quarta-feira, 17 de março de 2021

Segurança lança programa para proteger as mulheres

 


Também anuncia a disponibilização de estudo mensal que monitora homicídios e feminicídios

Mulheres vítimas de violência poderão acionar o DMPP sempre que se sentirem em perigo | Foto: André Feitosa/SSP

O programa Mulher Mais Segura foi lançado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF), nesta quarta-feira (17). Com transmissão ao vivo por meio das redes sociais do Governo do Distrito Federal (GDF), a cerimônia ocorreu no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). O programa reúne medidas, iniciativas e ações de enfrentamento aos crimes de gênero e fortalecimento de mecanismos de proteção desse público.

Durante a transmissão, o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, apresentou o Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP) e anunciou a disponibilização do estudo qualificado de feminicídios realizado mensalmente pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídio e Feminicídio (CTMHF).

Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa

A partir da determinação do judiciário local, mulheres vítimas de violência receberão o DMPP que poderá ser acionado sempre que se sentir em perigo. Uma tornozeleira eletrônica será instalada no agressor. Ambos serão monitorados de forma simultânea, 24h por dia, diretamente do Ciob.

A integração entre os órgãos do governo para enfrentar a violência contra a mulher foi citada como estratégica pelos secretários

Prevenção

A partir do Mulher Mais Segura, as ações para enfrentamento da violência de gênero terão como foco principal a prevenção. “Esse talvez seja um dos maiores avanços que tivemos a partir do estudo qualificado feito pela CTMHF, pois os feminicídios são crimes de fácil solução, mas de difícil prevenção. Eles ocorrem, em sua maioria, dentro de casa, com o uso de arma branca. Por isso a importância do fortalecimento de nossas campanhas, como a #MetaAColher, pois precisamos que a população esteja conosco e ajude a denunciar os casos de violência”, ressaltou o secretário.

Curso

A SSP também disponibilizará, a partir deste mês, o curso “Enfrentamento a Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres”. De acordo com Torres, o curso vai capacitar vítimas de violência e também toda a população que tenha interesse em conhecer as formas de violência e como agir nesses casos, de forma ampla e gratuita.

“Adotamos um sistema de Metas, Monitoramento e Avaliação (MMA) e a partir dele estamos constantemente analisando nossas açõesAnderson Torres, secretário de Segurança

Durante a cerimônia, o secretário falou ainda da importância da proximidade de instituições religiosas por meio da Aliança Distrital – Instituições Religiosas no enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar no combate à violência doméstica. “No dia do lançamento desse projeto, em fevereiro, já percebemos a importância de estarmos próximos dessas entidades, quando muitos deles chegaram até nós para compartilhar que vivenciaram situações semelhantes às que mostramos e que não sabiam o que fazer. A partir da adesão, que é voluntária, essas pessoas serão capacitadas para estarem aptas a fazer a orientação correta ou mesmo buscar ajuda, quando necessário”, finalizou o secretário.

E mais

O titular da pasta falou também de outras ações já implementadas, como o Viva Flor, o Maria da Penha On-Line, o Provid, as Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) e a reformulação da estratégia de divulgação dos vídeos de combate à violência de gênero da Turma da Mônica.

“Adotamos um sistema de Metas, Monitoramento e Avaliação (MMA) e a partir dele estamos constantemente analisando nossas ações. A partir dos resultados alcançados ano passado, mesmo diante de uma pandemia, conseguimos reduzir os feminicídios em 46,8% e o de violência doméstica em 5,4%. Se levarmos em consideração os meses de pandemia, a redução é ainda maior, de 57%, o que nos mostra que estamos no caminho certo, mas que iremos fortalecer ainda mais nossas ações”, ressaltou o secretário.

Aproveito para parabenizar a Segurança Pública do DF por focar não apenas na punição, mas principalmente na prevenção de crimes”Ericka Filippelli, secretária da Mulher

A importância de se integrar as forças de segurança e demais órgãos  também foi citada. “Desde o início desta gestão, o foco é a integração. Portanto, agradeço a todos os envolvidos, pois esta é uma causa de governo, e, principalmente, ao governador Ibaneis pela confiança em nosso trabalho, pois este é, sem dúvida, um dos motivos de continuarmos avançando em nossas conquistas”.

A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, reforçou a importância da parceria entre as pastas. “Só vamos conseguir a garantia de direitos e a proteção da mulher com a integração de todos os órgãos. Aproveito para parabenizar a Segurança Pública do DF por focar não apenas na punição, mas principalmente na prevenção de crimes”.

De acordo com a secretária, o estudo da Câmara Técnica contribuiu com programas como Mulheres Hiper Criativas e Oportunidade Mulher. “A partir desses dados verificamos que precisamos fazer a busca ativa das mulheres vítimas de violência, pois os dados apontam subnotificação desses casos, já que a maior parte das vítimas de feminicídio não buscaram ajuda antes do crime ser consumado, e que muitas delas dependiam financeiramente de seus companheiros”, argumenta Ericka.

A solenidade
Também estiveram presentes no evento o secretário executivo de Segurança Pública, Júlio Danilo, e de Gestão Integrada, Alciomar Goersh, gestores da SSP/DF, o coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídio e Feminicídio (CTMHF), o delegado Marcelo Zago.

Os chefes das forças de segurança, coronel William Bomfim (CBMDF) e Zélio Maia (Detran-DF) estiveram no evento. Representando a PCDF esteve a delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher I, delegada Ana Carolina Litran. Pela PMDF compareceu o coronel Hermerson.

*Com informações da SSP

AGÊNCIA BRASÍLIA

Conselho de Cultura do DF (CCDF) será presidido por mulheres

 


O órgão tem o importante papel de ouvir a comunidade cultural do Distrito Federal, que tem demandas específicas para cada região administrativa

Na eleição realizada na noite da terça-feira (16), Elizabeth Fernandes e Iara Alves foram escolhidas para comandar o Conselho de Cultura do Distrito Federal (CCDF) no próximo biênio. São duas mulheres com forte trajetória na comunicação e na cultura do Distrito Federal.

“Somos, Iara Alves e eu, duas mulheres à frente desse importante foro. Com trajetórias diferentes, mas que, com certeza, sempre enfrentamos e enfrentaremos a cobrança exponencial dirigida às mulheres por uma sociedade machista e preconceituosa”, observa a presidente.

Representante do governo, Elizabeth Fernandes assume a presidência, levando para a gestão uma larga experiência de 40 anos de carreira como jornalista, além de atividades como produtora artística.

“Trago também a experiência na Assessoria de Relações Institucionais do gabinete da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, que me trouxe uma visão mais ampla da questão cultural e dos desafios da gestão”.

Escolhida pela sociedade civil, Iara Alves, que assume a vice-presidência, é defensora dos direitos humanos e advogada. “Quero colocar toda minha força e energia para que a construção coletiva avance e que a gente consiga suavizar a dor e as dificuldades que a cadeia cultural está passando”.

Desafios e metas

“Considero que o mais importante desafio é fortalecer o Conselho de Cultura do DF, que é a instância de participação social do Sistema de Cultura do DF (SAC), ampliando o trabalho em toda sua esfera de competência, que inclui propor políticas, programas e diretrizes para o DF, além de avaliar as políticas públicas em execução”Elizabeth Fernandes, presidente eleita do Conselho de Cultura do DF

Juntas, Elizabeth e Iara vão conduzir discussões centrais para a cultura relacionando-as ao momento de pandemia e isolamento social, que afetam frontalmente a produção cultural.

Alguns temas importantes estão à vista: fortalecimento da Lei Orgânica da Cultura (LOC), descentralização e desconcentração do fomento da atividade cultural, capacitação dos Conselheiros Regionais de Cultura.

O CCDF tem um importante papel de ouvir a comunidade cultural do Distrito Federal, que tem demandas específicas para as regiões administrativas.

“Considero que o mais importante desafio é fortalecer o Conselho de Cultura do DF, que é a instância de participação social do Sistema de Cultura do DF (SAC), ampliando o trabalho em toda sua esfera de competência, que inclui propor políticas, programas e diretrizes para o DF, além de avaliar as políticas públicas em execução”, aponta Elizabeth.

Presidente poeta

No meio cultural, Elizabeth é Beth, poeta inspirada que brinca com as palavras criando sensações femininas a partir de seu olhar afetuoso sobre a vida e as coisas.

Em 2019, ela publicou o primeiro livro de poesia por uma editora alternativa, da periferia de Belo Horizonte, pela Coleção Mulherio das Letras, que foi uma das finalistas do Prêmio Jabuti.

CANTAR

“Só sei cantar afinado

com o coração ocupado

ou doendo de desocupação,

o sangue bulindo as veias,

ou arrepiando direção.

Só sei cantar afinado

quando abrigo um segredo

ou desenho fantasias,

a boca borrando vermelho

ou pobre de ousadia.

Só sei cantar afinado

com o coração ocupado.

Beth Fernandes

“Acho que sempre fui poeta, porque escrevo desde menina. Claro que o tempo e a vida apuram a percepção, a escrita flui e acaba pedindo para sair”, conta Beth, que finaliza o segundo livro, no qual a poesia vai se aliar ao conto para dizer um pouco mais do universo feminino.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

AGÊNCIA BRASÍLIA

Seleção feminina de tênis é convocada para Bille Jean King Cup

 


Brasileiras têm de vencer anfitriãs polonesas para avançar no torneio

Publicado em 17/03/2021 - 16:28 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

A capitã da seleção brasileira de tênis, Roberta Burzagli, convocou nesta quarta-feira (17) quatro atletas para o confronto diante da Polônia, país que sedia entre os dias 16 e 17 de abril a repescagem da edição 2020/2021 da Bille Jean King Cup, equivalente à Copa do Mundo da modalidade entre as mulheres.

Na lista estão três das quatro brasileiras mais bem colocadas no ranking mundial de simples da WTA, sigla em inglês referente à Associação Internacional de Tênis Feminino: Gabriela Cé (250ª), Carol Meligeni (370ª) e Laura Pigossi (374ª) - no último fim de semana, Pigossi venceu o W25  de Pune (Índia), seu segundo título na temporada. Outro destaque entre as convocadas é a paulistana Luisa Stefani, número 31 do mundo no ranking de duplas, duas vezes vice-campeã este ano, ao lado norte-americana Hayley Carter.

Diferentemente de outras convocações, somente quatro atletas puderam ser chamadas, e não cinco. A redução é exigência do protocolo sanitário adotado pela Federação Internacional de Tênis (ITF), organizadora da competição, devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). A principal ausência na equipe brasileira é a de Beatriz Haddad Maia, segunda jogadora do país mais bem colocada no ranking de simples. Ela priorizou a disputa de um torneio do circuito internacional na mesma semana.

"Teremos que seguir um vasto protocolo da ITF, fazendo teste para covid-19 e quarentena. É mais uma situação para a comissão técnica se manter atenta. Penso que será um confronto bastante interessante, pois a Polônia tem duas atletas top-100, tanto em simples quanto em duplas. Mas confio muito nas nossas jogadoras e na equipe que formamos. Mesmo com a paralisação de boa parte do calendário, nossas atletas estiveram ativas e competindo durante os últimos meses", comentou Burzagli, ao site da Confederação Brasileira de Tênis (CBT).

Laura Pigossi - tenista - brasileira
Laura Pigossi, de 26 anos, representará o país na Bille Jean King Cup, na Polônia, nos dias 16 e 17 de abril - CBT/Miriam/Heusi Action/Direitos Reservados

As partidas do torneio ocorrerão na cidade polonesa de Byton, em quadra rápida e coberta. Será o segundo confronto do Brasil na atual edição da Bille Jean King Cup. Na primeira fase, em fevereiro do ano passado, as brasileiras foram superadas pela Alemanha após quatro jogos e quatro derrotas. Para seguir entre as 16 integrantes do Grupo Mundial, a seleção nacional tem que derrotar a Polônia, que se credenciou à repescagem ao superar a Suécia, pelo Grupo 1 do classificatório europeu. O destaque polonês é Iga Swiatek, de apenas 19 anos e 16ª colocada do ranking da WTA em simples.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues


Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Atletismo: de olho em Tóquio, brasileiros treinam e competem nos EUA

 


Primeiro grupo, com 18 atletas, chegou nesta quarta na Califórnia

Publicado em 17/03/2021 - 15:15 Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

De olho na Olimpíada de Tóquio, o primeiro grupo de brasileiros chegou nesta quarta-feira (17) nos Estados Unidos. O time composto por 18 atletas participa de mais um período de treinamentos e de uma competição no Centro Olímpico de Chula Vista, na Califórnia. Dos 18 atletas, 15 saíram na noite de terça-feira (16) do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e Érica Sena, atleta da marcha atlética, e o técnico André Chocho, que viajaram de Cuenca, no Equador, e o técnico José Luís Martínez, que embarcou em Madri, na Espanha. Além dos treinamentos na excelente estrutura do Centro Olímpico, os brasileiros do primeiro grupo participarão de algumas competições previstas no calendário norte-americano, a partir de 3 de abril, justamente em Chula Vista.

O segundo grupo, com atletas integrantes dos revezamentos 4x400 misto e 4x400 m masculino, segue para os Estados Unidos no dia 11 de abril. A programação é de o período de preparação terminar no dia 19 de abril, quando os atletas convocados para o Mundial viajam para Rio Maior, em Portugal. Lá os brasileiros farão a aclimatação e em seguida vão para a Polônia. No país do leste europeu, participarão do torneio na Silésia, que servirá também de seletiva olímpica, entre os dias 1º e 2 de maio.

O 4x100 m masculino e o 4x400 m misto já estão qualificados para os Jogos de Tóquio. Mas o revezamento 4x100 m feminino e o 4x400 m masculino tentarão a classificação no torneio da Polônia. Para carimbarem o passaporte, os times precisarão chegar às finais das respectivas provas.

“Este camping veio na hora certa porque as pistas do Pinheiros e do Núcleo de Alto Rendimento, em São Paulo, estão fechadas nesta fase emergencial. Digo aos atletas que somos abençoados e tudo está caminhando para fazermos a melhor preparação possível. No caso do 4x100 m masculino vamos defender o título de campeão mundial de revezamentos,” disse, à assessoria da CBAt, Felipe de Siqueira, responsável pela equipe 4x100 masculina que foi campeã mundial no Japão em 2019.

Desde setembro treinando somente de forma virtual com o espanhol José Luís Martínez, a lançadora do disco Fernanda Borges (AABLU) está ansiosa. “Estou muito animada com a oportunidade de voltar a trabalhar ao lado dele. O objetivo é fazer uma boa preparação, participar de competições em busca do índice olímpico”, afirmou a gaúcha sexta colocada no disco no Mundial de Doha-2019 à assessoria da CBAt.

Já classificada à Olimpíada na provas dos 20km da Marcha Atlética, Érica Sena (Pinheiros) busca aproveitar a estrutra do CT. “O objetivo é poder treinar mais tranquilo e ter uma boa estrutura. Quero treinar mais forte já que em Chula Vista o clima é bom e fica ao nível do mar”, disse a atleta, que mora em Cuenca, Equador.

A iniciativa só foi viabilizada nesse período de grave crise sanitária em todo mundo por causa do coronavírus (covid-19) pela ação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e junto ao Comitê Olímpico dos Estados Unidos. Esse período integra o Programa de Preparação Olímpica (PPO) da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e do COB.

Conheça a equipe brasileira que participa dos treinos:

Atletas

Felipe Bardi dos Santos (SESI-SP) - 4x100 m

Paulo André de Oliveira (Pinheiros) - 4x100 m

Rodrigo Nascimento (Projeto Atletismo Maranhão) - 4x100 m

Derick de Souza (Pinheiros) - 4x100 m

Aldemir Gomes Júnior (Pinheiros) - 4x100 m

Vitor Hugo dos Santos (Projeto Atletismo Maranhão) - 4x100 m

Luís Gabriel Pereira Silva (Memorial) - 4x100 m

Jorge Henrique Vides (Pinheiros) - 4x100 m

Vitoria Rosa (Pinheiros) - 4x100 m

Ana Carolina Azevedo (Projeto Atletismo Maranhão) - 4x100 m

Rosangela Santos (Pinheiros) - 4x100 m

Lorraine Martins (Pinheiros) - 4x100 m

Bruna Jessica Farias (Pinheiros) - 4x100 m

Andressa Moreira Fidelis (Pinheiros) - 4x100 m

Gabriel Constantino (Pinheiros) - 110 m com barreiras

Alison Brendom dos Santos (Pinheiros) - 400 m com barreiras

Fernanda Borges (AABLU) - lançamento do disco

Érica Sena (Pinheiros) - 20 km marcha atlética

Treinadores

Carlos Alberto Cavalheiro - coordenador/COB

Felipe de Siqueira da Silva (SP)

Carlos José Camilo de Oliveira (ES)

Victor Fernandes (SP)

Darci Ferreira da Silva (SP)

Vania Maria Ferreira Valentino (RJ)

Renan Valdiero (RJ)

Andrés Chocho (Equador)

José Luís Martínez (Espanha)

Área médica

Leonardo Kenji Hirao (médico)

Vitor Stefanini (fisioterapeuta)

Dalvirene de Paiva Fragoso (massoterapeuta)

Oficial da CBAt

Fernando dos Reis

Edição: Gustavo Faria

 Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo



Itambé/Minas vence Brasília Vôlei e está na semifinal da Superliga

 


Mineiras batem candangas de novo por 3 sets a 0 e fecham a série

Publicado em 17/03/2021 - 17:15 Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Na tarde desta quarta-feira (17), o Itambé/Minas bateu o Brasília Vôlei (DF) por 3 sets a 0 (25/13, 25/17 e 25/16). Com a vitória no segundo jogo do playoff melhor de três pelas quartas de final, na Arena Minas, em Belo Horizonte (MG), a equipe mineira é a segunda classificada à semifinal da Superliga Feminina de vôlei.

A principal jogada da partida foi a ponteira norte-americana Megan Easy. Com 11 pontos, ela recebeu o Troféu VivaVôlei. “Nós jogamos como um time e acredito que isso foi a chave para a vitória. O Brasília Vôlei é um time que defende muito bem, o jogo teve rallys longos e conseguimos vencer a maioria de deles. Nós também sacamos com eficiência. Também foi muito bom ter a Dani Cuttino de volta ao time”, disse Megan Easy à assessoria da CBV.

A central bicampeã olímpica Thaisa foi a maior pontuadora do confronto, com 16 pontos (10 de ataque e seis de bloqueio). Pelo lado do Brasília Vôlei, a central Edna marcou oito pontos. Além do Minas, o Osasco São Cristóvão Saúde também já está garantido na semifinal depois de duas vitórias contra o Curitiba Vôlei (PR). O próximo adversário do Minas sai do duelo entre Sesi Vôlei Bauru (SP) e Sesc RJ Flamengo (RJ), que estão empatados depois de dois jogos. A partida decisiva está marcada para o dia 19, na Gávea, no Rio de Janeiro.

Edição: Gustavo Faria


Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Cientistas divulgam hipótese sobre o que aconteceu com água em Marte

 


Planeta pode ter tido volume de água equivalente ao Oceano Atlântico

Publicado em 17/03/2021 - 16:19 Por Will Dunham - Estados Unidos

Reuters

Marte já foi um mundo úmido, com água abundante na superfície. Mas isto mudou dramaticamente bilhões de anos atrás, o que deixou para trás a paisagem desolada que conhecemos hoje. Então o que aconteceu com a água? Cientistas têm uma nova hipótese.

Pesquisadores disseram nesta semana que algo entre 30% e 99% dela pode estar retido atualmente dentro de minerais na crosta marciana, o que contraria a ideia já antiga de que ela simplesmente se perdeu no espaço escapando pela atmosfera superior.

"Achamos que a maior parte da água de Marte se perdeu na crosta. A água se perdeu três bilhões de anos atrás, o que significa que Marte é o planeta seco que é hoje há três bilhões de anos", disse Eva Scheller, doutoranda no Instituto de Tecnologia da Califórnia e principal autora do estudo financiado pela Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) e publicado nesta terça-feira (16) no periódico científico Science.

No início de sua história, Marte pode ter possuído água líquida em sua superfície aproximadamente equivalente, em volume, a metade do Oceano Atlântico — o suficiente para ter coberto todo o planeta com água, talvez a uma profundidade de 1,6 quilômetro.

Presa em minerais

A água é composta de um átomo de oxigênio e dois de hidrogênio. A quantidade de um isótopo de hidrogênio, ou variante, chamado deutério presente em Marte fornece algumas pistas sobre a perda de água. À diferença da maioria dos átomos de hidrogênio que só têm um único próton dentro do núcleo atômico, o deutério - ou hidrogênio "pesado" - conta com um próton e um nêutron.

O hidrogênio comum pode escapar pela atmosfera rumo ao espaço mais imediatamente do que o deutério. Segundo os cientistas, a perda de água pela atmosfera deixaria para trás uma proporção muito grande de deutério na comparação com o hidrogênio comum. Os pesquisadores usaram um modelo que simulou a composição do isótopo de hidrogênio e o volume de água de Marte.

"Existem três processos essenciais dentro deste modelo: injeção de água do vulcanismo, perda de água para o espaço e perda de água para a crosta. Através deste modelo, e comparando-o com nossa série de dados de isótopo de hidrogênio, podemos calcular quanta água se perdeu para o espaço e para a crosta", disse Scheller.

Os pesquisadores sugeriram que grande parte da água não saiu do planeta, mas acabou presa em vários minerais que contêm água como parte de sua estrutura mineral - argilas e sulfatos em particular.


Por Will Dunham - Estados Unidos


IBGE: vegetação nativa teve maior redução de 2000 a 2018 no PA e em MT

 


Dados foram divulgados hoje pelo IBGE

Publicado em 17/03/2021 - 10:05 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Diante do avanço das atividades produtivas - principalmente agricultura, pecuária e silvicultura - as vegetações nativas de algumas unidades da Federação sofreram significativa perda ao longo do período 2000-2018. O Pará teve uma redução de 118.302 quilômetros quadrados (km²) de vegetação nativa, seguido de Mato Grosso, com redução de 93.906 km².

Os dois estados foram os que mais perderam vegetação nativa (florestal e campestre), segundo o Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra: estatísticas desagregadas por UF, divulgado hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, a dinâmica de perda de vegetação nativa em Mato Grosso corresponde, principalmente, à substituição de vegetação florestal por áreas agrícolas, de pastagem com manejo e de mosaicos florestais (áreas caracterizadas por ocupações mistas), e de vegetação campestre por áreas agrícolas e de pastagem com manejo.

De 2000 a 2018, Mato Grosso foi o estado que teve a maior expansão da área agrícola, com acréscimo de 50.616 km². Principal fronteira agrícola do país, o estado foi o segundo entre as unidades da Federação com maior aumento de área de pastagem com manejo, com 45.449 km².

Ouça na Radioagência Nacional

 

“O maior avanço da área agrícola está no norte de Mato Grosso, na região de Sinop”, disse o responsável pelo monitoramento, Fernando Dias.

Conforme o levantamento, a dinâmica de perda de vegetação nativa no Pará corresponde, principalmente, à substituição de vegetação florestal por áreas de pastagem com manejo e de mosaicos florestais.

De 2000 a 2018, o Pará teve expansão de 83.400 km² de pastagem com manejo, a maior entre os estados. Nesse período, a vegetação florestal também foi substituída por mosaicos florestais em uma área de 58.890 km².

“O Pará tem a característica de ser um estado grande. Essa substituição da vegetação florestal por pasto com manejo ocorreu principalmente entre 2000 e 2010 na parte leste”, afirmou o pesquisador do IBGE.

Bahia, Piauí e Maranhão responderam por 91,74% do aumento de áreas agrícolas no Nordeste de 2000 a 2018, que ocorreu, principalmente, sobre áreas de vegetação campestre na região denominada Matopiba (onde os três estados se encontram e também com o Tocantins).

No mesmo período, São Paulo foi o segundo entre as unidades da Federação com maior acréscimo de áreas agrícolas, com 22.290 km². Em 2018, Minas Gerais apresentava a maior área de silvicultura (principalmente plantio de eucalipto) do país, representando 22,97% do total do território nacional ocupado por essa classe de atividade.

Goiás é o terceiro estado com maior acréscimo de área agrícola do país, com 19.619 km² ,e Mato Grosso do Sul, primeiro entre as unidades da Federação em aumento de área de silvicultura, com 7.545 km².

Segundo o IBGE, a conversão de pastagem com manejo para área agrícola é um método habitual entre os produtores brasileiros. A dinâmica de ocupação em áreas florestais segue uma sequência, primeiro com retirada da vegetação nativa, seguida da implantação de pastagens e, depois de alguns anos, a introdução de áreas agrícolas.

Dias acrescentou que quando a área começa a ter melhor acesso, como uma estrada de terra ou asfaltada, observa-se a introdução da agricultura.

Nas regiões de Cerrado, Caatinga, Pampa, segundo o pesquisador, é possível verificar comumente a retirada da vegetação campestre para a implantação mais imediata da agricultura.

Em 2018, as áreas agrícolas ocupavam 40,82% da superfície do estado de São Paulo, 35,99% do Rio Grande do Sul e 35,92% do Paraná. No caso da pecuária, as pastagens com manejo ocupavam 44,79% da área do estado de Goiás, 41,98% de Mato Grosso do Sul e 29,85% de Rondônia em 2018.

Em termos de vegetação nativa, no mesmo ano, os estados que apresentam as maiores proporções de cobertura florestal em relação a sua área total foram Amazonas (91,71%), Acre (86,57%) e Amapá (78,87%). As maiores proporções de vegetação campestre (que inclui a flora típica do Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal) estão em Tocantins (61,73%), Piauí (58,72%) e no Rio Grande do Norte (58,35%).

Esta é a primeira vez que o IBGE divulga a contabilidade do uso da terra para as unidades da Federação, com dados dos anos de 2000, 2010, 2012, 2014, 2016 e 2018.

Edição: Graça Adjuto



Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Prefeitura terá que desocupar prédios irregulares em comunidade do Rio

 


Em 2019, dois prédios ilegais desabaram matando 24 pessoas

Publicado em 17/03/2021 - 12:10 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Justiça do Rio de Janeiro determinou que a prefeitura carioca desocupe prédios construídos de maneira irregular na comunidade da Muzema, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Em abril de 2019, dois prédios ilegais desabaram na favela, matando 24 pessoas.

A decisão foi tomada pela 2ª Vara de Fazenda Pública do Rio a pedido do Ministério Público Estadual (MPRJ). A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do MPRJ.

A prefeitura, que tem 15 dias para cumprir a decisão, tomada em 10 de março, deverá cadastrar todos os moradores desses imóveis que precisarão de aluguel social.

O MPRJ ajuizou a ação civil pública porque, segundo a instituição, o município não impediu as construções irregulares no local, não removeu os moradores de lá e nem demoliu os imóveis já construídos. O objetivo da ação é garantir a integridade física dos moradores, devidos aos riscos de deslizamento de encostas (que ficam próximas a esses prédios) e de desabamento dos edifícios.

A Procuradoria Geral do Município do Rio informou que, neste momento, está avaliando a decisão judicial.

Edição: Valéria Aguiar


Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Efeito do fechamento de escolas durante a pandemia pode durar 15 anos

 


Impacto no aprendizado e na produtividade será de catástrofe, diz SPE

Publicado em 17/03/2021 - 14:53 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O fechamento das escolas durante a pandemia de covid-19 poderá ter impacto profundo e de longa duração – cerca de 15 anos – sobre a economia brasileira. A avaliação é da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, que divulgou hoje (17) o Boletim MacroFiscal com um box especial sobre os custos socioeconômicos dessa medida.

Segundo a secretaria, o impacto será sentido no Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas os bens e riquezas produzidos no país), no aprendizado e produtividade do trabalho e no aumento na desigualdade social, já que o acesso ao ensino remoto, ofertado em substituição às aulas presenciais, é distinto, de acordo com as faixas de renda da população.

A SPE considerou que os efeitos da atual crise podem se estender até o final de 2022, resultando em um hiato de três anos na educação de uma grande parcela da população que hoje tem entre 5 e 20 anos (idade escolar). “Um prejuízo de dimensões incalculáveis”, diz o boletim.

“Há duas formas extremas de lidar com o problema. É possível imaginar também soluções intermediárias entre elas. A primeira seria simplesmente deixar o hiato educacional cobrar seu preço no estoque de capital humano brasileiro, de modo que jovens entrem no mercado de trabalho com a mesma idade que entrariam sem a pandemia, porém com uma quantidade menor de anos de educação formal”, diz o boletim. “Essa alternativa seria uma verdadeira catástrofe na acumulação de capital humano e na produtividade do trabalho de uma geração inteira”, avaliou a SPE.

A segunda alternativa seria cobrir esse hiato com anos adicionais de estudo após o término da pandemia. “Mas o efeito visual de se postergar por três anos a entrada dos jovens no mercado de trabalho é ‘dramático’”, diz a secretaria, já que haverá uma proporção menor de adultos em idade laboral e, assim, um encolhimento da população que gera riqueza no país.

De acordo com o boletim, esse efeito deve durar por aproximadamente 15 anos após o término da pandemia, possivelmente até 2038, até que toda essa parcela da população atingida com a paralisação das aulas entre no mercado de trabalho. “Portanto, escolas fechadas hoje causam um país mais pobre amanhã. E esse amanhã deve perdurar por quase duas décadas.”

Desigualdade de renda

Por outro lado, o boletim destaca que o impacto negativo da pandemia sobre o aprendizado dos alunos não é homogêneo na população, já que há o ensino remoto como substituto do ensino presencial, “embora esteja longe de ser um substituto perfeito”. “Ele [o impacto] tende a ser tanto maior quanto mais baixa é a renda familiar, uma vez que a existência de barreiras para o estudo remoto correlaciona-se fortemente com a renda. Um computador conectado à internet, e um ambiente adequado na residência para o ensino a distância, são requisitos praticamente inatingíveis para milhões de famílias de baixa renda”, acrescenta o boletim.

Para a SPE, é possível, inclusive, que crianças que têm condições materiais para acesso ao ensino a distância também tenham experimentado algum déficit de aprendizado, mas “o prejuízo terá sido muito maior para crianças pobres, porque foram destituídas de qualquer tipo de ensino em 2020”.

A secretaria explica ainda que os efeitos da educação sobre o crescimento econômico são muito bem documentados na literatura macroeconômica e estima-se que cada ano adicional de educação é capaz de impulsionar o crescimento do PIB em cerca de 0,58% no longo prazo. Outra estimativa é que aproximadamente 40% da diferença de renda entre o Brasil e os Estados Unidos são fruto do atraso educacional em nosso país.

“Para se ter uma ideia, enquanto em países desenvolvidos, como a Alemanha e os Estados Unidos, a população tenha médias de anos de estudo de 13 ou 14 anos, no Brasil esse número é pouco maior do que 7 anos. Essa diferença evidencia não só uma das razões para o tímido crescimento brasileiro, como também para a baixa qualidade de vida do nosso povo”, diz o boletim.

Além disso, os impactos do baixo nível educacional somam-se a questões relacionadas à disponibilidade de escolas e creches, o que reduz a oferta de mão de obra, em especial, das mulheres; à qualidade do ensino e uma cadeia de outras conexões, como evasão escolar e saúde mental, que potencializam os efeitos da educação sobre o bem-estar econômico no curto e no longo prazos. E isso tende a ser transmitido para as gerações futuras.

Para a SPE, as ações de fechamento de escolas foram justificáveis diante da total incerteza no início da pandemia, mas evidencias recentes vêm demonstrando que a abertura delas pode não ser um fator de risco para a propagação do coronavírus.

“Nosso país optou pelo fechamento completo das escolas públicas no ano de 2020 e por um período muito mais extenso do que o registrado em outros países (média de 40 semanas no Brasil, contra 22 semanas no resto do mundo). E mais: essa política persiste, ressalvadas algumas exceções, em 2021. Nesse sentido, todos os números apresentados até aqui podem ser entendidos como a previsão mais otimista dentre as possibilidades”, ressalta o boletim da SPE.

Edição: Nádia Franco


Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília