quarta-feira, 17 de março de 2021

Seleção feminina de tênis é convocada para Bille Jean King Cup

 


Brasileiras têm de vencer anfitriãs polonesas para avançar no torneio

Publicado em 17/03/2021 - 16:28 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

A capitã da seleção brasileira de tênis, Roberta Burzagli, convocou nesta quarta-feira (17) quatro atletas para o confronto diante da Polônia, país que sedia entre os dias 16 e 17 de abril a repescagem da edição 2020/2021 da Bille Jean King Cup, equivalente à Copa do Mundo da modalidade entre as mulheres.

Na lista estão três das quatro brasileiras mais bem colocadas no ranking mundial de simples da WTA, sigla em inglês referente à Associação Internacional de Tênis Feminino: Gabriela Cé (250ª), Carol Meligeni (370ª) e Laura Pigossi (374ª) - no último fim de semana, Pigossi venceu o W25  de Pune (Índia), seu segundo título na temporada. Outro destaque entre as convocadas é a paulistana Luisa Stefani, número 31 do mundo no ranking de duplas, duas vezes vice-campeã este ano, ao lado norte-americana Hayley Carter.

Diferentemente de outras convocações, somente quatro atletas puderam ser chamadas, e não cinco. A redução é exigência do protocolo sanitário adotado pela Federação Internacional de Tênis (ITF), organizadora da competição, devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). A principal ausência na equipe brasileira é a de Beatriz Haddad Maia, segunda jogadora do país mais bem colocada no ranking de simples. Ela priorizou a disputa de um torneio do circuito internacional na mesma semana.

"Teremos que seguir um vasto protocolo da ITF, fazendo teste para covid-19 e quarentena. É mais uma situação para a comissão técnica se manter atenta. Penso que será um confronto bastante interessante, pois a Polônia tem duas atletas top-100, tanto em simples quanto em duplas. Mas confio muito nas nossas jogadoras e na equipe que formamos. Mesmo com a paralisação de boa parte do calendário, nossas atletas estiveram ativas e competindo durante os últimos meses", comentou Burzagli, ao site da Confederação Brasileira de Tênis (CBT).

Laura Pigossi - tenista - brasileira
Laura Pigossi, de 26 anos, representará o país na Bille Jean King Cup, na Polônia, nos dias 16 e 17 de abril - CBT/Miriam/Heusi Action/Direitos Reservados

As partidas do torneio ocorrerão na cidade polonesa de Byton, em quadra rápida e coberta. Será o segundo confronto do Brasil na atual edição da Bille Jean King Cup. Na primeira fase, em fevereiro do ano passado, as brasileiras foram superadas pela Alemanha após quatro jogos e quatro derrotas. Para seguir entre as 16 integrantes do Grupo Mundial, a seleção nacional tem que derrotar a Polônia, que se credenciou à repescagem ao superar a Suécia, pelo Grupo 1 do classificatório europeu. O destaque polonês é Iga Swiatek, de apenas 19 anos e 16ª colocada do ranking da WTA em simples.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues


Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Atletismo: de olho em Tóquio, brasileiros treinam e competem nos EUA

 


Primeiro grupo, com 18 atletas, chegou nesta quarta na Califórnia

Publicado em 17/03/2021 - 15:15 Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

De olho na Olimpíada de Tóquio, o primeiro grupo de brasileiros chegou nesta quarta-feira (17) nos Estados Unidos. O time composto por 18 atletas participa de mais um período de treinamentos e de uma competição no Centro Olímpico de Chula Vista, na Califórnia. Dos 18 atletas, 15 saíram na noite de terça-feira (16) do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e Érica Sena, atleta da marcha atlética, e o técnico André Chocho, que viajaram de Cuenca, no Equador, e o técnico José Luís Martínez, que embarcou em Madri, na Espanha. Além dos treinamentos na excelente estrutura do Centro Olímpico, os brasileiros do primeiro grupo participarão de algumas competições previstas no calendário norte-americano, a partir de 3 de abril, justamente em Chula Vista.

O segundo grupo, com atletas integrantes dos revezamentos 4x400 misto e 4x400 m masculino, segue para os Estados Unidos no dia 11 de abril. A programação é de o período de preparação terminar no dia 19 de abril, quando os atletas convocados para o Mundial viajam para Rio Maior, em Portugal. Lá os brasileiros farão a aclimatação e em seguida vão para a Polônia. No país do leste europeu, participarão do torneio na Silésia, que servirá também de seletiva olímpica, entre os dias 1º e 2 de maio.

O 4x100 m masculino e o 4x400 m misto já estão qualificados para os Jogos de Tóquio. Mas o revezamento 4x100 m feminino e o 4x400 m masculino tentarão a classificação no torneio da Polônia. Para carimbarem o passaporte, os times precisarão chegar às finais das respectivas provas.

“Este camping veio na hora certa porque as pistas do Pinheiros e do Núcleo de Alto Rendimento, em São Paulo, estão fechadas nesta fase emergencial. Digo aos atletas que somos abençoados e tudo está caminhando para fazermos a melhor preparação possível. No caso do 4x100 m masculino vamos defender o título de campeão mundial de revezamentos,” disse, à assessoria da CBAt, Felipe de Siqueira, responsável pela equipe 4x100 masculina que foi campeã mundial no Japão em 2019.

Desde setembro treinando somente de forma virtual com o espanhol José Luís Martínez, a lançadora do disco Fernanda Borges (AABLU) está ansiosa. “Estou muito animada com a oportunidade de voltar a trabalhar ao lado dele. O objetivo é fazer uma boa preparação, participar de competições em busca do índice olímpico”, afirmou a gaúcha sexta colocada no disco no Mundial de Doha-2019 à assessoria da CBAt.

Já classificada à Olimpíada na provas dos 20km da Marcha Atlética, Érica Sena (Pinheiros) busca aproveitar a estrutra do CT. “O objetivo é poder treinar mais tranquilo e ter uma boa estrutura. Quero treinar mais forte já que em Chula Vista o clima é bom e fica ao nível do mar”, disse a atleta, que mora em Cuenca, Equador.

A iniciativa só foi viabilizada nesse período de grave crise sanitária em todo mundo por causa do coronavírus (covid-19) pela ação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e junto ao Comitê Olímpico dos Estados Unidos. Esse período integra o Programa de Preparação Olímpica (PPO) da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e do COB.

Conheça a equipe brasileira que participa dos treinos:

Atletas

Felipe Bardi dos Santos (SESI-SP) - 4x100 m

Paulo André de Oliveira (Pinheiros) - 4x100 m

Rodrigo Nascimento (Projeto Atletismo Maranhão) - 4x100 m

Derick de Souza (Pinheiros) - 4x100 m

Aldemir Gomes Júnior (Pinheiros) - 4x100 m

Vitor Hugo dos Santos (Projeto Atletismo Maranhão) - 4x100 m

Luís Gabriel Pereira Silva (Memorial) - 4x100 m

Jorge Henrique Vides (Pinheiros) - 4x100 m

Vitoria Rosa (Pinheiros) - 4x100 m

Ana Carolina Azevedo (Projeto Atletismo Maranhão) - 4x100 m

Rosangela Santos (Pinheiros) - 4x100 m

Lorraine Martins (Pinheiros) - 4x100 m

Bruna Jessica Farias (Pinheiros) - 4x100 m

Andressa Moreira Fidelis (Pinheiros) - 4x100 m

Gabriel Constantino (Pinheiros) - 110 m com barreiras

Alison Brendom dos Santos (Pinheiros) - 400 m com barreiras

Fernanda Borges (AABLU) - lançamento do disco

Érica Sena (Pinheiros) - 20 km marcha atlética

Treinadores

Carlos Alberto Cavalheiro - coordenador/COB

Felipe de Siqueira da Silva (SP)

Carlos José Camilo de Oliveira (ES)

Victor Fernandes (SP)

Darci Ferreira da Silva (SP)

Vania Maria Ferreira Valentino (RJ)

Renan Valdiero (RJ)

Andrés Chocho (Equador)

José Luís Martínez (Espanha)

Área médica

Leonardo Kenji Hirao (médico)

Vitor Stefanini (fisioterapeuta)

Dalvirene de Paiva Fragoso (massoterapeuta)

Oficial da CBAt

Fernando dos Reis

Edição: Gustavo Faria

 Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo



Itambé/Minas vence Brasília Vôlei e está na semifinal da Superliga

 


Mineiras batem candangas de novo por 3 sets a 0 e fecham a série

Publicado em 17/03/2021 - 17:15 Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Na tarde desta quarta-feira (17), o Itambé/Minas bateu o Brasília Vôlei (DF) por 3 sets a 0 (25/13, 25/17 e 25/16). Com a vitória no segundo jogo do playoff melhor de três pelas quartas de final, na Arena Minas, em Belo Horizonte (MG), a equipe mineira é a segunda classificada à semifinal da Superliga Feminina de vôlei.

A principal jogada da partida foi a ponteira norte-americana Megan Easy. Com 11 pontos, ela recebeu o Troféu VivaVôlei. “Nós jogamos como um time e acredito que isso foi a chave para a vitória. O Brasília Vôlei é um time que defende muito bem, o jogo teve rallys longos e conseguimos vencer a maioria de deles. Nós também sacamos com eficiência. Também foi muito bom ter a Dani Cuttino de volta ao time”, disse Megan Easy à assessoria da CBV.

A central bicampeã olímpica Thaisa foi a maior pontuadora do confronto, com 16 pontos (10 de ataque e seis de bloqueio). Pelo lado do Brasília Vôlei, a central Edna marcou oito pontos. Além do Minas, o Osasco São Cristóvão Saúde também já está garantido na semifinal depois de duas vitórias contra o Curitiba Vôlei (PR). O próximo adversário do Minas sai do duelo entre Sesi Vôlei Bauru (SP) e Sesc RJ Flamengo (RJ), que estão empatados depois de dois jogos. A partida decisiva está marcada para o dia 19, na Gávea, no Rio de Janeiro.

Edição: Gustavo Faria


Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Cientistas divulgam hipótese sobre o que aconteceu com água em Marte

 


Planeta pode ter tido volume de água equivalente ao Oceano Atlântico

Publicado em 17/03/2021 - 16:19 Por Will Dunham - Estados Unidos

Reuters

Marte já foi um mundo úmido, com água abundante na superfície. Mas isto mudou dramaticamente bilhões de anos atrás, o que deixou para trás a paisagem desolada que conhecemos hoje. Então o que aconteceu com a água? Cientistas têm uma nova hipótese.

Pesquisadores disseram nesta semana que algo entre 30% e 99% dela pode estar retido atualmente dentro de minerais na crosta marciana, o que contraria a ideia já antiga de que ela simplesmente se perdeu no espaço escapando pela atmosfera superior.

"Achamos que a maior parte da água de Marte se perdeu na crosta. A água se perdeu três bilhões de anos atrás, o que significa que Marte é o planeta seco que é hoje há três bilhões de anos", disse Eva Scheller, doutoranda no Instituto de Tecnologia da Califórnia e principal autora do estudo financiado pela Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) e publicado nesta terça-feira (16) no periódico científico Science.

No início de sua história, Marte pode ter possuído água líquida em sua superfície aproximadamente equivalente, em volume, a metade do Oceano Atlântico — o suficiente para ter coberto todo o planeta com água, talvez a uma profundidade de 1,6 quilômetro.

Presa em minerais

A água é composta de um átomo de oxigênio e dois de hidrogênio. A quantidade de um isótopo de hidrogênio, ou variante, chamado deutério presente em Marte fornece algumas pistas sobre a perda de água. À diferença da maioria dos átomos de hidrogênio que só têm um único próton dentro do núcleo atômico, o deutério - ou hidrogênio "pesado" - conta com um próton e um nêutron.

O hidrogênio comum pode escapar pela atmosfera rumo ao espaço mais imediatamente do que o deutério. Segundo os cientistas, a perda de água pela atmosfera deixaria para trás uma proporção muito grande de deutério na comparação com o hidrogênio comum. Os pesquisadores usaram um modelo que simulou a composição do isótopo de hidrogênio e o volume de água de Marte.

"Existem três processos essenciais dentro deste modelo: injeção de água do vulcanismo, perda de água para o espaço e perda de água para a crosta. Através deste modelo, e comparando-o com nossa série de dados de isótopo de hidrogênio, podemos calcular quanta água se perdeu para o espaço e para a crosta", disse Scheller.

Os pesquisadores sugeriram que grande parte da água não saiu do planeta, mas acabou presa em vários minerais que contêm água como parte de sua estrutura mineral - argilas e sulfatos em particular.


Por Will Dunham - Estados Unidos


IBGE: vegetação nativa teve maior redução de 2000 a 2018 no PA e em MT

 


Dados foram divulgados hoje pelo IBGE

Publicado em 17/03/2021 - 10:05 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Diante do avanço das atividades produtivas - principalmente agricultura, pecuária e silvicultura - as vegetações nativas de algumas unidades da Federação sofreram significativa perda ao longo do período 2000-2018. O Pará teve uma redução de 118.302 quilômetros quadrados (km²) de vegetação nativa, seguido de Mato Grosso, com redução de 93.906 km².

Os dois estados foram os que mais perderam vegetação nativa (florestal e campestre), segundo o Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra: estatísticas desagregadas por UF, divulgado hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, a dinâmica de perda de vegetação nativa em Mato Grosso corresponde, principalmente, à substituição de vegetação florestal por áreas agrícolas, de pastagem com manejo e de mosaicos florestais (áreas caracterizadas por ocupações mistas), e de vegetação campestre por áreas agrícolas e de pastagem com manejo.

De 2000 a 2018, Mato Grosso foi o estado que teve a maior expansão da área agrícola, com acréscimo de 50.616 km². Principal fronteira agrícola do país, o estado foi o segundo entre as unidades da Federação com maior aumento de área de pastagem com manejo, com 45.449 km².

Ouça na Radioagência Nacional

 

“O maior avanço da área agrícola está no norte de Mato Grosso, na região de Sinop”, disse o responsável pelo monitoramento, Fernando Dias.

Conforme o levantamento, a dinâmica de perda de vegetação nativa no Pará corresponde, principalmente, à substituição de vegetação florestal por áreas de pastagem com manejo e de mosaicos florestais.

De 2000 a 2018, o Pará teve expansão de 83.400 km² de pastagem com manejo, a maior entre os estados. Nesse período, a vegetação florestal também foi substituída por mosaicos florestais em uma área de 58.890 km².

“O Pará tem a característica de ser um estado grande. Essa substituição da vegetação florestal por pasto com manejo ocorreu principalmente entre 2000 e 2010 na parte leste”, afirmou o pesquisador do IBGE.

Bahia, Piauí e Maranhão responderam por 91,74% do aumento de áreas agrícolas no Nordeste de 2000 a 2018, que ocorreu, principalmente, sobre áreas de vegetação campestre na região denominada Matopiba (onde os três estados se encontram e também com o Tocantins).

No mesmo período, São Paulo foi o segundo entre as unidades da Federação com maior acréscimo de áreas agrícolas, com 22.290 km². Em 2018, Minas Gerais apresentava a maior área de silvicultura (principalmente plantio de eucalipto) do país, representando 22,97% do total do território nacional ocupado por essa classe de atividade.

Goiás é o terceiro estado com maior acréscimo de área agrícola do país, com 19.619 km² ,e Mato Grosso do Sul, primeiro entre as unidades da Federação em aumento de área de silvicultura, com 7.545 km².

Segundo o IBGE, a conversão de pastagem com manejo para área agrícola é um método habitual entre os produtores brasileiros. A dinâmica de ocupação em áreas florestais segue uma sequência, primeiro com retirada da vegetação nativa, seguida da implantação de pastagens e, depois de alguns anos, a introdução de áreas agrícolas.

Dias acrescentou que quando a área começa a ter melhor acesso, como uma estrada de terra ou asfaltada, observa-se a introdução da agricultura.

Nas regiões de Cerrado, Caatinga, Pampa, segundo o pesquisador, é possível verificar comumente a retirada da vegetação campestre para a implantação mais imediata da agricultura.

Em 2018, as áreas agrícolas ocupavam 40,82% da superfície do estado de São Paulo, 35,99% do Rio Grande do Sul e 35,92% do Paraná. No caso da pecuária, as pastagens com manejo ocupavam 44,79% da área do estado de Goiás, 41,98% de Mato Grosso do Sul e 29,85% de Rondônia em 2018.

Em termos de vegetação nativa, no mesmo ano, os estados que apresentam as maiores proporções de cobertura florestal em relação a sua área total foram Amazonas (91,71%), Acre (86,57%) e Amapá (78,87%). As maiores proporções de vegetação campestre (que inclui a flora típica do Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal) estão em Tocantins (61,73%), Piauí (58,72%) e no Rio Grande do Norte (58,35%).

Esta é a primeira vez que o IBGE divulga a contabilidade do uso da terra para as unidades da Federação, com dados dos anos de 2000, 2010, 2012, 2014, 2016 e 2018.

Edição: Graça Adjuto



Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Prefeitura terá que desocupar prédios irregulares em comunidade do Rio

 


Em 2019, dois prédios ilegais desabaram matando 24 pessoas

Publicado em 17/03/2021 - 12:10 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Justiça do Rio de Janeiro determinou que a prefeitura carioca desocupe prédios construídos de maneira irregular na comunidade da Muzema, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Em abril de 2019, dois prédios ilegais desabaram na favela, matando 24 pessoas.

A decisão foi tomada pela 2ª Vara de Fazenda Pública do Rio a pedido do Ministério Público Estadual (MPRJ). A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do MPRJ.

A prefeitura, que tem 15 dias para cumprir a decisão, tomada em 10 de março, deverá cadastrar todos os moradores desses imóveis que precisarão de aluguel social.

O MPRJ ajuizou a ação civil pública porque, segundo a instituição, o município não impediu as construções irregulares no local, não removeu os moradores de lá e nem demoliu os imóveis já construídos. O objetivo da ação é garantir a integridade física dos moradores, devidos aos riscos de deslizamento de encostas (que ficam próximas a esses prédios) e de desabamento dos edifícios.

A Procuradoria Geral do Município do Rio informou que, neste momento, está avaliando a decisão judicial.

Edição: Valéria Aguiar


Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Efeito do fechamento de escolas durante a pandemia pode durar 15 anos

 


Impacto no aprendizado e na produtividade será de catástrofe, diz SPE

Publicado em 17/03/2021 - 14:53 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O fechamento das escolas durante a pandemia de covid-19 poderá ter impacto profundo e de longa duração – cerca de 15 anos – sobre a economia brasileira. A avaliação é da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, que divulgou hoje (17) o Boletim MacroFiscal com um box especial sobre os custos socioeconômicos dessa medida.

Segundo a secretaria, o impacto será sentido no Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas os bens e riquezas produzidos no país), no aprendizado e produtividade do trabalho e no aumento na desigualdade social, já que o acesso ao ensino remoto, ofertado em substituição às aulas presenciais, é distinto, de acordo com as faixas de renda da população.

A SPE considerou que os efeitos da atual crise podem se estender até o final de 2022, resultando em um hiato de três anos na educação de uma grande parcela da população que hoje tem entre 5 e 20 anos (idade escolar). “Um prejuízo de dimensões incalculáveis”, diz o boletim.

“Há duas formas extremas de lidar com o problema. É possível imaginar também soluções intermediárias entre elas. A primeira seria simplesmente deixar o hiato educacional cobrar seu preço no estoque de capital humano brasileiro, de modo que jovens entrem no mercado de trabalho com a mesma idade que entrariam sem a pandemia, porém com uma quantidade menor de anos de educação formal”, diz o boletim. “Essa alternativa seria uma verdadeira catástrofe na acumulação de capital humano e na produtividade do trabalho de uma geração inteira”, avaliou a SPE.

A segunda alternativa seria cobrir esse hiato com anos adicionais de estudo após o término da pandemia. “Mas o efeito visual de se postergar por três anos a entrada dos jovens no mercado de trabalho é ‘dramático’”, diz a secretaria, já que haverá uma proporção menor de adultos em idade laboral e, assim, um encolhimento da população que gera riqueza no país.

De acordo com o boletim, esse efeito deve durar por aproximadamente 15 anos após o término da pandemia, possivelmente até 2038, até que toda essa parcela da população atingida com a paralisação das aulas entre no mercado de trabalho. “Portanto, escolas fechadas hoje causam um país mais pobre amanhã. E esse amanhã deve perdurar por quase duas décadas.”

Desigualdade de renda

Por outro lado, o boletim destaca que o impacto negativo da pandemia sobre o aprendizado dos alunos não é homogêneo na população, já que há o ensino remoto como substituto do ensino presencial, “embora esteja longe de ser um substituto perfeito”. “Ele [o impacto] tende a ser tanto maior quanto mais baixa é a renda familiar, uma vez que a existência de barreiras para o estudo remoto correlaciona-se fortemente com a renda. Um computador conectado à internet, e um ambiente adequado na residência para o ensino a distância, são requisitos praticamente inatingíveis para milhões de famílias de baixa renda”, acrescenta o boletim.

Para a SPE, é possível, inclusive, que crianças que têm condições materiais para acesso ao ensino a distância também tenham experimentado algum déficit de aprendizado, mas “o prejuízo terá sido muito maior para crianças pobres, porque foram destituídas de qualquer tipo de ensino em 2020”.

A secretaria explica ainda que os efeitos da educação sobre o crescimento econômico são muito bem documentados na literatura macroeconômica e estima-se que cada ano adicional de educação é capaz de impulsionar o crescimento do PIB em cerca de 0,58% no longo prazo. Outra estimativa é que aproximadamente 40% da diferença de renda entre o Brasil e os Estados Unidos são fruto do atraso educacional em nosso país.

“Para se ter uma ideia, enquanto em países desenvolvidos, como a Alemanha e os Estados Unidos, a população tenha médias de anos de estudo de 13 ou 14 anos, no Brasil esse número é pouco maior do que 7 anos. Essa diferença evidencia não só uma das razões para o tímido crescimento brasileiro, como também para a baixa qualidade de vida do nosso povo”, diz o boletim.

Além disso, os impactos do baixo nível educacional somam-se a questões relacionadas à disponibilidade de escolas e creches, o que reduz a oferta de mão de obra, em especial, das mulheres; à qualidade do ensino e uma cadeia de outras conexões, como evasão escolar e saúde mental, que potencializam os efeitos da educação sobre o bem-estar econômico no curto e no longo prazos. E isso tende a ser transmitido para as gerações futuras.

Para a SPE, as ações de fechamento de escolas foram justificáveis diante da total incerteza no início da pandemia, mas evidencias recentes vêm demonstrando que a abertura delas pode não ser um fator de risco para a propagação do coronavírus.

“Nosso país optou pelo fechamento completo das escolas públicas no ano de 2020 e por um período muito mais extenso do que o registrado em outros países (média de 40 semanas no Brasil, contra 22 semanas no resto do mundo). E mais: essa política persiste, ressalvadas algumas exceções, em 2021. Nesse sentido, todos os números apresentados até aqui podem ser entendidos como a previsão mais otimista dentre as possibilidades”, ressalta o boletim da SPE.

Edição: Nádia Franco


Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Pré-sal atinge recorde de 73% da produção nacional de petróleo e gás

 


Produção total foi de 3,55 milhões de barris por dia, diz ANP

Publicado em 17/03/2021 - 12:45 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A participação do pré-sal na produção nacional de petróleo e gás natural atingiu em fevereiro o patamar recorde de 73,14%, segundo divulgou hoje (17) a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

De acordo com a agência reguladora, foram produzidos no pré-sal no mês passado 2,6 milhões de barris de óleo equivalente por dia, medida que considera tanto a produção de petróleo quanto a de gás. Já a produção total brasileira foi de 3,55 milhões de barris por dia.  

Segundo a ANP, somente o Campo de Tupi, o maior produtor nacional, respondeu por 32,8% da produção brasileira, com 1,2 milhão de barris de óleo equivalente por dia.

Já o Campo de Búzios, o maior da Cessão Onerosa, correspondeu a 19% da produção nacional, com 673 mil barris de óleo equivalente por dia.

 

Edição: Valéria Aguiar


 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Ministério mantém previsão de crescimento da economia em 3,2% este ano

 


Projeção para inflação é de 4,4%

Publicado em 17/03/2021 - 11:31 Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve a projeção para o crescimento da economia este ano e elevou a estimativa para a inflação, por influência da alta nos preços dos alimentos. As projeções estão no Boletim MacroFiscal divulgado hoje (17).

A estimativa para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 3,2%, em relação ao boletim divulgado em novembro do ano passado. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. “As incertezas são elevadas com os desafios de enfrentamento à pandemia, mas deve-se considerar os indicadores no primeiro bimestre que apontam continuidade da recuperação da atividade econômica”, informou a SPE. “Contudo, o desempenho da economia no mês de março ainda é incerto, devido a novos fatores que estão surgindo em decorrência da pandemia, como a maior rigidez das regras de distanciamento, e afetam a atividade econômica”, acrescentou.

De acordo com o boletim os indicadores de confiança refletem melhoras das expectativas de empresários e consumidores, com o indicador do comércio em alta de 0,2% em fevereiro de 2021, ante o mês anterior, com ajuste sazonal, e a confiança do consumidor aumentando em 2,9%. Na projeção para o primeiro bimestre de 2021, espera-se que a indústria, agropecuária e serviços sejam os principais motores para a retomada. Já no comércio, nota-se o segundo arrefecimento seguido no varejo restrito, com recuo de 0,2% em janeiro de 2021 ante o mês anterior, com ajuste sazonal.

Para o Ministério da Economia, o caminho para o maior crescimento econômico passa pela continuidade da agenda de reformas estruturais e políticas de consolidação fiscal. “Dessa forma, a vacinação em massa vai garantir o retorno mais rápido do mercado de trabalho via redução das medidas restritivas de combate à pandemia; a consolidação fiscal vai manter um ambiente econômico propício ao investimento privado, à estabilidade da inflação e ao risco-país menor; e reformas pró-mercado vão dinamizar o crescimento de longo prazo da economia brasileira”, diz o boletim.

Para os próximos anos, de 2022 a 2025, a estimativa de crescimento do PIB se manteve em 2,5%. “A manutenção das projeções se deveu, principalmente, à recuperação econômica do segundo semestre de 2020, com bons resultados da indústria e do comércio e, no último trimestre, do setor de serviços. Para o primeiro trimestre deste ano, ainda se espera retração de 0,7% na margem com ajuste sazonal, com crescimento positivo nos demais trimestres. Essa projeção negativa no começo do ano advém das novas necessidades de isolamento social em diversas regiões do país”, explicou a SPE.

Inflação

A projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2020 é de 4,4%. “O principal responsável pela elevação da projeção foi o preço dos alimentos. Todavia, as expectativas a partir de 2022 apontam convergência da inflação para o centro da meta”, diz o boletim.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deverá encerrar este ano com variação de 4,27%. A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui também o setor atacadista e o custo da construção civil, além do consumidor final, é de 5,06%.

“Conforme Ata do Comitê de Política Monetária – Copom [do Banco Central], referente à 236ª Reunião, publicada em janeiro de 2021, a recente elevação no preço de commodities internacionais e seus reflexos sobre os preços de alimentos e combustíveis implicam elevação das projeções de inflação para meses à frente. Todavia, apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o comitê manteve o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, ainda que tenham se revelado mais persistentes do que o esperado”, explicou a SPE.

Para 2021, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior é 5,25%. Para 2022, a meta é 3,5%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Perspectivas

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, explicou a importância da vacinação em massa. “Em crises passadas, o normal é o desemprego ocorrer no setor formal da economia e o setor informal agir como um colchão. Nessa crise foi diferente, o grosso do desemprego veio do setor informal. Isso é importante porque o setor informal é mais dinâmico, então, tão logo consigamos vacinar a população brasileira, nós teremos a redução das medidas de distanciamento social e o setor de serviços, o setor informal, vai ter um grande dinamismo”, disse.

Além disso, segundo Sachsida, as políticas do governo de manutenção do emprego formal e de aumento de crédito para empresas limitaram a queda de produtividade e construíram uma base mais sólida para retomada econômica. “Além disso, a agenda legislativa de consolidação fiscal e pró-mercado está avançando mesmo durante a pandemia. Estamos lançando a base para o crescimento sustentável de longo prazo”, disse.

*Matéria alterada às 11h51 para acréscimo de informações

Edição: Graça Adjuto/Kleber Sampaio


Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Brasília

PIB trimestral recua 0,3% em janeiro em relação a janeiro de 2020

 


Em janeiro, o PIB recuou 0,8%

Publicado em 17/03/2021 - 11:39 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) acumulado no trimestre encerrado em janeiro deste ano caiu 0,3% na comparação com o trimestre findo em janeiro de 2020. O dado é do Monitor do PIB, divulgado hoje (17) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com a pesquisa, o PIB recuou 0,8% no mês de janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No entanto, foram registrados crescimentos de 2,4% no trimestre encerrado em janeiro deste ano na comparação com o trimestre imediatamente anterior (encerrado em outubro) e de 0,5% no mês em relação a dezembro de 2020.

Setores

Na comparação do trimestre findo em janeiro deste ano com o trimestre encerrado em janeiro do ano passado, o consumo das famílias caiu 2,9%. As exportações recuaram 2,5%, ao mesmo tempo que as importações tiveram alta de 5,5%.

A formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, apresentou crescimento de 16% no período.

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Edição: Fernando Fraga


Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro