ericka.

A solenidade
Também estiveram presentes no evento o secretário executivo de Segurança Pública, Júlio Danilo, e de Gestão Integrada, Alciomar Goersh, gestores da SSP/DF, o coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídio e Feminicídio (CTMHF), o delegado Marcelo Zago.

Os chefes das forças de segurança, coronel William Bomfim (CBMDF) e Zélio Maia (Detran-DF) estiveram no evento. Representando a PCDF esteve a delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher I, delegada Ana Carolina Litran. Pela PMDF compareceu o coronel Hermerson.

*Com informações da SSP

AGÊNCIA BRASÍLIA

Conselho de Cultura do DF (CCDF) será presidido por mulheres

 


O órgão tem o importante papel de ouvir a comunidade cultural do Distrito Federal, que tem demandas específicas para cada região administrativa

Na eleição realizada na noite da terça-feira (16), Elizabeth Fernandes e Iara Alves foram escolhidas para comandar o Conselho de Cultura do Distrito Federal (CCDF) no próximo biênio. São duas mulheres com forte trajetória na comunicação e na cultura do Distrito Federal.

“Somos, Iara Alves e eu, duas mulheres à frente desse importante foro. Com trajetórias diferentes, mas que, com certeza, sempre enfrentamos e enfrentaremos a cobrança exponencial dirigida às mulheres por uma sociedade machista e preconceituosa”, observa a presidente.

Representante do governo, Elizabeth Fernandes assume a presidência, levando para a gestão uma larga experiência de 40 anos de carreira como jornalista, além de atividades como produtora artística.

“Trago também a experiência na Assessoria de Relações Institucionais do gabinete da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, que me trouxe uma visão mais ampla da questão cultural e dos desafios da gestão”.

Escolhida pela sociedade civil, Iara Alves, que assume a vice-presidência, é defensora dos direitos humanos e advogada. “Quero colocar toda minha força e energia para que a construção coletiva avance e que a gente consiga suavizar a dor e as dificuldades que a cadeia cultural está passando”.

Desafios e metas

“Considero que o mais importante desafio é fortalecer o Conselho de Cultura do DF, que é a instância de participação social do Sistema de Cultura do DF (SAC), ampliando o trabalho em toda sua esfera de competência, que inclui propor políticas, programas e diretrizes para o DF, além de avaliar as políticas públicas em execução”Elizabeth Fernandes, presidente eleita do Conselho de Cultura do DF

Juntas, Elizabeth e Iara vão conduzir discussões centrais para a cultura relacionando-as ao momento de pandemia e isolamento social, que afetam frontalmente a produção cultural.

Alguns temas importantes estão à vista: fortalecimento da Lei Orgânica da Cultura (LOC), descentralização e desconcentração do fomento da atividade cultural, capacitação dos Conselheiros Regionais de Cultura.

O CCDF tem um importante papel de ouvir a comunidade cultural do Distrito Federal, que tem demandas específicas para as regiões administrativas.

“Considero que o mais importante desafio é fortalecer o Conselho de Cultura do DF, que é a instância de participação social do Sistema de Cultura do DF (SAC), ampliando o trabalho em toda sua esfera de competência, que inclui propor políticas, programas e diretrizes para o DF, além de avaliar as políticas públicas em execução”, aponta Elizabeth.

Presidente poeta

No meio cultural, Elizabeth é Beth, poeta inspirada que brinca com as palavras criando sensações femininas a partir de seu olhar afetuoso sobre a vida e as coisas.

Em 2019, ela publicou o primeiro livro de poesia por uma editora alternativa, da periferia de Belo Horizonte, pela Coleção Mulherio das Letras, que foi uma das finalistas do Prêmio Jabuti.

CANTAR

“Só sei cantar afinado

com o coração ocupado

ou doendo de desocupação,

o sangue bulindo as veias,

ou arrepiando direção.

Só sei cantar afinado

quando abrigo um segredo

ou desenho fantasias,

a boca borrando vermelho

ou pobre de ousadia.

Só sei cantar afinado

com o coração ocupado.

Beth Fernandes

“Acho que sempre fui poeta, porque escrevo desde menina. Claro que o tempo e a vida apuram a percepção, a escrita flui e acaba pedindo para sair”, conta Beth, que finaliza o segundo livro, no qual a poesia vai se aliar ao conto para dizer um pouco mais do universo feminino.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

AGÊNCIA BRASÍLIA